quarta-feira, dezembro 10, 2008

Competências

Onde estão as competências?


Hoje em dia o grande debate caminha na direção da necessidade de adquirir competências para lidar com um mundo em constante e rápida mudança. A integração em nível global, gerada pelo encurtamento das distâncias, os avanços tecnológicos e a comunicação de massa traz consigo uma série de premissas que podem determinar o sucesso ou o fracasso pessoal.

Nessa nova ordem, alinhar-se a essas premissas passa a ser fundamental. Nas empresas e nas escolas, a formação volta-se para elas. Importante, então, "ouvir" o recado de um dos mais conceituados especialistas em práticas pedagógicas e instituições de ensino: o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, doutor em Sociologia e Antropologia, professor da Universidade de Genebra.

"A descrição de competências deve partir da análise de situações, da ação, e disso derivar conhecimentos. Os países que querem ir rápido demais se lançam na elaboração de programas sem dedicar tempo à observação das práticas sociais, sem identificar situações com as quais as pessoas são e serão verdadeiramente confrontadas. O que sabemos das competências que precisam um desempregado, um imigrante, um portador de deficiência, uma mãe solteira, um jovem da periferia? Se o sistema educativo não perder tempo reconstruindo a transposição didática (a transformação de um conhecimento científico em conhecimento escolar), não questionará as finalidades da escola e se contentará em verter antigos conteúdos dentro de um novo recipiente. Sob a capa de competências, dá-se ênfase a capacidades sem contexto. Resultado: conserva-se o essencial dos saberes necessários aos estudos longos e os lobbies disciplinares ficam satisfeitos." (Leia o conteúdo completo da entrevista em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0135/aberto/mt_247407.shtml)

Com a palavra, os educadores...

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Violência na escola

Um novo olhar sobre a violência nas escolas


Muito se tem alardeado sobre a questão da violência nas escolas. Acontece, porém, que na grande maioria das vezes as informações que inundam a mídia apenas abordam uma visão unilateral do problema. Não raras vezes são fruto de pesquisas e abordagens um tanto passionais, uma vez que provenientes de fontes duvidosas, como os sindicatos de professores ou de trabalhadores na educação. Na Edição 2089, ano 41 - nº 48 da Revista Veja, Gustavo Ioshpe aborda muito bem o outro lado da questão, num olhar menos contaminado, deixando à mostra que a situação não é bem essa. Segundo a matéria, "Informativo do INEP a respeito mostrou que 4,2% dos professores tinham visto alunos com armas brancas e 2,9% com armas de fogo na escola; 5,4% deles foram ameaçados por um aluno e 0,7% agredidos fisicamente por um aluno."

Apesar de intolerável, o bicho não é tão feio assim. Não estamos diante da epidemia sobre a qual gostam de alardear os sindicatos.

Por pura coincidência, o jornal O Estado de São Paulo, na edição "virtual" de 01/12/2008 apresenta a seguinte matéria:


"ONG: 1 milhão de crianças sofrem violência nas escolas
Seg, 01 Dez, 09h40

Todos os dias, um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, em todo o mundo. O levantamento, feito pela organização não-governamental Plan com base em estudos em 66 países, entre os quais o Brasil, motivou a entidade a lançar a campanha Aprender Sem Medo. A intenção é erradicar das escolas violência sexual, castigos físicos e bullying - agressões entre alunos. No País, a ONG vai trabalhar em escolas do Maranhão e Pernambuco.

'Tudo o que acontece na escola é parte da educação de uma criança. E o abuso sexual, os castigos acabam se tornando parte do aprendizado dos nossos alunos. Não podemos deixar que sejam educados para a violência', defendeu Bell'Aube Houinato, da Plan International. Ela esteve no Brasil para participar do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - falou sobre o abuso sexual de estudantes em troca de boas notas e comércio sexual infantil para a compra de material escolar e pagamento de mensalidades na África.

O relatório internacional da campanha Aprender sem Medo cita pesquisa com adolescentes equatorianas vítimas de violência sexual: 36,9% apontavam ter sido agredidas por um professor. O Centro de Proteção Infantil e da Família, na Tailândia, informou que a cada semana um professor é acusado de abusar de estudantes."


Diante dessa outra face, não seria igualmente importante aprofundar essas informações?

Com a palavra os dirigentes sindicais da educação...

sexta-feira, novembro 28, 2008

comunicação na web

Põe no blog





Na luta das empresas pela preferência do consumidor, uma nova arma começa a ganhar espaço. Trata-se do blog. Com uma penetração crescente entre o público mais antenado, que lê e acessa diáriamente a internet, os blogueiros vêm se posicionando cada vez mais como importantes formadores de opinião. Sabe-se que hoje, mais de 12 milhões de brasileiros já lêem cerca de 2 milhões de blogs existentes no país.

Tanto assim que as empresas começam a se dedicar com mais atenção à observar e selecionar os blogs mais acessados, buscando oportunidades para ter seus produtos e serviços citados e recomendados por blogueiros. O movimento fez surgir, inclusive, uma nova profissão: o blogueiro profissional.

Paparicados pelas empresas, eles chegam a receber presentes e produtos para consumo próprio, gratuitamente. Vejam o que mais as empresas estão fazendo para se aproximar dos blogueiros:
  • Enviam produtos novos antes que cheguem às lojas;
  • Distribuem prêmios aos leitores, criando audiência e exposição;
  • Pagam viagens e ingressos aos blogueiros para eventos como feiras, exposições e festas.
E a sua empresa, já pensou em alguma coisa?

segunda-feira, outubro 13, 2008

Tendências Educacionais


Mudanças no Horizonte da Educação


Século novo e muita coisa mudando. Para não dizer que deixei de cantar a pedra, aí vão algumas das principais tendências para o ambiente educacional.


  • Diminuição do espaço físico e aumento dos espaços virtuais. Haverá menos investimento em prédios e mais em serviços conectados.

  • Menos quantidade de salas de aula. Espaços mais funcionais com acesso à Internet.

  • Aproximação sem precedentes entre organizações educacionais e as empresas. Muitas parcerias...

  • Tendência à concentração das organizações educacionais em redes ou grupos poderosos, em grandes blocos, frutos de parcerias, consórcios de alcance nacional e também em blocos continentais. O resultado: Inovação e ganhos de escala.

  • Será cada vez mais importante a competência e a capacidade de produção de aulas e atividades adaptadas à cada tipo de curso.

  • Capital Humano como matéria prima cada vez mais valorizada;

  • Necessidade crescente de desenvolver a capacidade de gestão de diferentes cursos, de atrair alunos, de manter equipes integradas com educadores autônomos e produtores de conteúdos audiovisuais.

  • Maior envolvimento em programas de responsabilidade social

quinta-feira, outubro 09, 2008

Crise Financeira

Crise!!

Recebi, dias atrás, por e-mail, a mensagem que transcrevo a seguir. Ela procura explicar a crise mundial que está derrubando os mercados financeiros do mundo todo a partir de uma visão tupiniquim. Confira e entenda...

Entendendo a complexidade da crise sub-prime americana no Brasil

Entender a crise não é fácil (vide as tentativas de David Leonhardt, em um excelente artigo para o NYT), mas permitam-me oferecer um similar nacional, pesquisado pelo nosso intrépido correspondente Osto Craudiley.

É assim:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cerveja "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da loura (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociadas como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os pinguços da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia ó...

Mais um detalhe para enriquecer a história: antes de tudo chegar aonde chegou, outros engravatados metidos a professores atribuíram nota AAA para os tais títulos (S&P, Moody's and Fitch). São as mesmas empresas que deram Grau de Investimento para o Peru um mês antes de aumentarem a nota do Brasil!

É tudo muito sério mesmo...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Eleições 2008


Eleições à vista... a prazo... no cartão...


Está chegando a hora de trocar parte daqueles que têm guiado os nossos interesses. Nesse momento, como todo mundo sabe, surgem promessas de todas as formas. Umas à vista, outras a prazo. O fato é que, na maioria das vezes, elas nunca são pagas.

As contas se acumulam, nós, contribuintes, as pagamos. Será quando vai chegar o dia em que veradores, deputados, prefeitos, senadores e todas as esferas de cargos políticos terão de quitar as promessas feitas em campanha? Não seria o caso de serem obrigados a registrar em cartório e responderem judicialmente pelo não cumprimento das promessas? Afinal de contas, quando endossamos essas pessoas a falarem e agirem em nosso nome, não estamos lhes dando uma procuração? E por ela não respondemos, no final das contas? Não seria correto, então, cobrar e receber o que nos é devido? Quem sabe assim os candidatos paravam de prometer coisas que não podem ser cumpridas, ludibriando boa parte do eleitorado, que tem na desinformação uma das suas características?

Vamos cobrar a fatura dos que estão saindo agora, gente. Seja à vista ou a prazo...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Retardatários

Estamos comendo poeira


Todos sabemos que, em matéria de inovação, nós, brasileiros, estamos na rabeira da maioria das nações do mundo em desenvolvimento. Apesar de nos considerarmos uma gente altamente criativa (o que na maioria das vezes apenas aparece quando o assunto é o mal-feito), o fato é que nossos indicadores não revelam a associação entre toda essa criatividade e o que poderia ser o resultado delas, medido pelo número de patentes requeridas no país.

Embora seja fruto de uma conjuntura de fatores, pode-se afirmar que a qualidade da educação no país proporciona aos nossos estudantes um déficit de conhecimentos acima da média. E na era das competências, o maior patrimônio é o capital intelectual.

O que estamos fazendo com o nosso futuro? Reflita e leia a matéria editada recentemente, pela revista Veja. http://veja.abril.com.br/030908/p_099.shtml



segunda-feira, setembro 08, 2008

Não Sabe? Ligue...


Escola australiana permite que alunos liguem para os pais e consultem os amigos para tirar dúvidas durante as provas


Um programa educativo experimental adotado pela Presbyterian Ladies' College, de Sidney, maior cidade australiana, permite às alunas do nono ano que dêem telefonemas, consultem colegas de classe e utilizem a Internet durante as provas.
Atualmente, a permissão é restrita apenas às aulas de inglês do nono ano, mas há um projeto de estender a iniciativa a outras disciplinas.
Com a iniciativa, os diretores da escola pretendem que os alunos explorem todos os meios para achar a melhor solução de um problema.
Há a restrição, no entanto, que os alunos citem a fonte da informação utilizada na prova, especialmente se ela foi retirada da internet.

Parafraseando especialistas que defendem esse tipo de iniciativa, os dirigentes da escola afirmam que o mais importante não é memorizar tudo, mas sim saber procurar a informação correta e utilizá-la de forma certa.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Olimpíadas


O Buraco é mais em baixo

Para quem acompanhou a Olimpíada de Pequim e se surpreendeu com a pífia participação brasileira nos jogos, sinto muito dizer, mas está fora de sintonia com o que acontece no país.

O resultado não poderia ser outro. Ele é fruto do descaso oficial com a educação e a formação de nossos jovens. É ridículo transferir responsabilidades e imaginar que cabe às empresas o custeio na preparação de um atleta olímpico. É bom lembrar que empresas não jogam dinheiro fora. Elas investem e querem retorno. O patrocínio aos atletas está diretamente ligado à exposição que ele poderá alcançar na mídia. E é aí que a coisa pega: Quantos torneios de ginástica, atletismo, hóquei, hipismo e outras tantas modalidades a gente assiste diariamente no noticiário da imprensa?

Como podemos ter atletas olímpicos, se essas modalidades não fazem parte do currículo das escolas? Ou não compõem o calendário de eventos no âmbito municipal, estadual ou federal? Sem exposição, nada de patrocínio das empresas...

Precisamos copiar o exemplo da China, que estabeleceu metas de longo prazo e aplicou corretamente os recursos para atingi-las. O resultado todo mundo viu. Foi uma lavada no segundo colocado no quadro de medalhas, nada menos que os todo-poderosos Estados Unidos. Determinação, vontade política e investimentos. O caminho é por aí...

terça-feira, julho 22, 2008

Tecnologia



Tecnologia acaba com a doação de ossos para implantes

fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

O uso da tecnologia em favor do ser humano está cada vez mais ganhando terreno. Veja esta reportagem:

"Os ossos para implantes agora podem ser produzidos artificialmente e sob medida, graças a um processo que recria a estrutura interna do tecido ósseo e fabrica o implante a partir de um pó metálico biocompatível de titânio.

Utilizando um programa de simulação que consegue calcular com precisão a estrutura e a porosidade interna dos ossos humanos, cientistas alemães desenvolveram uma técnica que permite que ossos a serem implantados possam ser produzidos sob encomenda e praticamente na hora.

Prototipagem com pó de titânio

Depois de calculada a estrutura toda, o programa envia as instruções para um equipamento especial de prototipagem rápida. O osso artificial vai sendo construído camada por camada pela deposição de um finíssimo pó metálico.

Um feixe de raio laser aquece e sinteriza o pó metálico nos pontos exatos onde ele deve apresentar maior firmeza, deixando os poros livres onde o material deve ser mais leve.
O pó metálico utilizado é feito de materiais biocompatíveis, como o titânio e ligas especiais de aço."

Mais informações e notícias sobre os avanços tecnológicos e inovação em pesquisas você pode encontrar no site do Escola Responsável, ou diretamente através do link http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page3144.htm.

segunda-feira, junho 23, 2008

Lançamento

Bagunçado ou bem guardado?

O livro "Bagunçado ou bem guardado?" de Luíza Meyer, é um guia para as crianças aprenderem sobre organização. A Matrix Editora promove o lançamento do livro "Bagunçado ou bem guardado?" escrito pela publicitária Luiza Meyer. A noite de autógrafos tem entrada franca e é aberta ao público.

O livro é dedicado ao público infantil e conta a divertida história de Mariana, uma menina que, embora goste muito de brincar, não tem o mesmo entusiasmo e interesse para arrumar seus brinquedos e os deixa espalhados por todo canto.

Em meio a muita diversão e os truques espertos da mãe, ela acaba aprendendo a se organizar melhor para aproveitar ainda mais o tempo das brincadeiras.

A obra tem caráter educativo e o objetivo é mostrar às crianças a importância de manter suas coisas em ordem. O texto foi escrito em forma de poesia, com versos rimados e várias ilustrações, que vão mexer com a imaginação infantil. A ilustração do livro é da artista plástica Elisa Sassi.

Sobre a autora:

Luiza Meyer, mineira de Belo Horizonte (MG) é publicitária e especialista em educação internacional. Inspirada em sua própria filha, a escritora escreveu vários livros especialmente para as crianças, como "Menina de três" e "Se eu fosse...".

Agenda: - Lançamento do livro: Bagunçado ou bem guardado? de Luiza Meyer.
- Data: 26 de junho (quinta-feira). Horário: 19h.

- Local: Espaço Cultural Terraço Leitura (Leitura Pátio Megastore - Av. do Contorno, 6061 - 3º andar; Savassi).

Professores


O time dos professores

Por Marcelo Freitas

Eu adoro futebol. Sendo eu brasileiro, isso é cair na mesmice. Mas tenho outras razões para gostar desse esporte que não aquelas tantas que os “trocentos” milhões de brazucas cultivam. É que ele tem sempre me ensinado alguma coisa. Cresci praticando e aprendendo com ele. Costumo dizer que nenhuma faculdade ou curso que fiz me ensinou tanto quanto participar dos times onde joguei. Espírito de equipe, solidariedade, concentração, liderança, objetividade, planejamento, disciplina e inúmeras outras habilidades poderiam compor o currículo desse aprendizado.

Pois quando achei que já havia esgotado todos os ensinamentos eis que o tal futebol volta para me apresentar mais alguns. Eu tinha acabado de sair de uma mesa redonda onde se havia discutido novos modelos de gestão de pessoas, em especial, a questão dos professores. Com a introdução de conceitos como remuneração variável e avaliação de desempenho atrelada a resultados, por parte das escolas públicas de São Paulo e Minas Gerais, a discussão foi parar no centro da mesa.

É sabido que professores têm enorme resistência em ser avaliados pelos resultados que apresentam, de maneira concreta e objetiva, com dados e fatos. Pior ainda, quando, dessas avaliações, decorre a sua remuneração. O modelo atual, da pasteurização através dos salários iguais – leia-se hora-aula - é constantemente defendida, pelos educadores e dirigentes sindicais, como sendo o modelo mais justo, que proporciona maior equidade à categoria. Balela. Na verdade ele apenas nivela por baixo, igualando competentes e acomodados.

Na era pós-conhecimento, da qual fazemos parte, é a criatividade e o diferencial que dão o tom. E nada melhor para testemunhar isso que avaliarmos o modelo dos times de futebol. Não é por serem todos atletas profissionais e jogadores da mesma equipe que seus salários são iguais. Pelo contrário. A maioria dos atacantes ganha mais que zagueiros. Reconhecidamente, necessitam de mais habilidade para desempenhar essa função. É mais difícil construir que destruir. Mas, mesmo entre jogadores da mesma posição, os salários são diferentes. A premissa é de que cada um é um e contribui de maneira diferente para o grupo. Agregam valor em proporções desiguais e, portanto, são recompensados na medida da sua parcela de contribuição. Será que todos os professores apresentam o mesmo talento para chegar aos resultados esperados pela escola e seus clientes?

Outra contribuição do esporte Bretão se apresenta sob a forma de premiação da equipe pelas suas conquistas. Aí sim, a igualdade é permitida. E até estimulada. Quem já não ouviu falar dos “bichos” por vitórias ou por conquistas? São gratificações que contemplam o atingimento dos objetivos alcançados. Embora os salários sejam diferentes, a premiação não oferece distinção. Não se pode dizer que o goleiro é menos importante que o meio-de-campo, ou que sua contribuição durante a partida independe da participação dos demais. Por isso mesmo, o “bicho” estimula e ressalta o sentido de equipe. O time ganha, todos ganham. Não deveria ser assim com nossos professores?

A ousadia, no sentido de inovação, é uma das exigências que a sociedade faz hoje, dos profissionais de educação. Mas o segmento, habituado à repetição das suas práticas, tanto em sala de aula quanto nos gabinetes dos gestores, não estimula um novo olhar por parte dos educadores e, “por tabela”, não desafia seus alunos a serem criativos. Se algumas experiências nesse sentido surgem no cenário, elas vêm de fora, de outras áreas de formação.

Recentemente, Louise Wilson, diretora do mais famoso curso de moda do mundo, o da Central Saint Martins, de Londres, declarou numa entrevista:

“Prefiro alunos que tiram zero que os que tiram 80. Os primeiros ousaram mais. Os outros apenas repetiram o que aprenderam”.

Eis a questão, colocada na prática. O modelo de gestão de pessoas, que salienta e remunera pelo valor agregado e premia pelo esforço e o sentido de equipe, é, portanto, um exemplo de boa estratégia de Recursos Humanos para o segmento educacional. Ele beneficia toda a cadeia de valores do segmento, dos profissionais aos clientes, passando pela escola e o país. Professores mais ousados e inovadores, capazes de promover diferenciais entre seus alunos, elevam o nível da escola, que passa a ser mais procurada pelos clientes em potencial. Com maior número de alunos, a escola melhora suas receitas e, com isso, seus investimentos no produto que oferece, beneficiando diretamente os alunos. E aluno bem preparado significa profissional de primeira linha e cidadão crítico. Portanto, uma comunidade com elevado nível de educação e cidadania.
Por tudo isso uma boa reflexão se faz necessária. Como gestor educacional, de qual time sua escola faz parte? E seus professores? Seus alunos? Inovar é uma constante e deve ser uma atitude perseguida em todos os quadrantes da escola. E o motivo é muito simples. Assim como acontece no futebol, quando aprendemos as respostas e os atalhos, a vida muda as perguntas e os caminhos. Não é por acaso que os atacantes são mais valorizados. Eles têm que ser criativos e inovadores para saírem da marcação adversária e chegarem ao gol. E é essa versatilidade o que se espera, também, dos nossos educadores.
Fonte: Revista Gestão Educacional / julho 2008

segunda-feira, maio 05, 2008

Discriminação


Genoma pode cortar empregos

Uma nova modalidade de discriminação vem ganhando terreno, com o avanço da ciência. Trata-se da utilização dos exames que podem rastrear mutações genéticas capazes de desenvolver doenças graves. Nos Estados Unidos, onde esses exames chegam a ser cobertos pelos planos de saúde, a sua utilização começa a ganhar outra direção, que não aquela pretendida pela medicina preventiva.

Algumas empresas os estão utilizando para selecionar funcionários para preencher as suas vagas de emprego. Durante o processo, candidatos que podem se tornar vítimas de complicações ou que possuem histórico familiar que indique o potencial para desenvolver doenças graves são afastados da disputa pelo cargo. Trata-se de uma nova forma de discriminação. A de ordem genética.

Para evitar a sua proliferação, o senado americano já aprovou uma lei que proíbe empregadores e companhias de seguro de utilizar informações sobre o DNA de funcionários ou pacientes para basear decisões sobre contratações, promoções ou cálculo dos custos das apólices de seguro.

É a ciência competindo com a ética...

terça-feira, abril 01, 2008

Cliente



Encantamento faz-se com atitude

Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar.Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia.

Quando chegou à recepção, o hall estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente:"Bem-vindo ao Venetia!"Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto (e impressionado com os procedimentos, tudo muito rápido e prático) de discreta opulência: possuía uma cama – impecavelmente limpa –, uma lareira e um fósforo apropriado, em posição perfeitamente alinhada, sobre a lareira para ser riscado.

Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite, começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a recepcionista fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa como tudo o que tinha experimentado naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto.

Fazia frio e ele estava ansioso para utilizar a lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante aceso. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático estava preparando o seu café e, junto, um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!"

Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas como pode? É o meu jornal! Como eles adivinharam?" Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele costumava ler.

O cliente deixou o hotel encantando, feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.


Autor desconhecido*
*Esta história circula na Internet. Se você sabe quem é o autor, escreva-nos, pois queremos dar os devidos créditos.

segunda-feira, março 24, 2008

Futebol e negócios

Aprendendo com a bola


No país do futebol, o mundo da bola pode lançar algumas luzes interessantes sobre o ambiente dos negócios. Algumas lições relevantes:


Lição 1:

Busque táticas inovadoras em outras equipes e adapte-as à realidade do seu time. É um atalho para se manter competitivo e atualizado.

Empresários de todos segmentos atentos às lacunas deixadas pelos dirigentes conservadores estão estendendo seus limites de atuação para outros mercados. Uma prova inequívoca disso é a proliferação das Universidades Corporativas. Ao não serem atendidas pelas instituições de educação tradicionais, as grandes empresas trataram de resolver o problema da baixa qualificação dos profissionais diplomados pelo ensino regular, assumindo, elas próprias, a condição de formadoras de seus recursos humanos. Com isso, as escolas ganharam novos concorrentes e dividiram ainda mais o seu mercado. Só que desta vez estão ganhando concorrentes de peso, muito mais sintonizados com a eficácia gerencial, a produtividade dos seus recursos e a gestão do seu capital, seja ele financeiro ou humano.

Lição 2:

Ocupe todos os espaços do campo. Se você não ocupar, o adversário ocupa.

A idéia de que a distância física seria uma barreira à entrada de novos concorrentes vai perdendo fôlego com as facilidades proporcionadas pelo avanço das telecomunicações. A leitura equivocada dos gestores tradicionais permite que empresas de outros segmentos, ataquem o seu nicho.

Lição 3:

Mantenha-se sempre atento ao que acontece fora de campo. Não permita que os adversários potenciais o ataquem pelos flancos.

A inércia e a lentidão nas respostas têm sido as grandes aliadas dos novos entrantes e concorrentes. Nesse particular, instituições seculares têm fechado suas portas ou estão sendo engolidas por empresas ágeis e velozes.

Lição 4:

Seja ágil. A melhor estratégia defensiva é a sua coragem para atacar.

Enquanto perdurar a visão de que sua empresa é um empreendimento imune à economia de mercado e como tal não precisa ser gerido por administradores ou gestores profissionais, será difícil acertar o gol dos adversários. Treinamento, mudança de estratégia e utilização de mentores profissionais com ferramentas de gestão eficazes, já consolidadas em outros segmentos, seria um bom começo para a reação... Chega de bola fora!

Lição 5:

Os talentos são importantes: bons jogadores, técnico competente e muito treinamento ajudam. Num jogo equilibrado, porém, uma tática inovadora surpreende e faz a diferença.

Precisa dizer mais?

quarta-feira, março 19, 2008

Para refletir


"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.
Mas, se você não fizer nada, não haverá resultados."
(Mahatma Gandhi)

sexta-feira, março 14, 2008

Literatura

Dicas de Leitura

Bombando os três livros da autora mineira, Luiza Meyer. Uma boa dica para as crianças são os livros "Se eu fosse" e "Menina de três". Já o público adolescente pode se deleitar com as aventuras de uma intercambista em viagem ao exterior, no envolvente "Próxima estação: Intercâmbio".
Mais informações: http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page1105.htm

quarta-feira, março 12, 2008

Big Brother na escola


Escolas usarão Web para informar pais de alunos.

Parece que estamos entrando, de fato, na era do valor agregado. Escolas estão disponibilizando serviços até então impensados para o segmento. As notícias seguintes foram publicadas na grande mídia. Agora só falta mesmo a proliferação de um recurso utilizado por algumas instituições para as turmas de educação infantil e berçário: a câmera dentro da sala de aula. Vejam as notícias:

Escolas deduram alunos pela internet

Em tempos de Internet, cada vez mais "mentira tem pernas curtas" - pelo menos para os alunos das escolas que colocam na Web dados como faltas, notas e até tarefas atrasadas.A prática vem se tornando comum na rede particular de ensino. Em colégios paulistanos como Bandeirantes e Dante Alighieri, os pais podem saber, logo depois de terminado o turno, se os filhos assistiram a todas as aulas do dia.

"O objetivo não é vigiar. É estimular a responsabilidade. O aluno tem o direito de faltar, mas tem de aprender a assumir os próprios atos", diz Sérgio Américo Boggio, diretor de tecnologia aplicada à educação do Colégio Bandeirantes.No site do colégio Dante Allighieri, de São Paulo, também são publicadas informações sobre indisciplina ou problemas de desempenho escolar dos alunos. "Não há mais a possibilidade de o aluno dizer que perdeu o bilhete, esqueceu de entregá-lo ou mesmo falsificar assinaturas", diz Lauro Spaggiari, diretor pedagógico do colégio.

Lição em dia
Além de vilã dos alunos que "matam" aula, a Internet vem ganhando outra função: a de "dedo-duro" dos que não fazem tarefa-escolar."Meu filho sempre dizia estar com as lições em ordem, mas descobri, no site da escola, que não era bem assim", diz Elaine Petenussi, com dois filhos matriculados na escola Guedes de Azevedo, em Bauru (SP).No site da escola, há uma lista dos deveres que os alunos devem fazer em casa e observações sobre os trabalhos não entregues. "Mesmo quem faltou à aula pode saber o que deve estudar em casa. No ano passado, fizemos uma campanha que incentivava os alunos a fazer as tarefas, o que fez com que as médias nas provas subissem 20%", diz Sílvia Bertolaccini, coordenadora pedagógica da escola.

"Clima de Big-Brother"

Na Europa, as escolas já enviam mensagens por celular - SMS (Short Message Service, "serviço de mensagem curta", em inglês) - alertando aos pais de que os filhos faltaram à aula.Na Catalunha, região da Espanha, foram enviados, no último ano, um milhão dessas mensagens delatando os "cabulões", segundo o jornal local Avui. Lá, os professores dos colégios públicos entram em sala de aula com "palmtops" e disparam, daí, as informações para os pais.A diretora do colégio paulistano Oswald de Andrade Caravelas, Maria de Lourdes Trevisan, considera que há certo "exagero" no uso dessas tecnologias. "Enviamos por e-mail comunicados sobre atividades extra-curriculares, ou festas. Questões disciplinares preferimos tratar pessoalmente, com os pais", diz Trevisan. Fonte:UOL

Pais de alunos de escolas públicas inglesas poderão receber informações sobre o desempenho de seus filhos via celular ou Internet. O governo britânico está estudando a possibilidade, e pensa inclusive em criar salas de chat onde pais e professores poderiam conversar.

A produção de podcasts informativos das escolas também está sendo cogitada. O objetivo da iniciativa, segundo a BBC, seria melhorar as relações entre pais e escola e oferecer auxílio às crianças que enfrentam dificuldades de aprendizado.

O anúncio oficial poderá ser dado pelo ministro da Educação, Jim Knight, no início do ano que vem. "Trata-se não apenas de facilitar as coisas para os pais, mas sim de descobrir novas formas envolver estes pais no aprendizado de seus filhos, principalmente aqueles pais com quem não conseguimos conversar", explicou um porta-voz do ministério inglês. Redação Terra

Vestibular


Ganhou, mas não levou


O garoto de 8 anos, João Victor Portelinha, foi aprovado no vestibular de direito da Universidade Paulista, no último dia 03/março. O sonho dele é se tornar juiz federal, antes dos 19 anos. Por não ter concluído o ensino médio, a Unip não permitiu que o novo aluno freqüentasse as aulas. A família vai recorrer à justiça.

O fato lança luzes numa série de paradigmas, até então vigentes. Segundo afirmou, João Victor disse estar bem preparado, pois costuma ler os jornais e revistas semanais.

A primeira pergunta é: Será que todo aquele conteúdo repassado pela escola é, de fato, necessário, na vida prática?

A segunda pergunta: se ele mostrou competência ao ser aprovado, por quê barrar a sua presença nas aulas? Não é o caso de repensar a regra? Passou, levou!

Terceira questão: Por outro lado, que maturidade teria um juiz federal para julgar e proferir sentenças, aos 19 anos de idade?

O fato é que João Victor está sendo penalizado por ser competente. O que estamos fazendo com cérebros como esse?

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Lucro dos Bancos


E agora presidente?

Lembro-me perfeitamente do nosso presidente Lula bradando aos quatro ventos sobre o disparate da política econômica que nada mais fazia senão encher os cofres dos banqueiros. Aí me deparo com a seguinte notícia veiculada no UOL, em 12/fev:


Lucro do Itaú dobra em 2007 e atinge R$ 8,47 bilhões

O lucro líquido consolidado do Itaú bateu recorde no ano passado e somou R$ 8,474 bilhões, informou a instituição nesta terça-feira. O resultado é quase o dobro (alta de 96%) do obtido em 2006 (R$ 4,309 bilhões).


O que será que mudou?

quinta-feira, janeiro 17, 2008



Tecnologia e educação

Vem aí o Professor Holográfico


Recentemente uma reportagem publicada na revista Epoca Negócios (reproduzida a seguir) chamou a atenção para um fato curioso. A utilização da holografia em atividades do nosso dia-a-dia. A tendência não é novidade, uma vez que há anos a tecnologia já está disponível. O que parece novo é o fato de que ela está começando a ganhar aplicações que lhe dêem escala suficiente para ser empregada, uma vez que sua utilização traz um custo elevado.

Já em 1993, quando começamos a militar no segmento educacional, previmos a sua utilização no meio acadêmico como forma de resolver algumas questões como a racionalização dos horários escolares, o treinamento a distância e a interatividade mais ampla entre alunos e professores nos trabalhos em equipe. O que era ficção aos olhos de muitos educadores (lembra-se "tia" Angela?), começa a tornar-se realidade. Professores ruins ou medíocres tendem a sofrer uma grande concorrência dos banbanbans, pois agora o fenômeno da bi-locação parece muito mais próximo. Abram os olhos e tratem de se preparar.


A seguir a íntegra da reportagem.


TECNOLOGIA
Adeus, Gisele

O último desfile da Target trocou modelos por hologramas.Foi a primeiro passo dessa nova tecnologia na economia real. Agora virão lojas, shows, conferências...

Em plena Grand Central, a maior estação de trens e metrôs de Manhattan, roupas desfilam para lá e para cá sem ninguém dentro. Cenários de uma casa mudam instantaneamente, diante do público assombrado. Até uma árvore cresce e se estilhaça em pleno ar. Show de David Copperfield? Não. Hologramas, aqueles mesmos que surgiram diante de Luke Skywalker, na forma da princesa Leia, no primeiro Guerra nas Estrelas, de 1977. Mas agora é na vida real.

Quando a rede de lojas Target usou o sistema no mês passado, em desfiles de dez minutos, abriu-se uma porta que pode significar a digitalização do mundo da moda. Giseles, afinal, são maravilhosas, mas cobram fortunas. Um desfile tradicional dura 15 minutos e custa US$ 200 mil. O show da Target, de custo não revelado, foi reapresentado 144 vezes para os novaiorquinos. "Dois milhões de pessoas passaram pelo local, e o desfile será visto centenas de milhares de vezes na internet", diz Laura Sandall, diretora de eventos da Target. O estilista da coleção, Isaac Mizrahi, acredita que hologramas podem revolucionar também as lojas: "Não seria ótimo ver como as roupas ficam no corpo sem ter de experimentá-las?".


DOIS MILHÕES de pessoas viram as 144 apresentações do show na maior estação de trens e metrô de Manhattan


Um show como o de Nova York leva de dez a 12 semanas para ser criado. "Cada projeto é feito por encomenda", diz James Rock, diretor da Musion, empresa que fez a apresentação. Ele acredita que, em breve, empresas usarão a tecnologia em reuniões a distância - de forma mais realista do que as atuais videoconferências em alta definição. Mas, até agora, o dinheiro está nos espetáculos. Na última premiação da MTV na Europa, no mês passado, a Musion deu vida à banda Gorillaz, formada por personagens que, até então, só existiam em videoclipes. Enquanto a platéia vibrava, o vocalista 2D cantava: "Vocês têm um novo horizonte à sua frente". Não é que é verdade?

Fotos_Grant Lamos/Latinstock

terça-feira, janeiro 01, 2008

Perigo


Chiclete deixa criança de 5 anos sem fôlego

Karla Mendes - Estado de Minas
Marcelo Sant'Anna/EM

Mais um caso de problemas com alimentos. A publicitária Luiza Helena Meyer de Moraes passou um grande aperto no fim de semana, quando sua filha perdeu o fôlego depois de ter posto na boca a goma de mascar Língua de Múmia – O chiclete que paralisa sua língua, da Arcor. Segundo Luiza, a impressão que teve inicialmente foi de que a menida de 5 anos havia se engasgado com o chiclete. Porém, Luiza viu que sua filha já havia cuspido a goma de mascar e, ainda assim, não respirava.

“Entrei em pânico, comecei a gritar e toda a equipe do shopping se mobilizou, acionando bombeiros e o ambulatório. Enquanto eles não chegavam e minha filha lutava para respirar, minha mãe, que estava conosco, começou a apertar a minha filha por trás, pressionando logo abaixo das costelas, até que Júlia começou a expelir pela boca um líquido amarelo”, relata. Segundo Luiza, a responsável pelo ambulatório que fez a ocorrência disse que a sensação de dormência ou paralisia que deveria ter sido na língua, foi na garganta, pelo fato de a menina ter engolido saliva com o corante e demais ingredientes do chiclete, o que provocou a perda de ar.

A Arcor informou que, desde o lançamento do produto, em setembro de 2006, mais de 70 milhões de unidades foram vendidas em todo o país, e esse é o primeiro registro de ocorrência desse tipo. “O diferencial proposto pelo produto é o de provocar a sensação de formigamento passageiro na língua, derivado de extrato natural. O produto e seus ingredientes são aprovados para o consumo, segundo normas nacionais e internacionais. Porém, diante dessa manifestação e em respeito aos consumidores, está sendo realizada uma rigorosa apuração do fato”, diz a nota da empresa.