quarta-feira, junho 22, 2011

Redes Sociais

As redes sociais e a estratégia colaborativa

Se houve um tempo em que as empresas se fechavam em seus departamentos para criar produtos inovadores, esse tempo começa a se despedir. Pelo menos para algumas organizações que perceberam o grande potencial das redes sociais como elementos de criação de valor para seus negócios.

Veja a entrevista seguinte, com a consultora Cátia Lassalvia e veja como isso está acontecendo, na prática.



sexta-feira, junho 17, 2011

Economia Criativa

Criatividade: Um novo modelo de economia

Já ouviu falar em Economia Criativa? Não? Então prepare-se. Esta pode ser a nova tendência de negócios que privilegia a criatividade como moeda de troca nas transações econômicas. Veja o vídeo e entenda o que vem por aí...

sexta-feira, junho 10, 2011

Educação


Números não têm vaidade.

Ultimamente, por todos os lados e por todas as mídias, tenho percebido o mesmo discurso. A escola precisa mudar. E não são poucas as vozes e letras que se unem para apresentar um monte de argumentos sobre as razões que deixam as instituições educacionais comendo poeira. Também não são poucas as opiniões e, mais que isso, os dados sobre as causas que fazem desse lugar um local de desinteresse dos estudantes.

Nesse aspecto, uma recente pesquisa promovida com o apoio do Instituto Unibanco, denominada “Determinantes do Abandono do Ensino Médio pelos jovens do Estado de Minas Gerais” engrossa ainda mais esse caldo.

Vejamos o que disseram uma grande parte dos alunos que deixaram de estudar. São falas colhidas pela pesquisa:

“_ Não estamos aprendendo o que está sendo ensinado!

_ Não entendemos o que ganhamos com tanto esforço que temos de fazer para freqüentar as aulas!

_ Queremos uma escola mais atrativa!”

Esses depoimentos, se já são combustível suficiente para colocar em movimento os gestores educacionais, imagine só o que representa para os educadores? A mensagem é direta. Sem rodeios. E tem mais.

A pesquisa também constatou que “quando o aluno anseia por uma escola dinâmica e inovadora, tem 21% mais chance de sair”, segundo declara Tufi Machado, da equipe de pesquisadores, que também ressalta: “o jovem desiste da escola quando sente que não está aprendendo conteúdos apresentados”. Touché.

Embora sejam vários e os motivos das causas de evasão também constatados pela pesquisa, a maioria deles já velhos conhecidos (baixa condição socioeconômica, gravidez, necessidade de trabalhar para ajudar a família e defasagem idade-série), o que mais chama a atenção é mesmo o fato de que eles, jovens, percebem a desconexão entre a escola e o mundo à sua volta. Algumas dados são contundentes.

Cerca de metade dos alunos que cursam ou que deixaram de cursar a escola, declara que concordam plenamente com a afirmativa “quanto mais o professor enche/enchia o quadro de matéria, mais vontade eu tenho/tinha de sair da sala de aula”. Esse número sobe ainda mais se somado aos quase 30% que concordam parcialmente com isso.

Cerca de 66% dos entrevistados, por sua vez, concordam plena ou parcialmente com a seguinte afirmativa: “ a maioria dos meus professores se preocupa/preocupava em esclarecer dúvidas das matérias ensinadas”. Lamentável, não?

Por outro lado, “vislumbrar que o estudo lhe trará melhores oportunidades na vida, aumenta em 50% as chances de permanência do aluno na escola”, acrescenta Tufi. Para se ter uma ideia, segundo constatou a pesquisa, cerca de 60% dos jovens que estão cursando a escola declararam que suas instituições não tinham aulas práticas, o que contribui para que eles não percebam a utilidade daquilo que aprendem.

Na verdade, a era do conteúdo Just in Case, ou seja, aquele no qual a escola nos repassa um monte de conteúdos para o caso de, um dia, virmos a precisar deles, já acabou. A tecnologia e os meios de comunicação nos colocaram na trilha do conhecimento Just in Time. Aquele que buscamos quando precisamos dele, onde quer que ele esteja. Sobre isso, aliás, falaremos em outro artigo, futuramente.

Mas o fato é que, diante de tudo isso uma questão importante se apresenta: se tanta gente reconhece que a escola precisa mudar, se reinventar, que está com seu prazo de validade vencido faz tempo, por que então não muda?

Vaidades, falta de humildade, visão estreita, corporativismo... Há quem apresente outras tantas razões para que não haja movimentos concretos nesse sentido. No meu ponto de vista, talvez a resposta para um novo caminho esteja na falta de permeabilidade desse segmento aos avanços apresentados em outros campos da sociedade.

Uma alternativa para vencer essa barreira seria buscar especialistas e profissionais de outras áreas para, juntos com professores e pedagogos, trabalharem na busca de uma alteração do genoma da escola. Exato: defendo a ruptura com os modelos anteriores e a criação de uma nova e inovadora organização. Para isso, uma espécie de equipe multidisciplinar, reunida para esquadrinhar competências, habilidades e atitudes requeridas num mundo em constante mutação, disposta a romper com paradigmas, conceitos e métodos ultrapassados, capaz de trabalhar num processo de aprendizagem e construção colaborativa. Essa talvez seja a chance a se dar ao paciente enfermo. Uma nova vida.

A Harvard School, uma das maiores e mais conceituadas instituições de ensino do mundo, elegeu recentemente a busca pela cura do câncer como foco das suas pesquisas. E o que ela fez? Ao invés de reunir catedráticos da medicina para ocuparem seus laboratórios, preferiu organizar um time com médicos, engenheiros, biólogos, físicos, especialistas em eletrônica aplicada, biotecnologia, inteligência artificial, mecânica e outros para, juntos trabalharem no projeto. A ideia é que o somatório dessas competências possa alargar as possibilidades de alternativas para o combate à doença. Imagine um exército de microrobôs injetado na corrente sanguínea capaz de identificar e combater as células cancerosas. Ou um chip introduzido sob a pele capaz de fornecer constantes informações sobre possíveis formações cancerígenas? Esses são apenas alguns exemplos do que pode ser um movimento “pense fora do quadrado”.

Não tenho dúvidas, portanto, de que esse tipo de avanço também pode alcançar a Educação. Pelo contrário, fico torcendo muito para que aconteça. Mas, antes de tudo, é necessário querer. E querer de verdade!

(artigo publicado pela revista Linha Direta / maio/2011)