segunda-feira, março 28, 2016

Estratégia de Negócios



A batalha por um lugar ao sol
Marcelo Freitas


 “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela para ser insignificante.”
Charles Chaplin

O mercado empresarial é como um campo de batalhas, onde os mais preparados sobrevivem. Assim como acontece numa guerra, no ambiente empresarial o papel da estratégia é fundamental para que as empresas consigam avançar rumo aos seus objetivos.

Estratégias de negócios bem sucedidas levam a ganhos de mercado acima da média, reforço de marca e altos retornos sobre o investimento, tornando as empresas, e seus líderes, cada vez mais valorizados.
Não é à toa que boa parte dos profissionais bem sucedidos mira-se nos ensinamentos de estrategistas militares para, a partir dos seus ensinamentos e apoiados por ferramentas estratégicas de planejamento desenvolvidas por experts em gestão, conduzirem seus exércitos de liderados rumo ao ambiente competitivo de mercado.

Tomando como base estratégias de guerra vencedoras de Sun Tzu (A Arte da Guerra) e Karl von Clausewitz (On War), torna-se emocionante para os gestores entender a dinâmica da competição, estabelecer movimentos mercadológicos inusitados e conhecer princípios, estratégias e táticas que poderão levar ao fortalecimento das suas posições e favorecer o ganho de territórios relevantes, ou em outras palavras, ampliar o market share .

Nesse sentido, para seguir à risca a cartilha dos estrategistas, é importante tomar como  ponto de partida o profundo conhecimento do mapa e do cenário onde se trava a batalha de mercado. Nas palavras de Karl von Clausewitz, 

“Um bom general estuda cuidadosamente o terreno antes da batalha. Cada colina, cada montanha, cada rio é analisado por suas possibilidades defensivas e ofensivas”. Karl von Clausewitz

Assim como compete a um bom general, também aos executivos e gestores cabe avaliar cada detalhe do ambiente, cada movimento e tendência das variáveis de mercado, como também as características de cada um dos seus concorrentes. Nas palavras de Sun Tzu,

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”. SUN TZU

Somente assim, dominando o conhecimento de si e dos seus oponentes, os movimentos estratégicos tornam-se efetivos e vitoriosos. É esse conhecimento que permite promover ataques ao inimigo em situações e espaços onde ele menos espera, promovendo ações de marketing de guerrilha e, assim, surpreender os concorrentes.

“Um exército pode marchar grandes distâncias sem perigo se o faz por uma região onde o inimigo não está presente. Você terá certeza dos seus ataques se executá-los onde o inimigo não esteja.” Sun Tzu

Dessa maneira, tanto quanto dominar o ambiente de competição é igualmente fundamental conhecer os agentes que influenciam as batalhas de mercado, avaliando com mais pertinência, as possibilidades da campanha, mesmo que a maioria dessas batalhas seja travada na mente dos consumidores, como enfatizam Al Ries e Jack Trout, em seu livro Marketing Warfare,

“As batalhas de mercado são combatidas dentro da mente. Dentro da sua própria mente e da de seus clientes em perspectiva. A mente é um terreno de batalha, cheio de truques e difícil de entender,”Al Ries & Jack Trout   

Um bom general estuda a posição do inimigo e busca entender todas as nuances dos seus possíveis movimentos estratégicos na arena de guerra. Espera-se que sua localização exata e o  poder de cada unidade adversária sejam plotados em um mapa e estudados detidamente, antes que a luta comece. O que o comandante espera evitar a todo o custo é um ataque de surpresa de uma posição inesperada. E é justamente aí que entra em cena uma das mais eficientes ferramentas de planejamento estratégico empresarial, a chamada Matriz das Forças Competitivas, criada por Michael Porter.

Num paralelo ao campo de batalha, ela descreve os agentes do ambiente competitivo, e o relacionamento que têm entre si:

  • O Inimigo (Concorrente);
  • Os civis (Clientes);
  • As Tropas de Apoio (Fornecedores);
  • Os Mercenários (Substitutos);
  • Os Revolucionários (Novos Players).

Esse mapeamento também permite que se identifique onde exatamente encontram-se os pontos fortes do seu próprio exército e as oportunidades que sua exploração podem permitir. Da mesma forma é possível vislumbrar as ameaças externas que o mercado impõe à empresa, em virtude das suas fraquezas, e tratar de minimiza-las. Estamos falando no desenho da matriz SWOT, outra ferramenta essencial na avaliação do seu próprio exército e das suas possibilidades em relação ao ambiente externo. 

Em resumo, assim como acontece nas grandes batalhas, é o mapeamento dos exércitos inimigos (os concorrentes) e do ambiente no campo de batalha que permitem construir uma estratégia de sucesso.

“O que possibilita ao bom general atacar, vencer e conquistar coisas além do alcance de homens comuns é a previsão.” Sun Tzu

Boa sorte, e fique atentou pois a guerra por um lugar ao sol já começou!