quinta-feira, outubro 09, 2008

Crise Financeira

Crise!!

Recebi, dias atrás, por e-mail, a mensagem que transcrevo a seguir. Ela procura explicar a crise mundial que está derrubando os mercados financeiros do mundo todo a partir de uma visão tupiniquim. Confira e entenda...

Entendendo a complexidade da crise sub-prime americana no Brasil

Entender a crise não é fácil (vide as tentativas de David Leonhardt, em um excelente artigo para o NYT), mas permitam-me oferecer um similar nacional, pesquisado pelo nosso intrépido correspondente Osto Craudiley.

É assim:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cerveja "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da loura (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociadas como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os pinguços da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia ó...

Mais um detalhe para enriquecer a história: antes de tudo chegar aonde chegou, outros engravatados metidos a professores atribuíram nota AAA para os tais títulos (S&P, Moody's and Fitch). São as mesmas empresas que deram Grau de Investimento para o Peru um mês antes de aumentarem a nota do Brasil!

É tudo muito sério mesmo...

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