Perspectivas
estratégicas para o ambiente educacional
Marcelo Freitas
O ambiente educacional vem apresentando grande efervescência nos últimos anos. Seja pelo crescimento das redes de educação, seja pela fusão de grandes instituições, seja pela necessidade de inovar métodos e tecnologias de aprendizagem ou mesmo pela simples necessidade de profissionalizar processos e pessoas.
Nesse aspecto, as organizações mais ousadas, que vislumbram a oportunidade de ingressar no segmento educacional utilizando sua expertise na gestão do conhecimento são potenciais ameaças às escolas tradicionais. Universidades corporativas poderão ganhar vida própria, ultrapassando as fronteiras da empresa que as criou para tornarem-se unidades de negócio independentes, invadindo o mercado educacional privado. Isso promoverá uma verdadeira revolução nas bases educacionais mais ortodoxas.
Algumas verdades, consideradas intocáveis por educadores e gestores educacionais do passado, tendem a cair por terra. Uma nova dinâmica vai se instalando devagarinho e transformando o segmento educacional. Podemos pensar já em algumas dessas mudanças:
· A
direção da escola, assim como a maioria das funções de liderança, serão
extremamente profissionalizadas, ocupadas em alguns casos por gestores e executivos de outros segmentos e
não mais por pedagogos que ascendem à função de gestão.
· A
pedagogia e as metodologias de ensino-aprendizagem, serão grandemente impactadas
pelas novas tecnologias da informação e a inteligência artificial. A maneira de aprender e, principalmente,
a de gerir o conhecimento, de acumular e acessar informações combinadas, será o
palco da nova arena educacional. Isso exigirá pessoas com diferentes competências. A formação de professores deverá ser repensada.
· Em
virtude do acirramento da concorrência, o foco estratégico deverá ser bem mais
definido e a clientela segmentada em nichos bastante específicos. Tal situação
permitirá atender interesses e expectativas com maior grau de precisão.
· Os
educadores deixarão de ser professores,
na forma como os entendemos hoje, para serem consultores ou mentores dos alunos. Nesse particular, uma guinada excepcional.
Imagine o rumo que a categoria tomará, tendo como propulsores novos paradigmas de remuneração e jornada de trabalho. A queda da
hora-aula dando lugar à hora-técnica ou a remuneração baseada no atingimento de
metas educacionais bem definidas. O relacionamento com os sindicatos deverá ser
objeto de mudanças significativas e a postura dos profissionais terá que ser repensada.
·
A
relação empresa-educador-cliente tende a ganhar contornos cada vez mais
complexos.
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