terça-feira, dezembro 10, 2024

Escolas Colaborativas

 ESCOLAS COLABORATIVAS

Dividir despesas e receitas com o concorrente também pode ser uma boa estratégia...


Imagine só: Chega ao fim o período de matrículas e a quantidade de alunos inscritos para o próximo ano, numa das quintas séries, ainda é insuficiente para a formação de uma nova turma. O que fazer? Matricular os alunos assim mesmo, assumindo o prejuízo e “pegando com Deus” para surgirem novos clientes durante o ano? Ou simplesmente entregar aquele pacote de clientes de mão-beijada para o concorrente?



Resumindo:

Alternativa 1: Você, e/ou o concorrente, optam por matricular os alunos, mesmo em turmas pequenas, cujo ponto de equilíbrio financeiro não foi atingido. Resultado: nenhum dos dois ganha. Ambos perdem, por trabalharem no prejuízo.

Alternativa 2: Você, ou seu concorrente, comunicam aos alunos que não será possível matriculá-los, pois uma nova turma não poderá ser aberta com o número de alunos que restaram. Nessa situação, um dos dois poderá sair ganhando, caso os alunos dispensados migrem para a outra escola. Resultado: Um ganha, outro perde.

Acontece, porém, que naquele mesmo momento, esse problema também poderia ser motivo de insônia para o seu concorrente.

É precisamente nessa hora que se ergue uma barreira às estratégias mais inovadoras, do tipo “ganha-ganha.

Se a situação já é complexa em outros segmentos, no educacional convive-se com o agravante do conservadorismo extremo, onde a estratégia e a “inovação” pouco comparecem.

Agora, imagine que você e seu concorrente se permitam admitir uma terceira via, mais estratégica e inovadora. 

Resolvem experimentar um jeito novo de lidar com essa situação, criando uma espécie de “Central de Compensação”, onde cada uma das escolas “deposita” o número de alunos inscritos que ainda não foram matriculados nas devidas séries, por não atingir a quantidade mínima para formação de turma. Verifica-se, então, a possibilidade de completar esse grupo com alunos da outra escola, viabilizando, assim, uma nova turma. Ao invés de concorrentes, essas escolas passam a ser “colaborativas”.

Uma vez consumada a possibilidade de enturmação, mediante consulta aos clientes, e efetivadas as matriculas, as escolas, agora colaborativas, passam a dividir as despesas e receitas daquela turma. Ou seja, onde apenas uma ganhava, ganham as duas. 

Mas como ainda não evoluímos para a quebra dos paradigmas anteriores, surge logo a pergunta: onde seriam matriculados os alunos dessa turma? Resposta: Na escola que contribuir com o maior número de alunos. 

_ Mas e depois? (Continuam as perguntas)... No ano seguinte, esses alunos não vão mais querer sair da escola... Nesse caso, nada de pânico. Enquanto permanecerem matriculados na escola colaborativa, permanece de pé o princípio da parceria. Cada um daqueles alunos continua tendo suas receitas e despesas rateadas, ainda que a turma inicial se dilua. 

E aí, o que achou?

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