terça-feira, março 31, 2009

Crise Mundial


Não deixe que lhe tirem até o seu cachorro quente...


Nesses dias bicudos quando só se fala em crise, tem uma historinha interessante que li faz muito tempo e que tem me guiado ao longo dos anos. Não me recordo o autor, mas é uma injeção contra o baixo-astral. Vou partilhá-la com vocês. É assim...

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorro-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista, não podia ler jornais, mas, em compensação, vendia bons cachorro-quentes.

Colocou um cartaz na beira da estrada , anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava:

- Olha o cachorro-quente especial!!!

E as pessoas compravam.

Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, e acabou construindo uma boa mercearia.
Então, mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu.

O filho veio e disse:

- Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima !

Diante disso, o pai pensou:

- Meu filho estudou na universidade!
Ouve rádio e lê jornais, portanto deve saber o que está dizendo! E então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali, apregoando os seus cachorro-quentes.

As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido:

- Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!

Não permita que tirem até o seu cachorro-quente!

Não permita jamais que apaguem os seus sonhos.

segunda-feira, março 30, 2009

Escola do Futuro



Salto para o futuro

Saiu recentemente, em publicação especial da Revista Veja, cujo link disponibilizamos abaixo, uma boa reportagem sobre a escola do futuro. Nela, uma questão fundamental, e talvez a mais importante de todas as que permeiam as nossas escolas: a de se fazer ainda necessária.

A matéria apresenta uma boa visão do que vem acontecendo e, principalmente, do que é esperado no ambiente educacional, em face do novo perfil da juventude. A presença da tecnologia ganha destaque.

Embora o seu uso venha sendo incorporado gradualmente ao processo ensino-aprendizagem, alguns paradigmas, entretanto, insistem em se tornar presentes na base que emperra o sistema.
Um deles diz respeito à capacitação dos professores. O segmento educacional ainda não embarcou no conceito nem tão atual assim, onde o profissional é o principal responsável pela sua carteira de empregabilidade. Para quem ainda não conhece, empregabilidade é aquele conjunto de características pessoais (conhecimentos, habilidades e atitudes) capazes de tornar uma pessoa "empregável".

Acostumado ao tratamento paternal em que o seu desenvolvimento pessoal é de responsabilidade da escola, o professor não se move pelas próprias pernas. Esse comportamento arcaico encontra-se respaldado pelo corporativismo arraigado, estimulado pela cartilha do pensamento estreito dos dirigentes sindicais. Tal situação empurra nosso contingente de educadores para a beira do abismo. Quando será que eles vão acordar? É preciso entender que o conceito de aprendizagem por toda a vida é a garantia contra a obsolescência, e que não se aplica somente aos alunos.

Professores... em frente... marche!


Leiam a reportagem...


segunda-feira, março 09, 2009

Mulheres


A visão Feminina


Em tempos de Dia Internacional da Mulher me deparo com uma notícia pelo menos inusitada. Ela está ligada ao velho dilema da barreira do preconceito em relação à ascensão do “sexo frágil” ao topo do mercado de trabalho.

É que uma pesquisa realizada pela Faculdade de Administração Insead mostrou que, quando o assunto é a visão estratégica, um dos principais atributos dos ocupantes do último andar da pirâmide empresarial, o preconceito parte da próprias mulheres.

Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados 2816 executivos (as) de 149 países, matriculados nessa renomada escola francesa. Os dados e respostas foram segregados de acordo com o sexo do entrevistado, para que pudessem ser melhor avaliados. A divergência vem do fato de que elas privilegiam mais o agir que o falar, deixando um pouco de lado a questão da visão estratégica.

É como disse certa vez a ex-primeira-ministra inglesa, Margareth Tatcher:

“Se você quiser que alguma coisa seja dita, peça a um homem: se quiser que algo seja feito, peça a uma mulher.”

E aí? Deixe o seu ponto de vista. A questão está lançada!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Criatividade

Como um grupo de estudantes ganhou 655 dólares com apenas 5 dólares na mão


Criatividade é um bem que não tem preço... ou, que nesse caso, poderia ser quantificado em 655 dólares. A historinha é narrada pelo meu xará, Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, e está disponível no link abaixo.

O relevante na narrativa é avaliar a capacidade desse grupo de estudantes em estabelecer uma rápida leitura de ambiente e necessidades, saindo fora do "quadrado", ou seja, dos limites impostos pelas circunstâncias. A maioria esmagadora das pessoas tem uma dificuldade imensa em transpor a cerca que, muitas vezes, é colocada por elas mesmas. Verdade, também, que as regras organizacionais impostas pelas empresas e pela sociedade, de um modo geral, inibem a prática e o exercício da criatividade. E isso começa lá atrás, na nossa criação.

Quantas vezes não tolhemos nossas crianças de experimentar? De tentar o que ainda não foi feito, sob o único argumento de "isso não se faz" ou "desse jeito não pode"? São armas que estão incutidas nos nossos inconscientes para nos preservar de surpresas e situações sobre as quais ainda desconhecemos. E isso é reforçado pelas escolas, que exigem sempre respostas segundo um mesmo padrão, ou pelas empresas, que discriminam os colaboradores que "ousam" solucionar problemas cujas soluções não sigam os manuais internos.

Mas, cá entre nós, o que são as invenções, senão uma correta identificação de necessidades e um salto no mundo do desconhecido? Nossos sistemas (formativos e executivos) não estariam em completo desacordo com uma sociedade em rápida mutação e num contexto de total integração?

Pense nisso, mas por favor, saia do quadrado!

Assista o vídeo: http://www.truetech.com.br/webtvconsole/?console=30&canal=23&video=3974

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Para Pensar


Aí vai mais uma boa frase que dá o que pensar...


“Destino não é uma questão de chance, é uma questão de escolha; não é uma coisa para ser esperada, mas sim para ser alcançada.”

[Willian Bryan]

terça-feira, janeiro 20, 2009

Para Refletir


"A história simplesmente não nos preparou para os desafios da transformação".
John Kotter

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Férias Escolares

Descanso ou tormento?


Período de férias escolares. Quem tem filho sabe o que estou insinuando... Se para a meninada é hora de "aprontar todas", para os pais é o começo de uma maratona. Já pensou? Seus filhos, amiguinhos, primos e todos aqueles pequenos vizinhos do prédio, livres, leves e soltos?

Do outro lado, você, pai e/ou mãe, com todos os compromissos de final e início de ano, tempo apertado, compras, trabalho e por aí vai. E quando ainda, pra "melhorar", você não tem férias no período? Meus caros, quem não passa por essa experiência, pode acreditar: perto dela, equilibrar pratos é fichinha...

Inferno pra uns... céu para outros. Olhando por outro viés, a indústria do entretenimento infantil, nesses períodos, começa a despertar o interesse de muita gente. Vejam que, recentemente, até uma escola (pública, diga-se de passagem) foi alugada para férias no sul do país. Deu na tv. O fato é que, quem tem uma boa estrutura física, está aproveitando oportunidades temporãs, como esta. E o que dizer dos clubes, salões de festas temáticos e outros negócios similares? As colônias de férias pipocam por todo lado!

Nessa corrida para atender a demanda do mercado, porém, quem deveria partir na frente, mesmo, são as escolas. Elas possuem estrutura física, pessoal qualificado, tecnologia educacional e infraestrutura operacional já disponível e adequada. Só que a maioria ainda está exitante em ocupar esse espaço. Se isso não acontecer... outro ocupa!

Considerando a hipótese de que esse seja um novo produto das instituições educacionais, não seria o caso de se pensar uma "escola 12 meses" (uma alusão ao conceito do banco 24 horas)? Seria uma forma de aumentar as possibilidades de recursos para essas organizações; gerar empregos para professores, instrutores, monitores e artistas; entretenimento educativo para as crianças e tranquilidade para os pais.

Ainda nessa linha de reflexão, com todos esses ingredientes, uma pergunta se faz presente: é mesmo necessário um período de "descanso" anual tão prolongado para alunos e professores? Na vida adulta, quando muito, serão no máximo 30 dias de férias... E olhe lá!

No caso da categoria dos professores, até o judiciário já está se ajustando para ter um período de descanso no mesmo patamar da maioria dos trabalhadores. Adequando-se as férias da categoria, os professores poderiam bem aproveitar esse período para trabalharem aquilo que o dia-a-dia do ano letivo lhes dificulta: capacitação, melhoria dos processos educacionais e planejamento. Seria uma ótima oportunidade para melhorar a qualidade da nossa educação, já tão castigada. E para nós, pobres pais, uma temporada mais tranquila...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Competências

Onde estão as competências?


Hoje em dia o grande debate caminha na direção da necessidade de adquirir competências para lidar com um mundo em constante e rápida mudança. A integração em nível global, gerada pelo encurtamento das distâncias, os avanços tecnológicos e a comunicação de massa traz consigo uma série de premissas que podem determinar o sucesso ou o fracasso pessoal.

Nessa nova ordem, alinhar-se a essas premissas passa a ser fundamental. Nas empresas e nas escolas, a formação volta-se para elas. Importante, então, "ouvir" o recado de um dos mais conceituados especialistas em práticas pedagógicas e instituições de ensino: o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, doutor em Sociologia e Antropologia, professor da Universidade de Genebra.

"A descrição de competências deve partir da análise de situações, da ação, e disso derivar conhecimentos. Os países que querem ir rápido demais se lançam na elaboração de programas sem dedicar tempo à observação das práticas sociais, sem identificar situações com as quais as pessoas são e serão verdadeiramente confrontadas. O que sabemos das competências que precisam um desempregado, um imigrante, um portador de deficiência, uma mãe solteira, um jovem da periferia? Se o sistema educativo não perder tempo reconstruindo a transposição didática (a transformação de um conhecimento científico em conhecimento escolar), não questionará as finalidades da escola e se contentará em verter antigos conteúdos dentro de um novo recipiente. Sob a capa de competências, dá-se ênfase a capacidades sem contexto. Resultado: conserva-se o essencial dos saberes necessários aos estudos longos e os lobbies disciplinares ficam satisfeitos." (Leia o conteúdo completo da entrevista em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0135/aberto/mt_247407.shtml)

Com a palavra, os educadores...

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Violência na escola

Um novo olhar sobre a violência nas escolas


Muito se tem alardeado sobre a questão da violência nas escolas. Acontece, porém, que na grande maioria das vezes as informações que inundam a mídia apenas abordam uma visão unilateral do problema. Não raras vezes são fruto de pesquisas e abordagens um tanto passionais, uma vez que provenientes de fontes duvidosas, como os sindicatos de professores ou de trabalhadores na educação. Na Edição 2089, ano 41 - nº 48 da Revista Veja, Gustavo Ioshpe aborda muito bem o outro lado da questão, num olhar menos contaminado, deixando à mostra que a situação não é bem essa. Segundo a matéria, "Informativo do INEP a respeito mostrou que 4,2% dos professores tinham visto alunos com armas brancas e 2,9% com armas de fogo na escola; 5,4% deles foram ameaçados por um aluno e 0,7% agredidos fisicamente por um aluno."

Apesar de intolerável, o bicho não é tão feio assim. Não estamos diante da epidemia sobre a qual gostam de alardear os sindicatos.

Por pura coincidência, o jornal O Estado de São Paulo, na edição "virtual" de 01/12/2008 apresenta a seguinte matéria:


"ONG: 1 milhão de crianças sofrem violência nas escolas
Seg, 01 Dez, 09h40

Todos os dias, um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, em todo o mundo. O levantamento, feito pela organização não-governamental Plan com base em estudos em 66 países, entre os quais o Brasil, motivou a entidade a lançar a campanha Aprender Sem Medo. A intenção é erradicar das escolas violência sexual, castigos físicos e bullying - agressões entre alunos. No País, a ONG vai trabalhar em escolas do Maranhão e Pernambuco.

'Tudo o que acontece na escola é parte da educação de uma criança. E o abuso sexual, os castigos acabam se tornando parte do aprendizado dos nossos alunos. Não podemos deixar que sejam educados para a violência', defendeu Bell'Aube Houinato, da Plan International. Ela esteve no Brasil para participar do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - falou sobre o abuso sexual de estudantes em troca de boas notas e comércio sexual infantil para a compra de material escolar e pagamento de mensalidades na África.

O relatório internacional da campanha Aprender sem Medo cita pesquisa com adolescentes equatorianas vítimas de violência sexual: 36,9% apontavam ter sido agredidas por um professor. O Centro de Proteção Infantil e da Família, na Tailândia, informou que a cada semana um professor é acusado de abusar de estudantes."


Diante dessa outra face, não seria igualmente importante aprofundar essas informações?

Com a palavra os dirigentes sindicais da educação...

sexta-feira, novembro 28, 2008

comunicação na web

Põe no blog





Na luta das empresas pela preferência do consumidor, uma nova arma começa a ganhar espaço. Trata-se do blog. Com uma penetração crescente entre o público mais antenado, que lê e acessa diáriamente a internet, os blogueiros vêm se posicionando cada vez mais como importantes formadores de opinião. Sabe-se que hoje, mais de 12 milhões de brasileiros já lêem cerca de 2 milhões de blogs existentes no país.

Tanto assim que as empresas começam a se dedicar com mais atenção à observar e selecionar os blogs mais acessados, buscando oportunidades para ter seus produtos e serviços citados e recomendados por blogueiros. O movimento fez surgir, inclusive, uma nova profissão: o blogueiro profissional.

Paparicados pelas empresas, eles chegam a receber presentes e produtos para consumo próprio, gratuitamente. Vejam o que mais as empresas estão fazendo para se aproximar dos blogueiros:
  • Enviam produtos novos antes que cheguem às lojas;
  • Distribuem prêmios aos leitores, criando audiência e exposição;
  • Pagam viagens e ingressos aos blogueiros para eventos como feiras, exposições e festas.
E a sua empresa, já pensou em alguma coisa?

segunda-feira, outubro 13, 2008

Tendências Educacionais


Mudanças no Horizonte da Educação


Século novo e muita coisa mudando. Para não dizer que deixei de cantar a pedra, aí vão algumas das principais tendências para o ambiente educacional.


  • Diminuição do espaço físico e aumento dos espaços virtuais. Haverá menos investimento em prédios e mais em serviços conectados.

  • Menos quantidade de salas de aula. Espaços mais funcionais com acesso à Internet.

  • Aproximação sem precedentes entre organizações educacionais e as empresas. Muitas parcerias...

  • Tendência à concentração das organizações educacionais em redes ou grupos poderosos, em grandes blocos, frutos de parcerias, consórcios de alcance nacional e também em blocos continentais. O resultado: Inovação e ganhos de escala.

  • Será cada vez mais importante a competência e a capacidade de produção de aulas e atividades adaptadas à cada tipo de curso.

  • Capital Humano como matéria prima cada vez mais valorizada;

  • Necessidade crescente de desenvolver a capacidade de gestão de diferentes cursos, de atrair alunos, de manter equipes integradas com educadores autônomos e produtores de conteúdos audiovisuais.

  • Maior envolvimento em programas de responsabilidade social

quinta-feira, outubro 09, 2008

Crise Financeira

Crise!!

Recebi, dias atrás, por e-mail, a mensagem que transcrevo a seguir. Ela procura explicar a crise mundial que está derrubando os mercados financeiros do mundo todo a partir de uma visão tupiniquim. Confira e entenda...

Entendendo a complexidade da crise sub-prime americana no Brasil

Entender a crise não é fácil (vide as tentativas de David Leonhardt, em um excelente artigo para o NYT), mas permitam-me oferecer um similar nacional, pesquisado pelo nosso intrépido correspondente Osto Craudiley.

É assim:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cerveja "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da loura (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociadas como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os pinguços da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia ó...

Mais um detalhe para enriquecer a história: antes de tudo chegar aonde chegou, outros engravatados metidos a professores atribuíram nota AAA para os tais títulos (S&P, Moody's and Fitch). São as mesmas empresas que deram Grau de Investimento para o Peru um mês antes de aumentarem a nota do Brasil!

É tudo muito sério mesmo...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Eleições 2008


Eleições à vista... a prazo... no cartão...


Está chegando a hora de trocar parte daqueles que têm guiado os nossos interesses. Nesse momento, como todo mundo sabe, surgem promessas de todas as formas. Umas à vista, outras a prazo. O fato é que, na maioria das vezes, elas nunca são pagas.

As contas se acumulam, nós, contribuintes, as pagamos. Será quando vai chegar o dia em que veradores, deputados, prefeitos, senadores e todas as esferas de cargos políticos terão de quitar as promessas feitas em campanha? Não seria o caso de serem obrigados a registrar em cartório e responderem judicialmente pelo não cumprimento das promessas? Afinal de contas, quando endossamos essas pessoas a falarem e agirem em nosso nome, não estamos lhes dando uma procuração? E por ela não respondemos, no final das contas? Não seria correto, então, cobrar e receber o que nos é devido? Quem sabe assim os candidatos paravam de prometer coisas que não podem ser cumpridas, ludibriando boa parte do eleitorado, que tem na desinformação uma das suas características?

Vamos cobrar a fatura dos que estão saindo agora, gente. Seja à vista ou a prazo...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Retardatários

Estamos comendo poeira


Todos sabemos que, em matéria de inovação, nós, brasileiros, estamos na rabeira da maioria das nações do mundo em desenvolvimento. Apesar de nos considerarmos uma gente altamente criativa (o que na maioria das vezes apenas aparece quando o assunto é o mal-feito), o fato é que nossos indicadores não revelam a associação entre toda essa criatividade e o que poderia ser o resultado delas, medido pelo número de patentes requeridas no país.

Embora seja fruto de uma conjuntura de fatores, pode-se afirmar que a qualidade da educação no país proporciona aos nossos estudantes um déficit de conhecimentos acima da média. E na era das competências, o maior patrimônio é o capital intelectual.

O que estamos fazendo com o nosso futuro? Reflita e leia a matéria editada recentemente, pela revista Veja. http://veja.abril.com.br/030908/p_099.shtml



segunda-feira, setembro 08, 2008

Não Sabe? Ligue...


Escola australiana permite que alunos liguem para os pais e consultem os amigos para tirar dúvidas durante as provas


Um programa educativo experimental adotado pela Presbyterian Ladies' College, de Sidney, maior cidade australiana, permite às alunas do nono ano que dêem telefonemas, consultem colegas de classe e utilizem a Internet durante as provas.
Atualmente, a permissão é restrita apenas às aulas de inglês do nono ano, mas há um projeto de estender a iniciativa a outras disciplinas.
Com a iniciativa, os diretores da escola pretendem que os alunos explorem todos os meios para achar a melhor solução de um problema.
Há a restrição, no entanto, que os alunos citem a fonte da informação utilizada na prova, especialmente se ela foi retirada da internet.

Parafraseando especialistas que defendem esse tipo de iniciativa, os dirigentes da escola afirmam que o mais importante não é memorizar tudo, mas sim saber procurar a informação correta e utilizá-la de forma certa.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Olimpíadas


O Buraco é mais em baixo

Para quem acompanhou a Olimpíada de Pequim e se surpreendeu com a pífia participação brasileira nos jogos, sinto muito dizer, mas está fora de sintonia com o que acontece no país.

O resultado não poderia ser outro. Ele é fruto do descaso oficial com a educação e a formação de nossos jovens. É ridículo transferir responsabilidades e imaginar que cabe às empresas o custeio na preparação de um atleta olímpico. É bom lembrar que empresas não jogam dinheiro fora. Elas investem e querem retorno. O patrocínio aos atletas está diretamente ligado à exposição que ele poderá alcançar na mídia. E é aí que a coisa pega: Quantos torneios de ginástica, atletismo, hóquei, hipismo e outras tantas modalidades a gente assiste diariamente no noticiário da imprensa?

Como podemos ter atletas olímpicos, se essas modalidades não fazem parte do currículo das escolas? Ou não compõem o calendário de eventos no âmbito municipal, estadual ou federal? Sem exposição, nada de patrocínio das empresas...

Precisamos copiar o exemplo da China, que estabeleceu metas de longo prazo e aplicou corretamente os recursos para atingi-las. O resultado todo mundo viu. Foi uma lavada no segundo colocado no quadro de medalhas, nada menos que os todo-poderosos Estados Unidos. Determinação, vontade política e investimentos. O caminho é por aí...

terça-feira, julho 22, 2008

Tecnologia



Tecnologia acaba com a doação de ossos para implantes

fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

O uso da tecnologia em favor do ser humano está cada vez mais ganhando terreno. Veja esta reportagem:

"Os ossos para implantes agora podem ser produzidos artificialmente e sob medida, graças a um processo que recria a estrutura interna do tecido ósseo e fabrica o implante a partir de um pó metálico biocompatível de titânio.

Utilizando um programa de simulação que consegue calcular com precisão a estrutura e a porosidade interna dos ossos humanos, cientistas alemães desenvolveram uma técnica que permite que ossos a serem implantados possam ser produzidos sob encomenda e praticamente na hora.

Prototipagem com pó de titânio

Depois de calculada a estrutura toda, o programa envia as instruções para um equipamento especial de prototipagem rápida. O osso artificial vai sendo construído camada por camada pela deposição de um finíssimo pó metálico.

Um feixe de raio laser aquece e sinteriza o pó metálico nos pontos exatos onde ele deve apresentar maior firmeza, deixando os poros livres onde o material deve ser mais leve.
O pó metálico utilizado é feito de materiais biocompatíveis, como o titânio e ligas especiais de aço."

Mais informações e notícias sobre os avanços tecnológicos e inovação em pesquisas você pode encontrar no site do Escola Responsável, ou diretamente através do link http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page3144.htm.

segunda-feira, junho 23, 2008

Lançamento

Bagunçado ou bem guardado?

O livro "Bagunçado ou bem guardado?" de Luíza Meyer, é um guia para as crianças aprenderem sobre organização. A Matrix Editora promove o lançamento do livro "Bagunçado ou bem guardado?" escrito pela publicitária Luiza Meyer. A noite de autógrafos tem entrada franca e é aberta ao público.

O livro é dedicado ao público infantil e conta a divertida história de Mariana, uma menina que, embora goste muito de brincar, não tem o mesmo entusiasmo e interesse para arrumar seus brinquedos e os deixa espalhados por todo canto.

Em meio a muita diversão e os truques espertos da mãe, ela acaba aprendendo a se organizar melhor para aproveitar ainda mais o tempo das brincadeiras.

A obra tem caráter educativo e o objetivo é mostrar às crianças a importância de manter suas coisas em ordem. O texto foi escrito em forma de poesia, com versos rimados e várias ilustrações, que vão mexer com a imaginação infantil. A ilustração do livro é da artista plástica Elisa Sassi.

Sobre a autora:

Luiza Meyer, mineira de Belo Horizonte (MG) é publicitária e especialista em educação internacional. Inspirada em sua própria filha, a escritora escreveu vários livros especialmente para as crianças, como "Menina de três" e "Se eu fosse...".

Agenda: - Lançamento do livro: Bagunçado ou bem guardado? de Luiza Meyer.
- Data: 26 de junho (quinta-feira). Horário: 19h.

- Local: Espaço Cultural Terraço Leitura (Leitura Pátio Megastore - Av. do Contorno, 6061 - 3º andar; Savassi).

Professores


O time dos professores

Por Marcelo Freitas

Eu adoro futebol. Sendo eu brasileiro, isso é cair na mesmice. Mas tenho outras razões para gostar desse esporte que não aquelas tantas que os “trocentos” milhões de brazucas cultivam. É que ele tem sempre me ensinado alguma coisa. Cresci praticando e aprendendo com ele. Costumo dizer que nenhuma faculdade ou curso que fiz me ensinou tanto quanto participar dos times onde joguei. Espírito de equipe, solidariedade, concentração, liderança, objetividade, planejamento, disciplina e inúmeras outras habilidades poderiam compor o currículo desse aprendizado.

Pois quando achei que já havia esgotado todos os ensinamentos eis que o tal futebol volta para me apresentar mais alguns. Eu tinha acabado de sair de uma mesa redonda onde se havia discutido novos modelos de gestão de pessoas, em especial, a questão dos professores. Com a introdução de conceitos como remuneração variável e avaliação de desempenho atrelada a resultados, por parte das escolas públicas de São Paulo e Minas Gerais, a discussão foi parar no centro da mesa.

É sabido que professores têm enorme resistência em ser avaliados pelos resultados que apresentam, de maneira concreta e objetiva, com dados e fatos. Pior ainda, quando, dessas avaliações, decorre a sua remuneração. O modelo atual, da pasteurização através dos salários iguais – leia-se hora-aula - é constantemente defendida, pelos educadores e dirigentes sindicais, como sendo o modelo mais justo, que proporciona maior equidade à categoria. Balela. Na verdade ele apenas nivela por baixo, igualando competentes e acomodados.

Na era pós-conhecimento, da qual fazemos parte, é a criatividade e o diferencial que dão o tom. E nada melhor para testemunhar isso que avaliarmos o modelo dos times de futebol. Não é por serem todos atletas profissionais e jogadores da mesma equipe que seus salários são iguais. Pelo contrário. A maioria dos atacantes ganha mais que zagueiros. Reconhecidamente, necessitam de mais habilidade para desempenhar essa função. É mais difícil construir que destruir. Mas, mesmo entre jogadores da mesma posição, os salários são diferentes. A premissa é de que cada um é um e contribui de maneira diferente para o grupo. Agregam valor em proporções desiguais e, portanto, são recompensados na medida da sua parcela de contribuição. Será que todos os professores apresentam o mesmo talento para chegar aos resultados esperados pela escola e seus clientes?

Outra contribuição do esporte Bretão se apresenta sob a forma de premiação da equipe pelas suas conquistas. Aí sim, a igualdade é permitida. E até estimulada. Quem já não ouviu falar dos “bichos” por vitórias ou por conquistas? São gratificações que contemplam o atingimento dos objetivos alcançados. Embora os salários sejam diferentes, a premiação não oferece distinção. Não se pode dizer que o goleiro é menos importante que o meio-de-campo, ou que sua contribuição durante a partida independe da participação dos demais. Por isso mesmo, o “bicho” estimula e ressalta o sentido de equipe. O time ganha, todos ganham. Não deveria ser assim com nossos professores?

A ousadia, no sentido de inovação, é uma das exigências que a sociedade faz hoje, dos profissionais de educação. Mas o segmento, habituado à repetição das suas práticas, tanto em sala de aula quanto nos gabinetes dos gestores, não estimula um novo olhar por parte dos educadores e, “por tabela”, não desafia seus alunos a serem criativos. Se algumas experiências nesse sentido surgem no cenário, elas vêm de fora, de outras áreas de formação.

Recentemente, Louise Wilson, diretora do mais famoso curso de moda do mundo, o da Central Saint Martins, de Londres, declarou numa entrevista:

“Prefiro alunos que tiram zero que os que tiram 80. Os primeiros ousaram mais. Os outros apenas repetiram o que aprenderam”.

Eis a questão, colocada na prática. O modelo de gestão de pessoas, que salienta e remunera pelo valor agregado e premia pelo esforço e o sentido de equipe, é, portanto, um exemplo de boa estratégia de Recursos Humanos para o segmento educacional. Ele beneficia toda a cadeia de valores do segmento, dos profissionais aos clientes, passando pela escola e o país. Professores mais ousados e inovadores, capazes de promover diferenciais entre seus alunos, elevam o nível da escola, que passa a ser mais procurada pelos clientes em potencial. Com maior número de alunos, a escola melhora suas receitas e, com isso, seus investimentos no produto que oferece, beneficiando diretamente os alunos. E aluno bem preparado significa profissional de primeira linha e cidadão crítico. Portanto, uma comunidade com elevado nível de educação e cidadania.
Por tudo isso uma boa reflexão se faz necessária. Como gestor educacional, de qual time sua escola faz parte? E seus professores? Seus alunos? Inovar é uma constante e deve ser uma atitude perseguida em todos os quadrantes da escola. E o motivo é muito simples. Assim como acontece no futebol, quando aprendemos as respostas e os atalhos, a vida muda as perguntas e os caminhos. Não é por acaso que os atacantes são mais valorizados. Eles têm que ser criativos e inovadores para saírem da marcação adversária e chegarem ao gol. E é essa versatilidade o que se espera, também, dos nossos educadores.
Fonte: Revista Gestão Educacional / julho 2008

segunda-feira, maio 05, 2008

Discriminação


Genoma pode cortar empregos

Uma nova modalidade de discriminação vem ganhando terreno, com o avanço da ciência. Trata-se da utilização dos exames que podem rastrear mutações genéticas capazes de desenvolver doenças graves. Nos Estados Unidos, onde esses exames chegam a ser cobertos pelos planos de saúde, a sua utilização começa a ganhar outra direção, que não aquela pretendida pela medicina preventiva.

Algumas empresas os estão utilizando para selecionar funcionários para preencher as suas vagas de emprego. Durante o processo, candidatos que podem se tornar vítimas de complicações ou que possuem histórico familiar que indique o potencial para desenvolver doenças graves são afastados da disputa pelo cargo. Trata-se de uma nova forma de discriminação. A de ordem genética.

Para evitar a sua proliferação, o senado americano já aprovou uma lei que proíbe empregadores e companhias de seguro de utilizar informações sobre o DNA de funcionários ou pacientes para basear decisões sobre contratações, promoções ou cálculo dos custos das apólices de seguro.

É a ciência competindo com a ética...