terça-feira, março 28, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

A Escola de Drucker

Mudando as respostas

Peter Drucker, o expoente da Administração e o mais respeitado pensador de negócios do século XX, numa entrevista concedida à Rádio Pública Nacional, refletiu sobre vários temas que tomaram anos a fio de sua existência. Ao ser perguntado sobre qual seria a sua mensagem fundamental para o homem de negócios do século 21, disse: faço-lhe três perguntas, não importando sua nacionalidade ou formação. A primeira: Qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais? Segunda: Qual a sua definição de resultado? Terceira: Quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados?
Considerando que muito do processo de inovação consiste em criar novas utilidades para produtos ou serviços existentes; adaptar conceitos correntes a novas situações ou re-posicionar mercados a partir do atendimento de outros públicos-alvo, seria interessante se executivos de educação se fizessem a seguinte pergunta: quem é o meu cliente e qual é o meu negócio?

Parece evidente que a resposta seria apontar os educandos como seus clientes, estendendo, eventualmente, essa condição aos pais ou famílias. Mas e se a resposta fosse diferente? Se ao invés de ser o estudante o cliente principal, o mercado de trabalho, as empresas ou o país tomassem o seu lugar?

Certamente um novo horizonte se abriria para a inovação ou para a diferenciação dos serviços educacionais. Ao posicionar as empresas como seu principal cliente, as escolas de ensino profissionalizante ou as instituições de ensino superior estabelecem uma nova lista de demandas a suprir. Focar nelas pode ser um caminho interessante para se sair da mesmice das escolas e caminhar em direção a resultados que agreguem valor ao setor produtivo, trazendo como conseqüência melhoria de produtos ou serviços que possibilitam melhorar a vida das pessoas, de maneira prática.
Não vamos deixar o saudoso professor Drucker sem resposta!