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terça-feira, setembro 10, 2024

Subway e a estratégia de Marca

 

Como o Subway alavancou sua imagem na Coreia do Sul


É sabido que "as marcas" representam um papel importante dentro das estratégias de mercado das empresas. Nessa perspectiva, torna-se fundamental torna-las conhecidas, amadas e respeitadas pelo seu público, nos diversos mercados onde atua. E nessa hora, vale entender as forças que movem esses mercados e os caminhos que podem levar ao resultado desejado. Veja o caso da Subway:

"Nos últimos anos, produções sul-coreanas têm alcançado níveis altíssimos de popularidade internacional, muito por conta do sucesso de “Parasita” (filme ganhador do Óscar de 2020) e de séries como “Round 6”, da Netflix.


E quem surfou essa onda de sucesso para virar uma marca top of mind dos sul-coreanos e de mais telespectadores globais foi o Subway.

Como assim? A rede de fast food pagou para ter seus produtos, suas lojas e o nome da marca dentro dessas produções, especialmente nas que hoje são conhecidas como “Korean Dramas ou K-Dramas”.

Para contextualizar… Na Coreia do Sul, as transmissões de TV possuem poucos intervalos publicitários. Por isso, o melhor jeito das marcas alcançarem os telespectadores é através da colocação de produto — o tal do product placement.

Só em 2018, emissoras do país venderam US$ 114 milhões em product placement. Dependendo da popularidade do programa, o custo para ter um produto inserido variava de US$ 30 mil a US$ 70 mil.

Foi aí que o Subway decidiu se aventurar, entrando com tudo no product placement e chegando até a fazer parte da narrativa de certas histórias.
Na série “The Ghost Detective”, por exemplo, um dos personagens não conseguia comer nada por ser um fantasma, até que alguém lhe serviu um sanduíche do Subway — sem sentido, nós sabemos. risos.

O resultado: Em março de 2021, o ex-diretor da marca no país disse que a diferença era gigante entre a percepção dos consumidores antes e depois dos product placements — à época, o Subway já havia aparecido em 17 séries do país.

Agora, é bem possível que você passe a ver cada vez mais marcas enquanto curte seu filme do final de semana."
(Fonte: The Bizness) (Foto: Round 6 / divulgação Netflix)

quinta-feira, novembro 23, 2017

Tecnologia e Educação

Tecnologia compete ou completa ?
Marcelo Freitas


Numa das minhas oficinas para estudantes do Ensino Médio, um aluno, sentado na última carteira da sala de aula, chama minha atenção para tecer um comentário. Na verdade, para contar um fato curioso.

Como um dos melhores alunos de disciplinas como história, geografia e sociologia, conta ele, sempre é procurado por colegas que querem saber o segredo das boas notas nas avaliações. Geralmente, Rafa indica aos colegas alguns canais de vídeo, no Youtube, ou documentários e filmes, de canais a cabo, como History ou NatGeo. Eles funcionam como um complemento ao que é dado na escola, além de ser uma boa fonte de estudos a partir do entretenimento. Videoaulas também são uma opção, porém, diz ele, às vezes um pouco mais enfadonhas.

Mas, segundo o Rafa, o grande pulo do gato está nos games de estratégia que joga. São jogos temáticos, que exigem o exercício de competências, como visão integrada do ambiente; diplomacia e capacidade de articular diversos fatores socioeconômicos para ganhar mercados, territórios ou mesmo, guerras. Jogados geralmente em rede, esses games se desenrolam sobre o cenário de um mapa mundi, tendo fatos e personagens históricos a apoiar o seu roteiro.

Tudo isso faz com que o Rafa tenha, na ponta da língua, a localização e as principais cidades de todos os países ali presentes. Faz também com que tome contato com dados e marcos históricos, governantes e sistemas de governo diversos, e elementos da economia desses países. Uma avalanche de informações que seria difícil memorizar, se o caminho fosse um livro didático tradicional.
Ao contrário, como elemento de entretenimento, essas informações são apresentadas nos jogos de forma totalmente contextualizada e lúdica. Além disso, a partir dos movimentos feitos pelo jogador, em suas tomadas de decisão, os games permitem que as relações de causa e efeito sejam imediatamente sentidas. Ou seja, são simulações da vida real em tempo real, situação inimaginável a partir das páginas de páginas impressas.

 Em outra intervenção, Júlia comenta que estuda, geralmente, a partir de aulas disponíveis no Youtube, ou em sites de educação. Ela também assiste canais da Tv a cabo que apresentam reportagens e programas temáticos. Quando criança, relata que assistia canais de entretenimento educativo, como Discovery Kids e Disney. Naquela época, segundo ela, transitava pela rede social infantil Club Penguin, onde aprendeu noções de cidadania, negócios e boas maneiras.

Relatos como esses são muito comuns em um ambiente povoado de jovens. O que inclui a escola, evidentemente. Mas por que ela, muitas vezes, despreza essas informações ou reluta em usar tudo isso a seu favor?

A explosão da tecnologia promoveu, e o vem fazendo em escala crescente, uma verdadeira desordem no sistema de educação tradicional. O acesso à informação se tornou instantâneo e a forma de fazê-lo se apresenta das mais diversas maneiras, quebrando a estrutura secular da sala de aula.
A grande questão que se coloca é: como a escola vai lidar com isso?

Ela pode continuar ignorando esse movimento e, com isso, dando espaço para que outros segmentos da economia avancem sobre o seu mercado. Ou pode fazer o sentido inverso, transformando esses agentes em importantes parceiros do seu negócio. Nesse caso, prefiro pensar nas redes de educação como protagonistas, buscando estabelecer relações estratégicas com estúdios de animação ou produtores de games, incrementando e atualizando assim o seu arsenal didático e substituindo o convencional por algo novo e muito, muito mais atraente. Algo que os jovens fiquem contando os minutos para usar, pois será prazeroso e, ao mesmo tempo, instrutivo.

Para que esse movimento realmente aconteça, o segmento educacional precisa, mais que nunca, mirar o cliente, não o produto, como vem acontecendo há décadas. A exemplo da escola, o desempenho das organizações focadas no produto piorou, porque o mundo em que operam mudou além da sua capacidade de adaptação ou evolução. Os princípios pelos quais organizam seus processos se tornaram ultrapassados. E a tecnologia, e sua expansão, é uma realidade irreversível, que precisa ser considerada e integrada ao negócio.

Essa tecnologia potencializou outras formas de aprender e levou para fora da escola as possibilidades de aquisição de conhecimento. A era do tamanho único, do perfil padrão, do modelo genérico e dos processos rígidos em que se baseou a escola do século passado não encontra mais espaço. Ela, a exemplo de outros segmentos, está sendo impactada por algo novo, que o avanço da tecnologia tornou possível, chamada “personalização”. E nesse aspecto, indústrias como a do entretenimento seguem em passos mais acelerados que a Educação.

Elas rapidamente entenderam e estão dando respostas aos anseios dos clientes, que esperam por produtos configurados para as suas necessidades, cronogramas de entrega ajustados às suas agendas e formas de pagamentos que lhes sejam convenientes. É por essas e outras que uma aproximação com essas empresas poderá encurtar caminhos e rejuvenescer a Educação, de maneira mais rápida e eficaz.

As boas práticas de gestão e mercado, assim como os recursos tecnológicos, podem oferecer às escolas, e empresas do segmento educacional, um trampolim para uma nova era.

Nessa perspectiva, a aprendizagem de conceitos e o desenvolvimento de competências são tarefas que podem ser impulsionados por recursos tecnológicos como games, plataformas adaptativas, canais de vídeo, ambientes virtuais Maker e redes sociais fechadas, que se traduzem em ferramentas mais apropriadas aos novos tempos. É desse modo que a tecnologia complementa a Educação e fortalece a escola. Caso esse caminho não seja seguido, entretanto, poderão, aí sim, competir com ela.

quinta-feira, março 10, 2011

Futuro

Uma visão de futuro, para os pensadores...




Quem lida com educação, planejamento estratégico ou pretende criar um novo negócio que vá se perpetuar não pode deixar de olhar para o futuro. É lá que as coisas vão acontecer.

Nesse sentido, o blog Mundo Estranho, da Abril, publicou uma visão desse mundo, a partir da opinião de alguns especialistas. Selecionei abaixo essas considerações.

Ultralópolis

Conheça as principais mudanças previstas por especialistas e pesquisadores...

Arranha-espaço

Para uma superpopulação, superprédios. Além de apartamentos de vários tamanhos para abrigar centenas de milhares de pessoas, eles terão comércio, hospital, escolas, lazer e até fazendas. "Serão megacondomínios de 800 metros de altura, capazes de gerar energia e alimentos e reciclar água e lixo", diz Bernard Hunt, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos. "Muita gente passará meses sem sair deles."

Vida no ar

Já rola em Hong Kong e vai se tornar padrão: grandes passarelas vão ligar os principais edifícios, compensando a falta de espaço. Haverá também pistas para automóveis e ônibus (mais raros do que hoje), trens, metrôs... e zepellins. "O transporte por dirigíveis só não se popularizou ainda por causa de acidentes que chocaram o público no começo do século 20", diz Joel Garreau

Ladrões aposentados

Boa notícia: você viverá mais. Hoje, 8% da população está acima dos 65 anos; em 2111, serão 24%. Notícia melhor ainda: isso deve diminuir a criminalidade, já que os jovens são os principais causadores (e vítimas) da violência. Mas ainda haverá bairros barra-pesada, principalmente nas megalópoles dos países pobres. A polícia vai agir na terra e no ar, contando com câmeras em todo lugar e robôs-vigias

Estradas inteligentes

O trânsito estará ainda mais caótico, com grandes engarrafamentos, pedágios urbanos e estacionamentos caríssimos. Boa velocidade, só nas vias superinteligentes entre as cidades. Segundo Robert Strattan, pesquisador da Universidade de Tulsa, nelas os veículos andarão a até 400km/h, a poucos centímetros uns dos outros, rastreados por radares e controlados pelo computador de bordo.

Vida sob a terra

Ninguém vai querer morar debaixo do solo, mas não vai dar para descartar esse espaço útil. Teremos shoppings conectados a estações de metrô, ciclovias e pistas de caminhadas em até dez andares de profundidade. Em pontos cruciais, elevadores irão direto do subsolo até o topo dos arranha-céus. Os japoneses já têm um projeto do gênero, a cidade subterrânea de Marinepolis.

Quintal é luxo

Os condomínios fechados ainda serão a melhor opção para os endinheirados. Segundo Bernard Hunt, "eles abrigarão, em média 500 mil pessoas, e mesmo assim preservarão todas as características dos atuais condomínios de alto padrão" - ou seja, isolamento, segurança e algum contato com a natureza. Como a maioria das pessoas trabalhará de casa, a distância dos grandes centros não será problema.

Chaminé forever

Cidades terão parques, carros não usarão mais petróleo e lares receberão energia renovável. Mesmo assim, ainda teremos uma nuvenzinha preta da poluição sobre nossas cabeças. "Ainda precisaremos de indústrias e os principais países desenvolvidos não conseguirão se livrar totalmente da dependência de carvão", prevê Garreau. Pelo menos, as fábricas ficarão em áreas mais isoladas.

Outras conclusões interessantes:• As migrações se tornarão mais intensas. Resultado: gente de todas as raças e origens farão parte do seu dia a dia.


• Nada de carros voadores: o futuro está mais para Minority Report do que para De Volta para o Futuro.

• Um projeto de bairro ecológico e 100% conectado à web deve ser inaugurado em 2015 na Índia.

• O futuro já começou! Tóquio já tem três projetos de megaprédios para 1 milhão de pessoas.


Fontes: Joel Garreau, pesquisador da Universidade George Mason; Bernard Hunt, consultor do Instituto Real de Arquitetos Britânicos; Robert Strattan, professor da Universidade de Tulsa e pesquisador de novos combustíveis; sites do IBGE e da ONU; livro E-topia: A Vida Urbana, Mas Não como a Conhecemos, de William J. Mitchell
http://mundoestranho.abril.com.br/geografia/como-serao-cidades-daqui-100-anos-620858.shtml

terça-feira, dezembro 26, 2006

Empresas e Universidades


Distância entre empresas e universidades gera atraso para o país

Em recente pesquisa realizada junto aos seus leitores, a Revista Exame constatou que 74% das empresas nunca desenvolveram projetos em parceria com Universidades... Tal situação demonstra a falta de sintonia entre as escolas e as empresas, fato que contribui para a formação de profissionais desconectados com o mercado de trabalho.

Além disso, o fato contribui para tornar o país um dos menos inovadores, pois o volume de novas patentes de produtos das empresas e centros de pesquisas nacionais é um dos menores entre todos os países emergentes. Isso cria uma dependência em relação aos países mais desenvolvidos, ao mesmo tempo em que nos coloca numa posição desfavorável em relação às exportações, restringindo nossas possibilidades às commodities.

Quando será que as escolas vão acordar para sua imensa possibilidade de contribuição para a geração de riqueza na economia?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Educação continuada


Educação ao longo da vida aumenta a demanda em cursos

Um estudo promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas mostra que nos próximos anos haverá um significativo crescimento populacional e ao lado desse fenômeno, aumentarão as chances no mercado de trabalho para as pessoas com maior idade.

Segundo a análise terão maior competitividade as pessoas que estiverem atualizadas por meio de cursos. O mercado de cursos de atualização profissional tende a crescer para atender a esse grupo populacional que será mais significativo. A população, estimada em 2005, em 183 milhões de habitantes, deverá chegar em 2030 a 225 milhões. A mostra evidencia ainda que as mulheres terão mais vagas do que os homens. Atualmente representam 40% da força de trabalho e esse percentual se elevará para 47% no final do período.

No segmento educacional trata-se de uma boa notícia, uma vez que a ociosidade das escolas atinge níveis altíssimos. Além disso, abre-se uma nova oportunidade para os empreendedores educacionais. Ao expandir seus negócios, os gestores e executivos da educação podem, agora, considerar um outro segmento a ser explorado.

segunda-feira, julho 03, 2006

Liderança

Executivos aprendem com a Copa do Mundo...

Esta copa do mundo traz lições interessantes. E não é a primeira vez que o esporte nos apresenta ensinamentos que podem ser aplicados na nossa vida cotidiana... e mais especialmente no dia-a-dia do trabalho.Uma delas é sobre liderança.

Uma equipe é o reflexo do seu líder, já diziam os antigos. E os fatos recentes da Copa nos vêm confirmar a sabedoria popular. Basta compararmos as performances das seleções de Brasil e Portugal. Enquanto a primeira entrou na disputa como favorita absoluta, a segunda poderia ser considerada um azarão até mesmo para uma possível chegada às oitavas de final. O time de Parreira, senhor de si e com a mais absoluta arrogância, desfilava seu favoritismo para os milhares de expectadores que enchiam os locais de treino para ver o dream team brasileiro. Centenas de reportes do mundo inteiro a cobrir, ao vivo, até mesmo uma seção de alongamento.

Do outro lado, treinamento e muito suor. Pragmatismo, humildade. Enquanto o treinador brasileiro se limitava a observar o “rachão” dos seus comandados, uma espécie de pelada sem compromisso, Luís Felipe Scolari ensaiava dezenas de vezes a mesma jogada, levando seus jogadores à exaustão.

O mais visível retrato da força de uma liderança, entretanto, era transmitido pelas imagens durante as partidas. Na participação de cada uma das seleções, já na fase das quartas de final, Felipão era a encarnação do espírito guerreiro. Esbravejando, gritando, reclamando com a arbitragem, motivando seus comandados a partir da lateral do campo, transmitia para a equipe a atitude de um time que busca seu objetivo. Atitude, é a palavra.

Em contrapartida, enquanto o Brasil via a França jogar, com Zidane passeando em campo, Parreira era uma figura impassível. Encarnava o que Bjorn Borg, o homem de gelo do tênis, imortalizou. Um monolito sem expressão. Era o retrato da falta de emoção, da falta de vibração... da ausência daquilo que mais caracteriza o brasileiro: a fibra e a raça. Diante disso, os jogadores dentro de campo mantinham a mesma arrogância e repetiam. Quando um subordinado olha para seu líder, busca nele o exemplo, a força, a orientação. Olhando para fora do campo, os jogadores apenas podiam ver a acomodação e a apatia diante de uma situação que se complicava cada vez mais na medida em que o jogo se dirigia para o seu final.

Coração, alma, raça, fibra... requisitos de liderança que calam alto quando se pretende atingir objetivos. Fatores que podem fazer a diferença entre uma equipe vencedora e um fiasco. Nas empresas e nas organizações em geral, precisamos cada vez mais de um Felipão. Adeus Parreira!

segunda-feira, maio 22, 2006

Risco aos negócios

O Ranking das Ameaças

Segundo o resultado de uma pesquisa realizada com 269 executivos de empresas globais, o The Economist Intelligent Unit apresentou os riscos que mais desafiam os negócios:

1 - Reputação (ameaças à imagem de produtos da marca);
2 - Regulatório (Desrespeito à legislação);
3 - Capital Humano (Escassez de talentos e turbulência na sucessão);
4 - Tecnologia (Falhas operacionais e na segurança);
5 - Mercado (Desvalorização dos ativos);
6 - Crédito (Inadimplência dos clientes);
7 - País (Desafios específicos de uma região);
8 - Financiamento (Dificuldade de obter crédito);
9 - Terrorismo;
10 - Desastres Naturais.

Considerando esse ranking, no caso brasileiro, sem dúvida poderíamos acrescentar de maneira clara o governo, os políticos e suas trapalhadas...

quinta-feira, maio 18, 2006

Desperdício de Talentos


Má formação de jovens atrasa o desenvolvimento

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra que o país desperdiça um número recorde de mão-de-obra até 24 anos de idade por falta de educação de qualidade. A escolaridade média do jovem brasileiro é de 8,1 anos (menor do que o ensino fundamental que passou a ser de 9 anos recentemente).

O ensino médio não é hoje mais suficiente para entrar no mercado de trabalho, sendo imprescindível à formação superior. Nenhuma nação é capaz de ter desenvolvimento se não investir fortemente na educação e o Brasil deixou de atender a esse requisito básico adotado em outras regiões. Será necessário um grande esforço do Poder Público para reverter esse quadro e propostas concretas estão sendo feitas por algumas organizações.

Um dos papéis esperados do Conselho Nacional de Educação é o de debater assuntos como esses, já que funções cartoriais que antes existiam foram retiradas por meio da recente modificação de sistemática imposta pelo recém-baixado decreto presidencial.

A questão é que o país, além de conseguir aumentar seus índices de desenvolvimento e crescimento, que lhe permita patamares próximos das economias emergentes, como China e Índia, precisa faze-lo de maneira sustentável. Com a perda de talentos e a má qualidade da formação de nossos jovens, jogamos pela janela a oportunidade de nos consolidarmos como uma nação forte e uma economia vigorosa. Quando vamos, realmente, qualificar nossa educação?

terça-feira, maio 02, 2006

Educação


O Estado de São paulo 16/4/2006
Escolas decretam o fim da lousa

Com a invasão da tecnologia nos colégios particulares, aluno usa controle remoto e professor ensina em tela
Ricardo Westin

As provas já podem ser feitas em casa, pela internet. Os professores fazem a chamada com computadores de mão. As circulares endereçadas aos pais chegam pelo e-mail. O avanço da revolução digital sobre as salas de aula não poupa nem mesmo a boa e velha combinação do giz com o quadro-negro: as lousas agora são digitais e interativas.

As novas tecnologias não se limitam à casa ou ao trabalho. Também os colégios - obviamente com mais força os particulares - têm se preocupado em adotar as novidades. Aos poucos, deixam de encarar a revolução digital na educação como um laboratório cheio de computadores destinados a lições de informática aplicada. "As crianças e os adolescentes de hoje são nativos digitais. Nasceram no mundo do computador, do celular. Ao contrário de nós, que somos imigrantes digitais. Se não nos adaptarmos, o diálogo com eles ficará difícil", afirma o professor Sérgio Américo Boggio, um dos diretores do Colégio Bandeirantes, de São Paulo.

O avanço é tão rápido que essa escola aboliu o quadro-negro de 70% das salas. A chamada lousa digital, vedete dos colégios hi-tech, ocupou seu lugar. Parece um simples projetor ligado a um computador. Mas é só a primeira impressão. Além de escrever, o professor pode usar som e vídeo e acessar a internet. E não precisa se debruçar sobre o computador: tudo é feito diretamente na lousa, com canetas e apagadores especiais.

Assim, numa aula de geografia que tem a Índia como tema, o professor pode recorrer ao mundialmente conhecido Google Earth (site que traz detalhadas fotos de todo o planeta tiradas por satélite), exibir imagens da capital do país, Nova Délhi, e abrir a página do primeiro-ministro indiano. Além disso, a aula toda pode ser gravada e jogada na página do colégio na internet. O aluno que faltou não perde a lição.

FIM DA ABSTRAÇÃO

Isso, na avaliação dos profissionais da área, é uma vantagem tanto para alunos como para professores. "Acho um privilégio que eles pertençam a uma geração com tantos recursos", diz Solange Perazza, coordenadora do Colégio Pentágono, também em São Paulo. "Antes, as coisas vinham de uma forma abstrata. Nós tínhamos dificuldade para aprender, elaborar internamente determinados assuntos. Hoje se aprende com muito mais facilidade. E nós, professores, precisamos correr para acompanhar."

O site de outro colégio paulistano, o Dante Alighieri, tem um espaço para que se criem blogs (páginas pessoais). Os professores podem apresentar conteúdos extras (como links para reportagens de jornais) e criar fóruns de discussão - uma sala de aula virtual. Os alunos também criam suas páginas. "Resgatamos a colaboração. Fugimos das atividades solitárias, típicas da internet", explica Valdenice Minatel, coordenadora de Tecnologia Educacional.

Nem as provas têm a mesma cara. No Colégio Peretz, em São Paulo, os alunos as resolvem pelo computador. Discursivas? É só imprimir para a correção. Testes? Mais fácil ainda - a máquina corrige na hora, sem gasto de papel nem trabalho para o professor. Para evitar a cola, a internet fica bloqueada durante o exame.

No Pentágono, algumas provas podem ser resolvidas em casa, via internet. "Os estudantes ficaram eufóricos porque poderiam colar", lembra a professora de matemática Yuri Sano. "Depois entenderam que o objetivo não é a nota. Quando resolvem as questões, mesmo consultando o livro, estão aprendendo. Nesse caso, a prova também é um momento de estudo."

PROGRAMA DE TV

Alguns colégios já estão de olho na tecnologia que a faculdade Faenac, de São Caetano do Sul (SP), usa como diário de classe. Cada um dos 220 professores tem um computador de mão (handheld), onde marca o nome dos ausentes e as notas. Médias e faltas são calculadas automaticamente e vão logo para a internet - mais uma vez sem gastar papel, sem passar pelos digitadores da secretaria.

Uma sala equipada com lousa digital não sai por menos de R$ 20 mil. As escolas esclarecem que a parafernália é incorporada aos poucos, para não assustar os pais na hora da cobrança da mensalidade. Tanta novidade às vezes espanta até os alunos. "Não imaginava que poderia haver tanta coisa numa sala de aula", diz Emília Arapenha, de 18 anos, estudante do Colégio Bandeirantes, referindo-se aos momentos em que a turma recebe controles remotos. Diante da pergunta do professor, em vez de o sabe-tudo levantar a mão, todos apertam a alternativa que julgam correta. Um aparelho "apura os votos", e o professor fica sabendo se o tema foi bem explicado. "A aula fica dinâmica. Até parece gincana de TV", ri Emília.

sábado, abril 01, 2006

Trabalho Remoto


Os atendentes foram para casa
23.03.2006
EXAME


"Na última década, as centrais de atendimento telefônico transformaram-se num gigantesco canal de absorção de mão-de-obra, razão pela qual ficaram conhecidas como "o chão de fábrica do século 21". Agora, os avanços da tecnologia estão levando as empresas do setor a mandar seus trabalhadores para casa. Nos Estados Unidos, o número de atendentes que trabalham remotamente aumentou 20% no ano passado. No Brasil, a Automato, do Rio de Janeiro, passou a usar uma central que faz ligações pela internet. Com isso, os 32 funcionários do call center começaram a trabalhar em escritórios domésticos. A novidade cortou os custos em 50% e praticamente eliminou a rotatividade desses empregados -- que continuam a ter carteira assinada e jornada de trabalho de 6 horas diárias."

Uma inovação que já vinha ganhando terreno em diversos setores no mercado de trabalho, agora começa a ser mais ampliado em função do avanço tecnológico. Seria interessante estudar agora uma forma de suportar legalmente as empresas e empregados, pois não vai demorar acontecer questionamentos na justiça do trabalho sobre os limites dessa nova forma de atuação.

Da parte dos empregados, até onde dura a jornada? Como é controlada? Como poderia ser a remueração de horas extras e produtividade?

Por parte das empresas, quais as salvaguardas contra ações relativas ao desvio de informações? E quanto aos pleitos por pagamento de horas-extras?

Sem dúvida haverá um bom caminho a ser vencido...

Maternidade


Menos dinheiro para mamãe
23.03.2006
EXAME

"A maternidade no início da carreira é o principal fator de desigualdade salarial entre homens e mulheres, segundo pesquisa do instituto inglês Women and Work Commission. O estudo aponta que as mulheres britânicas ganham, em média, 17% menos que os homens. Uma das justificativas é o fato de elas optarem por trabalhar meio período após o nascimento do bebê. De acordo com o Institute for Fiscal Studies, a profissional que se torna mãe aos 24 anos e decide encurtar a jornada pode deixar de ganhar 1 milhão de dólares ao longo da carreira."

A questão, aqui no Brasil, é considerar essa informação no momento em que é apresentado no Congresso um projeto de lei onde se pretende ampliar a lincença maternidade para 6 meses. Se a diferença entre a remuneração entre homens e mulheres já tende a ser, historicamente, diferenciada, o que será então se aprovada a lei?

terça-feira, março 28, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

A Escola de Drucker

Mudando as respostas

Peter Drucker, o expoente da Administração e o mais respeitado pensador de negócios do século XX, numa entrevista concedida à Rádio Pública Nacional, refletiu sobre vários temas que tomaram anos a fio de sua existência. Ao ser perguntado sobre qual seria a sua mensagem fundamental para o homem de negócios do século 21, disse: faço-lhe três perguntas, não importando sua nacionalidade ou formação. A primeira: Qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais? Segunda: Qual a sua definição de resultado? Terceira: Quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados?
Considerando que muito do processo de inovação consiste em criar novas utilidades para produtos ou serviços existentes; adaptar conceitos correntes a novas situações ou re-posicionar mercados a partir do atendimento de outros públicos-alvo, seria interessante se executivos de educação se fizessem a seguinte pergunta: quem é o meu cliente e qual é o meu negócio?

Parece evidente que a resposta seria apontar os educandos como seus clientes, estendendo, eventualmente, essa condição aos pais ou famílias. Mas e se a resposta fosse diferente? Se ao invés de ser o estudante o cliente principal, o mercado de trabalho, as empresas ou o país tomassem o seu lugar?

Certamente um novo horizonte se abriria para a inovação ou para a diferenciação dos serviços educacionais. Ao posicionar as empresas como seu principal cliente, as escolas de ensino profissionalizante ou as instituições de ensino superior estabelecem uma nova lista de demandas a suprir. Focar nelas pode ser um caminho interessante para se sair da mesmice das escolas e caminhar em direção a resultados que agreguem valor ao setor produtivo, trazendo como conseqüência melhoria de produtos ou serviços que possibilitam melhorar a vida das pessoas, de maneira prática.
Não vamos deixar o saudoso professor Drucker sem resposta!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Estratégia


Varejo dentro da empresa

EXAME A GR, empresa especializada em serviços de alimentação, está investindo num mercado: o varejo dentro de empresas. Recentemente, inaugurou uma loja de conveniência e uma unidade do Caffè Ritazza marca própria da GR) na fábrica da IBM em Hortolândia, no interior paulista. A companhia também fechou uma parceria com Spoleto para instalar restaurantes dessa marca dentro de empresas. O objetivo é, aos poucos, levar "praças de alimentação" ambiente interno das companhias, a exemplo do que já acontece no exterior.
A notícia veiculada pela revista Exame vem representar uma porta para a redução de custos para diversos segmentos, como hospitais e escolas. As cantinas escolares, por exemplo, representam uma fonte de dor de cabeça para os diretores dessas instituições. Além de desviar o foco de ação das escolas, implicam em ocupar pessoal interno em compras e controles de estoques, gerando custos com infraestrutura e pessoal, além de imobilização em estoques. Gente... cada macaco no seu galho!

Nada como ter especialistas cuidando das coisas enquanto nos ocupamos da essência de nosso trabalho. Essa é uma lição que a escola ainda não aprendeu! Leia mais em
http://www.corporateconsultoria.com/index_arquivos/Page1049.htm

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Fusões


De olho no mercado da educação...

Recentemente a revista Exame comentou uma pesquisa realizada pela KPMG sobre fusões e aquisições no Brasil. De acordo com o trabalho, houve um aumento de 23% no número de empresas de capital estrangeiro que compraram grupos nacionais. Se por um lado isso está se tornando comum entre as empresas de diversos segmentos do mercado, na educação, um setor da economia que tem aumentado exponencialmente de tamanho, ainda são raros os casos de que se tem notícia. Recentemente, a aquisição do controle acionário da universidade paulista Anhembi Morumbi para o grupo americano Laureate por 165 milhões de reais, sacudiu o mercado.


Na verdade essa onda de fusões e aquisições já era prevista. Mencionei isso a cerca de 5 anos atrás. Num movimento que teve como ponto de partida a abertura da economia nacional e como primeiros protagonistas os agentes do setor financeiro, como os bancos e financeiras, a tendência é de proliferação. Em todos os segmentos é cada vez maior a necessidade de ganhos de escala. E o segmento educacional, nesse aspecto, apresenta um enorme potencial de oportunidades. Resta saber se as instituições educacionais saberão tirar proveito desse movimento

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Receita Brasil


A solução para o Brasil está no ar

O Brasil convive há tempos com a questão da sua sustentabilidade e do pagamento da famigerada dívida externa. Contudo, a solução pode estar aqui mesmo, no ar puro que distribuímos para o mundo. A nossa Amazônia é decantada como o último pulmão do mundo. Os países desenvolvidos, depois de devastarem e continuarem devastando as florestas do planeta e emitindo para a atmosfera todo tipo de impureza, sempre se voltam contra as queimadas e cortes de madeira promovidos na Amazônia por exploradores incautos e inescrupulosos. Entretanto, em nenhum momento cogitam “bancar” a área verde. Sempre impingem ao Brasil a responsabilidade de faze-lo, muitas vezes nos acusando e obstruindo a exploração racional da área, que poderia ser a nossa redenção em termos de recursos econômicos, considerando as vastas possibilidades de exploração local.

Sendo assim, não seria justo que o governo brasileiro cobrasse dos demais países o ônus de manter intacta a Amazônia? E isso seria simples. Bastaria que se fizesse a seguinte conta: uma pessoa normal consome “n” m³ de ar, por dia. Depois disso, volta-se a multiplicar o resultado por 30, para se saber o quanto é consumido de ar puro por mês, por uma pessoa. Uma vez chegado a esse resultado, ele seria então multiplicado pela população de cada país. Este seria o valor da fatura de cada um deles para com o Brasil.

Fácil não? O comércio de recursos naturais não é novidade... Há nações que vivem da venda de petróleo. Outras, por si próprias ou através de suas empresas, comercializam água pura. A própria energia elétrica, oriunda de usinas hidrelétricas, é também comercializada.

Por que não o ar, então? Temos a maior indústria de ar puro do planeta e não nos damos conta do quanto isso é estratégico. Que tal começarmos a tirar algum proveito desse gênero de primeira necessidade, assim como os árabes tão bem sabem fazer com o petróleo?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Recursos Humanos e família

Minha empresa é uma grande família!

Alguns executivos se gabam de poder comparar a empresa a uma grande família. Bobagem!

Com o pipocar das festas de Natal, é comum vermos presidentes de empresa falando aos seus funcionários. Em boa parte dos discursos a equipe é elevada à condição de “aqui somos uma grande família”. Pura bobagem. Coisa de profissionais de RH ultrapassados. Comparar a família a uma equipe de trabalho é diminuir a importância da família.

É evidente que um bom ambiente de trabalho deve ser buscado e enaltecido. Afinal, passamos boa parte do nosso dia lidando com a equipe com a qual trabalhamos. Mas família é família.

As pessoas estão na empresa para buscar o seu sustendo. Têm um objetivo específico de conseguir recursos para financiar o seu provimento e o da família. E nada mais. Não me venham com o discurso de que existe uma razão maior. Ao contrário da família, onde os laços afetivos comandam as ações, na empresa a questão fundamental é mesmo “ganhar dinheiro”. Questões como reconhecimento existem, mas vêm depois. Na família as pessoas não esperam nenhuma recompensa ao se ajudarem.

Se você discorda, experimente propor a todos: De agora em diante todos trabalharão de graça, pelos ideais da empresa, como em uma família. Viu?

sexta-feira, novembro 25, 2005

Lula apóia pirataria

Vai um DVD aí, Excelência?
Depois de encher o AeroLula com sua comitiva, o presidente ganha os céus com destino à Rússia. Um sonho para quem, durante toda vida, teve aquela terra como a batcaverna dos seus heróis. Durante o vôo o anfitrião oferece aos convivas uma seção de cinema, para amenizar as horas passadas sobre o oceano. Em cartaz: 2 Filhos de Francisco.

Nas últimas semanas, a assessoria de Lula admitiu que o presidente assistiu a uma cópia pirata do filme, uma vez que a Sony Pictures do Brasil só agora pretende lançar a versão em DVD.

Mas o que é pirataria de software?

Pirataria de software é roubo de direitos autorais. A pirataria acontece quando:
· um indivíduo ou uma entidade oferece contrabando, CD-ROMS, DVDs, aplicativos descarregáveis ou números de série tanto gratuitamente como por dinheiro ou permuta;
· quando fornece produtos educacionais sem autorização para pessoas ou entidades não-qualificadas;
· quando instala ou usa software sem uma licença devidamente autorizada ou em mais sistemas do que aqueles para os quais adquiriu a licença.

Hoje, qualquer pessoa envolvida com a prática ilícita - seja um usuário de programa "pirata", um comerciante ilegal ou um cúmplice na pirataria corporativa - está sujeita a punições que variam de seis meses a quatro anos de detenção, além do pagamento de indenização milionária de até 3000 vezes o valor do software pirateado aos produtores do software. De acordo com a lei brasileira, cabe ao empresário responder por qualquer irregularidade que ocorra na companhia, inclusive por aquelas praticadas por funcionários.

Segundo o advogado Gueiros Jr. a pirataria, de qualquer tipo, destrói empregos, diminui a arrecadação de impostos, fortalece o crime organizado, suja a imagem dos produtores oficiais e ainda ludibria o consumidor, que recebe gato por lebre. Alguns fatores favorecem a prática, como o desemprego e a conseqüente busca pelo trabalho informal, os roubos de carga, a corrupção de fiscais, a sofisticação das quadrilhas e o sistema tributário brasileiro, que muitas vezes torna a produção de bens excessivamente cara.

Como se vê, bastaria escolher em qual dos crimes indiciar o nosso presidente, que, mais uma vez, presta um desserviço ao país, através do mal exemplo que dá aos seus cidadãos.

quinta-feira, novembro 24, 2005

O Quarto Setor


Depois do surgimento do Terceiro Setor agora é a vez da Empresa Social

"El cuarto sector y las empresas sociales" por Christián Tiscornia Para el autor, la movilización por valores, sustentabilidad económica, responsabilidad social, transparencia, innovación, eficiencia y profesionalismo están dando nacimiento a un nuevo tipo de organización que va dando lugar al nacimiento del denominado "Cuarto Sector". http://www.iadb.org/etica/SP4321/DocHit.cfm?DocIndex=2413

Quem achou que o Terceiro Setor seria o ponto culminante da responsabilidade social, enganou-se. O surgimento da chamada empresa social dá o pontapé inicial ao surgimento do Quarto Setor. Essas empresas trabalham dentro dos parâmetros do livre mercado, porém investem suas ações na comunidade e querem ser julgadas por suas contribuições à comunidade.

Nisso tudo o importante é que todos contribuam para a melhoria das condições gerais de vida, porém, de uma forma orquestrada. Nada de mensalões.

quinta-feira, novembro 17, 2005

O professor Lula


Lula: professores não se aprimoram e precisam de reforço
BRASÍLIA. Na abertura da 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, realizada em 16/novembro último, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os professores que não se aprimoram, afirmando que alguns precisam de reforço escolar. Em uma das raras vezes em que conseguiu sair do transe em que geralmente se encontra e manteve um contato com o mundo real, teceu o seguinte comentário:

— Se um professor entra numa sala de aula, dá uma aula e o aluno não aprende, o aluno precisa de reforço; se dá a segunda aula e o aluno continua não aprendendo, o aluno ainda precisa ficar no reforço; mas, se der a terceira e o aluno não aprender, quem precisa de reforço é o professor.

Se não pode ser considerado de todo verdade, até porque Lula e escola não têm muita intimidade um com o outro, o comentário é bastante pertinente (ora vejam!!). Neste mesmo blog trato deste tema.

O presidente também criticou professores por anteciparem a aposentadoria.

— No Brasil é assim: os professores têm condições péssimas de trabalho e, em vez de melhorar, diminui-se o tempo de aposentadoria.

Ele só se esqueceu de dizer, entretanto, o que o seu governo está fazendo para melhorar o quadro. Também não falou de dois pontos fundamentais: a valorização salarial dos professores e a necessidade de o poder público assumir a formação dos profissionais.

E como o Lula é o Lula, é evidente que não deixaria passar em branco a oportunidade de dar sua contribuição ao tema em questão. No mesmo discurso, o presidente tropeçou nas palavras e disse que muita gente ficará "de cabeça em pé" ao saber que o desempenho de alunos que estão na universidade graças ao Prouni é melhor do que o dos demais estudantes.

Pelo visto alguém mais precisa de reforço...