Mostrando postagens com marcador recursos humanos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador recursos humanos. Mostrar todas as postagens

terça-feira, dezembro 10, 2024

Curriculo Da Vinci

 

O ANTEPASSADO DO CURRÍCULO?


Ao completar 30 anos, um jovem talentoso nascido em Anchiano, uma pequena aldeia toscana perto de Vinci e próxima a Florença, na Itália, buscava transferir-se para Milão, a fim de desenvolver suas atividades.

Considerado um polímata, destacava-se como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. A fim de buscar financiamento para o seu trabalho, encaminhou então uma carta ao poderoso nobre Ludovico Sforza, que procurava se cercar de importantes estudiosos e artistas da época.



No que poderia ser considerado um dos primeiros currículos da história, a carta se destacava por apresentar suas habilidades e competências de forma incrivelmente competente. O jovem buscou alinhar seus diversos talentos a partir do ponto de vista do seu potencial "empregador". Destacou as situações onde seus conhecimentos agregavam valor ao poderoso Sforza, demonstrando como poderia ser útil em diversas situações.

O conteúdo da referida carta encontra-se reproduzido na figura deste post e, quem sabe, poderá servir de inspiração para todos aqueles que buscam um espaço no mercado de trabalho

A propósito, o nome deste jovem era Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade.


Polywork

 A GERAÇÃO Z NO CONTROLE: O Crescente Fenômeno do Polywork


O polywork, prática de ter múltiplos empregos simultaneamente, está se tornando cada vez mais comum no Brasil. Impulsionado por mudanças no mercado de trabalho, como o aumento do trabalho híbrido e a busca por maior segurança financeira, esse modelo atrai a Geração Z e se alastra por profissionais de diversas faixas etárias e níveis de escolaridade.


Principais motivos para o crescimento do polywork:

Segurança financeira: A busca por estabilidade financeira é a principal motivação para muitos brasileiros adotarem essa prática.

Complementação de renda: Além da segurança, a necessidade de aumentar a renda mensal também impulsiona o polywork.

Realização pessoal: Explorar diferentes áreas e desenvolver novas habilidades são outros fatores que motivam os profissionais.

Oportunidades de networking: A expansão da rede de contatos é um benefício adicional para quem trabalha em múltiplos empregos.

Autonomia e flexibilidade: A possibilidade de controlar a própria rotina e conciliar trabalho com vida pessoal atrai muitos profissionais, especialmente os mais jovens.


Impactos do polywork:

Positivos: 

  • Aumento da renda e segurança financeira.
  • Desenvolvimento de novas habilidades e maior empregabilidade.
  • Maior satisfação profissional e realização pessoal.
  • Expansão da rede de contatos.
  • Maior flexibilidade e autonomia.
  • Diversidade de habilidades e perspectivas nas empresas.
  • Maior inovação e adaptabilidade.

Negativos: 

  • Risco de burnout e esgotamento físico e mental.
  • Dificuldade em conciliar diferentes demandas e prazos.
  • Falta de reconhecimento por parte de algumas empresas.


Desafios e oportunidades:

Para os profissionais: É fundamental saber gerenciar o tempo, definir prioridades e cuidar da saúde mental.

Para as empresas: É preciso adaptar-se a essa nova realidade e valorizar as habilidades e experiências que os profissionais polyworkers trazem.


Em resumo, o polywork é uma tendência que veio para ficar. Ao oferecer flexibilidade, oportunidades de crescimento e maior segurança financeira, ele está transformando o mercado de trabalho e a forma como as pessoas encaram suas carreiras. No entanto, é importante que os profissionais e as empresas estejam preparados para lidar com os desafios e aproveitar ao máximo as oportunidades que essa nova realidade oferece.

terça-feira, setembro 04, 2018


O fim do diploma?
Por Marcelo Freitas

Muitos trabalhos futuros não exigirão um diploma de bacharelado.
Qual o impacto disso para o ensino superior?


O mundo do trabalho, a exemplo do que acontece em todas as dimensões da vida, está em rápido processo de mudança. As profissões, como as conhecemos, estão passando por um amplo processo de metamorfose. Algumas delas, inclusive, estão morrendo, outras em processo terminal. Enquanto isso, vão surgindo novas especialidades, fazendo desabrochar profissões até então inexistentes.

Nessa perspectiva, em vários segmentos, indivíduos estão sendo chamados a contribuir com suas competências para lidar com novas situações e responder a novos problemas. Em algumas dessas atividades, o diploma de ensino superior já não é mais uma necessidade, cedendo espaço para as certificações. Em decorrência, as faculdades precisam fazer mais para garantir que suas ofertas sejam solicitadas, tanto por estudantes, como por empregadores.

O título na primeira página da seção de negócios no “Boston Globe” de 9 de novembro de 2015, estampou: "O Estado enfrenta falta de mão de obra, o sistema de ensino para o emprego está caindo." Se em 2015 já era uma realidade, o que dizer dos dias atuais?

Imagine você: Como poderia haver uma escassez de mão de obra em Boston, uma área metropolitana conhecida por sua concentração de faculdades e universidades com uma forte tradição de fornecer uma força de trabalho treinada para as indústrias da região?

Estamos falando de uma área que abrigava, em 2009[1], mais de 80 faculdades privadas e universidades, que empregavam 68.600 pessoas e que atraiam mais de 360.000 estudantes de todo o mundo.

A resposta pode ser encontrada em um estudo mais recente, lançado pela Northeastern University. Segundo o documento, a maioria das ofertas de emprego na cidade de Massachusetts, prevista para os próximos sete anos, não exigirá um diploma de faculdade. E mais: o sistema de educação no estado não conseguirá treinar pessoas suficientes para preencher as vagas de emprego esperadas.

Massachusetts não é a única em suas necessidades de força de trabalho qualificada. Essa é também uma realidade que começa a fazer parte do nosso horizonte, aqui no Brasil. A globalização impacta os diversos segmentos de maneira planetária, o que leva a um alinhamento das tendências, em qualquer ponto do planeta.

A grande questão é que está cada vez mais difícil para as faculdades acompanhar a demanda por uma força de trabalho qualificada, o que tem levado muitas empresas a criarem suas universidades corporativas ou qualificarem seus empregados em cursos específicos, ofertados por instituições certificadoras. Essa é uma característica de determinados setores e certas áreas-chave. Nelas o treinamento, e o desenvolvimento de habilidades, são muito específicos, e muitas vezes não exigem, propriamente, um diploma de bacharelado.

Esse quadro, portanto, deixa claro: há uma mensagem significativa sendo entregue aqui. Tudo indica haver uma desconexão entre o ensino superior e a indústria, ou mercado de trabalho, quando se trata de identificar rapidamente as necessidades da economia e, a partir daí, determinar a melhor maneira de educar e formar um contingente de pessoas qualificadas. O desajuste entre a oferta e a demanda dos profissionais evoluiu nas últimas décadas, e isso pode levar à suspeita de que o ensino superior talvez não esteja "recebendo a mensagem".

O fato é que há uma lição de casa a ser feita por cada uma de nossas instituições educacionais, esteja ela em que nível for. É preciso reconhecer a responsabilidade do sistema educacional nesse contexto, pois não se trata somente de educar os alunos, mas também de oferecer-lhes as habilidades que proporcionam flexibilidade em sua carreira. Nem todos os estudantes vão procurar, ou exigir, um diploma de nível superior para ter sucesso. Alguns podem querer certificações e licenças além do crédito acadêmico, ou em vez de um diploma.

É importante para as escolas, portanto, ampliar o horizonte e expandir a oferta de alternativas educacionais de qualidade, sendo flexíveis, mas ao mesmo tempo pragmáticas, na definição da missão de educar para o futuro. Nessa perspectiva, é preciso interagir mais com o ecossistema político, econômico e empresarial, conversando regularmente com economistas, governos e gestores indústrias para analisar o futuro. E então, vamos bater um papo?


[1] Segundo dados do Bureau of Labor Statistics

quinta-feira, fevereiro 15, 2018

2030

Tá preparado? 2030 já está em curso. 

Por Marcelo Freitas



Imagine que você é contratado para criar um veículo. Ele, entretanto, deverá circular pelas ruas da sua cidade, não no próximo ano, mas em 2030. Embora vá começar a esboçar o projeto de imediato, seria sensato imaginar que você, sendo um bom projetista, se debruçaria sobre a análise do ambiente onde este veículo seria introduzido, não é mesmo?

  • Qual contexto o envolveria? 
  • Como seriam as vias de tráfego nesse ano, localizado no futuro? 
  • Quais os materiais estariam disponíveis? 
  • Que tipo de combustível? 
  • Qual a tecnologia de produção a ser utilizada? 
  • E que tipo de pessoas usaria esse veículo? 
  • Qual seria o perfil dos profissionais que sua equipe necessitaria para tocar a fábrica?


Agora imagine uma organização em que a matéria-prima dos seus serviços leva algo em torno de 20 anos para ser transformada em resultado final. Não seria igualmente sensato avaliar o contexto e o ambiente no qual seria integrada, quando o processo fosse terminado?

Estou falando da empresa "Você S/A". Para que se torne um profissional, esse foi o tempo dispendido na sua preparação. São aproximados 20 anos de trabalho e construção. E que não pode parar.

Usando a mesma analogia do veículo, é importante que você observe o futuro para, desta maneira, direcionar sua preparação profissional para encarar os desafios que ele vai te apresentar. Vamos à reflexão:

  • Que conhecimentos você vai precisar? 
  • Quais as competências lhe serão exigidas no seu ambiente de trabalho, um local que certamente será dominado por automação sem precedentes? 
  • Quais aptidões deverão ser fomentadas no seu desenvolvimento, para se caracterizarem como diferenciais competitivos em um mundo inundado de inteligência artificial? 


Um estudo

Pensando nessas questões, três grandes instituições se juntaram para produzir o relatório “The Future of Skills: Employment in 2030”  (O futuro das habilidades: Emprego em 2030). Esta publicação, organizada pela Pearson, uma das organizações líderes mundiais em educação, em parceria estratégica com a Nesta, fundação dedicada à inovação, e a Escuela Oxford Martin, o centro de investigação em problemas globais da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aprofunda a discussão sobre a automação e propõe um caminho para lidar com a situação.

Trata-se de indicar as habilidades, competências e conhecimentos que os profissionais de distintas áreas necessitarão para permanecer relevantes em um futuro não muito distante. Importante salientar que o estudo não considerou apenas a automação, mas também outros fatores como a globalização; as mudanças demográficas; a sustentabilidade ecológica; a crescente urbanização e disparidade econômica e as incertezas políticas.

A informação relevante é que as competências socioemocionais estão em alta, até por serem elas mais duradouras e pertinentes num ambiente em constante mudança. Por outro lado, os diplomas e licenciaturas deixarão de ser o principal requisito de empregabilidade, na medida em que os profissionais se adaptarão a trabalhar em um ambiente tecnológico em constante evolução.

Para finalizar, aí vão as principais habilidades e competências apontadas pelo estudo:

Ranking Reino Unido

1 Fluidez de Ideias
2 Critério e Tomada de Decisões
3 Originalidade
4 Aprendizagem ativa
5 Avaliação de Sistemas
6 Estratégias de Aprendizagem
7 Resolução de problemas complexos
8 Pensamento Crítico
9 Análise de Sistemas
10 Raciocínio Lógico e dedutivo

Esta na hora, portanto, de focar no futuro e se preparar para os novos desafios. E se for preciso uma ajudinha, conte conosco!

terça-feira, março 01, 2011

Capital Humano

Up grade para a vida

Capital Humano tem sido o nome pelo qual as empresas vêm chamando a sua força de trabalho, nos dias de hoje. Uma maneira, digamos, "contábil" de explicar a importância do maior ativo das organizações modernas. Não é para menos. Inovação é palavra de ordem e questão de sobrevivência em mercados altamente competitivos e de giro rápido, imposto pelas mudanças de ambiente.

Ambiente, aliás, que vem se tornando global em escala sem precedentes. Nesse particular, o capital humano, a exemplo do que acontece com o dinheiro, passou a não mais respeitar as fronteiras de países e continentes. Produtos e serviços são prestados de maneira difusa, em processos espalhados pelo mundo afora. Fábricas passaram a ser apenas um ponto de encontro de componentes que vêm de todo lado do planeta para, ali, se juntarem e formarem o produto final.

O mesmo acontece com as redes de profissionais que trabalham de maneira simultânea, embora estejam em Singapura, no México e na Rússia. Nesse caso, o capital humano se valoriza na medida em que incorpora ingredientes globais, como o conhecimento de outros idiomas, a vivência em outras culturas e o domínio da arte de conviver com outros povos e costumes.

Por todas essas razões o mercado brasileiro vê crescer o interesse de estudantes e profissionais que buscam formação além das nossas fronteiras. Os programas de intercâmbio cultural e educação internacional, estão em alta. Um investimento que tem retorno garantido, seja ele patrocinado pelos indivíduos, seja pelas empresas.

A revista Pequenas Empresas e Grandes Negocios publicou o gráfico abaixo, que dá bem um retrato de como andam as tendências nesse mercado. Um bom indicador para quem quer se preparar e turbinar a carreira... ainda que não tenha começado a trabalhar. Vale a pena arrumar as malas...





fonte:http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI200003-17192,00-AS%20TENDENCIAS%20NO%20MERCADO%20DE%20INTERCAMBIO.html

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Capital Humano

Pessoas de alto desempenho


A busca por profissionais que fazem a diferença está deixando o mercado de trabalho histérico nos últimos anos. Isso não é novidade pra ninguém. O capital humano em épocas de crise, inovação na velocidade da luz e mudanças contínuas exige gente diferenciada.

Onde encontra-las? Que tipo é esse? Faz parte da geração Y? X? Z?... Qual o seu DNA?

Essas e outras questões têm azucrinado os profissionais de RH e, antes deles, os próprios gestores e líderes empresariais.

Para dar uma mãozinha, aí vai a dica do professor James Champy acerca do tipo de pessoas que constroe organizações de alto desempenho:

• Revelam intensa ambição.
• Elevam seu senso de propósito.
• Estabelecem uma estrutura de liderança.
• Compreendem as regras de governança.
• Valorizam pessoas, processos e tecnologias.
• Entendem o valor capacitador da tecnologia.
• Têm sede de mudança.
• Focam a sustentabilidade.

E você, se identifica com alguma dessas características?

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Carreira e pós-carreira

Vai pendurar as chuteiras?

Momento importante na carreira de qualquer profissional é aquele em que chega a hora de pendurar as chuteiras. Seja um executivo, um profissional liberal ou um empresário, chega um momento em que não dá mais pra manter o mesmo pique e é necessário partir pra outra.

Já pensou nisso? Para algumas dicas, ouça o podcast no link, abaixo. Como tudo na vida, vale a pena planejar.

http://revistaepocanegocios.globo.com/Mp3Podcasts/47_pod/PTDC_avidanoposcarreira_jan11.mp3

quinta-feira, setembro 02, 2010

Recursos Humanos

Mulheres preferem os homens, como chefes

Mesmo considerando as tendências atuais que indicam um equilíbrio entre os sexos em relação à força de trabalho, uma pesquisa realizada pelo site One Poll, no Reino Unido, aponta que 67% das mulheres preferem ter um homem como chefe .

As razões apontadas por elas: eles são mais direcionados, sabem delegar tarefas e estão mais dispostos a elogiar um trabalho bem feito.

Na contramão da revolução feminina, as mulheres também justificaram sua preferência dado o fato de os homens terem mais autoridade e serem mais diretos que as contrapartidas do sexo feminino.

Pra complementar, quatro em cada dez mulheres entrevistadas afirmaram que teriam um desempenho melhor que suas atuais chefes.

Sinal dos tempos?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Educação continuada


Educação ao longo da vida aumenta a demanda em cursos

Um estudo promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas mostra que nos próximos anos haverá um significativo crescimento populacional e ao lado desse fenômeno, aumentarão as chances no mercado de trabalho para as pessoas com maior idade.

Segundo a análise terão maior competitividade as pessoas que estiverem atualizadas por meio de cursos. O mercado de cursos de atualização profissional tende a crescer para atender a esse grupo populacional que será mais significativo. A população, estimada em 2005, em 183 milhões de habitantes, deverá chegar em 2030 a 225 milhões. A mostra evidencia ainda que as mulheres terão mais vagas do que os homens. Atualmente representam 40% da força de trabalho e esse percentual se elevará para 47% no final do período.

No segmento educacional trata-se de uma boa notícia, uma vez que a ociosidade das escolas atinge níveis altíssimos. Além disso, abre-se uma nova oportunidade para os empreendedores educacionais. Ao expandir seus negócios, os gestores e executivos da educação podem, agora, considerar um outro segmento a ser explorado.

segunda-feira, julho 03, 2006

Liderança

Executivos aprendem com a Copa do Mundo...

Esta copa do mundo traz lições interessantes. E não é a primeira vez que o esporte nos apresenta ensinamentos que podem ser aplicados na nossa vida cotidiana... e mais especialmente no dia-a-dia do trabalho.Uma delas é sobre liderança.

Uma equipe é o reflexo do seu líder, já diziam os antigos. E os fatos recentes da Copa nos vêm confirmar a sabedoria popular. Basta compararmos as performances das seleções de Brasil e Portugal. Enquanto a primeira entrou na disputa como favorita absoluta, a segunda poderia ser considerada um azarão até mesmo para uma possível chegada às oitavas de final. O time de Parreira, senhor de si e com a mais absoluta arrogância, desfilava seu favoritismo para os milhares de expectadores que enchiam os locais de treino para ver o dream team brasileiro. Centenas de reportes do mundo inteiro a cobrir, ao vivo, até mesmo uma seção de alongamento.

Do outro lado, treinamento e muito suor. Pragmatismo, humildade. Enquanto o treinador brasileiro se limitava a observar o “rachão” dos seus comandados, uma espécie de pelada sem compromisso, Luís Felipe Scolari ensaiava dezenas de vezes a mesma jogada, levando seus jogadores à exaustão.

O mais visível retrato da força de uma liderança, entretanto, era transmitido pelas imagens durante as partidas. Na participação de cada uma das seleções, já na fase das quartas de final, Felipão era a encarnação do espírito guerreiro. Esbravejando, gritando, reclamando com a arbitragem, motivando seus comandados a partir da lateral do campo, transmitia para a equipe a atitude de um time que busca seu objetivo. Atitude, é a palavra.

Em contrapartida, enquanto o Brasil via a França jogar, com Zidane passeando em campo, Parreira era uma figura impassível. Encarnava o que Bjorn Borg, o homem de gelo do tênis, imortalizou. Um monolito sem expressão. Era o retrato da falta de emoção, da falta de vibração... da ausência daquilo que mais caracteriza o brasileiro: a fibra e a raça. Diante disso, os jogadores dentro de campo mantinham a mesma arrogância e repetiam. Quando um subordinado olha para seu líder, busca nele o exemplo, a força, a orientação. Olhando para fora do campo, os jogadores apenas podiam ver a acomodação e a apatia diante de uma situação que se complicava cada vez mais na medida em que o jogo se dirigia para o seu final.

Coração, alma, raça, fibra... requisitos de liderança que calam alto quando se pretende atingir objetivos. Fatores que podem fazer a diferença entre uma equipe vencedora e um fiasco. Nas empresas e nas organizações em geral, precisamos cada vez mais de um Felipão. Adeus Parreira!

quinta-feira, maio 18, 2006

Desperdício de Talentos


Má formação de jovens atrasa o desenvolvimento

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra que o país desperdiça um número recorde de mão-de-obra até 24 anos de idade por falta de educação de qualidade. A escolaridade média do jovem brasileiro é de 8,1 anos (menor do que o ensino fundamental que passou a ser de 9 anos recentemente).

O ensino médio não é hoje mais suficiente para entrar no mercado de trabalho, sendo imprescindível à formação superior. Nenhuma nação é capaz de ter desenvolvimento se não investir fortemente na educação e o Brasil deixou de atender a esse requisito básico adotado em outras regiões. Será necessário um grande esforço do Poder Público para reverter esse quadro e propostas concretas estão sendo feitas por algumas organizações.

Um dos papéis esperados do Conselho Nacional de Educação é o de debater assuntos como esses, já que funções cartoriais que antes existiam foram retiradas por meio da recente modificação de sistemática imposta pelo recém-baixado decreto presidencial.

A questão é que o país, além de conseguir aumentar seus índices de desenvolvimento e crescimento, que lhe permita patamares próximos das economias emergentes, como China e Índia, precisa faze-lo de maneira sustentável. Com a perda de talentos e a má qualidade da formação de nossos jovens, jogamos pela janela a oportunidade de nos consolidarmos como uma nação forte e uma economia vigorosa. Quando vamos, realmente, qualificar nossa educação?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Recursos Humanos e família

Minha empresa é uma grande família!

Alguns executivos se gabam de poder comparar a empresa a uma grande família. Bobagem!

Com o pipocar das festas de Natal, é comum vermos presidentes de empresa falando aos seus funcionários. Em boa parte dos discursos a equipe é elevada à condição de “aqui somos uma grande família”. Pura bobagem. Coisa de profissionais de RH ultrapassados. Comparar a família a uma equipe de trabalho é diminuir a importância da família.

É evidente que um bom ambiente de trabalho deve ser buscado e enaltecido. Afinal, passamos boa parte do nosso dia lidando com a equipe com a qual trabalhamos. Mas família é família.

As pessoas estão na empresa para buscar o seu sustendo. Têm um objetivo específico de conseguir recursos para financiar o seu provimento e o da família. E nada mais. Não me venham com o discurso de que existe uma razão maior. Ao contrário da família, onde os laços afetivos comandam as ações, na empresa a questão fundamental é mesmo “ganhar dinheiro”. Questões como reconhecimento existem, mas vêm depois. Na família as pessoas não esperam nenhuma recompensa ao se ajudarem.

Se você discorda, experimente propor a todos: De agora em diante todos trabalharão de graça, pelos ideais da empresa, como em uma família. Viu?