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sexta-feira, março 09, 2018

Gestor profissional

Profissionalização: o dilema na escolha do gestor


A proliferação do uso de tecnologias de gestão mais arrojadas nas escolas tem sido um fator determinante para a contratação de profissionais gabaritados para assumir a direção das escolas.

Não se pode creditar somente ao acirramento da concorrência o avanço do processo de profissionalização nas instituições educacionais. A sociedade como um todo se transformou. Está mais exigente. Os padrões de qualidade se elevaram em virtude da ampliação e globalização dos mercados. E o consumidor, por conseguinte, está mais criterioso... mais comparativo... mais atento aos diferenciais de qualidade.

Assim sendo, o mercado das empresas de recursos humanos foi atraído para um novo segmento: o da Educação.

Do ponto de vista dos profissionais de Administração, certamente a abertura desse novo nicho é recebida com aplausos. Para as escolas, entretanto, caracteriza-se como uma encruzilhada: capacitar os antigos profissionais das carreiras educacionais ou captar executivos no mercado? São ambas alternativas viáveis... porém sempre com seus prós e contras.

Capacitar antigos colaboradores é importante. Entretanto, forma-los para uma carreira de direção implica tempo e custos elevados e nenhuma garantia de que, uma vez formados, o concorrente não possa expatriá-los para suas fronteiras.

Recrutar novos profissionais com perfil executivo, por sua vez, significa trazer novas experiências, métodos e tecnologias, várias delas ainda estranhas ao ambiente escolar. Implica, também, disputar esses profissionais com empresas de outros segmentos, muitas vezes em desvantagem. Maior poder de remuneração, oferta de uma boa carteira de benefícios e programas de capacitação mais arrojados são fatores que tornam as empresas de outros segmentos mais atraentes aos olhos dos executivos profissionais.

O fato é que a maioria das instituições educacionais ainda se sente desconfortável no momento de tomar uma decisão a respeito do assunto. Nesse sentido, um bom começo é avaliar o seu Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, ou o Planejamento Estratégico. Através deles, pode-se perceber como a escola pretende caminhar e, como conseqüência, qual o perfil dos profissionais que demandará para viabilizar o seu planejamento.

Considerando o tempo necessário para o atingimento dos objetivos propostos e os recursos projetados, pode-se decidir entre formar internamente seus futuros dirigentes ou busca-los no mercado.

Para tanto, importante, antes de mais nada, ter em mãos o perfil deste profissional. Descrever quais habilidades e competências dele serão exigidas. Eis algumas delas:


  • Ter uma visão abrangente da instituição;
  • Encarnar os valores essenciais da vida acadêmica, perante os diversos públicos de relacionamento da escola;
  • Ser capaz de traduzir para o conjunto social os princípios éticos da instituição;
  • Ter capacidade de articulação entre as questões e necessidades do presente e uma visão de futuro;
  • Com base no que apreendeu da coletividade onde trabalha, ter em mente uma proposta estratégica e não apenas a rotina do seu cargo.
  • Trabalhar com foco em resultados.


Não se pode esquecer que, seja qual for o caminho, o gestor educacional será o ponto de referência para toda a comunidade educativa. A face mais visível da escola sempre será o seu dirigente.

Ressalte-se, finalmente, que tão importante quanto a captação deste profissional é a sua retenção. Instituições prestadoras de serviços educacionais são empresas de longos ciclos de negócios. Daí a importância de um ambiente de tranqüilidade que possibilite ao dirigente apresentar resultados. Um período mínimo de continuidade do gestor no cargo é, portanto, um fator importante. Caprichar no processo seletivo deste profissional, estabelecer uma boa carteira de benefícios e uma clara política de remuneração atrelada a resultados pode significar a diferença entre crescer ou implodir. Façam suas escolhas.


(Artigo de minha autoria publicado pela Revista Gestão Educacional, em abril/2017).

terça-feira, agosto 01, 2017

Posse de bola não é gol.

Como as escolas podem melhorar a gestão de seus processos escolhendo os indicadores adequados.


No inverno de 2014, o Brasil era tomado por uma bolha de euforia. Em meio às crises políticas e um noticiário econômico nada animador, o circo do futebol fazia unir ideologias antagônicas em torno da seleção brasileira de futebol. A Copa do Mundo era a cortina de fumaça que trazia a alegria de volta ao cenário tupiniquim. Era a pátria de chuteiras em campo.

Se não encantava pela magia da seleção de Telê Santana, o “selecionado canarinho” avançava no torneio e chegava às semifinais contra a simpática, e politicamente correta, seleção da Alemanha. O palco não poderia ser mais acolhedor. Mineirão lotado, hino nacional cantado à capela e um belo horizonte como moldura. Mas...

Se hoje um extraterrestre fizesse um “pitstop” no Brasil e pegasse um dos jornais da época, lá encontraria os principais números do jogo:
  • ·        Posse de bola: Brasil, 52%. Alemanha, 48%.
  • ·        Chutes a gol: Brasil, 18 . Alemanha, 14 .
  • ·        Faltas cometidas: Brasil, 11. Alemanha, 14.
  • ·        Impedimentos: Brasil, 3. Alemanha, 0.
  • ·        Minutos com a bola: Brasil, 32. Alemanha, 30.

O ET não teria dúvidas em adivinhar a sequência. Enfim, Brasil na final. Mas todos sabemos, amargamente, não foi bem isso o que aconteceu. Alemanha 7, Brasil 1.

Esse episódio nos leva a pensar em uma situação muito comum no mundo corporativo, e a escola não está fora dele. A eleição de indicadores de performance para auxiliar a gestão da  organização na tomada de decisões. É a partir do seu monitoramento, que muitas delas traçam planos estratégicos, conferem o andar dos processos, definem as prioridades e estabelecem objetivos e metas.

Acontece porém que, em muitos casos, esses indicadores com o tempo se afastam dos reais fatores de sucesso de uma organização. Isso faz com que as lideranças passem a buscar a melhoria do desempenho em processos que já não são mais relevantes para o resultado, em virtude de mudanças no ambiente, seja ele interno ou externo.

O exemplo da nossa seleção fala bem de perto nesse caso, e serve para mostrar esse desvio. O objetivo do jogo de futebol é fazer gol, e tentar não levar. Mas muitos técnicos se prendem a estatísticas como essa para justificar o injustificável. Aproveitando a contundência do placar naquela fatídica partida, é importante ressaltar algumas lições importantes que podemos levar para a escola:

Posse de bola não é gol. Qual seleção foi mais eficiente: o Brasil, que se manteve o maior tempo com a bola nos pés, mas não foi capaz de converter isso em gols, ou a Alemanha, que mesmo não tendo superioridade na posse da bola, foi objetiva em transformar as oportunidades que teve em vantagem no placar? Isso se chama foco no resultado!

Chute a gol não conta ponto. Tentar, apenas, não adianta. É preciso eficiência nos processos para gerar resultados. Treinar a equipe, tendo como base o objetivo final, é fundamental. Agregar valor é uma missão de todos no time, cada um na sua esfera de competência. E nesse ponto é preciso que haja eficiência e produtividade.

Impedimento é retrabalho. Quando um jogador é pilhado em impedimento, todo o trabalho de construção da equipe é jogado por terra. A falha de posicionamento de apenas um atleta representa o mesmo que a existência de um elo fraco no processo. Daí a necessidade de ter todas as atividades alinhadas com a proposta de valor da organização, neste caso particular, os processos que realmente são necessários à eficiência da escola.

Em todas essas questões, um bom planejamento, e um olhar crítico sobre a necessidade de cada processo existente, são fundamentais. Nesse aspecto, é importante que haja desprendimento dos gestores para abandonar práticas obsoletas quando se constata que o ambiente mudou. Em muitos casos, é preciso promover a disrupção, abandonar definitivamente processos e modelos que tornaram aquela escola um expoente durante muitos anos, mas que já não conseguem mais responder à proposta de valor da escola junto aos seus clientes.

Para tornar mais ágil e eficiente essa análise, o auxílio de recursos tecnológicos, hoje disponíveis em abundância, tornam o trabalho mais assertivo, reduzindo o risco implícito nas decisões. Alguns deles, como o Panorama Escola, uma plataforma que agrega recursos de pesquisa e dashboard de gerenciamento de indicadores, podem encurtar a distância entre a obsolescência e a efetividade. Essa plataforma, criada pela Corporate*[1], utiliza conceitos de business intelligence, permitindo ao gestor cruzar dados internos e externos para avaliar possíveis desalinhamentos e mudanças de rumo do mercado.

Assim como um técnico de futebol, os gestores educacionais devem ter em mente o foco principal e os objetivos a serem alcançados. Pesquisar, analisar e acompanhar os processos-chave por meio de indicadores eficientes, faz com que suas decisões não se baseiem em uma cortina de fumaça.
Ao contrário, trabalhar com afinco para tornar melhores velhos processos que foram sucesso no passado, mas não agregam valor à demanda atual da escola, significa investir nos “impedimentos” e nas “bolas chutadas para fora”. E a escola não pode ser eficiente em tomar de 7 a 1, não é mesmo?

 (Artigo publicado pela Revista Linha Direta, ed. 231/ junho 2017)




[1] Saiba mais em www.corporateconsultoria.com

quarta-feira, abril 06, 2016

Gestão do conhecimento

Gestão do Conhecimento: 
da era dos hits para a era dos nichos
Por Marcelo Freitas

Assim como alguns dos nossos leitores, guardo comigo muitas recordações da juventude. Os tempos eram outros e algumas dessas lembranças marcaram aquela época. Lembro-me, por exemplo, de que naquele tempo as opções de entretenimento se resumiam a alguns poucos canais de TV, que transmitiam programas enlatados, e alguns jogos de tabuleiro, que alguns felizardos tinham dinheiro para comprar. Recordo-me também que naquela época, para se contatar pessoas distantes, usávamos a velha carta postada no correio, ou aquele telefone fixo, que, em alguns casos como no das chamadas internacionais, exigiam passar pela telefonista, antes de se chegar à pessoa de destino.

Um adolescente comum via os mesmos sucessos de bilheteria nos cinemas da cidade que seu colega de escola. Ele recebia as notícias pelos jornais, revistas e noticiários de rádio e televisão. Quem gostava de música, encontrava um pacote delas em três ou quatro estações de rádio que ditavam os sucessos do momento, ou apenas aqueles que “deveríamos” ouvir. Foi uma época em que as poucas janelas para um jovem sair do lugar-comum se concentravam nos livros e nos quadrinhos.

Lembro-me também das escolas que frequentei nessa fase da vida. Elas tinham horários rígidos, carteiras alinhadas e professores que gastavam a maior parte da aula passando o conteúdo da disciplina no quadro negro. Depois, mandavam que eu estudasse tudo aquilo em casa. Ops! Acho que por aqui a coisa não mudou tanto assim...

Nossas fontes de pesquisa se limitavam a uma boa enciclopédia (símbolo de status) ou ao conteúdo oferecido pelos livros adotados pela escola. Tínhamos o que se pode chamar de um ambiente analógico. Estávamos no longínquo final do século 20, em anos que remontam a pré-histórica década de 1970.  

Agora, caro leitor, compare esse meu mundo com o do Rafa, um adolescente de 16 anos que cresceu com a internet. Assim como seus amigos, ele tem um notebook com tela touchscreen no quarto, um tablet na mochila e um smarthphone, entupido de músicas e games, que o acompanha no bolso da bermuda. Ele, assim como os colegas, não conheceu o mundo sem a banda larga e as compras online. Quando quer se divertir com a turma, liga o XBOX do quarto, coloca o headset nos ouvidos e se conecta com eles, a partir da plataforma online do game. Detalhe: cada um em sua própria casa.

A velha TV comercial já não é mais tão requisitada. Na verdade ele seleciona seus programas preferidos para assistir quando quiser, seja colocando-os para gravar na smartv, acessando-os por um canal de vídeo ou baixando-os diretamente no tablet por meio do Bittorrent, um aplicativo ponto a ponto de compartilhamento de arquivos. Assim também ele faz com suas músicas preferidas. Algumas são compradas em lojas virtuais, mas a grande maioria é fornecida por amigos e baixada no dispositivo, cujo link é enviado por meio do Whatsapp, que utiliza para “conviver” com a turma durante todo o dia, e não mais apenas na escola, como no meu tempo.

O principal efeito de toda essa conectividade é que o Rafa tem ao seu dispor o acesso sem limites, e sem filtros, à cultura, entretenimento e conteúdo de todos os tipos. Na sua perspectiva, o panorama cultural se apresenta de todas as formas e formatos. Eles tanto podem ter um perfil comercial, como amador. Nesse particular, para ele, não há diferença: ambos competem indistintamente pela sua atenção. Assim como seus amigos, o Rafa não distingue os grandes sucessos dos nichos pouco explorados, apenas faz suas escolhas a partir de um menu infinito de opções.

A grande diferença entre a adolescência do Rafa e a minha, em síntese, é a variedade de opções. Eu e minha geração estávamos limitados pelo mundo físico e pelo que as ondas de rádio e TV nos proporcionavam. Rafa e seus amigos têm a internet para leva-los ao infinito.

Se olharmos tudo isso como profissionais, veremos que do ponto de vista empresarial, podemos dizer que estávamos diante de um ambiente em que era possível levar um programa a milhões de pessoas, com boa dose de qualidade, como o faziam o rádio e a TV. Entretanto, o oposto não acontecia, ou seja, não era possível levar milhões de programas para uma pessoa. E é isso que a internet, e a tecnologia, fazem muito bem.

Nesse novo ambiente, os hits competem em igualdade de condições com um número infinito de mercados de nicho. A era do tamanho único, do perfil padrão, do modelo genérico estão dando lugar a algo novo, chamado mercado de multidões. Esse mercado vem à tona na medida em que os custos para sua exploração apresentam queda exponencial em virtude da utilização das novas tecnologias e da internet, tanto na produção quanto na distribuição de bens. Com elas torna-se possível atender a diferentes mercados de maneira singular, na medida em que os bits vão tomando o lugar dos meios físicos.

Essa mudança de paradigma afeta diretamente a maneira como adquirimos conhecimento. A variedade de conteúdos disponíveis na rede mundial de computadores, nos mais variados formatos e em tempo real, torna os seus custos de aquisição e produção praticamente irrelevantes. Nesse novo universo, as pessoas deixaram de ser apenas consumidoras, para tornarem-se produtoras de conteúdo e, com isso, equipararem-se aos antigos e tradicionais hits do mercado. É amplamente permitido a qualquer um, não somente produzir algo novo sobre determinado tema, como editá-lo e compartilhá-lo em larga escala. Qualquer sujeito munido de um smartphone pode produzir, editar e compartilhar conteúdos para milhões de pessoas, com qualidade impecável.

Plataformas de compartilhamento são verdadeiros laboratórios destinados ao processo de cocriação. A aprendizagem, assim como o ensino, não são mais prerrogativas de um público pré-determinado, ou de um espaço físico específico. Todos são, ao mesmo tempo, autores e consumidores do conhecimento. Basta postar e seguidores mundo afora proliferam na mesma medida que o fogo em um rastilho de pólvora. Aquilo que antes era inexequível - levar milhões de programas para uma pessoa – tornou-se uma realidade. E mais ainda ao permitir que cada pessoa tenha acesso àquilo que mais lhe interessa, quando e onde quiser.

Em resumo, a economia movida a hits é o produto de uma era em que não havia espaço suficiente para oferecer tudo a todos. Era um mundo de escassez. Um mundo que não se conecta mais ao ambiente do Rafa e da sua galera.

Pela primeira vez na história da humanidade temos a possibilidade de construir o conhecimento de maneira diferente, a partir de diferentes abordagens e, ao mesmo tempo, oferecer diferentes competências repeitando as características de diversidade e individualidade. Tornou-se possível preparar um variado cardápio de saberes, recheado de conteúdos singulares e sabores diversos, para atender a gostos distintos. Metodologias de aprendizagem que sejam modulares ao perfil de cada pessoa. A tecnologia nos permite atender a nichos específicos, rompendo com o modelo pasteurizado vigente.

Permito-me, sob essa ótica, vislumbrar o Rafa, e seus amigos, integrando ambientes de aprendizagem moldados de acordo com suas preferências e modificados, ou temperados, com ingredientes desafiadores e interativos. Os mesmos ambientes que ele pode desfrutar atualmente, a partir do seu smartphone.

Inspirado por esse olhar consigo ver, também, um futuro promissor para as organizações que mais rapidamente perceberem esse movimento. Promover mudanças radicais e disruptivas na maneira pela qual adquirimos conhecimento é o caminho para garantir um elevado capital humano na sociedade do conhecimento.


Resta aos gestores, lideranças e especialistas, portanto, abandonar os modelos tradicionais de capacitação e desenvolvimento de pessoas que nos serviram no passado, para começar uma nova jornada que possa agregar valor aos Rafas desse mundo multiconectado.

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Já ouviu falar em teacherpreneur?


Por Marcelo Freitas

Novos tempos trazem novas perspectivas. A avalanche tecnológica dos últimos anos trouxe para dentro das salas de aula recursos de aprendizagem nunca antes imaginados. Também proporcionou uma verdadeira revolução nos conceitos de ensino e aprendizagem que, nesse momento, passam por questionamentos os mais diversos.

Todo esse ambiente de mudanças, muitas delas radicais, fez e continua fazendo aflorar ameaças e oportunidades para empreendedores de diversos matizes. Empresas de tecnologia buscaram profissionais de educação no mercado para lançar linhas de produtos. Executivos dos mais diversos segmentos foram seduzidos por grupos educacionais para compor seus quadros e profissionalizar a gestão das escolas. Consultorias as mais diversas perceberam a demanda e criaram departamentos de “Educação”, com serviços especializados, destinados ao setor. Até mesmo as empresas de entretenimento viram no segmento educacional um mercado em ascensão e altamente demandante de inovações e, por conseguinte, trataram de desenhar produtos e serviços que possam atendê-lo. Em suma, o mercado fervilhou e vem abrindo possibilidades para todo lado.

Um dos atores mais importantes desse ambiente e talvez o mais beneficiado deles no exercício da sua atividade, o professor, parece ter percebido uma oportunidade de ir além, ampliando seu raio de atuação. Acuado pelo acesso fácil à informação e pela intimidade das novas gerações em lidar com as tecnologias que a ela dão acesso, muitos dos nossos docentes sentiram que era hora de reagir. Aquele velho quadro negro e as fórmulas para utilizá-lo já não fazem mais efeito diante de uma plateia completamente plugada e provida de uma capacidade interativa sem igual.

Assim sendo, começam a transformar a ameaça em oportunidade. E, ao fazerem do limão uma limonada, estão surfando nessa onda. Isso mesmo: Educadores antenados, proativos e empreendedores vislumbraram um nicho espetacular e já estão ganhando dinheiro nele.
É o seguinte: Todo bom professor está habituado à rotina de elaborar seus planos de aula, e certamente deve fazê-lo da melhor forma possível. Entretanto, após ministrar a sua aula, o que é feito desse material? O mesmo acontece com projetos destinados a determinados temas, desenvolvidos para explorar lacunas do currículo. Certamente seriam de grande valia para outras escolas ou colegas docentes. O acesso a esse material permitiria economias de tempo e permitiriam a (re)utilização de conteúdos e materiais já produzidos...

Foi com base nessa demanda reprimida que um novo mercado começou a surgir, ligando diretamente professor a professor. Nesse ambiente, cada profissional pode criar sua própria loja, disponibilizando suas produções para serem utilizadas por outros profissionais. Embora existam espaços virtuais como a Kan Academy, esse novo formato permite que os próprios professores comercializem sua produção, auferindo uma receita adicional pelo seu trabalho, antes apenas utilizado por ele próprio. Não é à toa que já estão sendo chamados de “teacherpreneurs”, ou uma espécie de “professores empreendedores”, numa tradução livre.

Essas lojas virtuais permitem o acesso a abordagens inovadoras e transversais, como a proposta por uma professora de arte inglesa, que desenvolveu um rico plano de aula a partir da seguinte pergunta que formulou aos seus alunos:

“Que tipo de músicas você acha que Iago, o vilão de William Shakespeare "Otelo", iria ouvir se ele tivesse um iPhone?”

Ela conta que, ao se deparar com um desses sites onde os educadores podem comprar e vender seus planos de aula, ela se sentiu atraída em saber se esse material chamaria a atenção de outros professores. O que ela percebeu foi que não só existia muito interesse, como também eles estavam de fato dispostos a pagar por esse tipo de ajuda. Daí que resolveu investir em sua loja virtual. Avaliou os programas e, com um pouco de faro, desenvolveu planos de aula inovadores, que permitem aos professores melhorar suas aulas. Ela conta já ter produzido conteúdos que geraram vendas de mais de US $ 100.000. O que era uma obrigação, ou um hobby, se transformou em um rentável negócio.

O grande apelo deste tipo de oferta é que muitos professores consideram que nesse ambiente, eles podem encontrar ideias de professores mais experientes que enfrentam os mesmos desafios em sala de aula que eles. Numa altura em que muitos políticos, executivos de tecnologia e filantropos estão empurrando novas ferramentas digitais para o ensino, muitos professores também estão buscando técnicas que outros professores aperfeiçoaram ao longo dos anos em suas salas de aula, e que se mostraram práticas de sucesso.

Situações como essa estão fazendo crescer a audiência registrada nesse tipo de site e transformando esse perfil de empreendimento em uma espécie de Ectasy para os professores. Começa a surgir, então, a figura do professor-empresário. Para eles, a construção de um negócio bem sucedido também pode implicar inúmeras ramificações, como blogs com conteúdos pagos, e canais no YouTube, onde o autor pode ensinar como se usa o material.


Na verdade, olhando com cuidado, pode-se dizer que há um monte de criatividade e inovação no ar, refletindo a convergência de uma série de tendências em educação e tecnologia. E nessa onda de oportunidades, o professor ganha de todos os lados, seja com os recursos disponibilizados pelas escolas, seja com material desenvolvido pelas redes de ensino ou simplesmente, pela perspectiva de se tornar um educador empreendedor. Mãos à obra!

quarta-feira, dezembro 16, 2015

A era do work play: o grande jogo do trabalho



O mundo mudou e o ambiente nas empresas seguiu na mesma direção. Nesses tempos de tecnologia abundante, o ambiente de trabalho será jamais será o mesmo daquilo que presenciamos até recentemente. A globalização tornou as empresas virtuais e as mudanças decorrentes da digitalização impactaram de tal forma a estrutura organizacional que transformaram até mesmo as demonstrações contábeis e o patrimônio das organizações. Se antes a riqueza estava na propriedade da terra e dos meios de produção, o brilho da competitividade agora está sobre o capital intelectual.

Nesse ambiente, o fator conhecimento tornou-se o grande propulsor da criação de vantagens competitivas nas organizações e o principal ativo dos seus balancetes. As pessoas, e o conhecimento que detém, são as forças que impulsiona a inovação, fruto da criatividade do seu coletivo inteligente.

Por outro lado, a geração nascida em meio a toda essa tecnologia introduziu uma nova forma de lidar com o mundo. Além de se manterem permanentemente conectadas a pessoas e organizações de maneira sem precedentes, também criou mundos virtuais, povoados por avatares que encantam e proporcionam experiências até então inimagináveis. Hoje, por meio dos aplicativos e, principalmente, dos games, qualquer um pode levar uma vida paralela e se colocar na pele de um aventureiro, um desbravador ou, simplesmente, alguém que compartilha suas experiências, expectativas e conhecimentos em uma rede social.

Os games tornaram-se um veículo capaz, não só de encantar, realizar sonhos e partilhar, como também de aprender e treinar habilidades. E é sob esse viés que escolas de negócios estão aderindo ao aprendizado simulado, assim como as instituições de ensino regular estão introduzindo a metodologia de jogos nas salas de aula.

Mas, e se nessa onda, a vida real também pudesse ser alvo de uma experiência virtual? Ou em outras palavras, se as próprias empresas se utilizassem dessa metodologia gamefication para transformar os desafios do dia a dia em um grande jogo da vida no trabalho, turbinando a ação dos colaboradores e os estimulando a buscar o alcance de suas metas?

Trata-se de revolucionar o ambiente de trabalho introduzindo o conceito de game nas suas políticas e ferramentas de gestão de pessoas. Não é de hoje que a área e os especialistas de Recursos Humanos clamam por novidades, por mudanças mais contundentes no seu arsenal de ferramentas, de maneira a potencializar sua atuação e os resultados que dela podem surgir.

Reter talentos é fator primordial para criar e manter diferenciais competitivos nas organizações e isso passa por tornar o trabalho o mais atraente e desafiador possível. E se isso puder ser feito de maneira divertida, melhor ainda. Um dos principais objetivos da gestão de pessoas é construir um ambiente onde as pessoas sintam-se à vontade para buscar crescimento, fazendo, com isso, melhorar a performance do sistema como um todo. É também uma das missões da área de RH, oferecer aos gestores ferramentas e metodologias que lhes permitam melhor gerir e motivar suas equipes, extraindo delas o melhor, tanto no aspecto coletivo quanto individualmente de cada um dos seus comandados.

Surge daí, então, a ideia de associar a tecnologia às práticas de RH, a partir de uma metodologia gameficada de gestão de pessoas. Criada pela Corporate, a ferramenta transforma a empresa em cenário de um grande game, onde cada um dos colaboradores assume seu papel como personagem e, mais que isso, tem seu desempenho e performance associados aos principais aspectos estratégicos da empresa. Ferramentas tradicionais como a gestão do desempenho, da remuneração, do treinamento e desenvolvimento pessoal e organizacional são adaptadas para ser utilizadas dentro desse ambiente. Processos ligados ao recrutamento, seleção e recompensas, por exemplo, são administrados no ambiente virtual gameficado, onde o colaborador transita com seu avatar tendo que cumprir missões e metas de verdade. Não se trata de um “second life”... É muito mais que isso.

Nesse mundo de “não tão faz de contas assim” a gestão de carreira, de desempenho e dos demais processos de RH permitem que os colaboradores possam identificar oportunidades de crescimento, as recompensas e condecorações alcançadas e ainda gerir suas próprias metas de crescimento e de desempenho no trabalho, definidas junto com seus gestores.

O ambiente proposto e a metodologia adotada, onde metas e objetivos devem ser alcançados, gera uma competição sadia entre os participantes, que buscam a cada passo o atingimento de metas e objetivos. Estes, por sua vez, uma vez alcançados, são motivos de obtenção de mérito e condecorações especiais, que se incorporam ao processo de feedback corporativo e adicionam reconhecimento às ações do colaborador, compondo a carteira de pontos que o seu perfil detém.

Em síntese, trata-se do jogo da vida real. Uma metodologia gameficada de gestão de pessoas, onde um Avatar transita pela empresa, com seus respectivos objetivos institucionais, caracterizando um Business Game voltado à gestão de pessoas. Desafios e metas compõem fases, que permitem aos colaboradores melhorar sua perfomance  e ser por isso recompensado.

Seleção, treinamento, avaliação de desempenho, concessão de aumentos salariais e promoções ganham um novo contexto, e são monitorados de maneira divertida e criativa, em um ambiente em que o desempenho dos personagens virtuais é reflexo da vida real. uma maneira de tornar mais leve e descontraída a atuação das pessoas dentro da empresa, dos seus times e grupos de trabalho. Medalhas e outros tipos de recompensas são partilhados por uma grande rede social interna, que também coloca os funcionários em uma disputa sadia rumo ao atingimento de resultados pessoais, da equipe e, por conseguinte, da própria organização.

Vamos brincar de trabalhar? A Corporate te ajuda!

terça-feira, outubro 14, 2014

Tecnologias e Competências

Tecnologias, saberes e competências.
Por Marcelo Freitas

Muito se fala a respeito da educação para o século XXI. Novidades e avanços, em particular no campo da tecnologia e dos seus impactos na vida das pessoas, impulsionam ainda mais o debate em torno do tema. Ao mesmo tempo, a falta de sintonia e o descompasso entre a vida real e a entidade “escola” fica cada vez mais patente. Alunos de todos os níveis consideram a instituição educacional “um saco”, um lugar onde não gostariam de estar.
 
Trazendo luz ao debate, a Fundação Telefônica ouviu milhares de especialistas mundo afora e publicou, recentemente, o resultado dessa pesquisa. O trecho a seguir resume as principais conclusões e merece ser destrinchado com refinamento:

“A sociedade de hoje requer indivíduos criativos, empreendedores, críticos, familiarizados com o mundo digital, que se comuniquem bem e que se adaptem a ambientes diversificados de trabalho.”

Comecemos. A sociedade de hoje...” Veja que estamos falando deste momento, especificamente. Entretanto, se a situação já não é das melhores, é ainda mais complexa se nos lembrarmos de que a educação, e notadamente, o conhecimento gerado hoje, deverá ser usado ao longo da vida, numa sociedade que sequer conhecemos. Trata-se de preparar pessoas para um mundo com desafios ainda maiores.

Continuando: “...requer indivíduos criativos, empreendedores, críticos...”. Se confrontarmos esses quesitos com o que encontramos nas nossas escolas atualmente, entenderemos de imediato a razão pela qual os alunos preferem estar em outro lugar ao invés das salas de aula. Nelas nos defrontamos com um volume excessivo de conteúdos (maioria deles desconectados da realidade prática dos alunos), onde não há espaço para a criação e as descobertas. Tudo já vem pronto e embalado. Ao aluno cabe, na grande maioria das vezes, apenas decorar. Sequer imagina onde, no seu cotidiano, aquilo lhe será útil. Ao exercitar o lado crítico em relação a tudo isso, ele apenas é repreendido pelo professor, por estar atrapalhando a aula e questionando as verdades absolutas que lhe são repassadas. Inútil, portanto, remar contra a maré. Nessa situação, o aluno se vê tolhido do desenvolvimento da habilidade que lhe será, esta sim, tão importante na vida.

A outra habilidade, a de empreender, igualmente passa longe das carteiras das escolas. O tema, entretanto, começa a despontar como uma possibilidade interessante para compor os currículos. Recentemente, desenvolvemos todo um projeto voltado para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras, sob demanda de uma grande rede de educação. O mesmo aconteceu com uma escola de Belo Horizonte para a qual trabalhamos. Ela inseriu a disciplina como módulo, dentro do próprio currículo regular, em algumas das suas séries. Agora, mais que isso, a estamos assessorando para que as habilidades empreendedoras tenham seus fundamentos disseminados desde a educação infantil. Um avanço que só está se tornando realidade porque a direção da escola resolveu, ela própria, ser crítica, criativa e empreendedora.

Seguindo, temos “...familiarizados com o mundo digital...”. Aí a enorme trombada com a estrutura vigente nas escolas. O grande dilema é em relação aos professores. Uma visão arcaica e corporativista, fomentada muitas vezes pelos organismos representativos da categoria, torna a missão mais árdua. Do outro lado, é bom lembrar, os alunos já são familiarizados com o mundo digital. E tendem a ser, naturalmente, cada vez mais, pois já são parte de um mundo conectado. A questão fundamental é, portanto, tornar professores, lideranças e gestores também familiarizados com esse universo. Se a distância entre as gerações fortalece a dificuldade, entretanto, as tecnologias estão cada vez mais amigáveis e a sua utilização requer apenas um pouco de abertura pessoal. Há dez anos previ, em um artigo, a introdução do professor holográfico nas salas de aula. Não estamos longe disso. E se pensarmos no futuro dos nossos alunos, esta será, com toda certeza, a realidade do ambiente tecnológico por onde transitarão.

Voltando ao enunciado, temos  “...que se comuniquem bem e que se adaptem a ambientes diversificados de trabalho.” A comunicação é matéria-prima para a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências, tanto agora quanto ao longo deste século. Uma recente pesquisa[1] promovida pela Corporate junto aos gestores e lideranças educacionais apontou a Comunicação Interna (71,43%) como a sua principal preocupação, seguida de “baixa qualidade dos profissionais” (57,14%) e “Liderança” (42,86%). A pergunta natural é: como desenvolver pessoas que se comunicam bem quando a própria estrutura da escola não é eficiente nesse quesito?

O mesmo raciocínio vale para o a adaptação a “ambientes diversificados de trabalho”. A escola mantém, por séculos, a mesma estrutura de ambientação, com salas de aula padronizadas, carteiras em fila, pátios para recreio, auditórios e por aí vai. Na era dos ambientes Wi-Fi e dos smartphones com acesso à internet, laboratórios de informática ainda são construídos, como sinal “de vanguarda”. Daí... sem mais comentários...

A mensagem subliminar é que tanto as estruturas operacionais das escolas, quanto a capacitação e preparo das principais lideranças e docentes, necessitam urgentemente de uma ruptura nas suas premissas e nas metodologias existentes. Para tanto, mais que nunca as direções educacionais precisam romper com modelos que já exauriram e incrementar ações que levem à essa nova perspectiva educacional. Nesse aspecto, cursos e programas de capacitação[2] merecem atenção, em especial aqueles voltados para as lideranças e educadores.

Da mesma maneira, é importante introduzir novas perspectivas de desenvolvimento para os alunos, como projetos de empreendedorismo[3] e outros que façam aflorar suas habilidades e tornar a escola um lugar mais prazeroso para estar.

Essas são reflexões importantes e pertinentes ao atual estágio em que a educação se encontra. Caro gestor, sua hora de empreender é agora.



[1] Pesquisa com respostas múltiplas (dados relativos a 08/04/2014)
[2] A Corporate preparou alguns cursos para lideranças, gestores e educadores visando o desenvolvimento de competências em áreas como comunicação interpessoal, gestão de pessoas e fundamentos de estratégia educacional. Entre em contato conosco pelo email: contato@corporateconsultoria.com.
[3] A Corporate, em parceria com a Sapien, desenvolveu ferramentas para o desenvolvimento de empreendedorismo nas escolas. Entre em contato conosco pelo email: contato@corporateconsultoria.com e conheça essas novidades.

quinta-feira, abril 17, 2014

Gestão de Talentos

Pesquisa mostra que a Holanda é o país que melhor sabe aproveitar seus talentos, enquanto Índia e China ficaram nas piores colocações

Fonte: http://epoca.globo.com/vida/vida-util/carreira/noticia/2014/04/profissionais-brasileiros-precisam-se-badaptar-melhorb-diz-estudo-do-linkedin.html

Você tem a capacidade de se adaptar às necessidades do mercado de trabalho? Um novo estudo publicado pela cosultoria PwC, a pedido da rede social LinkedIn, avaliou o talento de adaptação de profissionais e das empresas em 11 países diferentes, entre eles o Brasil. O estudo mostra que saber usar suas habilidades em diferentes cenários e situações pode melhorar a economia brasileira em até US$ 11 bilhões.

Segundo o estudo, a falta de adaptação atrapalha a vida das empresas na hora de encontrar novos talentos, e prejudica a carreira de profissionais, que têm mais dificuldade de encontrar cargos promissores. A Holanda é o país que melhor sabe aproveitar seus talentos, enquanto Índia e China ficaram nas piores colocações no ranking da PwC.

O que os profissionais brasileiros podem fazer para melhorar sua habilidade de adaptação? Segundo o estudo, os profissionais devem olhar além das fronteiras da sua carreira, se antecipar no desenvolvimento de novas habilidades (como aprender uma segunda língua), e construir uma rede de contatos onde possa mostrar suas habilidades.
Confira os principais resultados do estudo.




terça-feira, janeiro 17, 2012

Gestão de Pessoas

Gestão de Pessoas:
O processo começa antes...
Dia desses fui procurado por um grupo de gestores educacionais de Curitiba para que pudesse elaborar um plano de carreira e remuneração, baseado em competências, direcionado ao seu corpo docente. O contato me foi dos mais alvissareiros, uma vez que se trata de uma ferramenta moderna de gestão de pessoas. Melhor ainda foi que a demanda partia de um segmento caracterizado pelo atraso na utilização de instrumentos profissionais de gerenciamento.

Parti então em direção à capital paranaense para um primeiro contato. Lá me encontrei com o grupo de 4 dirigentes educacionais e demos início à nossa primeira reunião. Fui logo perguntando: vocês sabem o que é e o que significa uma gestão baseada em competências? Um silêncio gritante veio primeiro . Depois um uníssono “NÃO”. Na minha cabeça uma luz de alerta logo se acendeu! Fui então buscando mais informações sobre “o quê”, especificamente, havia originado a demanda. Que necessidades precisavam ser atendidas? Que problemas estavam enfrentando, enquanto gestores, que os teria feito pensar num plano de carreira e remuneração baseado em competências?

Passada a primeira hora de reunião, eram inúmeras as respostas: aumento da concorrência; excesso de pessoal; muitos professores para poucas disciplinas; pequena contribuição nos resultados; perda de alunos, etc...etc...etc. Chegamos, portanto, à conclusão, de que a instituição na verdade prescindia de mais que uma ferramenta de gestão de pessoas. Na verdade o plano de carreira seria apenas a conseqüência natural de uma série de medidas que deveriam ser tomadas antes de sua implantação.

A necessidade de melhor organizar a gestão dos Recursos Humanos está presente em qualquer ramo de atividade. No segmento de prestação de serviços, especificamente, assume ares estratégicos, uma vez que as pessoas são o maior componente de custos do negócio. Nas escolas todos sabemos o peso de uma folha de pagamentos e o que significam as despesas com pessoal, como componente dos custos operacionais.

Mas a questão principal é que, assim como a instituição aqui citada, a maioria das organizações do segmento educacional não possui um sistema de gestão integrada, onde os processos se encontrem devidamente alinhados com as estratégias de negócios estabelecidas pela alta direção. Por isso mesmo é fácil encontrarmos ações que, em muitos casos, caminham em direções opostas. De nada adianta estabelecer um sistema de remuneração baseado em competências se a instituição não tem claro onde pretende chegar. Em outras palavras, a partir dos objetivos almejados é que se busca desenhar quais as competências organizacionais serão necessárias para se chegar lá. Definidas em escala corporativa, essas competências servirão para estabelecer qual a estrutura necessária e as funções que devem compô-la. Só nesta etapa é que as competências específicas dos ocupantes dos cargos são delineadas.

Como se percebe, é primordial que todo o processo de gestão e, por conseqüência, as ferramentas necessárias para o seu acompanhamento, devem partir do planejamento estratégico institucional. Esse instrumento deve ser bem focado, definindo objetivos bem claros a partir de uma consistente análise dos ambientes interno e externo da escola.
Uma vez elaborado, permite aos gestores estabelecer e tornar conhecidas as políticas de gestão, nas suas diversas esferas (financeira, mercadológica, de Recursos Humanos, qualidade, responsabilidade social, etc.). Nessa perspectiva, cada uma das áreas pode selecionar as ferramentas mais adequadas ao atingimento dos seus objetivos, sempre em consonância com as estratégias gerais.

O passo seguinte é a elaboração dos planos de ação. Objetivos e metas departamentais e individuais são estabelecidas, de maneira que cada área e cada componente da equipe saiba o que dele se espera. Nessa fase é importante não se esquecer de criar os indicadores de performance. Eles não só permitirão fazer o acompanhamento sistemático da evolução do processo, como fornecerão as âncoras necessárias à introdução de planos de remuneração e benefícios baseados em resultados. Boas políticas de recompensa devem partir de indicadores institucionais para assegurar a coerência com os propósitos estratégicos de crescimento e manutenção. O resultado de tudo isso é um grande alinhamento entre os objetivos institucionais e profissionais, garantidos por ferramentas de gestão eficazes e consistentes.

Voltando à nossa reunião de Curitiba, ao seu final, o grupo chegou a um consenso: começar a caminhada dando o primeiro passo. A equipe trabalha hoje na formulação do seu planejamento estratégico sem, contudo, perder de vista a gestão ordinária. Medidas de contenção de custos continuam na pauta do dia. A diferença é que, a partir do início dos trabalhos já se consegue tomar decisões visando o médio e longo prazos e não apagando incêndios. Afinal de contas, trata-se de uma instituição educacional e não do Corpo de Bombeiros.

terça-feira, março 01, 2011

Capital Humano

Up grade para a vida

Capital Humano tem sido o nome pelo qual as empresas vêm chamando a sua força de trabalho, nos dias de hoje. Uma maneira, digamos, "contábil" de explicar a importância do maior ativo das organizações modernas. Não é para menos. Inovação é palavra de ordem e questão de sobrevivência em mercados altamente competitivos e de giro rápido, imposto pelas mudanças de ambiente.

Ambiente, aliás, que vem se tornando global em escala sem precedentes. Nesse particular, o capital humano, a exemplo do que acontece com o dinheiro, passou a não mais respeitar as fronteiras de países e continentes. Produtos e serviços são prestados de maneira difusa, em processos espalhados pelo mundo afora. Fábricas passaram a ser apenas um ponto de encontro de componentes que vêm de todo lado do planeta para, ali, se juntarem e formarem o produto final.

O mesmo acontece com as redes de profissionais que trabalham de maneira simultânea, embora estejam em Singapura, no México e na Rússia. Nesse caso, o capital humano se valoriza na medida em que incorpora ingredientes globais, como o conhecimento de outros idiomas, a vivência em outras culturas e o domínio da arte de conviver com outros povos e costumes.

Por todas essas razões o mercado brasileiro vê crescer o interesse de estudantes e profissionais que buscam formação além das nossas fronteiras. Os programas de intercâmbio cultural e educação internacional, estão em alta. Um investimento que tem retorno garantido, seja ele patrocinado pelos indivíduos, seja pelas empresas.

A revista Pequenas Empresas e Grandes Negocios publicou o gráfico abaixo, que dá bem um retrato de como andam as tendências nesse mercado. Um bom indicador para quem quer se preparar e turbinar a carreira... ainda que não tenha começado a trabalhar. Vale a pena arrumar as malas...





fonte:http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI200003-17192,00-AS%20TENDENCIAS%20NO%20MERCADO%20DE%20INTERCAMBIO.html

terça-feira, dezembro 26, 2006

Empresas e Universidades


Distância entre empresas e universidades gera atraso para o país

Em recente pesquisa realizada junto aos seus leitores, a Revista Exame constatou que 74% das empresas nunca desenvolveram projetos em parceria com Universidades... Tal situação demonstra a falta de sintonia entre as escolas e as empresas, fato que contribui para a formação de profissionais desconectados com o mercado de trabalho.

Além disso, o fato contribui para tornar o país um dos menos inovadores, pois o volume de novas patentes de produtos das empresas e centros de pesquisas nacionais é um dos menores entre todos os países emergentes. Isso cria uma dependência em relação aos países mais desenvolvidos, ao mesmo tempo em que nos coloca numa posição desfavorável em relação às exportações, restringindo nossas possibilidades às commodities.

Quando será que as escolas vão acordar para sua imensa possibilidade de contribuição para a geração de riqueza na economia?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Educação continuada


Educação ao longo da vida aumenta a demanda em cursos

Um estudo promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas mostra que nos próximos anos haverá um significativo crescimento populacional e ao lado desse fenômeno, aumentarão as chances no mercado de trabalho para as pessoas com maior idade.

Segundo a análise terão maior competitividade as pessoas que estiverem atualizadas por meio de cursos. O mercado de cursos de atualização profissional tende a crescer para atender a esse grupo populacional que será mais significativo. A população, estimada em 2005, em 183 milhões de habitantes, deverá chegar em 2030 a 225 milhões. A mostra evidencia ainda que as mulheres terão mais vagas do que os homens. Atualmente representam 40% da força de trabalho e esse percentual se elevará para 47% no final do período.

No segmento educacional trata-se de uma boa notícia, uma vez que a ociosidade das escolas atinge níveis altíssimos. Além disso, abre-se uma nova oportunidade para os empreendedores educacionais. Ao expandir seus negócios, os gestores e executivos da educação podem, agora, considerar um outro segmento a ser explorado.

segunda-feira, julho 03, 2006

Liderança

Executivos aprendem com a Copa do Mundo...

Esta copa do mundo traz lições interessantes. E não é a primeira vez que o esporte nos apresenta ensinamentos que podem ser aplicados na nossa vida cotidiana... e mais especialmente no dia-a-dia do trabalho.Uma delas é sobre liderança.

Uma equipe é o reflexo do seu líder, já diziam os antigos. E os fatos recentes da Copa nos vêm confirmar a sabedoria popular. Basta compararmos as performances das seleções de Brasil e Portugal. Enquanto a primeira entrou na disputa como favorita absoluta, a segunda poderia ser considerada um azarão até mesmo para uma possível chegada às oitavas de final. O time de Parreira, senhor de si e com a mais absoluta arrogância, desfilava seu favoritismo para os milhares de expectadores que enchiam os locais de treino para ver o dream team brasileiro. Centenas de reportes do mundo inteiro a cobrir, ao vivo, até mesmo uma seção de alongamento.

Do outro lado, treinamento e muito suor. Pragmatismo, humildade. Enquanto o treinador brasileiro se limitava a observar o “rachão” dos seus comandados, uma espécie de pelada sem compromisso, Luís Felipe Scolari ensaiava dezenas de vezes a mesma jogada, levando seus jogadores à exaustão.

O mais visível retrato da força de uma liderança, entretanto, era transmitido pelas imagens durante as partidas. Na participação de cada uma das seleções, já na fase das quartas de final, Felipão era a encarnação do espírito guerreiro. Esbravejando, gritando, reclamando com a arbitragem, motivando seus comandados a partir da lateral do campo, transmitia para a equipe a atitude de um time que busca seu objetivo. Atitude, é a palavra.

Em contrapartida, enquanto o Brasil via a França jogar, com Zidane passeando em campo, Parreira era uma figura impassível. Encarnava o que Bjorn Borg, o homem de gelo do tênis, imortalizou. Um monolito sem expressão. Era o retrato da falta de emoção, da falta de vibração... da ausência daquilo que mais caracteriza o brasileiro: a fibra e a raça. Diante disso, os jogadores dentro de campo mantinham a mesma arrogância e repetiam. Quando um subordinado olha para seu líder, busca nele o exemplo, a força, a orientação. Olhando para fora do campo, os jogadores apenas podiam ver a acomodação e a apatia diante de uma situação que se complicava cada vez mais na medida em que o jogo se dirigia para o seu final.

Coração, alma, raça, fibra... requisitos de liderança que calam alto quando se pretende atingir objetivos. Fatores que podem fazer a diferença entre uma equipe vencedora e um fiasco. Nas empresas e nas organizações em geral, precisamos cada vez mais de um Felipão. Adeus Parreira!

segunda-feira, maio 22, 2006

Risco aos negócios

O Ranking das Ameaças

Segundo o resultado de uma pesquisa realizada com 269 executivos de empresas globais, o The Economist Intelligent Unit apresentou os riscos que mais desafiam os negócios:

1 - Reputação (ameaças à imagem de produtos da marca);
2 - Regulatório (Desrespeito à legislação);
3 - Capital Humano (Escassez de talentos e turbulência na sucessão);
4 - Tecnologia (Falhas operacionais e na segurança);
5 - Mercado (Desvalorização dos ativos);
6 - Crédito (Inadimplência dos clientes);
7 - País (Desafios específicos de uma região);
8 - Financiamento (Dificuldade de obter crédito);
9 - Terrorismo;
10 - Desastres Naturais.

Considerando esse ranking, no caso brasileiro, sem dúvida poderíamos acrescentar de maneira clara o governo, os políticos e suas trapalhadas...

quinta-feira, maio 18, 2006

Desperdício de Talentos


Má formação de jovens atrasa o desenvolvimento

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra que o país desperdiça um número recorde de mão-de-obra até 24 anos de idade por falta de educação de qualidade. A escolaridade média do jovem brasileiro é de 8,1 anos (menor do que o ensino fundamental que passou a ser de 9 anos recentemente).

O ensino médio não é hoje mais suficiente para entrar no mercado de trabalho, sendo imprescindível à formação superior. Nenhuma nação é capaz de ter desenvolvimento se não investir fortemente na educação e o Brasil deixou de atender a esse requisito básico adotado em outras regiões. Será necessário um grande esforço do Poder Público para reverter esse quadro e propostas concretas estão sendo feitas por algumas organizações.

Um dos papéis esperados do Conselho Nacional de Educação é o de debater assuntos como esses, já que funções cartoriais que antes existiam foram retiradas por meio da recente modificação de sistemática imposta pelo recém-baixado decreto presidencial.

A questão é que o país, além de conseguir aumentar seus índices de desenvolvimento e crescimento, que lhe permita patamares próximos das economias emergentes, como China e Índia, precisa faze-lo de maneira sustentável. Com a perda de talentos e a má qualidade da formação de nossos jovens, jogamos pela janela a oportunidade de nos consolidarmos como uma nação forte e uma economia vigorosa. Quando vamos, realmente, qualificar nossa educação?

terça-feira, maio 02, 2006

Educação


O Estado de São paulo 16/4/2006
Escolas decretam o fim da lousa

Com a invasão da tecnologia nos colégios particulares, aluno usa controle remoto e professor ensina em tela
Ricardo Westin

As provas já podem ser feitas em casa, pela internet. Os professores fazem a chamada com computadores de mão. As circulares endereçadas aos pais chegam pelo e-mail. O avanço da revolução digital sobre as salas de aula não poupa nem mesmo a boa e velha combinação do giz com o quadro-negro: as lousas agora são digitais e interativas.

As novas tecnologias não se limitam à casa ou ao trabalho. Também os colégios - obviamente com mais força os particulares - têm se preocupado em adotar as novidades. Aos poucos, deixam de encarar a revolução digital na educação como um laboratório cheio de computadores destinados a lições de informática aplicada. "As crianças e os adolescentes de hoje são nativos digitais. Nasceram no mundo do computador, do celular. Ao contrário de nós, que somos imigrantes digitais. Se não nos adaptarmos, o diálogo com eles ficará difícil", afirma o professor Sérgio Américo Boggio, um dos diretores do Colégio Bandeirantes, de São Paulo.

O avanço é tão rápido que essa escola aboliu o quadro-negro de 70% das salas. A chamada lousa digital, vedete dos colégios hi-tech, ocupou seu lugar. Parece um simples projetor ligado a um computador. Mas é só a primeira impressão. Além de escrever, o professor pode usar som e vídeo e acessar a internet. E não precisa se debruçar sobre o computador: tudo é feito diretamente na lousa, com canetas e apagadores especiais.

Assim, numa aula de geografia que tem a Índia como tema, o professor pode recorrer ao mundialmente conhecido Google Earth (site que traz detalhadas fotos de todo o planeta tiradas por satélite), exibir imagens da capital do país, Nova Délhi, e abrir a página do primeiro-ministro indiano. Além disso, a aula toda pode ser gravada e jogada na página do colégio na internet. O aluno que faltou não perde a lição.

FIM DA ABSTRAÇÃO

Isso, na avaliação dos profissionais da área, é uma vantagem tanto para alunos como para professores. "Acho um privilégio que eles pertençam a uma geração com tantos recursos", diz Solange Perazza, coordenadora do Colégio Pentágono, também em São Paulo. "Antes, as coisas vinham de uma forma abstrata. Nós tínhamos dificuldade para aprender, elaborar internamente determinados assuntos. Hoje se aprende com muito mais facilidade. E nós, professores, precisamos correr para acompanhar."

O site de outro colégio paulistano, o Dante Alighieri, tem um espaço para que se criem blogs (páginas pessoais). Os professores podem apresentar conteúdos extras (como links para reportagens de jornais) e criar fóruns de discussão - uma sala de aula virtual. Os alunos também criam suas páginas. "Resgatamos a colaboração. Fugimos das atividades solitárias, típicas da internet", explica Valdenice Minatel, coordenadora de Tecnologia Educacional.

Nem as provas têm a mesma cara. No Colégio Peretz, em São Paulo, os alunos as resolvem pelo computador. Discursivas? É só imprimir para a correção. Testes? Mais fácil ainda - a máquina corrige na hora, sem gasto de papel nem trabalho para o professor. Para evitar a cola, a internet fica bloqueada durante o exame.

No Pentágono, algumas provas podem ser resolvidas em casa, via internet. "Os estudantes ficaram eufóricos porque poderiam colar", lembra a professora de matemática Yuri Sano. "Depois entenderam que o objetivo não é a nota. Quando resolvem as questões, mesmo consultando o livro, estão aprendendo. Nesse caso, a prova também é um momento de estudo."

PROGRAMA DE TV

Alguns colégios já estão de olho na tecnologia que a faculdade Faenac, de São Caetano do Sul (SP), usa como diário de classe. Cada um dos 220 professores tem um computador de mão (handheld), onde marca o nome dos ausentes e as notas. Médias e faltas são calculadas automaticamente e vão logo para a internet - mais uma vez sem gastar papel, sem passar pelos digitadores da secretaria.

Uma sala equipada com lousa digital não sai por menos de R$ 20 mil. As escolas esclarecem que a parafernália é incorporada aos poucos, para não assustar os pais na hora da cobrança da mensalidade. Tanta novidade às vezes espanta até os alunos. "Não imaginava que poderia haver tanta coisa numa sala de aula", diz Emília Arapenha, de 18 anos, estudante do Colégio Bandeirantes, referindo-se aos momentos em que a turma recebe controles remotos. Diante da pergunta do professor, em vez de o sabe-tudo levantar a mão, todos apertam a alternativa que julgam correta. Um aparelho "apura os votos", e o professor fica sabendo se o tema foi bem explicado. "A aula fica dinâmica. Até parece gincana de TV", ri Emília.

sábado, abril 01, 2006

Trabalho Remoto


Os atendentes foram para casa
23.03.2006
EXAME


"Na última década, as centrais de atendimento telefônico transformaram-se num gigantesco canal de absorção de mão-de-obra, razão pela qual ficaram conhecidas como "o chão de fábrica do século 21". Agora, os avanços da tecnologia estão levando as empresas do setor a mandar seus trabalhadores para casa. Nos Estados Unidos, o número de atendentes que trabalham remotamente aumentou 20% no ano passado. No Brasil, a Automato, do Rio de Janeiro, passou a usar uma central que faz ligações pela internet. Com isso, os 32 funcionários do call center começaram a trabalhar em escritórios domésticos. A novidade cortou os custos em 50% e praticamente eliminou a rotatividade desses empregados -- que continuam a ter carteira assinada e jornada de trabalho de 6 horas diárias."

Uma inovação que já vinha ganhando terreno em diversos setores no mercado de trabalho, agora começa a ser mais ampliado em função do avanço tecnológico. Seria interessante estudar agora uma forma de suportar legalmente as empresas e empregados, pois não vai demorar acontecer questionamentos na justiça do trabalho sobre os limites dessa nova forma de atuação.

Da parte dos empregados, até onde dura a jornada? Como é controlada? Como poderia ser a remueração de horas extras e produtividade?

Por parte das empresas, quais as salvaguardas contra ações relativas ao desvio de informações? E quanto aos pleitos por pagamento de horas-extras?

Sem dúvida haverá um bom caminho a ser vencido...

Maternidade


Menos dinheiro para mamãe
23.03.2006
EXAME

"A maternidade no início da carreira é o principal fator de desigualdade salarial entre homens e mulheres, segundo pesquisa do instituto inglês Women and Work Commission. O estudo aponta que as mulheres britânicas ganham, em média, 17% menos que os homens. Uma das justificativas é o fato de elas optarem por trabalhar meio período após o nascimento do bebê. De acordo com o Institute for Fiscal Studies, a profissional que se torna mãe aos 24 anos e decide encurtar a jornada pode deixar de ganhar 1 milhão de dólares ao longo da carreira."

A questão, aqui no Brasil, é considerar essa informação no momento em que é apresentado no Congresso um projeto de lei onde se pretende ampliar a lincença maternidade para 6 meses. Se a diferença entre a remuneração entre homens e mulheres já tende a ser, historicamente, diferenciada, o que será então se aprovada a lei?

terça-feira, março 28, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

A Escola de Drucker

Mudando as respostas

Peter Drucker, o expoente da Administração e o mais respeitado pensador de negócios do século XX, numa entrevista concedida à Rádio Pública Nacional, refletiu sobre vários temas que tomaram anos a fio de sua existência. Ao ser perguntado sobre qual seria a sua mensagem fundamental para o homem de negócios do século 21, disse: faço-lhe três perguntas, não importando sua nacionalidade ou formação. A primeira: Qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais? Segunda: Qual a sua definição de resultado? Terceira: Quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados?
Considerando que muito do processo de inovação consiste em criar novas utilidades para produtos ou serviços existentes; adaptar conceitos correntes a novas situações ou re-posicionar mercados a partir do atendimento de outros públicos-alvo, seria interessante se executivos de educação se fizessem a seguinte pergunta: quem é o meu cliente e qual é o meu negócio?

Parece evidente que a resposta seria apontar os educandos como seus clientes, estendendo, eventualmente, essa condição aos pais ou famílias. Mas e se a resposta fosse diferente? Se ao invés de ser o estudante o cliente principal, o mercado de trabalho, as empresas ou o país tomassem o seu lugar?

Certamente um novo horizonte se abriria para a inovação ou para a diferenciação dos serviços educacionais. Ao posicionar as empresas como seu principal cliente, as escolas de ensino profissionalizante ou as instituições de ensino superior estabelecem uma nova lista de demandas a suprir. Focar nelas pode ser um caminho interessante para se sair da mesmice das escolas e caminhar em direção a resultados que agreguem valor ao setor produtivo, trazendo como conseqüência melhoria de produtos ou serviços que possibilitam melhorar a vida das pessoas, de maneira prática.
Não vamos deixar o saudoso professor Drucker sem resposta!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Estratégia


Varejo dentro da empresa

EXAME A GR, empresa especializada em serviços de alimentação, está investindo num mercado: o varejo dentro de empresas. Recentemente, inaugurou uma loja de conveniência e uma unidade do Caffè Ritazza marca própria da GR) na fábrica da IBM em Hortolândia, no interior paulista. A companhia também fechou uma parceria com Spoleto para instalar restaurantes dessa marca dentro de empresas. O objetivo é, aos poucos, levar "praças de alimentação" ambiente interno das companhias, a exemplo do que já acontece no exterior.
A notícia veiculada pela revista Exame vem representar uma porta para a redução de custos para diversos segmentos, como hospitais e escolas. As cantinas escolares, por exemplo, representam uma fonte de dor de cabeça para os diretores dessas instituições. Além de desviar o foco de ação das escolas, implicam em ocupar pessoal interno em compras e controles de estoques, gerando custos com infraestrutura e pessoal, além de imobilização em estoques. Gente... cada macaco no seu galho!

Nada como ter especialistas cuidando das coisas enquanto nos ocupamos da essência de nosso trabalho. Essa é uma lição que a escola ainda não aprendeu! Leia mais em
http://www.corporateconsultoria.com/index_arquivos/Page1049.htm