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sexta-feira, dezembro 27, 2024

ESG na Economia

ECONOMIA ECOLÓGICA: UM MODELO ESG PARA AS NAÇÕES?

A natureza como limite da Economia.

Quando muito se fala em ESG, torna-se premente o aprofundamento na leitura do contexto. Nesse sentido, estou terminando uma das leituras que considero relevantes nessa perspectiva. Trata-se de "A Natureza como Limite da Economia", de Andrei Cechin.


Em tempos de sustentabilidade, a contribuição dos economistas é um ingrediente significativo. Ela amplia a discussão, considerando o papel das nações nas suas relações econômicas, uma vez que elas formam o ambiente e o contexto onde atuam as empresas.

Nesse sentido, o autor traz à tona o nome de Nicholas Georgescu-Roegen, um economista que ousou pensar diferente. Neste momento, suas ideias retornam à pauta e, numa perspectiva estratégica, é importante reavaliá-las.

Nicholas Georgescu-Roegen: o pioneiro da economia ecológica

Nicholas Georgescu-Roegen, economista e matemático romeno, nasceu em Constanța em 1906 e faleceu em Nashville em 1994. Sua obra, marcada por uma visão crítica e inovadora, deixou um legado fundamental para a compreensão da relação entre economia e meio ambiente.

Com formação em Estatística pela Universidade de Paris, Georgescu-Roegen exerceu importantes funções públicas em seu país natal antes de emigrar para os Estados Unidos em 1946. Lá, sob a orientação de Joseph Schumpeter, aprofundou seus estudos em economia. Como professor da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, desenvolveu uma teoria econômica radicalmente diferente daquela predominante em sua época.



Em sua obra mais conhecida, "The Entropy Law and the Economic Process" (1971), Georgescu-Roegen introduziu a segunda lei da termodinâmica, a lei da entropia, no debate econômico. Ao fazê-lo, evidenciou a inevitabilidade da degradação dos recursos naturais em decorrência das atividades humanas e questionou a sustentabilidade do crescimento econômico ilimitado, defendido pelos economistas neoclássicos.

O economista romeno propôs o decrescimento econômico como alternativa ao modelo de desenvolvimento vigente, argumentando que a economia deve ser vista como um subsistema da biosfera e, portanto, sujeita às suas limitações. Sua obra pioneira inspirou o surgimento da economia ecológica, que busca integrar os princípios ecológicos à análise econômica.

Vale a leitura.

quarta-feira, dezembro 30, 2015

Estratégia



Crise, Mudanças e Oportunidades.


“Fazer acontecer, implica maximizar o resultado que se pode obter utilizando recursos disponíveis”.

Júlio Ribeiro

Não é errado dizer que as crises são benéficas. Geralmente as vemos como um transtorno, algo a ser evitado. Mas não é bem assim... É nas crises que surgem os “novos problemas”. E isso nos lança em um ambiente de seleção natural, que por sua vez nos empurra em busca da melhoria da competitividade e nos motiva, ou força, a inovar.  Em suma, um problema é a matéria-prima da criatividade.

Ao nos defrontarmos com ambientes de crise, e seus novos problemas, enfrentamos o desafio de fazer acontecer em um novo ambiente. A crise nos coloca diante de uma nova realidade. E essa nova realidade, à qual nos vemos envolvidos neste momento, é marcada por algumas características no ambiente de negócios:

  • Explosão da oferta, ainda que seja perecível;
  • Tecnologia digital substituindo funções, tarefas, cargos e valores;
  • Mercados hiperfragmentados;
  • Dificuldade de se criar uma identidade da marca, em virtude da saturação da propaganda e do volume de nichos específicos.

Esses fatores, combinados, criam novas demandas e exigem, portanto, mudanças constantes, adaptações ágeis e novas propostas de valor ao mercado consumidor. Em relação à TI não é diferente. Daí a pergunta: Seria possível salvar as vendas com as tradicionais estratégias de segmentação e posicionamento? Em muitos casos isso implica lançar modelos diferentes, cores variadas, uma propaganda criativa e novas formas de utilização do produto. Essas alternativas, entretanto, podem não ser suficientes. A resposta pode estar ligada, diretamente, ao conceito de “lateralidade”, e não à segmentação ou reposicionamento proporcionado pelos movimentos de reação tradicionalmente utilizados em situações semelhantes.

Os problemas causados pelas crises são, de fato, oportunidades disfarçadas que exigem estratégias diferenciadas capazes de manter a empresa na arena competitiva. Surgem novos nichos, segmentos e clientes tradicionais ávidos por soluções para os “novos problemas” trazidos pelas crises. Para atender a essa demanda, as empresas vão à busca de encontrar alternativas inovadoras desenvolvendo novos produtos e serviços, explorando a criatividade e inovação. Em outras palavras, a “evolução” está ligada à “inovação” e esta, em última análise, à “sobrevivência”.

Para as empresas, o ponto de partida é avaliar o produto que oferece ao mercado e, a partir dele, explorar as alternativas de como agregar valor a ele, de maneira que possa ser solução para os “novos problemas”. 

Segmentar um mercado pode restringir sua ação a um determinado nicho e, com isso, descartar públicos e/ou situações potenciais. Por outro lado, um novo posicionamento pode ser uma alternativa, seja evidenciando características já existentes ou acentuando a personalidade da marca, visando assim torná-la mais visível em relação às concorrentes. Entretanto, esse processo também não leva à expansão em direção a novos mercados. No campo das inovações, a priori, o produto básico não muda. É aí que surge a alternativa de trabalhar com o conceito de “lateralidade”.

Na perspectiva das inovações laterais a ideia não é substituir as inovações verticais, mas ir além dos processos lógicos e sequenciais em que elas se baseiam. Trata-se de uma alternativa concreta contra a homogeneidade de produtos e serviços oferecidos pelo mercado, fazendo com que haja um descolamento da hiperconcorrência. 

Em resumo, o pensamento lateral agrega ao marketing vertical: necessidades, usos, situações ou públicos-alvo. Um bom exemplo de utilização desse tipo de estratégia, que pode ser aplicado em momentos crise, na perspectiva de TI, é representado pela equação: 

Banco + Internet + Celular = Bankline.
Ou ainda:
Compra + comodidade + internet = e-commerce

Essas, assim como inúmeras outras inovações que levaram à evolução das empresas e mercados, são fruto de novas demandas originadas por crises e mudanças de ambiente. A grande notícia é que todas as áreas apresentam oportunidades para se desenvolverem nesses momentos, pois sempre existirão pessoas capazes de criar alternativas sólidas e sustentáveis de geração valor. 

Crise? Que nada. Seja bem-vindo a um novo ambiente de oportunidades!

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Conheça o minicurso sobre o assunto na página de Palestras e Cursos deste blog e leve-o para sua empresa.>>

terça-feira, outubro 30, 2012

2013... Cenário da educação

O mercado educacional em 2013

Penso que o segmento educacional está experimentando uma forte consolidação em termos de grandes grupos e que isso deverá continuar em 2013. Nesse aspecto, ganham destaque a profissionalização dos gestores e a busca por executivos e profissionais cada vez mais preparados para lidar com a escola como um negócio. Novas profissões e especializações também estão aparecendo e isso transforma a função dos gestores de RH, elevando-os ao patamar das decisões mais estratégicas.

Outro ponto importante é a corrida do ouro no setor público. Várias empresas já identificaram o potencial desse segmento, até então desprezado por uma fatia do mercado, numa possibilidade de novos negócios. Para vc ter uma ideia, eu mesmo acabei de escrever um projeto para uma grande editora internacional que será lançado em breve e é voltado para as secretarias de educação de pequenos municípios. Além do projeto, escrevi toda a metodologia e os livros guia, sistema de avaliação e o software do programa, totalizando 14 volumes. Então, acredito que esse será um setor importante.

Outra questão relevante está dentro das salas de aula. Entendo que começamos a passar por um ajuste entre os atuais modelos de ensino-aprendizagem e as novas demandas da sociedade. Existe um grande descompasso aí. Se por um lado já temos alguns recursos como tablets e lousas interativas em grande parte das escolas do país, por outro falta método, professores e novos conceitos educacionais para aproveitar todo esse potencial. Precisamos reinventar a escola. Não cabe mais ajustes e maquiagens.

Finalmente, uma questão que venho debatendo em congressos e consultorias diz respeito à necessidade de encontrar novas formas de sustentabilidade para o negócio chamado escola. Já é possível termos aulas gratuitas de renomadas universidades globais, como a Harvard, Yale, Universidade de Paris e tantas outras. E o nosso modelo atual ainda se sustenta pela receita de mensalidades. Até quando?

quarta-feira, março 14, 2012

Inovação melhora

O Brasil está mais inovador?


Interessante uma pesquisa recente realizada pela GE com 2,8 mil executivos de 22 países, o Brasil inclusive (200). Para a maioria deles, nosso país está mais inovador. Veja o que eles pensam:

  • 80% dos entrevistados acreditam que pequenas e médias empresas e indivíduos podem ser tão inovadores quanto grandes empresas;
  • Para 74% dos executivos inovação precisa ser dirigida para atender a necessidades específicas de um mercado;
  • Já para 73% desses executivos, inovação é mais impulsionada por pessoas criativas do que por pesquisas científicas;
  • No geral, 80% dos entrevistados afirmam que o ambiente de inovação melhorou nos últimos cinco anos.
O Brasil apresentou-se num grupo de "muito otimistas", que considera que a inovação irá se converter em melhorias na vida das pessoas. Por outro lado, consideram que o ambiente da inovação em nosso país é desfavorável, ao contrário da China, onde a maioria entende esse ambiente como muito favorável à inovação. Índia e Estados Unidos se apresentaram como países onde o ambiente de inovação é "balanceado".

Mas, se estamos de fato melhorando, quem está gerando essas inovações?

quarta-feira, maio 04, 2011

Mercado

Tendências que podem mudar o mercado. 

Lendo uma matéria da Pequenas Empresas e Grandes Negócios, encontrei algumas tendências interessantes que gostaria de socializar. São situações e ideias que vão surgindo em meio a um mar de mudanças. Acompanhe no texto transcrito da matéria. O conteúdo completo pode ser acessado no link, ao final.

"Um bar no qual o preço das bebidas alcoólicas sobe e desce de acordo com o número de pedidos;
uma rede social onde os usuários se unem para ganhar até 50% de desconto em compras;
uma loja que dá todos os produtos de graça;
uma franquia de padarias que se instala em locais pouco usuais, como shoppings e hospitais;
um site em que clientes dão notas para os seus advogados;
uma rede de lojas de surfe que premia os clientes com banhos de água doce.

Surpreendentes empreendimentos como esses vêm surgindo com força. Acompanham as transformações cada vez mais rápidas do comportamento do consumidor e as mudanças alucinantes da tecnologia.

Para ajudá-lo a criar ou tornar um negócio antenado - e lucrativo -, identificamos dez tendências de mercado:

1) o luxo deu espaço ao exclusivo: o cliente quer se sentir especial;

2) fazer o bem é muito valorizado;

3) hoje há muitos recursos para pesquisar - e economizar;

4) as pessoas querem estar juntas e compartilhar tudo;

5) interatividade é o grande barato do momento;

6) o consumidor está impaciente e imediatista;

7) não dá mais para disfarçar: o produto ou serviço tem que ser realmente útil;

8) as empresas precisam ser transparentes, abrir o jogo;

9) bem-estar, equilíbrio: todo mundo quer ser feliz;

10) em um mundo conectado, onde ficam as referências? Natural haver uma volta às raízes. A melhor maneira de traduzir essas dez tendências (e 15 subtendências) é mostrar como 70 empreendedores no Brasil e no mundo estão conseguindo ganhar dinheiro com isso. Inspire-se".

O conteúdo completo pode ser acessado pelo link: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138591-17192,00-OS%20NEGOCIOS%20DO%20AMANHA.html

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Marketing - A nova onda

Quem faz o comercial é você

A última novidade do marketing: convidar consumidores para criar e produzir anúncios publicitários


David Bergman / Corbis
Por Daniel Hessel Teich
EXAME


A rede de lanchonetes Burger King resolveu romper os limites da propaganda tradicional para comemorar a abertura de sua 25a loja no Brasil, em dezembro. Na tentativa de potencializar os efeitos de sua estratégia de marketing, a empresa convocou seus clientes para produzir o comercial. O vídeo que apresentar a forma mais criativa de pedir um hambúrguer da rede será exibido pela MTV a partir da próxima semana. "A idéia é seguir no Brasil a mesma linha de vanguarda da publicidade da matriz americana", diz Afonso Carlos Braga, executivo de marketing da empresa. As campanhas publicitárias do Burger King nos Estados Unidos, feitas pela agência Crispin Porter + Bogusky, tornaram-se ícones de criatividade e interatividade na internet. Uma das criações da agência é o site Subservient Chicken (Galinha Subserviente), no qual o internauta cria situações encenadas por um sujeito fantasiado de galinha. Desde que entrou no ar, há dois anos, o site já teve mais de 500 milhões de acessos -- um dos maiores sucessos da rede de computadores.
O Burger King brasileiro embarcou em uma tendência que ganha fôlego nos Estados Unidos. Em fevereiro do ano que vem, pelo menos três comerciais feitos por pessoas comuns serão exibidos nos intervalos do Super Bowl, a finalíssima do campeonato nacional de futebol americano, que neste ano foi assistida por 90 milhões de pessoas. É a maior vitrine de marketing do país, na qual a veiculação de um filme de 30 segundos custa 2,6 milhões de dólares. Entre os anunciantes do Super Bowl que investiram na fórmula estão nomes como GM (com a marca Chevrolet), Frito-Lay (Doritos) e a própria Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), a pro motora do evento. O sistema de escolha varia de acordo com o anunciante. A NFL vai premiar um roteiro que será filmado por um diretor profissional. O Doritos adota estratégia semelhante à do Burger King brasileiro, com os vídeos enviados pelo YouTube. Já a GM preferiu centrar seu concurso em estudantes de publicidade e cinema. "É uma forma de atingir o público jovem, bastante reticente aos formatos tradicionais de propaganda", disse Steve McGuire, gerente de publicidade da Chevrolet americana, à revista especializada em publicidade Adweek.
Os comerciais interativos, hoje consagrados por anunciantes de grande porte, surgiram na internet há dois anos. Munidos de câmeras de vídeo digitais e valendo-se do recém-criado YouTube para divulgar seus filmes, os internautas começaram a produzir paródias de comerciais de marcas famosas. Os marqueteiros das empresas resolveram tirar partido dessa situação. A primeira grande empresa a usar o recurso foi a Converse, dona da marca All Star. A empresa criou um site chamado Converse Gallery para que artistas e estudantes de cinema e de publicidade enviassem filmes que simulassem comerciais. Foi um tremendo sucesso. Ainda hoje os internautas mandam contribuições para o site, que conta com um acervo de 80 filmes, todos feitos por consumidores.


Como toda novidade, campanhas interativas implicam riscos. Uma visita ao site brasileiro do Burger King mostra um deles -- os filmes postados para a promoção estão abaixo de qualquer padrão de qualidade. Outro risco é a perda de controle sobre a imagem pública da marca. No início deste ano, a Chevrolet inaugurou um site dotado de uma série de ferramentas que permitiam ao internauta criar um vídeo para o automóvel Tahoe (utilitário esportivo de grande porte). Alguns consumidores passaram, então, a usar as ferramentas para produzir paródias que criticavam e ridicularizavam o carro. A principal crítica dos consumidores/ativistas era o alegado alto consumo de combustível de modelos como o Tahoe. Por conseqüência, na visão dos internautas, a GM tornava-se uma das principais vilãs do aquecimento global. Quando a empresa percebeu, era tarde demais. A página foi tirada do ar, mas cópias dos vídeos já estavam circulando no YouTube, onde podem ser vistas até hoje. "Esse é um lado que temos de levar em conta quando abrimos espaço para a colaboração do público. A situação pode sair do controle", diz Abel Reis, vice-presidente de tecnologia da agência Click, que criou uma campanha interativa para o automóvel Idea Adventure, da Fiat, para ser exibida em cinemas. Diferentemente do que aconteceu com a GM e do formato adotado pelo Burger King, a campanha da Fiat não leva a interatividade às últimas conseqüências. O consumidor escolhe trechos pré-gravados para montar o comercial. Ao todo serão possíveis 16 combinações diferentes, mas nenhuma oferece risco.

Nosso Comentário
Como toda novidade, esta também há de causar ainda muita polêmica. Importante, nesse momento, é avaliar os pontos positivos e negativos, além daqueles já apontados acima. É inegável que tal iniciativa deve acarretar uma significativa redução nos custos de propaganda, uma vez que atua em duas vertentes: transfere para o cliente os custos de produção e criação e ainda proporciona um estreitamento nas relações entre a empresa e o seu público. Além disso, na medida em que os clientes se aproximam da empresa, cria-se também a possibilidade de ampliar o leque de pesquisas para novos produtos, em virtude da percepção sobre a demanda e os pontos de vista dos clientes em relação aos produtos existentes.


Na outra ponta, uma das maiores desvantagens é abrir o flanco para arranhões na imagem institucional. Além disso, mensagens mal passadas podem gerar zonas de desconforto junto a clientes atuais, possibilitando o abandono de serviços e produtos.


A sorte está lançada... vamos ver no que vai dar.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Terceira Idade

Novas oportunidades no mercado da Terceira Idade


Com o envelhecimento da população começam a chegar ao Brasil os primeiros produtos de assistência 24 horas específicos para idosos. Uma das maiores seguradoras do mundo está vendendo para as empresas do setor (planos de saúde e seguradoras) produtos direcionados para o atendimento de enfermagem, serviços domésticos (como eletricista) e seguros-viagem.

Esta é, porém, apenas a ponta do iceberg. Na verdade um enorme mercado de oportunidades está se abrindo na medida em que a idade da população avança. Trata-se de uma tendência mundial. Com as taxas de natalidade e fecundidade reduzindo-se gradativa e sistematicamente e a expectativa de vida aumentando, vários segmentos poderão ser beneficiados se aproveitarem as particularidades deste fenômeno. O segmento da saúde é o primeiro e mais diretamente afetado. Entretanto, o setor de serviços, de uma maneira geral, terá um amplo terreno pela frente. Transportes (incluindo motoristas), alimentação e educação, além de acompanhamento terapêutico e ginástica serão fortemente afetados.

Em relação à educação, este segmento terá ainda o reforço da crescente percepção de que educação não se restringe aos bancos das escolas mas deve ser permanente, ao longo da vida. Além disso, o avanço dos meios de comunicação e do ensino a distância devem proporcionar uma avalanche de produtos direcionados à terceira idade, uma vez que permitem o aprendizado sem a necessidade de deslocamento, o que, para esta faixa etária, é extremamente significativo!

Portanto, preparem-se para as novas oportunidades...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Política e voto


Liberdade do voto
Uma verdadeira democracia começa pela liberdade do cidadão de escolher seus representantes? Não. Na verdade ela começa pelo poder de exercer ou não esse direito. Essa questão precede a primeira. Nenhum cidadão deveria ser obrigado a votar, pois isso acaba ferindo o direito ao livre arbítrio, na sua raiz.

A obrigatoriedade do voto acaba por arranhar o direito básico da democracia e da liberdade. Como pode alguém dizer que é livre para votar em quem quiser se, antes disso, ele é obrigado a fazê-lo? A questão do voto compulsório, no fundo, desqualifica o voto. Permite que cidadãos apenas o exercitem por força da obrigatoriedade, transformando-o numa simples atividade que, se não realizada, implica em penalidades.

Através do voto obrigatório, transformamos a qualidade em quantidade. Multidões de despreparados, mal-informados e alienados políticos votam em qualquer um ou naqueles cujas promessas de benefícios voláteis lhe são apresentados na forma de promessas ou ameaças. O resultado disso estamos presenciando: a verdadeira espoliação do bem público por um bando de ladrões instalados no poder. Até quando teremos que sujeitar o país às escolhas daqueles menos iluminados? A quem interessa o voto do menos esclarecido (apesar da resposta nos parecer óbvia!)? Quanto deixaremos de trocar a qualidade pela quantidade?

Se a reforma política um dia vier a acontecer, que tal começar pela não-obrigatoriedade do voto?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Cidadania nos cinemas

Ahhh, as filas...

Já faz uns cinco anos que venho pregando a venda de ingressos numerados para os cinemas. A exemplo do que ocorre nos teatros, os expectadores poderiam comprar seus tíquetes com assento numerado, na bilheteria ou pela internet, poupando tempo e evitando as intermináveis as filas. Hoje a coisa funciona mais ou menos assim: você tem que chegar ao cinema umas duas horas antes das sessões mais concorridas. Aí enfrenta uma fila, de mais ou menos uma hora, para comprar as entradas. Daí, muda de fila e aguarda outra uma hora para ver se consegue pegar um lugar melhor na platéia.


Num mundo onde a corrida pela economia de tempo é permanente, isso é um descalabro. Depois de cinco anos pregando aos quatro ventos, parece que agora as cadeias de cinema começam a se sensibilizar para o fato e promover a experiência. Claro que no início haverá o costumeiro chiado daqueles desorganizados que chegam em cima da hora e ainda querem assento nos locais privilegiados. Entretanto, a adoção desta prática vai permitir que as pessoas possam se programar melhor e ainda economizar muito de seu tempo, alocando-o para outras atividades que não a de ficar em pé na fila.


Trata-se de um processo de educação e cidadania. Um solavanco naqueles que comungam com a Lei de Gérson (aquela mesma do “levar vantagem em tudo...certo?”), permitindo que se possa chegar minutos antes da sessão e sentar-se na poltrona escolhida. Tudo muito simples... bem civilizado. Vamos ver se o jeitinho brasileiro não vai distorcer mais esse passo no caminho da civilidade.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Estratégia


Varejo dentro da empresa

EXAME A GR, empresa especializada em serviços de alimentação, está investindo num mercado: o varejo dentro de empresas. Recentemente, inaugurou uma loja de conveniência e uma unidade do Caffè Ritazza marca própria da GR) na fábrica da IBM em Hortolândia, no interior paulista. A companhia também fechou uma parceria com Spoleto para instalar restaurantes dessa marca dentro de empresas. O objetivo é, aos poucos, levar "praças de alimentação" ambiente interno das companhias, a exemplo do que já acontece no exterior.
A notícia veiculada pela revista Exame vem representar uma porta para a redução de custos para diversos segmentos, como hospitais e escolas. As cantinas escolares, por exemplo, representam uma fonte de dor de cabeça para os diretores dessas instituições. Além de desviar o foco de ação das escolas, implicam em ocupar pessoal interno em compras e controles de estoques, gerando custos com infraestrutura e pessoal, além de imobilização em estoques. Gente... cada macaco no seu galho!

Nada como ter especialistas cuidando das coisas enquanto nos ocupamos da essência de nosso trabalho. Essa é uma lição que a escola ainda não aprendeu! Leia mais em
http://www.corporateconsultoria.com/index_arquivos/Page1049.htm

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Fusões


De olho no mercado da educação...

Recentemente a revista Exame comentou uma pesquisa realizada pela KPMG sobre fusões e aquisições no Brasil. De acordo com o trabalho, houve um aumento de 23% no número de empresas de capital estrangeiro que compraram grupos nacionais. Se por um lado isso está se tornando comum entre as empresas de diversos segmentos do mercado, na educação, um setor da economia que tem aumentado exponencialmente de tamanho, ainda são raros os casos de que se tem notícia. Recentemente, a aquisição do controle acionário da universidade paulista Anhembi Morumbi para o grupo americano Laureate por 165 milhões de reais, sacudiu o mercado.


Na verdade essa onda de fusões e aquisições já era prevista. Mencionei isso a cerca de 5 anos atrás. Num movimento que teve como ponto de partida a abertura da economia nacional e como primeiros protagonistas os agentes do setor financeiro, como os bancos e financeiras, a tendência é de proliferação. Em todos os segmentos é cada vez maior a necessidade de ganhos de escala. E o segmento educacional, nesse aspecto, apresenta um enorme potencial de oportunidades. Resta saber se as instituições educacionais saberão tirar proveito desse movimento

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Receita Brasil


A solução para o Brasil está no ar

O Brasil convive há tempos com a questão da sua sustentabilidade e do pagamento da famigerada dívida externa. Contudo, a solução pode estar aqui mesmo, no ar puro que distribuímos para o mundo. A nossa Amazônia é decantada como o último pulmão do mundo. Os países desenvolvidos, depois de devastarem e continuarem devastando as florestas do planeta e emitindo para a atmosfera todo tipo de impureza, sempre se voltam contra as queimadas e cortes de madeira promovidos na Amazônia por exploradores incautos e inescrupulosos. Entretanto, em nenhum momento cogitam “bancar” a área verde. Sempre impingem ao Brasil a responsabilidade de faze-lo, muitas vezes nos acusando e obstruindo a exploração racional da área, que poderia ser a nossa redenção em termos de recursos econômicos, considerando as vastas possibilidades de exploração local.

Sendo assim, não seria justo que o governo brasileiro cobrasse dos demais países o ônus de manter intacta a Amazônia? E isso seria simples. Bastaria que se fizesse a seguinte conta: uma pessoa normal consome “n” m³ de ar, por dia. Depois disso, volta-se a multiplicar o resultado por 30, para se saber o quanto é consumido de ar puro por mês, por uma pessoa. Uma vez chegado a esse resultado, ele seria então multiplicado pela população de cada país. Este seria o valor da fatura de cada um deles para com o Brasil.

Fácil não? O comércio de recursos naturais não é novidade... Há nações que vivem da venda de petróleo. Outras, por si próprias ou através de suas empresas, comercializam água pura. A própria energia elétrica, oriunda de usinas hidrelétricas, é também comercializada.

Por que não o ar, então? Temos a maior indústria de ar puro do planeta e não nos damos conta do quanto isso é estratégico. Que tal começarmos a tirar algum proveito desse gênero de primeira necessidade, assim como os árabes tão bem sabem fazer com o petróleo?