sexta-feira, dezembro 18, 2009

Escola de graça?


O futuro da escola é... grátis?

Por Marcelo Freitas

Como acontece de tempos em tempos, uma onda de teses polêmicas foi lançada recentemente no mercado. Desta vez, ela partiu da coletânea de estudos do economista Steven Levitt, Ph.D. pelo MIT, em parceria com o jornalista Stephen J. Dubner e foram reunidas no livro Freakonomics, que numa tradução livre quer dizer algo como "economia excêntrica".


A obra aborda assuntos polêmicos através de ângulos de visão inusitados. É o caso das taxas de criminalidade em Nova Iorque, apresentada pelos autores como sendo, em grande parte, conseqüência da legalização do aborto. Tal abordagem poderia ser considerada, no mínimo, inusitada.

Outra investida polêmica lançou luzes sobre um tema de interesse de executivos e empresários. Inclusive, penso eu, os do segmento educacional. Trata-se de Free!, livro lançado por Chris Anderson, editor da revista Wired e autor do conceito da cauda longa. O tema em questão, desta vez, reponde pelo nome de “preço”.

Para ser breve, a tese defendida pelo autor diz que a tecnologia barateou e diversificou a produção de bens a tal ponto de poderem ser oferecidos de graça. Como explicou o próprio Anderson: "Às vezes, grátis significa realmente custo zero, às vezes, que o preço foi subsidiado com anúncios. Outras vezes ainda quer dizer freemium: uma combinação entre uma oferta gratuita e a versão lapidada ou exclusiva, oferecida mediante o pagamento de uma assinatura."
Mas isso nada tem a ver com as escolas, diriam os mais afoitos. Talvez tenha...

É verdade que a tecnologia tem privilegiado produtos e serviços baseados na internet, a ponto de usarmos vários aplicativos a custo zero. Hoje até mesmo processadores de texto, planilhas eletrônicas e um sem número de outros softwares, antes comprados em houses especilizadas fazem parte do nosso dia-a-dia sem que, para utilizá-los, tenhamos de despender sequer um único centavo.

Saindo do ambiente virtual para o mundo “real” a situação não é muito diferente. Basta ver o segmento de telefonia... do aparelho telefônico aos softwares adicionais ou upgrade`s de banda larga, hospedagem de sites e pacotes de mensagens, várias são as situações em que seriamos obrigados a pagar por produtos e serviços que recebemos de graça.


Já na indústria da educação, na arena competitiva das escolas, alguns lampejos se fazem sentir no horizonte. O fator “inadimplência”, por exemplo. Seria um prenúncio do advento Free? Estaria ele querendo dizer-nos alguma coisa, sinalizando, ou reforçando como prefiro interpretar, o esgotamento de um modelo de sustentabilidade utilizado há séculos pelas instituições de ensino particulares?

Será que podemos considerar o fato apenas uma coincidência? Seria ele um sintoma? Ou quem sabe um claro indicativo de que a semente da teoria de Anderson estaria geminando no solo cansado do mercado educacional?

A resposta só o tempo vai dizer... mas é bom já ir colocando as barbas de molho!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Sustentabilidade e o Jovem


O jovem brasileiro e sua percepção da Sustentabilidade


Uma pesquisa muito interessante conduzida pelo Instituto AKATU-UNEP revela avanços na percepção dos jovens brasileiros sobre o tema "sustentabilidade". São informações valiosas para quem lida com educação ou está presente em segmentos da economia voltados para esse público.


Veja um trechinho, reproduzido a partir do site do Instituto:

" .... Combater a violência e erradicar a pobreza são prioridades

Temas políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais foram apresentados aos jovens, que deveriam indicar os mais importantes em sua opinião. Os resultados revelaram que os jovens dão prioridade a “combater o crime, combater conflitos” (32%), “reduzir e erradicar a pobreza, reduzir a diferença entre ricos e pobres” (27%), “melhorar condições econômicas” (18%) e “combater a degradação ambiental e a poluição” (11%).

Se contextualizados apenas os desafios sociais, os mais citados pelos jovens foram “reduzir a poluição (ar, água, solo)” (72%); “melhorar a saúde da população” (72%); “reduzir o desemprego” (70%), “diminuir a diferença entre ricos e pobres” (61%), “reduzir o trabalho infantil” (61%) e “as mudanças climáticas” (61%). Este último item apresentou significativo aumento se comparado ao índice aferido em pesquisa semelhante — Os jovens e o consumo sustentável — realizada pelo Instituto Akatu e pela UNESCO-UNEP em 2001. Naquele ano, apenas 24% dos jovens disseram preocupar-se com as mudanças climáticas. A preocupação com a redução da poluição no ar, na água e no solo cresceu de 60% em 2001 para 72% este ano.

Em um recorte específico sobre as alterações climáticas, perguntou-se aos jovens se, de posse de mais informações sobre o tema, eles adotariam novos hábitos em suas vidas. O cenário aferido foi positivo, com 40% dos entrevistados afirmando que gostariam de ter mais informações e que acreditam que isto contribuiria para que adotassem práticas sustentáveis. Na opinião de 78% dos jovens, as pessoas em geral mudariam de comportamento se estivessem mais informadas sobre os danos ambientais causados pelas mudanças climáticas. Os jovens também concordaram com as afirmações de que “as pessoas deveriam ser mais conscientes sobre o meio ambiente” (45%) e “as pessoas deveriam espalhar informações sobre este tema” (35%)."


Se quiser receber a pesquisa, na íntegra, entre em contato comigo.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Jornada Educacional

Gestão 10


Já pensando no ano que vem, estamos preparando algumas palestras para o pessoal do segmento educacional. O público-alvo são os gestores e lideranças educacionais. Veja só a programação, que pode ser ajustada de acordo com as características da instituição, clicando no link a seguir: http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page1160.htm


Aguardo o contato...

quarta-feira, novembro 18, 2009

Sons da Terra

O Clip a seguir recebi de uma amiga, Vanja, incansável Educadora.

EARTH SONG by MICHAEL JACKSON

O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido: a ecológica "Earth Song", de 1996.

O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clipe.

Veja, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson. Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.

terça-feira, outubro 27, 2009



Oxigênio para a educação



O ex-ministro e atual secretário da Educação de São Paulo tem defendido reformas significativas no segmento, como a introdução das avaliações e da meritocracia. Parabéns pra ele.


Também defende a mudança de visão dos líderes sindicais da categoria docente, onde impera o corporativismo e o assistencialismo. Outro ponto pra ele.


Algumas das empresas brasileiras de maior desempenho apresentaram, num passado recente, os cinco principais fatores que justificaram seu crescimento constante – e com lucro. O caminho seguido por elas tem demonstrado que boa gestão e uma visão consistente do negócio, não só representa resultados no curto prazo, como também impulsiona o crescimento sustentado, permite investimentos e proporciona retorno aos acionistas:

> Meritocracia;
> Inovação;
> Senso de Oportunidade;
> Moderação;
> Conhecimento dos clientes.

Olhando assim parece uma fórmula simples... O fato é que sua aplicação exige trabalho, coerência nas ações, investimento da liderança e foco. Qual seria a postura de um dirigente escolar diante dessa agenda? Façamos, então, uma breve avaliação de algumas das práticas do segmento educacional à luz desses fatores.

Meritocracia – é a capacidade de reconhecer e recompensar os melhores colaboradores. Ao contrário das empresas de ponta, quantas de nossas escolas possuem planos de reconhecimento e remuneração variável para os seus profissionais? Na visão das instituições educacionais, incentivadas pelo conservadorismo dos sindicatos, docentes devem receber por horas-aulas, seja aquele professor acomodado ou o que carrega a turma junto com ele. Seria esse o melhor modelo?

Inovação – São as pequenas inovações, e não aquelas estrondosas, as que de fato garantem a continuidade do crescimento. Nesse particular, exceção de alguns ilhas cujas práticas são mais arrojadas, falar em inovação na educação é permitir-se pensar o impensável... Ainda que em pequenas doses, as escolas primam por reprisar fórmulas que hoje não apresentam mais resultados, face à evolução da sociedade e os avanços da tecnologia. Por que não ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento?

Senso de Oportunidade – Estar no lugar certo na hora certa não é suficiente. Persistir na busca de novas possibilidades é um posicionamento que a maioria das lideranças educacionais ainda não se dispuseram a fazer com assiduidade. Basta ver que uma grande parte delas não conhece, sequer, a comunidade onde estão inseridas nem possuem um planejamento estratégico. Por que não trabalhar junto a esta comunidade para descobrir novos caminhos e espaços de crescimento?

Moderação – As empresas que crescem de maneira contínua não apresentam sobressaltos. Ao contrário, crescem de maneira segura e saudável. Evitam grandes fusões e aquisições. O efeito cumulativo das idéias surge como melhor opção a longo prazo. Pensar os segmentos da escola como unidades de negócios, por exemplo, pode proporcionar análises mais apuradas e gerar incrementos mais sólidos para os serviços prestados.

Conhecimento dos Clientes – Conseguir faturar mais a partir da mesma carteira de clientes mostra-se um ótimo fator para um crescimento continuado, segundo se apurou na pesquisa junto às empresas. Para isso, conhece-los é fundamental. Quantas são as escolas que realmente têm o hábito de aplicar pesquisas junto aos seus públicos e se debruçar sobre os resultados com a preocupação de melhor servi-los? Caminhar nesse sentido pode ser uma ótima oportunidade para ampliar o alunado e aumentar seus resultados de forma contínua.

Ao olhar esses fatores, entretanto, é significativo considerarmos as particularidades do segmento educacional como um todo e da escola em particular, pois suas nuances são fundamentais na formulação da estratégia de crescimento da instituição. Não podemos analisá-la como uma ilha, imune ao ambiente onde se insere. O mesmo pai que procura a secretaria da escola é aquele acostumado a ser bem tratado na loja ou no banco. É também aquele acostumado às facilidades dos serviços online; a ser paparicado pelas agências durante a viagem de férias; aos benefícios de um bom atendimento por telefone.

Empreender uma trajetória de crescimento constante é um processo a ser construído no dia-a-dia, visando o longo prazo. Ações devem pautar-se na coerência da gestão para formar bases sólidas de sustentação visando o engajamento da equipe. Os processos, por sua vez, devem estar alinhados e em sintonia para que produzam o efeito desejado, convergindo todos eles para o alcance dos objetivos estabelecidos.

É assim, mirando nas boas práticas de outros segmentos, que poderemos encurtar caminhos para criar escolas que sejam verdadeiros centros de excelência.

quarta-feira, junho 17, 2009

Bagagem


Nenhum a menos...


"Um filme é, por muitas vezes, maior que o cinema. Enquanto o cinema fica lá como uma estrutura técnica, paredes e pipocas, levamos o filme para casa. O cinema não cabe no nosso bolso, mas o filme cabe no bolso de nossa cabeça."

Retirei esta passagem de um artigo escrito pelo economista e educador, César Augusto Dionísio, publicado na Revista Gestão Educacional. Ele me tocou de imediato quando imaginei as nossas escolas e tudo aquilo que trazemos na bagagem, a partir delas. Vejo muita gente preocupada com a estrutura física, inventando mil e uma maneiras de ampliar espaços, criar áreas e salas de aula. Mas aí imagino o que será delas, depois que os alunos saem de lá.

Será que estamos conseguindo levar nossas aulas e a educação que recebemos, na bagagem da vida? Ou será que a qualidade (?) do nosso ensino se faz presente apenas enquanto dentro desse espaço, dito "de aprendizagem"?
Reflita comigo a partir da sua própria experiência e comente aqui o que você trouxe na bagagem desde a sua escola.

sexta-feira, maio 29, 2009

Professores


A cara dos professores...


Nada como trabalhar com dados e fatos não é mesmo? No país do achômetro, criam-se mitos que, na hora “h” se mostram diferentes da “dita” realidade. É isso que está acontecendo com os professores. Segundo a “lenda” (que, sejamos justos, é verdade, também tem seu lado verídico), “professores ganham mal, correm de uma escola para outra e atendem várias turmas o dia todo”. Essa é a imagem recorrente do Ensino Básico no país.

Acontece que não é beeeem assim. O primeiro censo completo do professor, apresentado pelo Ministério da Educação, revela uma situação diferente. De acordo com o estudo, 80,9% dos docentes brasileiros trabalham em apenas uma escola, mais de 60% lecionam em um turno e quase 40% são responsáveis por somente uma turma.

Surpreso? Veja o restante da matéria veiculada pelo Yahoo, com base no “O Estado de São Paulo”.


“...No total são pouco mais de 1,882 milhão de professores no ensino básico (que vai da creche ao médio), dos quais 309 mil são de escolas particulares. O levantamento é o primeiro feito depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) implantou o EducaCenso - sistema que torna possível ao MEC ter os dados de cada docente, onde ele trabalha. "Existia aquela idéia de que havia um contingente enorme de professores com um, dois, três vínculos empregatícios, o que não é verdade", diz o ministro da Educação, Fernando Haddad. Apenas 3,2% dos docentes trabalham em três escolas ou mais.

Dependendo do nível de ensino, o número de professores sem formação adequada varia de 10% a quase 30%. A maioria tem algum tipo de formação, mas ela não é própria para o que está ensinando. Pelos dados do censo, quase 70% dos professores da educação básica têm curso superior, 90% deles com licenciatura. Nos anos finais do ensino fundamental, quase 80% têm curso superior, 73,4% com licenciatura. No ensino médio, esse índice sobe para 93,4% de graduados, 87% com licenciatura. São justamente esses níveis de ensino que apresentam a pior qualidade nas avaliações nacionais, como a Prova Brasil.

A explicação, diz o ministro da Educação, é um misto de formação ruim e o mau trabalho feito até a 4ª série. "Esse professor enfrenta um desafio que ele não deveria estar enfrentando, que é a qualidade da formação dos anos iniciais. Ele já entra em sala de aula em situação mais difícil. Esse aluno não está preparado com as competências para se apropriar dos conteúdos da etapa seguinte", diz Haddad. Para a presidente do sindicato dos professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, o censo não retrata totalmente a situação do ensino, isso porque não é possível fazer o recorte das grandes cidades....”

E agora José?

segunda-feira, maio 25, 2009

conflitos

Faça do limão uma boa limonada


As coisas nem sempre são como aparentam. Pelo menos se você tiver uma estratégia adequada para avaliar a situação e entender todos os lados da questão. Uma dose de criatividade e de empatia ajuda muito a transformar uma ameaça e oportunidade. Veja o caso a seguir e pense nisso.

Na época da campanha de Theodore Roosevelt à presidência dos Estados Unidos, em 1912, o diretor da campanha descobriu que havia cometido um grande erro: não haviam obtido os direitos autorais para utilizar a foto que estampava um folheto de propaganda. Poderiam ser processados e ter que pagar U$1,00 por exemplar. Para 3 milhões de folhetos, R$3 milhões de dólares. Então o diretor da campanha precisou negociar com o fotógrafo, com base no máximo que estaria disposto a pagar pelo acordo.

A alternativa seria jogar fora os folhetos e imprimir novos, o que lhe custaria R$ 14 mil dólares. Ele, então, escreveu em telegrama ao fotógrafo: "Planejando distribuir 3 milhões de cópias do discurso de campanha com fotografias. Excelente oportunidade para fotógrafos. Quanto você está disposto a nos pagar para u
sar a sua foto?"

A resposta: "Eu aprecio a oportunidade. Só posso pagar R$200." Foi assim que o fotógrafo pagou a campanha.


quarta-feira, maio 20, 2009

Carreira



Como ser um Gestor Educacional


Dia desses fui abordado por um estudante de Administração que percebeu uma grande oportunidade de mercado no segmento de gestão, para as instituições de ensino. Ele me pedia uma opinião sobre a carreira. Por onde caminhar, cursos a fazer e coisas do gênero. Aí resolvi socializar as infomações.

Penso que é importante, antes de mais nada, consolidar a carreira, atuando em outros segmentos, como serviços e comércio, nos seus diversos setores. Aprendemos muito e isso nos possibilita aglutinar experiências diferentes e empregar conceitos de diferentes formas. Cada empresa exige uma habilidade, uma competência. Elas nunca estão no mesmo estágio de desenvolvimento...

Uma vez adquirida a rodagem necessária, aí sim, você deve se concentrar na especialização em um determinado tipo de negócio. No caso, a gestão educacional. Faça cursos de pequena duração primeiro. Depois, caminhe para uma pós ou mestrado. Procure começar a trabalhar no segmento, ainda que como voluntário, para ir ganhando experiência e tendo contato com as pessoas e profissionais da área. Participe de grupos de discussão na internet...

Tudo isso é importante. Um conselho que sempre dou: embora esteja no segmento educacional e se especialize em determinada área, nunca se esqueça de que você é um administrador de empresas. E a escola é uma empresa. Procure aplicar os conceitos que aprendeu na escola.

Embora vá encontrar muita resistência por parte dos especialistas em educação, não desanime. Este setor ainda está na pré-história em termos de gestão e qualquer vento de inovação, por se tratar de mudança, causa um reboliço. Mas mudança é assim mesmo... vá se acostumando. Não desista. Inove.



A educação precisa de idéias novas...

terça-feira, março 31, 2009

Crise Mundial


Não deixe que lhe tirem até o seu cachorro quente...


Nesses dias bicudos quando só se fala em crise, tem uma historinha interessante que li faz muito tempo e que tem me guiado ao longo dos anos. Não me recordo o autor, mas é uma injeção contra o baixo-astral. Vou partilhá-la com vocês. É assim...

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorro-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista, não podia ler jornais, mas, em compensação, vendia bons cachorro-quentes.

Colocou um cartaz na beira da estrada , anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava:

- Olha o cachorro-quente especial!!!

E as pessoas compravam.

Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, e acabou construindo uma boa mercearia.
Então, mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu.

O filho veio e disse:

- Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima !

Diante disso, o pai pensou:

- Meu filho estudou na universidade!
Ouve rádio e lê jornais, portanto deve saber o que está dizendo! E então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali, apregoando os seus cachorro-quentes.

As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido:

- Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!

Não permita que tirem até o seu cachorro-quente!

Não permita jamais que apaguem os seus sonhos.

segunda-feira, março 30, 2009

Escola do Futuro



Salto para o futuro

Saiu recentemente, em publicação especial da Revista Veja, cujo link disponibilizamos abaixo, uma boa reportagem sobre a escola do futuro. Nela, uma questão fundamental, e talvez a mais importante de todas as que permeiam as nossas escolas: a de se fazer ainda necessária.

A matéria apresenta uma boa visão do que vem acontecendo e, principalmente, do que é esperado no ambiente educacional, em face do novo perfil da juventude. A presença da tecnologia ganha destaque.

Embora o seu uso venha sendo incorporado gradualmente ao processo ensino-aprendizagem, alguns paradigmas, entretanto, insistem em se tornar presentes na base que emperra o sistema.
Um deles diz respeito à capacitação dos professores. O segmento educacional ainda não embarcou no conceito nem tão atual assim, onde o profissional é o principal responsável pela sua carteira de empregabilidade. Para quem ainda não conhece, empregabilidade é aquele conjunto de características pessoais (conhecimentos, habilidades e atitudes) capazes de tornar uma pessoa "empregável".

Acostumado ao tratamento paternal em que o seu desenvolvimento pessoal é de responsabilidade da escola, o professor não se move pelas próprias pernas. Esse comportamento arcaico encontra-se respaldado pelo corporativismo arraigado, estimulado pela cartilha do pensamento estreito dos dirigentes sindicais. Tal situação empurra nosso contingente de educadores para a beira do abismo. Quando será que eles vão acordar? É preciso entender que o conceito de aprendizagem por toda a vida é a garantia contra a obsolescência, e que não se aplica somente aos alunos.

Professores... em frente... marche!


Leiam a reportagem...


segunda-feira, março 09, 2009

Mulheres


A visão Feminina


Em tempos de Dia Internacional da Mulher me deparo com uma notícia pelo menos inusitada. Ela está ligada ao velho dilema da barreira do preconceito em relação à ascensão do “sexo frágil” ao topo do mercado de trabalho.

É que uma pesquisa realizada pela Faculdade de Administração Insead mostrou que, quando o assunto é a visão estratégica, um dos principais atributos dos ocupantes do último andar da pirâmide empresarial, o preconceito parte da próprias mulheres.

Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados 2816 executivos (as) de 149 países, matriculados nessa renomada escola francesa. Os dados e respostas foram segregados de acordo com o sexo do entrevistado, para que pudessem ser melhor avaliados. A divergência vem do fato de que elas privilegiam mais o agir que o falar, deixando um pouco de lado a questão da visão estratégica.

É como disse certa vez a ex-primeira-ministra inglesa, Margareth Tatcher:

“Se você quiser que alguma coisa seja dita, peça a um homem: se quiser que algo seja feito, peça a uma mulher.”

E aí? Deixe o seu ponto de vista. A questão está lançada!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Criatividade

Como um grupo de estudantes ganhou 655 dólares com apenas 5 dólares na mão


Criatividade é um bem que não tem preço... ou, que nesse caso, poderia ser quantificado em 655 dólares. A historinha é narrada pelo meu xará, Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, e está disponível no link abaixo.

O relevante na narrativa é avaliar a capacidade desse grupo de estudantes em estabelecer uma rápida leitura de ambiente e necessidades, saindo fora do "quadrado", ou seja, dos limites impostos pelas circunstâncias. A maioria esmagadora das pessoas tem uma dificuldade imensa em transpor a cerca que, muitas vezes, é colocada por elas mesmas. Verdade, também, que as regras organizacionais impostas pelas empresas e pela sociedade, de um modo geral, inibem a prática e o exercício da criatividade. E isso começa lá atrás, na nossa criação.

Quantas vezes não tolhemos nossas crianças de experimentar? De tentar o que ainda não foi feito, sob o único argumento de "isso não se faz" ou "desse jeito não pode"? São armas que estão incutidas nos nossos inconscientes para nos preservar de surpresas e situações sobre as quais ainda desconhecemos. E isso é reforçado pelas escolas, que exigem sempre respostas segundo um mesmo padrão, ou pelas empresas, que discriminam os colaboradores que "ousam" solucionar problemas cujas soluções não sigam os manuais internos.

Mas, cá entre nós, o que são as invenções, senão uma correta identificação de necessidades e um salto no mundo do desconhecido? Nossos sistemas (formativos e executivos) não estariam em completo desacordo com uma sociedade em rápida mutação e num contexto de total integração?

Pense nisso, mas por favor, saia do quadrado!

Assista o vídeo: http://www.truetech.com.br/webtvconsole/?console=30&canal=23&video=3974

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Para Pensar


Aí vai mais uma boa frase que dá o que pensar...


“Destino não é uma questão de chance, é uma questão de escolha; não é uma coisa para ser esperada, mas sim para ser alcançada.”

[Willian Bryan]

terça-feira, janeiro 20, 2009

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Férias Escolares

Descanso ou tormento?


Período de férias escolares. Quem tem filho sabe o que estou insinuando... Se para a meninada é hora de "aprontar todas", para os pais é o começo de uma maratona. Já pensou? Seus filhos, amiguinhos, primos e todos aqueles pequenos vizinhos do prédio, livres, leves e soltos?

Do outro lado, você, pai e/ou mãe, com todos os compromissos de final e início de ano, tempo apertado, compras, trabalho e por aí vai. E quando ainda, pra "melhorar", você não tem férias no período? Meus caros, quem não passa por essa experiência, pode acreditar: perto dela, equilibrar pratos é fichinha...

Inferno pra uns... céu para outros. Olhando por outro viés, a indústria do entretenimento infantil, nesses períodos, começa a despertar o interesse de muita gente. Vejam que, recentemente, até uma escola (pública, diga-se de passagem) foi alugada para férias no sul do país. Deu na tv. O fato é que, quem tem uma boa estrutura física, está aproveitando oportunidades temporãs, como esta. E o que dizer dos clubes, salões de festas temáticos e outros negócios similares? As colônias de férias pipocam por todo lado!

Nessa corrida para atender a demanda do mercado, porém, quem deveria partir na frente, mesmo, são as escolas. Elas possuem estrutura física, pessoal qualificado, tecnologia educacional e infraestrutura operacional já disponível e adequada. Só que a maioria ainda está exitante em ocupar esse espaço. Se isso não acontecer... outro ocupa!

Considerando a hipótese de que esse seja um novo produto das instituições educacionais, não seria o caso de se pensar uma "escola 12 meses" (uma alusão ao conceito do banco 24 horas)? Seria uma forma de aumentar as possibilidades de recursos para essas organizações; gerar empregos para professores, instrutores, monitores e artistas; entretenimento educativo para as crianças e tranquilidade para os pais.

Ainda nessa linha de reflexão, com todos esses ingredientes, uma pergunta se faz presente: é mesmo necessário um período de "descanso" anual tão prolongado para alunos e professores? Na vida adulta, quando muito, serão no máximo 30 dias de férias... E olhe lá!

No caso da categoria dos professores, até o judiciário já está se ajustando para ter um período de descanso no mesmo patamar da maioria dos trabalhadores. Adequando-se as férias da categoria, os professores poderiam bem aproveitar esse período para trabalharem aquilo que o dia-a-dia do ano letivo lhes dificulta: capacitação, melhoria dos processos educacionais e planejamento. Seria uma ótima oportunidade para melhorar a qualidade da nossa educação, já tão castigada. E para nós, pobres pais, uma temporada mais tranquila...