terça-feira, julho 21, 2015

Arena Educacional

Educação na arena competitiva


Seja globalização, internacionalização ou somente fusões e aquisições, o fato é que o segmento educacional está em pleno movimento de consolidação. O mesmo já foi visto em relação aos bancos. A exemplo do que aconteceu no setor financeiro, a tendência é que também as grandes redes de educação continuem a buscar músculos, numa escala sem precedentes. Segundo estudos mais recentes, escolas com menos de 400 alunos tendem a desaparecer. Darão lugar a redes maiores ou se engajarão em sistemas de cooperativas, franquias, parcerias e outros...

Com o mercado educacional se abrindo a cada dia, o surgimento de novos protagonistas na arena competitiva alterou, e tende a alterar ainda mais, o cenário e as práticas de gestão do segmento. A entrada de competidores, como as consultorias, o Ensino a Distância – EAD, as universidades corporativas, as escolas-empresa internacionais e investidores de risco, apoiados por outras variáveis como a expansão das telecomunicações, o avanço da indústria do entretenimento e da tecnologia da informação, colocam em xeque as práticas pedagógicas e o modelo de gestão vigente.

Esse movimento abre espaço para a inovação, a criatividade e a profissionalização. Adaptar modelos estruturais utilizados em outros segmentos, pode, nesse aspecto, ser um passo no sentido da agilidade e da queima de etapas. Um conceito interessante a ser adotado, por exemplo, pode ser o do Shopping Cultural, desenvolvido por uma empresa mineira de consultoria em gestão educacional. Nele, o relacionamento da instituição educacional com a comunidade e a transformação de áreas tradicionais como laboratório de informática e cantina em cybercafé e praça de alimentação, respectivamente, são apontados como boas oportunidades de inovação. A questão básica, entretanto, é que deve haver, numa escalada crescente, a instituição de novos paradigmas, apoiados em ferramentas profissionais de gestão.

Por outro lado a oferta de novos produtos e a melhoria na prestação de serviços auxiliares que facilitem a vida dos clientes é um fator significativo na luta pela diferenciação. Haja vista o crescimento dos MOOC’s (Massive open online courses).

Um arsenal de técnicas e ferramentas de Marketing e Recursos Humanos terá que ser mobilizado, portanto, para ajudar os gestores a construir uma estratégia vencedora. Processos seletivos tecnicamente competentes; programas de capacitação sistematizados e remuneração baseada em competências e resultados são algumas armas desse instrumental. Ousadia gerencial: esse o novo nome do jogo.


A camisa-de-força do tradicionalismo que envolve as lideranças do segmento precisa ser deixada de lado. Para isso existem recursos que podem auxiliá-las nessa transição. Consultorias especializadas e mentores profissionais podem contribuir significativamente no processo. Resta, entretanto, a vontade para dar o primeiro passo... e nesse particular é bom dá-lo logo pois os novos concorrentes já iniciaram essa caminhada.

Um comentário:

ARTHUR CHRISPINO disse...

A COLOCAÇÃO POSTADA É PERFEITA.
O MERCADO EDUCACIONAL DEMORA A ENTENDER QUE PRECISA MUDAR... INOVAR...SAIR DA MESMICE, POIS O CLIENTE MUDOU E A TECNOLOGIA É O DIA A DIA DELES. MAS EXISTEM PROBLEMAS QUE VÃO ALÉM DO INTERESSE DA DIREÇÃO EM MUDAR, É A TRADIÇÃO DE MUITOS PROFISSIONAIS QUE ENTENDEM NEM QUEREM ENTENDER A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL MESMO PARA QUE SEJA DOUTOR, POIS O TITULO FICA, MAS AS METODOLOGIAS MUDAM.
UM CONJUNTO DE AÇÕES QUE ENVOLVA O ACADÊMICO E A GESTÃO CORPORATIVA SÃO DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA O SUCESSO DE SE MANTER NO MERCADO, MAS A UNIÃO DO ACADÊMICO, DA DIREÇÃO E DO MERCADO, É A MUDANÇA PARA REPOSICIONAR A IES NUM NOVO PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO QUE AINDA FICAMOS A DESEJAR.
ALÉM DISSO TUDO, AINDA PRECISAMOS QUE O MEC ENTENDA QUE PRECISA SOLTAR SUA ANCORAS E EVOLUIR NO PROCESSO DE AUTORIZAÇÕES DE NOVOS CURSOS, POIS OS MODELOS AVALIATIVOS, JÁ SÃO CONSIDERADOS ULTRAPASSADOS E LIMITADORES AO PROCESSO DE INOVAÇÃO, JÁ QUE MUITOS AVALIADORES, NÃO GOSTAM DESSA VISÃO NO MEIO EDUCACIONAL, PROVOCANDO ANÁLISES E CONCEITOS ABSURDOS POR OPINIÃO PRÓPRIA.
PROF. ARTHUR CHRISPINO