Inovar ou adaptar?
Sempre se fala na necessidade de inovação. Mas para algumas instituições,
adaptar-se já seria
um grande avanço.
Por Marcelo Freitas
Adaptação é inovação?
Nos últimos tempos, essa
pergunta tem estado presente nas rodas de gestores, palestras e congressos
mundo afora. Muito se fala sobre a necessidade de promover rupturas
consistentes que melhorem os modelos de negócio das empresas e elevem o patamar
de inovação do mercado.
Um novo formato para a organização ou uma
mudança interna no modelo de gestão, adaptado de outras empresas entretanto, podem, por
exemplo, ser alternativas para empresas que apresentam um rendimento abaixo do
esperado.
Já em outras situações, investir em inovação pura seria mais produtivo, buscando inspiração entre as novidades
trazidas pelas startups, tanto nos produtos quanto nos processos e formatos de
gestão.
Unidades de projetos
Essas organizações que ganharam espaço a partir do mundo digital, geralmente buscam soluções inovadoras e trabalham com foco muito bem definido. Suas ações são desenhadas para alcançar
objetivos claros, tendo desde a sua concepção a flexibilidade de se ajustar
rapidamente ou... pivotar. Tudo é feito com indicadores consistentes; trabalham
com orçamentos curtos e apresentam processos operacionais
enxutos. O planejamento faz parte da pauta porém ele pode mudar muito rapidamente, de acordo com os ventos do mercado. Isso implica
ter um time bem afinado e aberto a mudanças.
Do ponto de vista do RH, isso demanda algumas
ações específicas e cuidados especiais. Na
esfera do desenvolvimento de pessoas, parcerias com outras empresas, poderiam encurtar
caminho na absorção de competências. Também permitiriam investimentos mais
assertivos no treinamento dos profissionais e facilitariam a troca de
experiências, fazendo a ponte entre o conhecimento e a prática.
Agregando expertise e motivação
O intercâmbio de experiências, permite inovar nas relações de trabalho, permitindo agregar saberes e expertises de profissionais externos e oriundos de segmentos
diversos do mercado. Essa miscigenação entre o ambiente interno e o externo,
fará uma ponte entre a organização e o mundo real além de arejar as ideias.
Para turbinar a motivação, o sentido de propósito é irrigado com sistemas de remuneração desenhados para fortalecer o alcance de objetivos e metas, concentrando o foco nos fatores
críticos de sucesso, como qualidade e sustentabilidade.
Melhorando resultados
A consequência? Mais engajamento, inovação e,
por que não, adaptação de práticas de mercado ao ambiente da empresa. Se
adicionarmos a estas mudanças o apoio de uma boa gestão de pessoas, sem
dúvida veremos uma crescente melhoria dos resultados.
Inovar ou adaptar representa uma porta de
entrada para um novo ciclo de fortalecimento e rejuvenescimento da sua gestão. Pense nisso!