Mostrando postagens com marcador inteligência artificial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inteligência artificial. Mostrar todas as postagens

terça-feira, dezembro 10, 2024

Fluxo de Trabalho com IA

 

COMO INTEGRAR A IA AO FLUXO DE TRABALHO DO SEU TIME


A IA não está chegando, ela já está aqui. E vem remodelando indústrias e funções e a maneira pela qual definimos "produtividade". Como líder, você tem o poder de preparar o seu time para este movimento transformador, investindo no crescimento do seu pessoal. Veja como.



AUMENTE, NÃO SUBSTITUA. Capacite os funcionários a descarregar tarefas repetitivas para a IA, liberando tempo para o trabalho que requer empatia, criatividade e pensamento estratégico. Concentre-se em esforços de requalificação para ajudar sua equipe a agregar valor de maneiras que a IA não pode replicar.

MEÇA O QUE REALMENTE IMPORTA. Mude as métricas de desempenho para recompensar os resultados, não o esforço. Incentive o uso transparente da IA ​​para aumentar a produtividade e, em função dessa melhoria, não puna os funcionários jogando no seu colo trabalho extra, por conseguirem liberar tempo.

CONCENTRE-SE NAS HABILIDADES HUMANAS. Incentive seus funcionários a priorizar a curiosidade, a inteligência emocional (EQ) e o pensamento crítico. A IA pode se destacar em conhecimento, mas são características humanas como compaixão, criatividade e engenhosidade que diferenciarão sua equipe.

INCENTIVE A EXPERIMENTAÇÃO. Promova uma cultura de aprendizado estimulando o uso seguro e exploratório da IA. A inovação floresce quando o fracasso é visto como uma oportunidade de crescimento.


Esta dica foi adaptada de “ “Set Your Team Up to Collaborate with AI Successfully,” de Tomas Chamorro-Premuzic.

terça-feira, outubro 24, 2023

ChatGPT e seu impacto

 

ChatGPT: Qual o impacto no RH das escolas?

 Se professores do Ensino Médio terão que se reinventar diante da acessibilidade e popularização dos novos e poderosos algoritmos de Inteligência Artificial, o que dizer dos profissionais de RH?

 Por Marcelo Freitas


Segunda-feira, início da manhã. Soa o sinal e todos se acomodam nas suas respectivas salas de aula, em meio ao característico burburinho das turmas do Ensino Médio. Em seguida, o professor toma seu lugar à frente de todos e pede aos alunos que escrevam uma resenha sobre um dos livros de literatura listados para o próximo vestibular. Em menos de 5 minutos vários alunos já apresentam suas folhas de respostas.

Enquanto isso, do outro lado da escola, na sala da assessoria de Marketing, o gestor escolar solicita ao analista um panorama do mercado local e pede ações de enfrentamento à concorrência, com base nas informações colhidas. Embora o levantamento dos dados e a composição da análise tenham transcorrido rapidamente, as conclusões e recomendações encalham.  

 Nos dois exemplos acima, o uso intensivo da tecnologia se fez presente. No primeiro, o aluno faz uso do ChatGPT e tem a tarefa solicitada pelo professor concluída rapidamente pela ferramenta tecnológica, de forma autônoma. Já na segunda situação, o uso dos algoritmos permitiu colher as informações e rapidamente disponibiliza-las em forma de texto. Entretanto, a exploração dessas informações, o cruzamento desses dados com a realidade interna e, finalmente, um desfecho conclusivo com a profundidade e o feeling que um experiente analista pode agregar, não aconteceu.

 Ocorre que para realizar várias tarefas - tanto na vida pessoal quanto profissional – contamos hoje em dia com o auxílio de aplicativos e algoritmos. Em muitas situações, chegamos ao ponto em que as máquinas, e seus softwares nelas embarcados, definem o que deve ser feito. Mas até a que ponto podemos levar essa situação? Quanto a Inteligência Artificial deve interferir nessas tomadas de decisões ou mesmo na execução de uma tarefa? E no caso dos gestores, estariam eles ameaçados de perder suas funções de gestão para um avatar inteligente? Essas e muitas outras perguntas começam a circular, não somente entre professores que veem trabalhos acadêmicos dos alunos sendo feitos por algoritmos, mas também entre os especialistas de RH.

 Muitas perguntas, poucas respostas no horizonte

 É fato que, a cada dia, novos e poderosos algoritmos de Inteligência Artificial avançam sobre todos os setores de atividades e as escolas não estão imunes a eles. Pelo contrário. Elas serão altamente impactadas e é importante que seus gestores entendam isso. Esses impactos virão de vários lados, o principal deles na sala de aula e nas metodologias de ensino, aprendizagem e critérios de avaliação. Mas a escola também será atingida pelos flancos, em especial nos aspectos ligados à sua principal “matéria-prima”: seus professores e profissionais. Um viés, portanto, ainda pouco explorado e, por conseguinte, ainda incipiente nas estratégias de gestão de pessoas das instituições educacionais.

 Por outro lado, é bom lembrar que esse movimento de avanço da IA ocorre simultaneamente à crescente valorização das competências e habilidades das pessoas. Isso tanto no eixo educacional, em processos de ensino-aprendizagem, como no empresarial, nas políticas de seleção, desenvolvimento e remuneração de profissionais. Esse movimento remete à premissa de que os melhor qualificados serão aqueles que souberem agregar valor ao que a máquina e seus algoritmos produzam. Gente que saiba pensar fora da caixa, ter ideias, ser criativo e tomar decisões baseadas em situações inusitadas. Gente que será capaz de superar os códigos de programação usando habilidades que só os humanos possuem (pelo menos, ainda). Gente capaz de gerar empatia e sinergia.

 De aluno a profissional

 Algoritmos são capazes de aprender a grade inteira de um curso e todas as habilidades de uma função em poucos minutos, o que facilita e agiliza inúmeros processos. Dado que estamos em uma era onde a eficiência é a chave para uma organização ser infinita, os avatares parecem mesmo ser uma boa solução para os negócios. Mas nesse processo, a escola estaria formando um contingente de profissionais que vai agregar valor aos seus pares digitais ou apenas criando uma geração que, aos poucos, vai deixando de pensar e se tornando tecno dependente?

 Esse dilema é ainda mais relevante quando lembramos que o mesmo jovem que utiliza a IA para se dar bem na tarefa solicitada pelo professor é aquele que estará no mercado de trabalho daqui alguns anos.

 Ligados nessa visão de futuro, alguns professores estão redesenhando seus cursos completamente, adotando mudanças que incluem mais exames orais, trabalhos em grupo e atividades que precisam ser realizadas manualmente. Mas, na outra ponta, será que os profissionais de RH das escolas e mantenedoras estão se preparando adequadamente para lidar com esse novo desafio?

(Artigo publicado na Revista Linha Direta)

segunda-feira, junho 04, 2018

Edtechs e as escolas

Uma startup chamada escola 
Por Marcelo Freitas

O universo das startups está revolucionando os mercados. 
Não seria o momento de dar à escola um novo modelo de negócios? 


Você sabe o que é uma inovação disruptiva? Inovações disruptivas são fruto de novas cabeças, nascem de oportunidades apresentadas pelo mercado e provocam mudanças bruscas nos segmentos de negócios onde surgem. Isso porque a aposta na inovação disruptiva significa criar tecnologias, produtos e serviços mais acessíveis, em novos modelos de negócios, que rompem com o status quo existente.

Nas últimas décadas, a tecnologia alterou a natureza dos mercados de forma inesperada e, muitas vezes, radical, o que provocou o surgimento de inúmeras oportunidades. Nessa nova arena, o “adequado” já não é mais suficiente. Ser “grande” não é mais sinônimo de ser imbatível e os ciclos de vida dos produtos passaram de anos, para meses.

Ao mesmo tempo, a tecnologia tornou possível atender diferentes públicos de maneira simultânea e singular, na medida em que os bits foram tomando o lugar dos meios físicos, em escala crescente. E nesse caso, qual o impacto sobre as escolas tradicionais e seus modelos de negócios?

Já faz tempo venho repetindo, quase como um mantra, que a Educação, enquanto “indústria”, corre sério risco de se ver engolida por empresas dos segmentos de tecnologia e de entretenimento. Pois o que parecia ser apenas fruto de uma leitura estratégica, na medida em que o tempo passa, vai caminhando para se tornar uma realidade.

Com novos programas profissionais, gigantes da tecnologia como Amazon, Google, Microsoft, entre outros, estão aumentando sua presença no segmento educacional. Ela acontece na oferta de aplicativos, ferramentas e serviços, mas também está presente na forma de uma crescente participação em plataformas de Ensino à Distância, como edX e Coursera, com a oferta de mais cursos direcionados a pessoas que buscam qualificação em ferramentas tecnológica, ou assuntos os mais diversos.

Com esse movimento buscam também ampliar a oferta de profissionais qualificados para abastecer o segmento de tecnologia, qualificando desenvolvedores para utilizarem seus próprios sistemas. Dessa maneira, estão se dedicando a oferecer aos estudantes a oportunidade de desenvolver novas habilidades profissionais em áreas críticas como a computação em nuvem. Ao mesmo tempo, ampliam sua influência no segmento educacional, ditando quais conteúdos devem ser desenvolvidos e, mais que isso, ganhando espaço no mercado de Ensino.

Internamente, também, as gigantes já estão revendo suas estruturas para melhor se qualificarem. A Amazon, por exemplo, contratou uma especialista da Escola de Graduados em Educação, de Stanford, para ser a nova Diretora de Ciência e Engenharia de Aprendizagem. Ela se encarregará de capacitar a enorme força de trabalho da Amazon, mas também levará para o segmento de tecnologia a expertise nos processos de ensino e aprendizagem. Esse movimento estratégico vai tornando a Amazon, aos poucos, sua própria universidade. 

Outro exemplo: o novo Microsoft Professional Program in IT Support, oferece um plano de estudos composto de 13 cursos e 1 projeto aplicativo final, através da plataforma edX. Mais espaço comercial, participação de mercado e competência educacional.

Nesse processo, as empresas de tecnologia vão se apropriando da expertise das instituições educacionais para, em seguida, oferecer novos e inovadores formatos de cursos, produtos ou serviços. Um exemplo dessa estratégia de apropriação de competências foi apresentado pela gigante russa Yandex, que anunciou recentemente a associação com a Universidade de Tel Aviv, com vistas ao lançamento de um programa curricular de TI.

Tal situação traz consigo um fato novo: as certificações vão ganhando espaço no mundo do trabalho e, aos poucos, tomando o lugar dos diplomas. Uma silenciosa mudança disruptiva, que vai tirando do segmento educacional a primazia dos processos de ensino-aprendizagem, assim como retira das escolas a referência como templo do conhecimento.

Todo esse movimento chama também a atenção de outros agentes, que se movimentam na mesma direção. É o caso de grandes investidores, que buscam ampliar suas participações em startups, em especial aquelas que lidam com inteligência artificial, cuja utilização é tida por muitos como sendo responsável pela próxima grande revolução no campo da Educação. Andrew Ng, considerado o guru da Inteligência Artificial – IA, anunciou a criação de um fundo, com aporte inicial de 175 milhões de dólares, para apoiar startups focadas em IA. O primeiro passo foi criar uma incubadora de startups dedicadas a construir empresas transformadoras e melhorar a vida das pessoas.

Andrew Ng foi professor de Ciências da Computação na Universidade de Stanford e cofundador da plataforma Coursera. Segundo ele,

“Faz aproximadamente 100 anos que a eletricidade transformou 
todas as indústrias importantes. A Inteligência Artificial já avançou ao 
ponto em que detém o mesmo poder”. 
Andrew Ng, na conferência AI Frontiers.

Considerando todo esse movimento estratégico, não seria o momento das Instituições Educacionais repensarem seus modelos de negócios, seus serviços e produtos, e começarem a se movimentar, criando barreiras de entrada? Movimentos disruptivos são silenciosos, começam pelos flancos até que tenham construído uma sólida posição de ataque. Uber, AirBnb e outras estão aí para comprovar. Por que não antecipar e transformar a escola numa “grande startup”?