terça-feira, outubro 27, 2009



Oxigênio para a educação



O ex-ministro e atual secretário da Educação de São Paulo tem defendido reformas significativas no segmento, como a introdução das avaliações e da meritocracia. Parabéns pra ele.


Também defende a mudança de visão dos líderes sindicais da categoria docente, onde impera o corporativismo e o assistencialismo. Outro ponto pra ele.


Algumas das empresas brasileiras de maior desempenho apresentaram, num passado recente, os cinco principais fatores que justificaram seu crescimento constante – e com lucro. O caminho seguido por elas tem demonstrado que boa gestão e uma visão consistente do negócio, não só representa resultados no curto prazo, como também impulsiona o crescimento sustentado, permite investimentos e proporciona retorno aos acionistas:

> Meritocracia;
> Inovação;
> Senso de Oportunidade;
> Moderação;
> Conhecimento dos clientes.

Olhando assim parece uma fórmula simples... O fato é que sua aplicação exige trabalho, coerência nas ações, investimento da liderança e foco. Qual seria a postura de um dirigente escolar diante dessa agenda? Façamos, então, uma breve avaliação de algumas das práticas do segmento educacional à luz desses fatores.

Meritocracia – é a capacidade de reconhecer e recompensar os melhores colaboradores. Ao contrário das empresas de ponta, quantas de nossas escolas possuem planos de reconhecimento e remuneração variável para os seus profissionais? Na visão das instituições educacionais, incentivadas pelo conservadorismo dos sindicatos, docentes devem receber por horas-aulas, seja aquele professor acomodado ou o que carrega a turma junto com ele. Seria esse o melhor modelo?

Inovação – São as pequenas inovações, e não aquelas estrondosas, as que de fato garantem a continuidade do crescimento. Nesse particular, exceção de alguns ilhas cujas práticas são mais arrojadas, falar em inovação na educação é permitir-se pensar o impensável... Ainda que em pequenas doses, as escolas primam por reprisar fórmulas que hoje não apresentam mais resultados, face à evolução da sociedade e os avanços da tecnologia. Por que não ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento?

Senso de Oportunidade – Estar no lugar certo na hora certa não é suficiente. Persistir na busca de novas possibilidades é um posicionamento que a maioria das lideranças educacionais ainda não se dispuseram a fazer com assiduidade. Basta ver que uma grande parte delas não conhece, sequer, a comunidade onde estão inseridas nem possuem um planejamento estratégico. Por que não trabalhar junto a esta comunidade para descobrir novos caminhos e espaços de crescimento?

Moderação – As empresas que crescem de maneira contínua não apresentam sobressaltos. Ao contrário, crescem de maneira segura e saudável. Evitam grandes fusões e aquisições. O efeito cumulativo das idéias surge como melhor opção a longo prazo. Pensar os segmentos da escola como unidades de negócios, por exemplo, pode proporcionar análises mais apuradas e gerar incrementos mais sólidos para os serviços prestados.

Conhecimento dos Clientes – Conseguir faturar mais a partir da mesma carteira de clientes mostra-se um ótimo fator para um crescimento continuado, segundo se apurou na pesquisa junto às empresas. Para isso, conhece-los é fundamental. Quantas são as escolas que realmente têm o hábito de aplicar pesquisas junto aos seus públicos e se debruçar sobre os resultados com a preocupação de melhor servi-los? Caminhar nesse sentido pode ser uma ótima oportunidade para ampliar o alunado e aumentar seus resultados de forma contínua.

Ao olhar esses fatores, entretanto, é significativo considerarmos as particularidades do segmento educacional como um todo e da escola em particular, pois suas nuances são fundamentais na formulação da estratégia de crescimento da instituição. Não podemos analisá-la como uma ilha, imune ao ambiente onde se insere. O mesmo pai que procura a secretaria da escola é aquele acostumado a ser bem tratado na loja ou no banco. É também aquele acostumado às facilidades dos serviços online; a ser paparicado pelas agências durante a viagem de férias; aos benefícios de um bom atendimento por telefone.

Empreender uma trajetória de crescimento constante é um processo a ser construído no dia-a-dia, visando o longo prazo. Ações devem pautar-se na coerência da gestão para formar bases sólidas de sustentação visando o engajamento da equipe. Os processos, por sua vez, devem estar alinhados e em sintonia para que produzam o efeito desejado, convergindo todos eles para o alcance dos objetivos estabelecidos.

É assim, mirando nas boas práticas de outros segmentos, que poderemos encurtar caminhos para criar escolas que sejam verdadeiros centros de excelência.

quarta-feira, junho 17, 2009

Bagagem


Nenhum a menos...


"Um filme é, por muitas vezes, maior que o cinema. Enquanto o cinema fica lá como uma estrutura técnica, paredes e pipocas, levamos o filme para casa. O cinema não cabe no nosso bolso, mas o filme cabe no bolso de nossa cabeça."

Retirei esta passagem de um artigo escrito pelo economista e educador, César Augusto Dionísio, publicado na Revista Gestão Educacional. Ele me tocou de imediato quando imaginei as nossas escolas e tudo aquilo que trazemos na bagagem, a partir delas. Vejo muita gente preocupada com a estrutura física, inventando mil e uma maneiras de ampliar espaços, criar áreas e salas de aula. Mas aí imagino o que será delas, depois que os alunos saem de lá.

Será que estamos conseguindo levar nossas aulas e a educação que recebemos, na bagagem da vida? Ou será que a qualidade (?) do nosso ensino se faz presente apenas enquanto dentro desse espaço, dito "de aprendizagem"?
Reflita comigo a partir da sua própria experiência e comente aqui o que você trouxe na bagagem desde a sua escola.

sexta-feira, maio 29, 2009

Professores


A cara dos professores...


Nada como trabalhar com dados e fatos não é mesmo? No país do achômetro, criam-se mitos que, na hora “h” se mostram diferentes da “dita” realidade. É isso que está acontecendo com os professores. Segundo a “lenda” (que, sejamos justos, é verdade, também tem seu lado verídico), “professores ganham mal, correm de uma escola para outra e atendem várias turmas o dia todo”. Essa é a imagem recorrente do Ensino Básico no país.

Acontece que não é beeeem assim. O primeiro censo completo do professor, apresentado pelo Ministério da Educação, revela uma situação diferente. De acordo com o estudo, 80,9% dos docentes brasileiros trabalham em apenas uma escola, mais de 60% lecionam em um turno e quase 40% são responsáveis por somente uma turma.

Surpreso? Veja o restante da matéria veiculada pelo Yahoo, com base no “O Estado de São Paulo”.


“...No total são pouco mais de 1,882 milhão de professores no ensino básico (que vai da creche ao médio), dos quais 309 mil são de escolas particulares. O levantamento é o primeiro feito depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) implantou o EducaCenso - sistema que torna possível ao MEC ter os dados de cada docente, onde ele trabalha. "Existia aquela idéia de que havia um contingente enorme de professores com um, dois, três vínculos empregatícios, o que não é verdade", diz o ministro da Educação, Fernando Haddad. Apenas 3,2% dos docentes trabalham em três escolas ou mais.

Dependendo do nível de ensino, o número de professores sem formação adequada varia de 10% a quase 30%. A maioria tem algum tipo de formação, mas ela não é própria para o que está ensinando. Pelos dados do censo, quase 70% dos professores da educação básica têm curso superior, 90% deles com licenciatura. Nos anos finais do ensino fundamental, quase 80% têm curso superior, 73,4% com licenciatura. No ensino médio, esse índice sobe para 93,4% de graduados, 87% com licenciatura. São justamente esses níveis de ensino que apresentam a pior qualidade nas avaliações nacionais, como a Prova Brasil.

A explicação, diz o ministro da Educação, é um misto de formação ruim e o mau trabalho feito até a 4ª série. "Esse professor enfrenta um desafio que ele não deveria estar enfrentando, que é a qualidade da formação dos anos iniciais. Ele já entra em sala de aula em situação mais difícil. Esse aluno não está preparado com as competências para se apropriar dos conteúdos da etapa seguinte", diz Haddad. Para a presidente do sindicato dos professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, o censo não retrata totalmente a situação do ensino, isso porque não é possível fazer o recorte das grandes cidades....”

E agora José?

segunda-feira, maio 25, 2009

conflitos

Faça do limão uma boa limonada


As coisas nem sempre são como aparentam. Pelo menos se você tiver uma estratégia adequada para avaliar a situação e entender todos os lados da questão. Uma dose de criatividade e de empatia ajuda muito a transformar uma ameaça e oportunidade. Veja o caso a seguir e pense nisso.

Na época da campanha de Theodore Roosevelt à presidência dos Estados Unidos, em 1912, o diretor da campanha descobriu que havia cometido um grande erro: não haviam obtido os direitos autorais para utilizar a foto que estampava um folheto de propaganda. Poderiam ser processados e ter que pagar U$1,00 por exemplar. Para 3 milhões de folhetos, R$3 milhões de dólares. Então o diretor da campanha precisou negociar com o fotógrafo, com base no máximo que estaria disposto a pagar pelo acordo.

A alternativa seria jogar fora os folhetos e imprimir novos, o que lhe custaria R$ 14 mil dólares. Ele, então, escreveu em telegrama ao fotógrafo: "Planejando distribuir 3 milhões de cópias do discurso de campanha com fotografias. Excelente oportunidade para fotógrafos. Quanto você está disposto a nos pagar para u
sar a sua foto?"

A resposta: "Eu aprecio a oportunidade. Só posso pagar R$200." Foi assim que o fotógrafo pagou a campanha.


quarta-feira, maio 20, 2009

Carreira



Como ser um Gestor Educacional


Dia desses fui abordado por um estudante de Administração que percebeu uma grande oportunidade de mercado no segmento de gestão, para as instituições de ensino. Ele me pedia uma opinião sobre a carreira. Por onde caminhar, cursos a fazer e coisas do gênero. Aí resolvi socializar as infomações.

Penso que é importante, antes de mais nada, consolidar a carreira, atuando em outros segmentos, como serviços e comércio, nos seus diversos setores. Aprendemos muito e isso nos possibilita aglutinar experiências diferentes e empregar conceitos de diferentes formas. Cada empresa exige uma habilidade, uma competência. Elas nunca estão no mesmo estágio de desenvolvimento...

Uma vez adquirida a rodagem necessária, aí sim, você deve se concentrar na especialização em um determinado tipo de negócio. No caso, a gestão educacional. Faça cursos de pequena duração primeiro. Depois, caminhe para uma pós ou mestrado. Procure começar a trabalhar no segmento, ainda que como voluntário, para ir ganhando experiência e tendo contato com as pessoas e profissionais da área. Participe de grupos de discussão na internet...

Tudo isso é importante. Um conselho que sempre dou: embora esteja no segmento educacional e se especialize em determinada área, nunca se esqueça de que você é um administrador de empresas. E a escola é uma empresa. Procure aplicar os conceitos que aprendeu na escola.

Embora vá encontrar muita resistência por parte dos especialistas em educação, não desanime. Este setor ainda está na pré-história em termos de gestão e qualquer vento de inovação, por se tratar de mudança, causa um reboliço. Mas mudança é assim mesmo... vá se acostumando. Não desista. Inove.



A educação precisa de idéias novas...

terça-feira, março 31, 2009

Crise Mundial


Não deixe que lhe tirem até o seu cachorro quente...


Nesses dias bicudos quando só se fala em crise, tem uma historinha interessante que li faz muito tempo e que tem me guiado ao longo dos anos. Não me recordo o autor, mas é uma injeção contra o baixo-astral. Vou partilhá-la com vocês. É assim...

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorro-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista, não podia ler jornais, mas, em compensação, vendia bons cachorro-quentes.

Colocou um cartaz na beira da estrada , anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava:

- Olha o cachorro-quente especial!!!

E as pessoas compravam.

Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, e acabou construindo uma boa mercearia.
Então, mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu.

O filho veio e disse:

- Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima !

Diante disso, o pai pensou:

- Meu filho estudou na universidade!
Ouve rádio e lê jornais, portanto deve saber o que está dizendo! E então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali, apregoando os seus cachorro-quentes.

As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido:

- Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!

Não permita que tirem até o seu cachorro-quente!

Não permita jamais que apaguem os seus sonhos.

segunda-feira, março 30, 2009

Escola do Futuro



Salto para o futuro

Saiu recentemente, em publicação especial da Revista Veja, cujo link disponibilizamos abaixo, uma boa reportagem sobre a escola do futuro. Nela, uma questão fundamental, e talvez a mais importante de todas as que permeiam as nossas escolas: a de se fazer ainda necessária.

A matéria apresenta uma boa visão do que vem acontecendo e, principalmente, do que é esperado no ambiente educacional, em face do novo perfil da juventude. A presença da tecnologia ganha destaque.

Embora o seu uso venha sendo incorporado gradualmente ao processo ensino-aprendizagem, alguns paradigmas, entretanto, insistem em se tornar presentes na base que emperra o sistema.
Um deles diz respeito à capacitação dos professores. O segmento educacional ainda não embarcou no conceito nem tão atual assim, onde o profissional é o principal responsável pela sua carteira de empregabilidade. Para quem ainda não conhece, empregabilidade é aquele conjunto de características pessoais (conhecimentos, habilidades e atitudes) capazes de tornar uma pessoa "empregável".

Acostumado ao tratamento paternal em que o seu desenvolvimento pessoal é de responsabilidade da escola, o professor não se move pelas próprias pernas. Esse comportamento arcaico encontra-se respaldado pelo corporativismo arraigado, estimulado pela cartilha do pensamento estreito dos dirigentes sindicais. Tal situação empurra nosso contingente de educadores para a beira do abismo. Quando será que eles vão acordar? É preciso entender que o conceito de aprendizagem por toda a vida é a garantia contra a obsolescência, e que não se aplica somente aos alunos.

Professores... em frente... marche!


Leiam a reportagem...


segunda-feira, março 09, 2009

Mulheres


A visão Feminina


Em tempos de Dia Internacional da Mulher me deparo com uma notícia pelo menos inusitada. Ela está ligada ao velho dilema da barreira do preconceito em relação à ascensão do “sexo frágil” ao topo do mercado de trabalho.

É que uma pesquisa realizada pela Faculdade de Administração Insead mostrou que, quando o assunto é a visão estratégica, um dos principais atributos dos ocupantes do último andar da pirâmide empresarial, o preconceito parte da próprias mulheres.

Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados 2816 executivos (as) de 149 países, matriculados nessa renomada escola francesa. Os dados e respostas foram segregados de acordo com o sexo do entrevistado, para que pudessem ser melhor avaliados. A divergência vem do fato de que elas privilegiam mais o agir que o falar, deixando um pouco de lado a questão da visão estratégica.

É como disse certa vez a ex-primeira-ministra inglesa, Margareth Tatcher:

“Se você quiser que alguma coisa seja dita, peça a um homem: se quiser que algo seja feito, peça a uma mulher.”

E aí? Deixe o seu ponto de vista. A questão está lançada!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Criatividade

Como um grupo de estudantes ganhou 655 dólares com apenas 5 dólares na mão


Criatividade é um bem que não tem preço... ou, que nesse caso, poderia ser quantificado em 655 dólares. A historinha é narrada pelo meu xará, Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, e está disponível no link abaixo.

O relevante na narrativa é avaliar a capacidade desse grupo de estudantes em estabelecer uma rápida leitura de ambiente e necessidades, saindo fora do "quadrado", ou seja, dos limites impostos pelas circunstâncias. A maioria esmagadora das pessoas tem uma dificuldade imensa em transpor a cerca que, muitas vezes, é colocada por elas mesmas. Verdade, também, que as regras organizacionais impostas pelas empresas e pela sociedade, de um modo geral, inibem a prática e o exercício da criatividade. E isso começa lá atrás, na nossa criação.

Quantas vezes não tolhemos nossas crianças de experimentar? De tentar o que ainda não foi feito, sob o único argumento de "isso não se faz" ou "desse jeito não pode"? São armas que estão incutidas nos nossos inconscientes para nos preservar de surpresas e situações sobre as quais ainda desconhecemos. E isso é reforçado pelas escolas, que exigem sempre respostas segundo um mesmo padrão, ou pelas empresas, que discriminam os colaboradores que "ousam" solucionar problemas cujas soluções não sigam os manuais internos.

Mas, cá entre nós, o que são as invenções, senão uma correta identificação de necessidades e um salto no mundo do desconhecido? Nossos sistemas (formativos e executivos) não estariam em completo desacordo com uma sociedade em rápida mutação e num contexto de total integração?

Pense nisso, mas por favor, saia do quadrado!

Assista o vídeo: http://www.truetech.com.br/webtvconsole/?console=30&canal=23&video=3974

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Para Pensar


Aí vai mais uma boa frase que dá o que pensar...


“Destino não é uma questão de chance, é uma questão de escolha; não é uma coisa para ser esperada, mas sim para ser alcançada.”

[Willian Bryan]

terça-feira, janeiro 20, 2009

Para Refletir


"A história simplesmente não nos preparou para os desafios da transformação".
John Kotter

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Férias Escolares

Descanso ou tormento?


Período de férias escolares. Quem tem filho sabe o que estou insinuando... Se para a meninada é hora de "aprontar todas", para os pais é o começo de uma maratona. Já pensou? Seus filhos, amiguinhos, primos e todos aqueles pequenos vizinhos do prédio, livres, leves e soltos?

Do outro lado, você, pai e/ou mãe, com todos os compromissos de final e início de ano, tempo apertado, compras, trabalho e por aí vai. E quando ainda, pra "melhorar", você não tem férias no período? Meus caros, quem não passa por essa experiência, pode acreditar: perto dela, equilibrar pratos é fichinha...

Inferno pra uns... céu para outros. Olhando por outro viés, a indústria do entretenimento infantil, nesses períodos, começa a despertar o interesse de muita gente. Vejam que, recentemente, até uma escola (pública, diga-se de passagem) foi alugada para férias no sul do país. Deu na tv. O fato é que, quem tem uma boa estrutura física, está aproveitando oportunidades temporãs, como esta. E o que dizer dos clubes, salões de festas temáticos e outros negócios similares? As colônias de férias pipocam por todo lado!

Nessa corrida para atender a demanda do mercado, porém, quem deveria partir na frente, mesmo, são as escolas. Elas possuem estrutura física, pessoal qualificado, tecnologia educacional e infraestrutura operacional já disponível e adequada. Só que a maioria ainda está exitante em ocupar esse espaço. Se isso não acontecer... outro ocupa!

Considerando a hipótese de que esse seja um novo produto das instituições educacionais, não seria o caso de se pensar uma "escola 12 meses" (uma alusão ao conceito do banco 24 horas)? Seria uma forma de aumentar as possibilidades de recursos para essas organizações; gerar empregos para professores, instrutores, monitores e artistas; entretenimento educativo para as crianças e tranquilidade para os pais.

Ainda nessa linha de reflexão, com todos esses ingredientes, uma pergunta se faz presente: é mesmo necessário um período de "descanso" anual tão prolongado para alunos e professores? Na vida adulta, quando muito, serão no máximo 30 dias de férias... E olhe lá!

No caso da categoria dos professores, até o judiciário já está se ajustando para ter um período de descanso no mesmo patamar da maioria dos trabalhadores. Adequando-se as férias da categoria, os professores poderiam bem aproveitar esse período para trabalharem aquilo que o dia-a-dia do ano letivo lhes dificulta: capacitação, melhoria dos processos educacionais e planejamento. Seria uma ótima oportunidade para melhorar a qualidade da nossa educação, já tão castigada. E para nós, pobres pais, uma temporada mais tranquila...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Competências

Onde estão as competências?


Hoje em dia o grande debate caminha na direção da necessidade de adquirir competências para lidar com um mundo em constante e rápida mudança. A integração em nível global, gerada pelo encurtamento das distâncias, os avanços tecnológicos e a comunicação de massa traz consigo uma série de premissas que podem determinar o sucesso ou o fracasso pessoal.

Nessa nova ordem, alinhar-se a essas premissas passa a ser fundamental. Nas empresas e nas escolas, a formação volta-se para elas. Importante, então, "ouvir" o recado de um dos mais conceituados especialistas em práticas pedagógicas e instituições de ensino: o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, doutor em Sociologia e Antropologia, professor da Universidade de Genebra.

"A descrição de competências deve partir da análise de situações, da ação, e disso derivar conhecimentos. Os países que querem ir rápido demais se lançam na elaboração de programas sem dedicar tempo à observação das práticas sociais, sem identificar situações com as quais as pessoas são e serão verdadeiramente confrontadas. O que sabemos das competências que precisam um desempregado, um imigrante, um portador de deficiência, uma mãe solteira, um jovem da periferia? Se o sistema educativo não perder tempo reconstruindo a transposição didática (a transformação de um conhecimento científico em conhecimento escolar), não questionará as finalidades da escola e se contentará em verter antigos conteúdos dentro de um novo recipiente. Sob a capa de competências, dá-se ênfase a capacidades sem contexto. Resultado: conserva-se o essencial dos saberes necessários aos estudos longos e os lobbies disciplinares ficam satisfeitos." (Leia o conteúdo completo da entrevista em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0135/aberto/mt_247407.shtml)

Com a palavra, os educadores...

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Violência na escola

Um novo olhar sobre a violência nas escolas


Muito se tem alardeado sobre a questão da violência nas escolas. Acontece, porém, que na grande maioria das vezes as informações que inundam a mídia apenas abordam uma visão unilateral do problema. Não raras vezes são fruto de pesquisas e abordagens um tanto passionais, uma vez que provenientes de fontes duvidosas, como os sindicatos de professores ou de trabalhadores na educação. Na Edição 2089, ano 41 - nº 48 da Revista Veja, Gustavo Ioshpe aborda muito bem o outro lado da questão, num olhar menos contaminado, deixando à mostra que a situação não é bem essa. Segundo a matéria, "Informativo do INEP a respeito mostrou que 4,2% dos professores tinham visto alunos com armas brancas e 2,9% com armas de fogo na escola; 5,4% deles foram ameaçados por um aluno e 0,7% agredidos fisicamente por um aluno."

Apesar de intolerável, o bicho não é tão feio assim. Não estamos diante da epidemia sobre a qual gostam de alardear os sindicatos.

Por pura coincidência, o jornal O Estado de São Paulo, na edição "virtual" de 01/12/2008 apresenta a seguinte matéria:


"ONG: 1 milhão de crianças sofrem violência nas escolas
Seg, 01 Dez, 09h40

Todos os dias, um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, em todo o mundo. O levantamento, feito pela organização não-governamental Plan com base em estudos em 66 países, entre os quais o Brasil, motivou a entidade a lançar a campanha Aprender Sem Medo. A intenção é erradicar das escolas violência sexual, castigos físicos e bullying - agressões entre alunos. No País, a ONG vai trabalhar em escolas do Maranhão e Pernambuco.

'Tudo o que acontece na escola é parte da educação de uma criança. E o abuso sexual, os castigos acabam se tornando parte do aprendizado dos nossos alunos. Não podemos deixar que sejam educados para a violência', defendeu Bell'Aube Houinato, da Plan International. Ela esteve no Brasil para participar do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - falou sobre o abuso sexual de estudantes em troca de boas notas e comércio sexual infantil para a compra de material escolar e pagamento de mensalidades na África.

O relatório internacional da campanha Aprender sem Medo cita pesquisa com adolescentes equatorianas vítimas de violência sexual: 36,9% apontavam ter sido agredidas por um professor. O Centro de Proteção Infantil e da Família, na Tailândia, informou que a cada semana um professor é acusado de abusar de estudantes."


Diante dessa outra face, não seria igualmente importante aprofundar essas informações?

Com a palavra os dirigentes sindicais da educação...

sexta-feira, novembro 28, 2008

comunicação na web

Põe no blog





Na luta das empresas pela preferência do consumidor, uma nova arma começa a ganhar espaço. Trata-se do blog. Com uma penetração crescente entre o público mais antenado, que lê e acessa diáriamente a internet, os blogueiros vêm se posicionando cada vez mais como importantes formadores de opinião. Sabe-se que hoje, mais de 12 milhões de brasileiros já lêem cerca de 2 milhões de blogs existentes no país.

Tanto assim que as empresas começam a se dedicar com mais atenção à observar e selecionar os blogs mais acessados, buscando oportunidades para ter seus produtos e serviços citados e recomendados por blogueiros. O movimento fez surgir, inclusive, uma nova profissão: o blogueiro profissional.

Paparicados pelas empresas, eles chegam a receber presentes e produtos para consumo próprio, gratuitamente. Vejam o que mais as empresas estão fazendo para se aproximar dos blogueiros:
  • Enviam produtos novos antes que cheguem às lojas;
  • Distribuem prêmios aos leitores, criando audiência e exposição;
  • Pagam viagens e ingressos aos blogueiros para eventos como feiras, exposições e festas.
E a sua empresa, já pensou em alguma coisa?

segunda-feira, outubro 13, 2008

Tendências Educacionais


Mudanças no Horizonte da Educação


Século novo e muita coisa mudando. Para não dizer que deixei de cantar a pedra, aí vão algumas das principais tendências para o ambiente educacional.


  • Diminuição do espaço físico e aumento dos espaços virtuais. Haverá menos investimento em prédios e mais em serviços conectados.

  • Menos quantidade de salas de aula. Espaços mais funcionais com acesso à Internet.

  • Aproximação sem precedentes entre organizações educacionais e as empresas. Muitas parcerias...

  • Tendência à concentração das organizações educacionais em redes ou grupos poderosos, em grandes blocos, frutos de parcerias, consórcios de alcance nacional e também em blocos continentais. O resultado: Inovação e ganhos de escala.

  • Será cada vez mais importante a competência e a capacidade de produção de aulas e atividades adaptadas à cada tipo de curso.

  • Capital Humano como matéria prima cada vez mais valorizada;

  • Necessidade crescente de desenvolver a capacidade de gestão de diferentes cursos, de atrair alunos, de manter equipes integradas com educadores autônomos e produtores de conteúdos audiovisuais.

  • Maior envolvimento em programas de responsabilidade social

quinta-feira, outubro 09, 2008

Crise Financeira

Crise!!

Recebi, dias atrás, por e-mail, a mensagem que transcrevo a seguir. Ela procura explicar a crise mundial que está derrubando os mercados financeiros do mundo todo a partir de uma visão tupiniquim. Confira e entenda...

Entendendo a complexidade da crise sub-prime americana no Brasil

Entender a crise não é fácil (vide as tentativas de David Leonhardt, em um excelente artigo para o NYT), mas permitam-me oferecer um similar nacional, pesquisado pelo nosso intrépido correspondente Osto Craudiley.

É assim:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cerveja "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da loura (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociadas como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os pinguços da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia ó...

Mais um detalhe para enriquecer a história: antes de tudo chegar aonde chegou, outros engravatados metidos a professores atribuíram nota AAA para os tais títulos (S&P, Moody's and Fitch). São as mesmas empresas que deram Grau de Investimento para o Peru um mês antes de aumentarem a nota do Brasil!

É tudo muito sério mesmo...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Eleições 2008


Eleições à vista... a prazo... no cartão...


Está chegando a hora de trocar parte daqueles que têm guiado os nossos interesses. Nesse momento, como todo mundo sabe, surgem promessas de todas as formas. Umas à vista, outras a prazo. O fato é que, na maioria das vezes, elas nunca são pagas.

As contas se acumulam, nós, contribuintes, as pagamos. Será quando vai chegar o dia em que veradores, deputados, prefeitos, senadores e todas as esferas de cargos políticos terão de quitar as promessas feitas em campanha? Não seria o caso de serem obrigados a registrar em cartório e responderem judicialmente pelo não cumprimento das promessas? Afinal de contas, quando endossamos essas pessoas a falarem e agirem em nosso nome, não estamos lhes dando uma procuração? E por ela não respondemos, no final das contas? Não seria correto, então, cobrar e receber o que nos é devido? Quem sabe assim os candidatos paravam de prometer coisas que não podem ser cumpridas, ludibriando boa parte do eleitorado, que tem na desinformação uma das suas características?

Vamos cobrar a fatura dos que estão saindo agora, gente. Seja à vista ou a prazo...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Retardatários

Estamos comendo poeira


Todos sabemos que, em matéria de inovação, nós, brasileiros, estamos na rabeira da maioria das nações do mundo em desenvolvimento. Apesar de nos considerarmos uma gente altamente criativa (o que na maioria das vezes apenas aparece quando o assunto é o mal-feito), o fato é que nossos indicadores não revelam a associação entre toda essa criatividade e o que poderia ser o resultado delas, medido pelo número de patentes requeridas no país.

Embora seja fruto de uma conjuntura de fatores, pode-se afirmar que a qualidade da educação no país proporciona aos nossos estudantes um déficit de conhecimentos acima da média. E na era das competências, o maior patrimônio é o capital intelectual.

O que estamos fazendo com o nosso futuro? Reflita e leia a matéria editada recentemente, pela revista Veja. http://veja.abril.com.br/030908/p_099.shtml



segunda-feira, setembro 08, 2008

Não Sabe? Ligue...


Escola australiana permite que alunos liguem para os pais e consultem os amigos para tirar dúvidas durante as provas


Um programa educativo experimental adotado pela Presbyterian Ladies' College, de Sidney, maior cidade australiana, permite às alunas do nono ano que dêem telefonemas, consultem colegas de classe e utilizem a Internet durante as provas.
Atualmente, a permissão é restrita apenas às aulas de inglês do nono ano, mas há um projeto de estender a iniciativa a outras disciplinas.
Com a iniciativa, os diretores da escola pretendem que os alunos explorem todos os meios para achar a melhor solução de um problema.
Há a restrição, no entanto, que os alunos citem a fonte da informação utilizada na prova, especialmente se ela foi retirada da internet.

Parafraseando especialistas que defendem esse tipo de iniciativa, os dirigentes da escola afirmam que o mais importante não é memorizar tudo, mas sim saber procurar a informação correta e utilizá-la de forma certa.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Olimpíadas


O Buraco é mais em baixo

Para quem acompanhou a Olimpíada de Pequim e se surpreendeu com a pífia participação brasileira nos jogos, sinto muito dizer, mas está fora de sintonia com o que acontece no país.

O resultado não poderia ser outro. Ele é fruto do descaso oficial com a educação e a formação de nossos jovens. É ridículo transferir responsabilidades e imaginar que cabe às empresas o custeio na preparação de um atleta olímpico. É bom lembrar que empresas não jogam dinheiro fora. Elas investem e querem retorno. O patrocínio aos atletas está diretamente ligado à exposição que ele poderá alcançar na mídia. E é aí que a coisa pega: Quantos torneios de ginástica, atletismo, hóquei, hipismo e outras tantas modalidades a gente assiste diariamente no noticiário da imprensa?

Como podemos ter atletas olímpicos, se essas modalidades não fazem parte do currículo das escolas? Ou não compõem o calendário de eventos no âmbito municipal, estadual ou federal? Sem exposição, nada de patrocínio das empresas...

Precisamos copiar o exemplo da China, que estabeleceu metas de longo prazo e aplicou corretamente os recursos para atingi-las. O resultado todo mundo viu. Foi uma lavada no segundo colocado no quadro de medalhas, nada menos que os todo-poderosos Estados Unidos. Determinação, vontade política e investimentos. O caminho é por aí...

terça-feira, julho 22, 2008

Tecnologia



Tecnologia acaba com a doação de ossos para implantes

fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

O uso da tecnologia em favor do ser humano está cada vez mais ganhando terreno. Veja esta reportagem:

"Os ossos para implantes agora podem ser produzidos artificialmente e sob medida, graças a um processo que recria a estrutura interna do tecido ósseo e fabrica o implante a partir de um pó metálico biocompatível de titânio.

Utilizando um programa de simulação que consegue calcular com precisão a estrutura e a porosidade interna dos ossos humanos, cientistas alemães desenvolveram uma técnica que permite que ossos a serem implantados possam ser produzidos sob encomenda e praticamente na hora.

Prototipagem com pó de titânio

Depois de calculada a estrutura toda, o programa envia as instruções para um equipamento especial de prototipagem rápida. O osso artificial vai sendo construído camada por camada pela deposição de um finíssimo pó metálico.

Um feixe de raio laser aquece e sinteriza o pó metálico nos pontos exatos onde ele deve apresentar maior firmeza, deixando os poros livres onde o material deve ser mais leve.
O pó metálico utilizado é feito de materiais biocompatíveis, como o titânio e ligas especiais de aço."

Mais informações e notícias sobre os avanços tecnológicos e inovação em pesquisas você pode encontrar no site do Escola Responsável, ou diretamente através do link http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page3144.htm.

segunda-feira, junho 23, 2008

Lançamento

Bagunçado ou bem guardado?

O livro "Bagunçado ou bem guardado?" de Luíza Meyer, é um guia para as crianças aprenderem sobre organização. A Matrix Editora promove o lançamento do livro "Bagunçado ou bem guardado?" escrito pela publicitária Luiza Meyer. A noite de autógrafos tem entrada franca e é aberta ao público.

O livro é dedicado ao público infantil e conta a divertida história de Mariana, uma menina que, embora goste muito de brincar, não tem o mesmo entusiasmo e interesse para arrumar seus brinquedos e os deixa espalhados por todo canto.

Em meio a muita diversão e os truques espertos da mãe, ela acaba aprendendo a se organizar melhor para aproveitar ainda mais o tempo das brincadeiras.

A obra tem caráter educativo e o objetivo é mostrar às crianças a importância de manter suas coisas em ordem. O texto foi escrito em forma de poesia, com versos rimados e várias ilustrações, que vão mexer com a imaginação infantil. A ilustração do livro é da artista plástica Elisa Sassi.

Sobre a autora:

Luiza Meyer, mineira de Belo Horizonte (MG) é publicitária e especialista em educação internacional. Inspirada em sua própria filha, a escritora escreveu vários livros especialmente para as crianças, como "Menina de três" e "Se eu fosse...".

Agenda: - Lançamento do livro: Bagunçado ou bem guardado? de Luiza Meyer.
- Data: 26 de junho (quinta-feira). Horário: 19h.

- Local: Espaço Cultural Terraço Leitura (Leitura Pátio Megastore - Av. do Contorno, 6061 - 3º andar; Savassi).

Professores


O time dos professores

Por Marcelo Freitas

Eu adoro futebol. Sendo eu brasileiro, isso é cair na mesmice. Mas tenho outras razões para gostar desse esporte que não aquelas tantas que os “trocentos” milhões de brazucas cultivam. É que ele tem sempre me ensinado alguma coisa. Cresci praticando e aprendendo com ele. Costumo dizer que nenhuma faculdade ou curso que fiz me ensinou tanto quanto participar dos times onde joguei. Espírito de equipe, solidariedade, concentração, liderança, objetividade, planejamento, disciplina e inúmeras outras habilidades poderiam compor o currículo desse aprendizado.

Pois quando achei que já havia esgotado todos os ensinamentos eis que o tal futebol volta para me apresentar mais alguns. Eu tinha acabado de sair de uma mesa redonda onde se havia discutido novos modelos de gestão de pessoas, em especial, a questão dos professores. Com a introdução de conceitos como remuneração variável e avaliação de desempenho atrelada a resultados, por parte das escolas públicas de São Paulo e Minas Gerais, a discussão foi parar no centro da mesa.

É sabido que professores têm enorme resistência em ser avaliados pelos resultados que apresentam, de maneira concreta e objetiva, com dados e fatos. Pior ainda, quando, dessas avaliações, decorre a sua remuneração. O modelo atual, da pasteurização através dos salários iguais – leia-se hora-aula - é constantemente defendida, pelos educadores e dirigentes sindicais, como sendo o modelo mais justo, que proporciona maior equidade à categoria. Balela. Na verdade ele apenas nivela por baixo, igualando competentes e acomodados.

Na era pós-conhecimento, da qual fazemos parte, é a criatividade e o diferencial que dão o tom. E nada melhor para testemunhar isso que avaliarmos o modelo dos times de futebol. Não é por serem todos atletas profissionais e jogadores da mesma equipe que seus salários são iguais. Pelo contrário. A maioria dos atacantes ganha mais que zagueiros. Reconhecidamente, necessitam de mais habilidade para desempenhar essa função. É mais difícil construir que destruir. Mas, mesmo entre jogadores da mesma posição, os salários são diferentes. A premissa é de que cada um é um e contribui de maneira diferente para o grupo. Agregam valor em proporções desiguais e, portanto, são recompensados na medida da sua parcela de contribuição. Será que todos os professores apresentam o mesmo talento para chegar aos resultados esperados pela escola e seus clientes?

Outra contribuição do esporte Bretão se apresenta sob a forma de premiação da equipe pelas suas conquistas. Aí sim, a igualdade é permitida. E até estimulada. Quem já não ouviu falar dos “bichos” por vitórias ou por conquistas? São gratificações que contemplam o atingimento dos objetivos alcançados. Embora os salários sejam diferentes, a premiação não oferece distinção. Não se pode dizer que o goleiro é menos importante que o meio-de-campo, ou que sua contribuição durante a partida independe da participação dos demais. Por isso mesmo, o “bicho” estimula e ressalta o sentido de equipe. O time ganha, todos ganham. Não deveria ser assim com nossos professores?

A ousadia, no sentido de inovação, é uma das exigências que a sociedade faz hoje, dos profissionais de educação. Mas o segmento, habituado à repetição das suas práticas, tanto em sala de aula quanto nos gabinetes dos gestores, não estimula um novo olhar por parte dos educadores e, “por tabela”, não desafia seus alunos a serem criativos. Se algumas experiências nesse sentido surgem no cenário, elas vêm de fora, de outras áreas de formação.

Recentemente, Louise Wilson, diretora do mais famoso curso de moda do mundo, o da Central Saint Martins, de Londres, declarou numa entrevista:

“Prefiro alunos que tiram zero que os que tiram 80. Os primeiros ousaram mais. Os outros apenas repetiram o que aprenderam”.

Eis a questão, colocada na prática. O modelo de gestão de pessoas, que salienta e remunera pelo valor agregado e premia pelo esforço e o sentido de equipe, é, portanto, um exemplo de boa estratégia de Recursos Humanos para o segmento educacional. Ele beneficia toda a cadeia de valores do segmento, dos profissionais aos clientes, passando pela escola e o país. Professores mais ousados e inovadores, capazes de promover diferenciais entre seus alunos, elevam o nível da escola, que passa a ser mais procurada pelos clientes em potencial. Com maior número de alunos, a escola melhora suas receitas e, com isso, seus investimentos no produto que oferece, beneficiando diretamente os alunos. E aluno bem preparado significa profissional de primeira linha e cidadão crítico. Portanto, uma comunidade com elevado nível de educação e cidadania.
Por tudo isso uma boa reflexão se faz necessária. Como gestor educacional, de qual time sua escola faz parte? E seus professores? Seus alunos? Inovar é uma constante e deve ser uma atitude perseguida em todos os quadrantes da escola. E o motivo é muito simples. Assim como acontece no futebol, quando aprendemos as respostas e os atalhos, a vida muda as perguntas e os caminhos. Não é por acaso que os atacantes são mais valorizados. Eles têm que ser criativos e inovadores para saírem da marcação adversária e chegarem ao gol. E é essa versatilidade o que se espera, também, dos nossos educadores.
Fonte: Revista Gestão Educacional / julho 2008

segunda-feira, maio 05, 2008

Discriminação


Genoma pode cortar empregos

Uma nova modalidade de discriminação vem ganhando terreno, com o avanço da ciência. Trata-se da utilização dos exames que podem rastrear mutações genéticas capazes de desenvolver doenças graves. Nos Estados Unidos, onde esses exames chegam a ser cobertos pelos planos de saúde, a sua utilização começa a ganhar outra direção, que não aquela pretendida pela medicina preventiva.

Algumas empresas os estão utilizando para selecionar funcionários para preencher as suas vagas de emprego. Durante o processo, candidatos que podem se tornar vítimas de complicações ou que possuem histórico familiar que indique o potencial para desenvolver doenças graves são afastados da disputa pelo cargo. Trata-se de uma nova forma de discriminação. A de ordem genética.

Para evitar a sua proliferação, o senado americano já aprovou uma lei que proíbe empregadores e companhias de seguro de utilizar informações sobre o DNA de funcionários ou pacientes para basear decisões sobre contratações, promoções ou cálculo dos custos das apólices de seguro.

É a ciência competindo com a ética...

terça-feira, abril 01, 2008

Cliente



Encantamento faz-se com atitude

Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar.Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia.

Quando chegou à recepção, o hall estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente:"Bem-vindo ao Venetia!"Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto (e impressionado com os procedimentos, tudo muito rápido e prático) de discreta opulência: possuía uma cama – impecavelmente limpa –, uma lareira e um fósforo apropriado, em posição perfeitamente alinhada, sobre a lareira para ser riscado.

Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite, começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a recepcionista fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa como tudo o que tinha experimentado naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto.

Fazia frio e ele estava ansioso para utilizar a lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante aceso. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático estava preparando o seu café e, junto, um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!"

Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas como pode? É o meu jornal! Como eles adivinharam?" Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele costumava ler.

O cliente deixou o hotel encantando, feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.


Autor desconhecido*
*Esta história circula na Internet. Se você sabe quem é o autor, escreva-nos, pois queremos dar os devidos créditos.

segunda-feira, março 24, 2008

Futebol e negócios

Aprendendo com a bola


No país do futebol, o mundo da bola pode lançar algumas luzes interessantes sobre o ambiente dos negócios. Algumas lições relevantes:


Lição 1:

Busque táticas inovadoras em outras equipes e adapte-as à realidade do seu time. É um atalho para se manter competitivo e atualizado.

Empresários de todos segmentos atentos às lacunas deixadas pelos dirigentes conservadores estão estendendo seus limites de atuação para outros mercados. Uma prova inequívoca disso é a proliferação das Universidades Corporativas. Ao não serem atendidas pelas instituições de educação tradicionais, as grandes empresas trataram de resolver o problema da baixa qualificação dos profissionais diplomados pelo ensino regular, assumindo, elas próprias, a condição de formadoras de seus recursos humanos. Com isso, as escolas ganharam novos concorrentes e dividiram ainda mais o seu mercado. Só que desta vez estão ganhando concorrentes de peso, muito mais sintonizados com a eficácia gerencial, a produtividade dos seus recursos e a gestão do seu capital, seja ele financeiro ou humano.

Lição 2:

Ocupe todos os espaços do campo. Se você não ocupar, o adversário ocupa.

A idéia de que a distância física seria uma barreira à entrada de novos concorrentes vai perdendo fôlego com as facilidades proporcionadas pelo avanço das telecomunicações. A leitura equivocada dos gestores tradicionais permite que empresas de outros segmentos, ataquem o seu nicho.

Lição 3:

Mantenha-se sempre atento ao que acontece fora de campo. Não permita que os adversários potenciais o ataquem pelos flancos.

A inércia e a lentidão nas respostas têm sido as grandes aliadas dos novos entrantes e concorrentes. Nesse particular, instituições seculares têm fechado suas portas ou estão sendo engolidas por empresas ágeis e velozes.

Lição 4:

Seja ágil. A melhor estratégia defensiva é a sua coragem para atacar.

Enquanto perdurar a visão de que sua empresa é um empreendimento imune à economia de mercado e como tal não precisa ser gerido por administradores ou gestores profissionais, será difícil acertar o gol dos adversários. Treinamento, mudança de estratégia e utilização de mentores profissionais com ferramentas de gestão eficazes, já consolidadas em outros segmentos, seria um bom começo para a reação... Chega de bola fora!

Lição 5:

Os talentos são importantes: bons jogadores, técnico competente e muito treinamento ajudam. Num jogo equilibrado, porém, uma tática inovadora surpreende e faz a diferença.

Precisa dizer mais?

quarta-feira, março 19, 2008

Para refletir


"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.
Mas, se você não fizer nada, não haverá resultados."
(Mahatma Gandhi)

sexta-feira, março 14, 2008

Literatura

Dicas de Leitura

Bombando os três livros da autora mineira, Luiza Meyer. Uma boa dica para as crianças são os livros "Se eu fosse" e "Menina de três". Já o público adolescente pode se deleitar com as aventuras de uma intercambista em viagem ao exterior, no envolvente "Próxima estação: Intercâmbio".
Mais informações: http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page1105.htm

quarta-feira, março 12, 2008

Big Brother na escola


Escolas usarão Web para informar pais de alunos.

Parece que estamos entrando, de fato, na era do valor agregado. Escolas estão disponibilizando serviços até então impensados para o segmento. As notícias seguintes foram publicadas na grande mídia. Agora só falta mesmo a proliferação de um recurso utilizado por algumas instituições para as turmas de educação infantil e berçário: a câmera dentro da sala de aula. Vejam as notícias:

Escolas deduram alunos pela internet

Em tempos de Internet, cada vez mais "mentira tem pernas curtas" - pelo menos para os alunos das escolas que colocam na Web dados como faltas, notas e até tarefas atrasadas.A prática vem se tornando comum na rede particular de ensino. Em colégios paulistanos como Bandeirantes e Dante Alighieri, os pais podem saber, logo depois de terminado o turno, se os filhos assistiram a todas as aulas do dia.

"O objetivo não é vigiar. É estimular a responsabilidade. O aluno tem o direito de faltar, mas tem de aprender a assumir os próprios atos", diz Sérgio Américo Boggio, diretor de tecnologia aplicada à educação do Colégio Bandeirantes.No site do colégio Dante Allighieri, de São Paulo, também são publicadas informações sobre indisciplina ou problemas de desempenho escolar dos alunos. "Não há mais a possibilidade de o aluno dizer que perdeu o bilhete, esqueceu de entregá-lo ou mesmo falsificar assinaturas", diz Lauro Spaggiari, diretor pedagógico do colégio.

Lição em dia
Além de vilã dos alunos que "matam" aula, a Internet vem ganhando outra função: a de "dedo-duro" dos que não fazem tarefa-escolar."Meu filho sempre dizia estar com as lições em ordem, mas descobri, no site da escola, que não era bem assim", diz Elaine Petenussi, com dois filhos matriculados na escola Guedes de Azevedo, em Bauru (SP).No site da escola, há uma lista dos deveres que os alunos devem fazer em casa e observações sobre os trabalhos não entregues. "Mesmo quem faltou à aula pode saber o que deve estudar em casa. No ano passado, fizemos uma campanha que incentivava os alunos a fazer as tarefas, o que fez com que as médias nas provas subissem 20%", diz Sílvia Bertolaccini, coordenadora pedagógica da escola.

"Clima de Big-Brother"

Na Europa, as escolas já enviam mensagens por celular - SMS (Short Message Service, "serviço de mensagem curta", em inglês) - alertando aos pais de que os filhos faltaram à aula.Na Catalunha, região da Espanha, foram enviados, no último ano, um milhão dessas mensagens delatando os "cabulões", segundo o jornal local Avui. Lá, os professores dos colégios públicos entram em sala de aula com "palmtops" e disparam, daí, as informações para os pais.A diretora do colégio paulistano Oswald de Andrade Caravelas, Maria de Lourdes Trevisan, considera que há certo "exagero" no uso dessas tecnologias. "Enviamos por e-mail comunicados sobre atividades extra-curriculares, ou festas. Questões disciplinares preferimos tratar pessoalmente, com os pais", diz Trevisan. Fonte:UOL

Pais de alunos de escolas públicas inglesas poderão receber informações sobre o desempenho de seus filhos via celular ou Internet. O governo britânico está estudando a possibilidade, e pensa inclusive em criar salas de chat onde pais e professores poderiam conversar.

A produção de podcasts informativos das escolas também está sendo cogitada. O objetivo da iniciativa, segundo a BBC, seria melhorar as relações entre pais e escola e oferecer auxílio às crianças que enfrentam dificuldades de aprendizado.

O anúncio oficial poderá ser dado pelo ministro da Educação, Jim Knight, no início do ano que vem. "Trata-se não apenas de facilitar as coisas para os pais, mas sim de descobrir novas formas envolver estes pais no aprendizado de seus filhos, principalmente aqueles pais com quem não conseguimos conversar", explicou um porta-voz do ministério inglês. Redação Terra

Vestibular


Ganhou, mas não levou


O garoto de 8 anos, João Victor Portelinha, foi aprovado no vestibular de direito da Universidade Paulista, no último dia 03/março. O sonho dele é se tornar juiz federal, antes dos 19 anos. Por não ter concluído o ensino médio, a Unip não permitiu que o novo aluno freqüentasse as aulas. A família vai recorrer à justiça.

O fato lança luzes numa série de paradigmas, até então vigentes. Segundo afirmou, João Victor disse estar bem preparado, pois costuma ler os jornais e revistas semanais.

A primeira pergunta é: Será que todo aquele conteúdo repassado pela escola é, de fato, necessário, na vida prática?

A segunda pergunta: se ele mostrou competência ao ser aprovado, por quê barrar a sua presença nas aulas? Não é o caso de repensar a regra? Passou, levou!

Terceira questão: Por outro lado, que maturidade teria um juiz federal para julgar e proferir sentenças, aos 19 anos de idade?

O fato é que João Victor está sendo penalizado por ser competente. O que estamos fazendo com cérebros como esse?

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Lucro dos Bancos


E agora presidente?

Lembro-me perfeitamente do nosso presidente Lula bradando aos quatro ventos sobre o disparate da política econômica que nada mais fazia senão encher os cofres dos banqueiros. Aí me deparo com a seguinte notícia veiculada no UOL, em 12/fev:


Lucro do Itaú dobra em 2007 e atinge R$ 8,47 bilhões

O lucro líquido consolidado do Itaú bateu recorde no ano passado e somou R$ 8,474 bilhões, informou a instituição nesta terça-feira. O resultado é quase o dobro (alta de 96%) do obtido em 2006 (R$ 4,309 bilhões).


O que será que mudou?

quinta-feira, janeiro 17, 2008



Tecnologia e educação

Vem aí o Professor Holográfico


Recentemente uma reportagem publicada na revista Epoca Negócios (reproduzida a seguir) chamou a atenção para um fato curioso. A utilização da holografia em atividades do nosso dia-a-dia. A tendência não é novidade, uma vez que há anos a tecnologia já está disponível. O que parece novo é o fato de que ela está começando a ganhar aplicações que lhe dêem escala suficiente para ser empregada, uma vez que sua utilização traz um custo elevado.

Já em 1993, quando começamos a militar no segmento educacional, previmos a sua utilização no meio acadêmico como forma de resolver algumas questões como a racionalização dos horários escolares, o treinamento a distância e a interatividade mais ampla entre alunos e professores nos trabalhos em equipe. O que era ficção aos olhos de muitos educadores (lembra-se "tia" Angela?), começa a tornar-se realidade. Professores ruins ou medíocres tendem a sofrer uma grande concorrência dos banbanbans, pois agora o fenômeno da bi-locação parece muito mais próximo. Abram os olhos e tratem de se preparar.


A seguir a íntegra da reportagem.


TECNOLOGIA
Adeus, Gisele

O último desfile da Target trocou modelos por hologramas.Foi a primeiro passo dessa nova tecnologia na economia real. Agora virão lojas, shows, conferências...

Em plena Grand Central, a maior estação de trens e metrôs de Manhattan, roupas desfilam para lá e para cá sem ninguém dentro. Cenários de uma casa mudam instantaneamente, diante do público assombrado. Até uma árvore cresce e se estilhaça em pleno ar. Show de David Copperfield? Não. Hologramas, aqueles mesmos que surgiram diante de Luke Skywalker, na forma da princesa Leia, no primeiro Guerra nas Estrelas, de 1977. Mas agora é na vida real.

Quando a rede de lojas Target usou o sistema no mês passado, em desfiles de dez minutos, abriu-se uma porta que pode significar a digitalização do mundo da moda. Giseles, afinal, são maravilhosas, mas cobram fortunas. Um desfile tradicional dura 15 minutos e custa US$ 200 mil. O show da Target, de custo não revelado, foi reapresentado 144 vezes para os novaiorquinos. "Dois milhões de pessoas passaram pelo local, e o desfile será visto centenas de milhares de vezes na internet", diz Laura Sandall, diretora de eventos da Target. O estilista da coleção, Isaac Mizrahi, acredita que hologramas podem revolucionar também as lojas: "Não seria ótimo ver como as roupas ficam no corpo sem ter de experimentá-las?".


DOIS MILHÕES de pessoas viram as 144 apresentações do show na maior estação de trens e metrô de Manhattan


Um show como o de Nova York leva de dez a 12 semanas para ser criado. "Cada projeto é feito por encomenda", diz James Rock, diretor da Musion, empresa que fez a apresentação. Ele acredita que, em breve, empresas usarão a tecnologia em reuniões a distância - de forma mais realista do que as atuais videoconferências em alta definição. Mas, até agora, o dinheiro está nos espetáculos. Na última premiação da MTV na Europa, no mês passado, a Musion deu vida à banda Gorillaz, formada por personagens que, até então, só existiam em videoclipes. Enquanto a platéia vibrava, o vocalista 2D cantava: "Vocês têm um novo horizonte à sua frente". Não é que é verdade?

Fotos_Grant Lamos/Latinstock

terça-feira, janeiro 01, 2008

Perigo


Chiclete deixa criança de 5 anos sem fôlego

Karla Mendes - Estado de Minas
Marcelo Sant'Anna/EM

Mais um caso de problemas com alimentos. A publicitária Luiza Helena Meyer de Moraes passou um grande aperto no fim de semana, quando sua filha perdeu o fôlego depois de ter posto na boca a goma de mascar Língua de Múmia – O chiclete que paralisa sua língua, da Arcor. Segundo Luiza, a impressão que teve inicialmente foi de que a menida de 5 anos havia se engasgado com o chiclete. Porém, Luiza viu que sua filha já havia cuspido a goma de mascar e, ainda assim, não respirava.

“Entrei em pânico, comecei a gritar e toda a equipe do shopping se mobilizou, acionando bombeiros e o ambulatório. Enquanto eles não chegavam e minha filha lutava para respirar, minha mãe, que estava conosco, começou a apertar a minha filha por trás, pressionando logo abaixo das costelas, até que Júlia começou a expelir pela boca um líquido amarelo”, relata. Segundo Luiza, a responsável pelo ambulatório que fez a ocorrência disse que a sensação de dormência ou paralisia que deveria ter sido na língua, foi na garganta, pelo fato de a menina ter engolido saliva com o corante e demais ingredientes do chiclete, o que provocou a perda de ar.

A Arcor informou que, desde o lançamento do produto, em setembro de 2006, mais de 70 milhões de unidades foram vendidas em todo o país, e esse é o primeiro registro de ocorrência desse tipo. “O diferencial proposto pelo produto é o de provocar a sensação de formigamento passageiro na língua, derivado de extrato natural. O produto e seus ingredientes são aprovados para o consumo, segundo normas nacionais e internacionais. Porém, diante dessa manifestação e em respeito aos consumidores, está sendo realizada uma rigorosa apuração do fato”, diz a nota da empresa.

terça-feira, novembro 27, 2007

Diferenças

Diferente?



Cotas raciais nas faculdades, Estatuto da Igualdade Racial e coisas do tipo não seriam as piores formas de discriminação social??

Sustentabilidade


A agenda da sustentabilidade

Por Marcelo Freitas


Em tempos de aquecimento global e crescente conscientização sobre as questões que afetam diretamente a vida no planeta, um movimento vem ganhando força no segmento empresarial. Trata-se de um tema ligado às práticas de responsabilidade social corporativa que mais diretamente sensibilizam os gestores: a sustentabilidade dos negócios.

O conceito de sustentabilidade, diferente do enfoque puramente econômico que se possa dar a ele, reflete uma expectativa de alcance muito maior. Trata-se de perseguir metas empresariais de forma compatível com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

Engana-se, porém, quem acredite ser essas metas diferentes de tudo aquilo que os gestores sempre perseguiram. Nada disso. A grande questão não está no “QUE” fazer mas no “COMO” chegar lá! Daí que, não por acaso, as empresas organizaram uma agenda sobre o assunto, e nela elegeram os sete principais itens da sustentabilidade a ser trabalhados. São eles:

1. Economizar Custos, reduzindo impactos ambientais e tratando bem os empregados;
2. Aumentar a receita, promovendo melhorias ambientais e beneficiando a economia local;
3. Reduzir riscos, por meio do engajamento dos públicos interessados;
4. Melhorar a reputação, incrementando a eficiência ambiental;
5. Desenvolver o capital humano, com uma gestão de recursos humanos mais eficiente;
6. Facilitar o acesso ao capital, com uma melhor governança;
7. Criar outras oportunidades, promovendo o desenvolvimento da comunidade e lançando produtos que não prejudiquem o meio ambiente.

Como se pode ver, nenhuma novidade em relação às metas a ser atingidas, mas sim no caminho a ser percorrido para tal. Assim como tocam às empresas, os itens falam de perto aos gestores educacionais. Nesse particular, entretanto, o compromisso das escolas, considerando a preservação de um patrimônio de valores e cultura às futuras gerações, alcança níveis de responsabilidade ainda mais altos.

A adoção de políticas e processos que traduzam a intenção em ação, nas escolas, é de uma urgência a toda prova, posto que a grande maioria delas ainda não se propôs a transferir os conceitos de cidadania, das salas de aula, para a esfera operacional da própria instituição.

Equivoca-se o gestor ao pensar que tal fato não é percebido pela comunidade educativa. Aos poucos ela passará a cobrar mais coerência entre o discurso e a prática. Como ensinar os alunos a preservar as florestas quando a escola consome uma montanha de papel não reciclado? Como convencê-los a tratar a diversidade como algo natural, quando discrimina o ingresso de portadores de deficiência nos seu quadro de colaboradores? Como orientá-los, ainda, sobre o aproveitamento do lixo, quando a escola utiliza copos plásticos e não possui uma política de coleta seletiva para os dejetos?

As escolas serão, cada vez mais, cobradas pelo exemplo. É bom que comecem a praticar uma gestão mais profissional e coerente com os princípios da sustentabilidade respaldem o aprendizado do aluno no convívio com esses fundamentos de cidadania. A hora é boa e o momento é de sensibilidade. Cabe aos gestores educacionais se empenharem na adoção de políticas e processos gerenciais que reflitam nitidamente a opção da escola por uma nova práxis.
Um estilo novo de desenvolvimento organizacional que não irá privar a próxima geração de receber um planeta sadio. Pelo contrário, irá contribuir para nela arraigar os conceitos de cidadania que os seus professores tanto têm se empenhado em plantar dentro das salas de aula. Senhores gestores a semente, agora, está com vocês!

quarta-feira, outubro 03, 2007

MST

Educação por encomenda
http://www.voltairenet.org/IMG/jpg/es-lulaMST_390-2.jpg


Abri a revista Veja e me deparei com uma reportagem no mínimo preocupante. Os membros do Movimento dos Sem-Terra – MST, estão avançando sobre o segmento educacional. Até aí, tudo bem! A questão é que as escolas abertas para acolher os seus integrantes, têm um vestibular próprio, direcionado para seus adeptos, onde situações e fatos recebem uma nova roupagem, visando apresentá-los sob a ótica ideológica do Movimento.

Além disso, e o que é pior, é que os cursos ofertados são reconhecidos pelo MEC e, pra tornar a situação ainda mais alarmante, patrocinados com dinheiro público. Onde será que vai parar a atuação dos “companheiros”??

quinta-feira, setembro 13, 2007

web na sala de aula


Jornais perdem lugar em escolas que usam mais a Web



Mais professores norte-americanos vêm usando sites nacionais e internacionais de notícias na sala de aula, o que deixa para trás os jornais que não percebem a importância da Web, constatou um estudo. Dos professores pesquisados, 57% usam serviços noticiosos via Internet em salas de aula com alguma frequência, informou o estudo, baseado em pesquisa com 1.262 professores, conduzida no final de 2006, e divulgada hoje pela Carnegie-Knight Task Force on the Future of Journalism Education.


Isso se compara a 31% no que tange a programas noticiosos nacionais de televisão e a 28% para o uso de jornais diários. As notícias locais são usadas por apenas 13% dos professores, segundo a pesquisa. "Os estudantes não estabelecem relacionamento algum com os jornais, da mesma forma que não o fariam com discos em vinil", disse um professor entrevistado.

As conclusões refletem uma tendência mais ampla, de queda de circulação e receita publicitária em muitos dos diários norte-americanos, à medida que os leitores passam a procurar notícias e entretenimento online. A tendência gerou preocupação sobre o futuro do setor de notícias e sobre o futuro financeiro das empresas que têm nelas sua fonte de receita. A Tribune Co., por exemplo, foi pressionada a estudar propostas de aquisição, a fim apaziguar acionistas insatisfeitos.


Os sites mais populares são os operados por grandes organizações noticiosas tais como a BBC, New York Times e CNN.com, constatou o estudo. Os professores preferem jornais em papel, mas apenas 8% deles afirmaram que os alunos compartilhavam dessa preferência. Entre os entrevistados, 75% declaram que os jornais eram a mídia menos apreciada pelos alunos.Uma das principais razões para que os sites de jornais locais não tenham conquistado espaço nas salas de aula norte-americanas é o fato de que seu uso para essa finalidade não foi promovido, constatou o estudo.


Marcelo Freitas Comenta


Apesar das diferenças em termos de cultura e tecnologia, é importante observar a tendência em relação às práticas educacionais e o uso da web. Nesse particular, o que chama a atenção é a infra-estrutura de que dispõem os docentes americanos nos seus espaços de aprendizagem. Além disso é chocante a comparação com o nível de qualificação desses profissionais que, ao contrário do que ocorre no Brasil, não têm medo das novas mídias e as utilizam nas suas respectivas salas.


Compete ao professor brasileiro entender, de uma vez por todas, que computador não é um bicho de sete cabeças e sim uma importante arma a ser usada em favor do educando.

segunda-feira, julho 23, 2007

Gestão Educacional

O A,B,C do BSC



por Marcelo Freitas


A escola é um lugar onde se aprende muita coisa. Mas aprender não deveria ser uma prerrogativa só dos alunos. Essa é, cada dia mais, uma necessidade de todos. E isso inclui dirigentes educacionais e educadores em geral...

Uma das “matérias” que mais têm reprovado os dirigentes vem sendo, exatamente, a gestão ou administração da escola. Suportados por paradigmas arcaicos, os diretores acabam repetindo os mesmos erros e perpetuando um ciclo de resultados nada virtuoso.

Por isso mesmo deveriam “tomar umas aulas” com executivos de outros segmentos e implantar nas escolas modernos métodos de gestão. Um deles é o Balanced ScoreCard, ou BSC. Através dele o acompanhamento dos objetivos e metas institucionais, assim como o alinhamento das ações em relação à estratégia de desenvolvimento da escola se torna visível aos profissionais responsáveis.

O BSC é uma metodologia disponível e aceita no mercado, desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992. Orienta-se segundo indicadores que tratam dos principais processos e busca a maximização dos resultados baseada em quatro perspectivas que refletem a visão e estratégia empresarial:

- financeira;
- clientes;
- aprendizado e crescimento;
- processos internos.

Sob essas quatro dimensões, um mapa estratégico bem desenhado é um bom começo para se gerir uma escola. Ponto positivo é que esta metodologia não contempla apenas indicadores financeiros, mas dá ênfase a outros pontos importantes da escola.

Que tal fazer agora a sua lição de casa e estudar um pouco esse conceito? Sua escola, agradece!

sexta-feira, julho 06, 2007

Recursos Humanos


A entrevista


Afinal o dia chegara. A entrevista para a função de assistente administrativo que Sebastião tanto aguardou seria realizada naquela manhã de verão. Ele precisava do trabalho (ou trampo, como gostava de dizer). Amante do hard rock, ele se vestiu a caráter para o evento: enfiou aquela sua calça jeans descorada, a camisa preta com estampa prateada do Metallica, um gel no cabelo pra ficar “armado” e pronto. Tudo no seu lugar.

Com tanto preparativo acabou se atrasando um pouco. Mas tudo bem, pensou ele, estamos no Brasil. Ao chegar à empresa e se anunciar, foi logo dizendo:

_Sebastião Souza, mas pode me chamar de Tiqueira Jones, meu nome artístico. Eu canto nas horas vagas!

_Pois não sr. Tiqueira, disse a secretária. O senhor Eusébio já está lhe aguardando.
_ Sóo... Disse o monossilábico roqueiro.

Ao entrar na sala foi logo cumprimentando o sr. Eusébio, o seu possível futuro chefe.

_ Aí, belez?
_ Bom dia Sebastião, como vai, cumprimentou o sr. Eusébio, um sujeito de aparência jovial, lá pela casa dos seus trinta e tantos anos.

Depois de discorrer um pouco sobre as atividades que teria de desempenhar na função e o que esperava do ocupante da função, o entrevistador então pergunta:

_ E então Sebastião, acredita que pode desempenhar essa função?
_ Limpo!... respondeu o entrevistado.
Após alguns minutos de silêncio sem nenhum acréscimo ou comentário do jovem roqueiro, o sr. Eusébio tentou estimular um pouco mais a conversa.

_ Pelo visto você não é de falar muito não é mesmo, Sebastião?
_ Sóo... respondeu Tiqueira.
_Você acredita que se sentiria bem aqui, neste ambiente?
_ O trampo é legal. A galera é gente boa. Vai bombar!

E foi por aí que a entrevista transcorreu, por mais longos 5 minutos...

Dias depois, em sua casa, Tiqueira recebeu uma carta de agradecimento da empresa pela participação no processo seletivo.
_Putz... acho que o cara não sacou o recado. E olha que eu mandei bem!

Como em tudo na sua vida, Tiqueira viu ali uma bela oportunidade. E a história acabou em rock...

quinta-feira, maio 17, 2007

OIT e Certificação Profissional


Projeto de Certificação Profissional
"Projeto Avanço Conceitual e Metodológico da Formação Profissional no Campo da Diversidade no Trabalho e da Certificação Profissional"- Componente Certificação -


Este projeto é desenvolvido em uma parceria da OIT Brasília com o Ministério do Trabalho e Emprego, e executado com o apoio de especialistas do Centro Internacional de Formação da OIT em Turim e do Centro Interamericano de Formação Profissional - CINTERFOR, da OIT em Montevidéu.



O Projeto é acompanhado por uma Comissão Tripartite, composta por representantes de governo (MTE, MDIC-INMETRO, MEC e MJ), empregadores (Confederações) e de trabalhadores (Centrais Sindicais), a qual examina, debate, orienta e dá suporte político à execução das atividades.


Dentre as razões fundamentais do Projeto para o componente certificação podemos citar:


a) a necessidade de valorizar a formação profissional de forma a melhorar a empregabilidade de trabalhadores que participam de programas de formação e assegurar melhor retorno desses programas para os empregadores e para o Estado;


b) os novos padrões de qualidade exigidos pelo sistema produtivo inserido em um processo de integração econômica, pressionado por inovações tecnológicas e submetido a novas pressões de competitividade.


Certificação de Competências Profissionais:


Este conceito vem atraindo uma convergência de interesses de entidades públicas e privadas e outras organizações. Isto ocorre porque a certificação é vista como instrumento potencialmente importante para valorizar a capacitação, oferecendo maiores perspectivas de emprego e renda, reduzindo riscos de acidentes e de práticas deficientes de trabalho, gerando melhorias de produtividade e de qualidade, e reduzindo custos de formação profissional para as empresas e para o governo.


Alguns produtos do Projeto:


a)Programas de treinamento em normalização, formação e certificação de competências.


b) realização de seminários e workshops para uniformizar aspectos conceituais e promover o intercâmbio entre instituições públicas e privadas de experiências pioneiras.


c) Participação na criação e nas discussões da Comissão Técnica de Pessoal do INMETRO, que tem por objetivo normatizar as questões que lhe competem com relação a certificação de pessoas e que também prevê a implemantação de uma Rede de Certificação de Competências.


Para maiores informações consulte o Escritório da OIT em Brasília:brasilia@oitbrasil.org.br

Para Refletir




Um sonho é apenas um sonho. Um sonho com plano e prazo determinados, é uma meta". (Harvey Mackay)