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sexta-feira, dezembro 07, 2018

Solidarize!

Plataforma digital ArtKids chega com a proposta de desenvolver competências socioemocionais, como a solidariedade, de um jeito novo e divertido, unindo crianças, famílias e escolas. Assista


Faça contato e coloque sua escola no caminho da Solidariedade. SOLIDARIZE!

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Competências na escola

Crianças Pasteurizadas S/A.
Por Marcelo Freitas

Nos últimos anos tenho pregado a necessidade de reinventarmos a escola. Precisamos descobrir o mapa da mina de como as pessoas aprendem nesse mundo conectado para, em seguida, desvendarmos novas maneiras de ensinar.

Venho batendo na mesma tecla: o nosso modelo de escola, exauriu. Não comporta mais ajustes e remendos. Precisa de ruptura. É difícil para muita gente conceber essa ideia e, por isso mesmo, as coisas simplesmente não acontecem. O nosso modelo atual parte de premissas lineares, como a ideia de que todas as pessoas têm que saber um leque de conteúdos que apenas poucos de nós vão usar. Eu sempre me pergunto: Por quê?

Uns dizem que só assim teremos uma boa base, outros que se trata de cultura geral. Os mais entusiasmados, dizem que isso é ser educado. O fato é que ainda não conseguiram me convencer. A realidade é que somos todos incompetentes em alguma coisa. Somos humanos e isso é parte da nossa natureza. Se somos incompetentes em certos campos o inverso disso também é verdadeiro: cada um de nós é competente em alguma coisa. Então, por que as escolas insistem em focar nas fraquezas quando deveriam se esforçar para fortalecer nossas virtudes?

O pilar educacional de hoje nivela todos os conhecimentos, pois parte do princípio de que todos são iguais em suas capacidades. Ele desconsidera as habilidades naturais e as competências que temos mais aptidão para desenvolver e foca nos nossos pontos fracos. Naquilo que temos dificuldades em aprender.  Quer um exemplo? Quantas vezes já chamamos pais na escola porque seu filho(a) perdeu média em determinada disciplina? Dizemos que precisa de reforço escolar, que precisa estudar mais... Desconsideramos o fato de que este mesmo aluno(a) tenha sido excepcionalmente bem numa outra disciplina. É ou não é assim?
Pois entre um compromisso e outro, naqueles intermináveis minutos numa sala de embarque, me conectei e assisti a palestra de Susan Cain, uma especialista em comportamento. O título da apresentação era: O poder dos introvertidos. Ela comenta sobre como as pessoas introvertidas (e não tímidas, existe uma diferença) podem contribuir para os processos criativos, sobre como lidam com o ambiente à sua volta e como as escolas alimentam o preconceito sobre este tipo de pessoa. No ambiente escolar, os alunos são estimulados a aprender e a serem mais comunicativos. São, em geral, projetos e ambientes criados para os extrovertidos, que precisam de muita estimulação. Quem não segue o padrão, está fora. É esquisito, caladão.

Temos a falsa ideia de que toda a criatividade e produtividade vêm de um lugar curiosamente gregário. A questão é que precisamos, sim, de trabalho em equipe. Mas também precisamos de locais silenciosos, onde possamos dar oportunidade àqueles que se sentem bem em ambientes calmos, onde conseguem produzir mais e melhor. Isso não acontece só na escola. No trabalho, pessoas introvertidas são colocadas de lado nos cargos de liderança. Então por que pessoas com o perfil de Gandhi se deram tão bem, arrastando multidões?

É importante considerarmos que a introversão muitas vezes é o ingrediente crucial para a criatividade. Vejam o caso de Darwin, que fazia longas caminhadas sozinho enquanto meditava sobre suas observações ou algo mais recente: Steve Wozniak. Ele inventou o primeiro computador Aple, sozinho, sentado em seu cubículo na HP, onde trabalhava.

Todas essas considerações são apenas para dizer o óbvio: precisamos de um modelo escolar que considere as características individuais, construído sobre as diferenças e não sobre as semelhanças. Algo que consiga direcionar esforços para os pontos fortes e não para as fraquezas e dificuldades individuais de cada um de nossos estudantes. Onde as virtudes possam ganhar mais espaço que as deficiências. Que se danem o currículo único, as mesmas métricas para todos e a pasteurização dos nossos jovens. Precisamos estimular competências únicas, habilidades individuais e apoiar currículos que considerem essas particularidades.
Precisamos formar pessoas que sejam criativas, inovadoras e aptas a exercer liderança positiva e proativa. Penso, particularmente, que a chamada geração Y pode dar um importante contributo o sentido de quebrar paradigmas no segmento educacional, a partir do momento em que assumir cargos de liderança e direção. Novas ideias no comando, novas maneiras de entender e dirigir o negócio Escola.  Vamos dizer “Não” à pasteurização dos nossos jovens.


(Artigo Publicado pela revista Gestão Educacional / 2013)

quinta-feira, novembro 28, 2013

Escola Estúdio

Escola Estúdio: Uma experiência no Reino Unido

Por Marcelo Freitas



Em todo o mundo, há um consenso crescente de que os nossos sistemas de educação estão quebrados. Não são poucos os educadores que nos oferecem lições de como podemos re-imaginar a escola. Essas ideias e experiências, entretanto, ainda que apresentem resultados positivos, não têm sido capazes de convencer os conservadores do “cuspe e giz” nem quebrar os paradigmas retrógrados, sempre reforçados pelo corporativismo vigente. Mas contra fatos não há argumentos. Vejamos.

Temos hoje dois grandes problemas centrais em se tratando de escolas. De um lado, estudantes entediados com o modelo educacional que não os desafia nem os convence a ter gosto em ir para a escola. Do outro, somos brindados com um contingente elevado de jovens despreparados para a vida e o mercado de trabalho, como resultado do processo educacional proporcionado por essas escolas.

Então temos de nos perguntar: Que escola é essa em que os jovens lutam para entrar mas não estão lutando para permanecer? Que escola é essa que anda em descompasso com o mundo? Alguma coisa está errada, certamente. Então pergunto eu: e por que não mudamos?

Essas perguntas ecoam mundo afora e foram objeto de um projeto educacional no Reino Unido, alavancado pela “Young Foundation[1], uma organização que se propõe apresentar um instrumental na condução pensamento, ação e mudança na inovação social no Reino Unido e no exterior, inclusive em áreas como a educação. O projeto denomina-se Escola Estúdio. Ele parte de constatações concretas que, assim como lá, também são verdades em terras tupiniquins.

Através de pesquisas, os educadores locais constataram que um grande número de jovens:

  • Aprende melhor fazendo;
  • Aprende ainda mais, fazendo coisas “de verdade”;
  • E apresentam melhor rendimento quando trabalhando em grupo.

Ou seja, exatamente de maneira oposta ao que as nossas escolas, de modo geral, têm como premissas nos seus modelos de ensino-aprendizagem, assim como nas suas ações pedagógicas. Conteúdos desconectados da realidade prática e conceitos meramente teóricos são a base dos nossos sistemas de ensino atuais.

Daí que esse grupo de pesquisadores e educadores resolveu virar a educação pelo avesso. Partiram para a execução do projeto, construindo um protótipo. Ao colocarem em prática o modelo, identificaram o que deu errado e aprimoraram o sistema, tornando-o mais eficiente. Ainda assim, com o projeto ainda em fase de adaptações, perceberam que os jovens o amaram.

A percepção dos alunos que passaram pela experiência é de que, dessa maneira, o processo de aprendizagem é mais motivador e mais estimulante. A escola passou a ser um lugar de desafios e conquistas. Um lugar mais atraente e muito mais prazeroso, portanto.

O resultado é que, dois anos depois de implantado o projeto, os alunos que estavam nos grupos de pior performance saltaram para o topo da lista e engordaram o quartil mais alto.

Mais interessante ainda é que este projeto aconteceu sem o apoio da mídia e sem grande apoio financeiro, também. Espalhou-se pelo boca-a-boca, de forma viral, por professores, pais e pessoas envolvidas com a educação. Ganhou adeptos, em suma, pelo poder da ideia de virar a educação pelo avesso e pela força de vontade de pessoas que se empenharam em “fazer acontecer”.

A principal mudança no paradigma foi pegar coisas que eram superficiais no modelo atual, como trabalho em equipe e projetos práticos e colocá-los no núcleo da aprendizagem, ao invés de nas margens.

O que essa experiência nos mostra, portanto, é que precisamos, em alguns casos, apenas de um pouco de boa vontade para abrir mão de processos que já exauriram. É preciso, antes de tudo, reconhecer que no mundo de hoje não há mais lugar para um modelo educacional do século XIX.


[1] www.youngfoundation.org

sexta-feira, setembro 27, 2013

A revolucionária escola sem aulas

O atual modelo de ensino organizado em salas de aula onde os alunos são agrupados distribuídos em vários níveis foi criado na Idade Média, imitando a disposição dos fiéis e sacerdotes nas igrejas. Este sistema organizacional pouco mudou desde então.



Agora, como lemos em Yorokobu, blog vencedor Prêmio Especial do Júri Blogs 2011, uma empresa que opera cerca de trinta escolas na Suécia ameaça revolucionar completamente este modelo.
Os centros docentes de Vittra não são escolas usuais. Essa rede de escolas consideraram que o modelo educacional deve mudar completamente, então propuseram acabar com as salas de aula. O objetivo é incentivar a criatividade dos alunos, e argumentam que o campus educacional em qualquer lugar é bom para aprender.

Os alunos dessas escolas não são regidos pelos mesmos princípios que o sistema educacional convencional, nem estão organizados em torno de temas e lições de vida. Sua filosofia comprometida com a tecnologia intensiva, educação bilíngüe e aprendizagem baseada na experiência e um sistema educacional capaz de recriar ambientes de aprendizagem baseadas na vida real.

O melhor exemplo desse estilo de ensino é Telefonplan, uma escola sem salas de aula que abriu em agosto passado, no Estocolmo. O projeto foi feito pelo escritório de arquitetura Rosan Bosch e afirma que a escola é mais uma ferramenta educacional.

Assim, em vez de salas de aula , os alunos têm muito espaço para estudar “conforme sua vontade” com seus laptops. Um enorme iceberg que serve como uma tela de cinema, diversas áreas comuns para aprender e interagir ou pequenas cabines ao ar livre, projetado para trabalhos em grupo, são algumas das inovações que emergem desta escola única.

São instalações quase futuristas que lembram mais escritórios de empresas como a Google do que as escolas tradicionais. Agora só precisamos de saber se os resultados serão bastante satisfatórios.

(Fonte: abc.es)

quinta-feira, julho 18, 2013

Papo de Congresso

Especial













Ensino escolar e novas mídias ainda não estão conectados 

Pauta sobre utilizar as tecnologias em favor do processo de aprendizagem foi abordada pelo o especialista em Gestão Educacional Marcelo Freitas, em conferência desta quinta-feira à tarde no 12º Congresso do Ensino Privado Gaúcho
As novas mídias ensinam formas totalmente diferentes de se comunicar e relacionar todos os dias às pessoas. Crianças e adolescentes, em especial, nasceram familiarizados com estes recursos, mas as escolas e os educadores ainda estão nos primórdios de como utilizá-los em favor do processo de ensino e aprendizagem. O especialista em gestão educacional Marcelo Freitas falou acerca deste desafio ao público do 12º Congresso do Ensino Privado Gaúcho, promovido pelo SINEPE/RS. A programação da tarde desta quinta-feira (18) iniciou com conferência sobre "As mídias na arquitetura das aprendizagens".

"O que estamos chamando de novas mídias são as TIC`s (Tecnologias da Informação e Comunicação) e, apesar de toda a disseminação desses meios, eles ainda são pouco compreendidos no universo escolar", avalia Freitas. De acordo com ele, as crianças de hoje encontram na escola um ambiente arcaico, passivo, construído sobre os paradigmas dos séculos XVIII e XIX. "E eles precisam ser totalmente quebrados! Há necessidade de uma grande ruptura, de recriar muitas coisas, e não apenas readaptar", salientou.  

NÃO BASTA INTRODUZIR TABLETS OU LOUSAS DIGITAIS
O mundo de agora funciona de outra maneira. As crianças e jovens, desde a fase mais tenra da idade, aprendem de forma interativa, com ou sem a presença dos adultos, pais ou professores. Freitas explicou que as mídias são apenas aquilo que o próprio nome diz: os meios. "Acontece que as TIC`s trazem consigo outra lógica e é exatamente isso o que causa o conflito. Não basta introduzir tablets, lousas digitais e ambientes tridimensionais, se continuamos colocando nossos alunos sentados em fila na sala de aula e aplicando o mesmo conteúdo de maneira homogênea para todos eles". 

Cada um exige um tipo de lidar com a aprendizagem que é diferente do outro. Em sua visão, a reinvenção dos processos de ensino-aprendizagem, deve ser apoiada no uso das novas tecnologias, mas, principalmente, na quebra dos paradigmas. "Por isso, precisa haver uma revisão total dos processos, desde os parâmetros técnicos até às avaliações. "Não insistir em reforçar as fraquezas do aluno, melhor é concentrar esforços no que ele pode se sobressair". Completou refletindo que os professores não têm o papel de formar, isto é, colocar em formas, mas sim de desenvolver. 

EVENTO
O Congresso do Ensino Privado Gaúcho, promovido pelo SINEPE/RS, é um dos maiores eventos do setor educacional no País. Em sua 12ª edição, neste ano reúne mais de 2,7 mil pessoas para debater o tema "A maestria do professor na arquitetura da aprendizagem", no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. O objetivo é discutir os desafios e as oportunidades para o professor, sua relação com as novas tecnologias e a sociedade e seu papel enquanto líder do processo de ensino e aprendizagem
por Ana Cristina Basei

segunda-feira, julho 01, 2013

Professores de hoje

Em Primeira-mão 
Meu professor tem 13 anos
Por Marcelo Freitas

Como muitos dos leitores, tenho dois filhos em idade pré-adolescente. Uma experiência ímpar em todos os sentidos. Para nós educadores, então, um laboratório de observação sem igual. Lembro-me quando Júlia, a mais nova, interveio numa conversa entre os “adultos” da casa para fazer uma observação sobre a cultura Maia e me deixou de boca aberta. Tinha apenas 6 anos, à época. Intrigado, perguntei se havia aprendido aquilo na escola e, de repente, ela soltou: “não papai, foi no Discovery Kids”. 

Algumas conversas depois e lá vinha ela com outra consideração desse naipe. De novo perguntei: sua professora te disse isso? E ela novamente soltou: “não papai, passou no programa “X”, do Disney Chanel”. Bingo. Aí me perguntei: continuo pagando a escola ou somente a TV a cabo?

Ainda com aquilo girando pela cabeça saí com o Rafa, o mais velho. 8 aninhos na época. Enquanto dirigia, emprestei-lhe meu novo smartphone e disse que tinha um joguinho legal para ele brincar. Comentei que depois de pelo menos uma hora jogando, ainda não tinha conseguido avançar da primeira fase. Pelo retrovisor podia vê-lo no banco de trás, concentrado, “fuçando” o celular. Quando chegamos ao destino, perguntei a ele: “Conseguiu encontrar o joguinho? Tentou jogar”? E ele me respondeu, com a maior naturalidade: “Tô na fase 3”.

Hoje em dia, já com 13 anos, ele é meu consultor de mídias. Me ensina a jogar aqueles games que exigem atenção múltipla, destreza manual e raciocínio extremamente rápido para tomar decisões. Me mostra como baixar filmes, instalar softwares e coisas do gênero. Quando pergunto a ele como descobriu determinados “atalhos” no game, ele simplesmente me responde: “Ué, pai, digita aí no Google  - manhas do game X - que vc acha. Aproveita e assiste uns vídeos no Youtube sobre o joguinho. O que eu não descobri eu entrei numa comunidade com outros jogadores e eles me ensinaram”. Cheque-mate.

Estou dizendo tudo isso apenas para ilustrar como as novas gerações aprendem e lidam com o conhecimento. Chegam ao ponto de uma criança de 8 anos ensinar a outras em idade as mais variadas. A escola já não é mais o centro das atenções e da aprendizagem, embora esteja lá para cumprir a missão de ensinar. As novas gerações “se viram” de outras formas e o resultado final é extremamente próximo daqueles alcançados pela escola. Às vezes, até melhor.

Vi recentemente uma palestra  do indiano Sugata Mitra, na plataforma do conhecimento TED – Ideas Worth Spreading, onde ele relata situações semelhantes e suas experiências nesse universo. Fala sobre o modelo que suporta as escolas e de como preparamos nossos alunos para serem iguais, uns aos outros. E comenta sobre a capacidade das novas gerações em experimentar e aprender sozinhos ou com a ajuda de outras crianças e agentes, que não aqueles da escola formal. 

A exemplo do que ele fez, tente disponibilizar a uma criança em idade escolar um computador e veja o que acontece. Se os programas estiverem em outro idioma, não tem problema. Eles dão um jeito. Você se surpreenderá com o que essa criança fará num curto espaço de tempo. 

A moral da história é que a lógica do nosso sistema educacional e, em particular das nossas escolas, não se sustenta mais. É preciso incorporar novos paradigmas e começar a trabalhar noutra direção. Pergunto: Por que nossas escolas dividem as turmas de acordo com a faixa etária, por exemplo? Certamente não faltarão argumentos de professores e pedagogos para justificar essa premissa. Não os discuto. Apenas questiono se isso trás, de fato, resultados acima daqueles que seriam obtidos no caso de um grupo mais diversificado. Afinal, em casa, os irmãos geralmente aprendem uns com os outros, sem que tenham a mesma idade. As trocas e experiências nesse sentido são ricas. 

Os resultados apresentados por Sugata Mitra, os quais compartilho, nos faz realmente pensar diferente. Os maiores ensinando os menores. Os menores questionando os mais velhos e instigando-os a buscar respostas. Por que não?

As tecnologias estão à disposição para novas experiências de ensino-aprendizagem mas, antes de qualquer coisa, é preciso mudar o olhar. Ousar. Arriscar passos novos. Enxergar o que está acontecendo e, a partir daí, dar forma às novas maneiras de se aprender, tendo como base novas premissas. E aí sim, gerir um novo negócio chamado, quem sabe, “escola”.

(artigo a ser publicado na edição de agosto da Revista Gestão Educacional)

sexta-feira, setembro 09, 2011

Aprendendo em rede


Hoje em dia ninguém sobrevive muito tempo estando sozinho. Até mesmo empresas concorrentes já se organizam, de alguma forma, para compartilhar processos não estratégicos, visando reduzir custos, melhorar a qualidade e atender melhor os seus clientes.

A internet, por sua vez, conecta milhões de pessoas e organizações, proporcionando alianças, trocas de informações e conhecimento. Nessa onda, as redes setoriais, ou redes de pares setoriais estão, cada vez mais, ganhando espaço. Trata-se de uma experiência interessante, onde empresas do mesmo segmento, porém estabelecidas em mercados diferentes e não concorrentes, trocam experiências, desenvolvem projetos e organizam estudos buscando a melhoria de todos.

Elas ajudam seus membros a aprenderem através da experiência de seus pares, fortalecendo-os para enfrentar problemas enraizados e comuns em muitas organizações. Fornecem subsídios para o compartilhamento de soluções que, a princípio, teriam que ser buscadas através de consultorias ou com base no processo de tentativa e erro.

Uma outra qualidade das redes setoriais é que elas têm contribuído bastante para estimular a adoção de melhores práticas por parte do conjunto de seus membros, a partir do estabelecimento do “benchmark” do grupo. Proporcionam aos gestores integrantes a possibilidade de trocar experiências e conhecimentos, representando verdadeiros atalhos no processo de aprendizagem. Conceitos que só poderiam ser adquiridos através de cursos formais ou outra forma de capacitação, são compartilhados pela prática dos relatos de casos.


No segmento Educacional

Se adotadas no segmento educacional, as redes setoriais podem ser de grande valia. Dependendo do enfoque e dos objetivos a elas atribuídos, redes setoriais poderiam ser compostas de diversas formas, considerando os mais variados perfis de grupos. Eis alguns deles:

o Por segmento: Escolas de educação infantil; Ensino Fundamental; Ensino Médio; formação profissionalizante; Ensino superior, etc;

o Por região geográfica: instituições da região metropolitana da cidade “X”; do bairro “tal”; etc...;

o Pelo porte: escolas com até 200 alunos; entre 200 até mil alunos, etc...;

o Misto: Escolas com até mil alunos na região metropolitana da cidade “X”; Instituições de Ensino médio, com até 200 alunos; etc;

o Por características específicas: escolas particulares; escolas públicas; escolas confessionais; instituições de ensino profissional; Escolas de idiomas; projetos de Organizações não Governamentais; etc;

Uma condição singular, entretanto, é que seus membros não concorram entre si nos mesmos mercados, pois essa situação prejudicaria a livre troca de informações, fazendo com que o grupo ficasse prejudicado.

Virtudes

Uma das principais virtudes da formação de redes setoriais é alertar seus participantes sobre alguns dos maiores perigos da governança: a miopia e a inércia. Isso porque a tendência dos executivos, e os educacionais não fogem à regra, é dar excessiva relevância aos problemas locais, muitas vezes ignorando os fatos globais, distantes ou que lhes são pouco familiares. Inovações emergentes são muitas vezes relegadas por não fazerem parte (naquele momento) da realidade local. A situação se complica, entretanto, quando o problema avança sobre suas fronteiras, pois aí já é tarde demais para se preparar ou para solucioná-lo.

A outra questão é a inércia. Ela induz executivos, funcionários e educadores a agirem sempre da mesma forma, atendo-se a pressupostos já testados e estabelecidos. Eles dão prioridade aos conhecimentos que dominam, negligenciando a exploração de novos conceitos. Muitas instituições inovadoras ou de grande porte, em virtude da inércia, tornam-se vítimas da arrogância, não conseguindo manter sua vantagem competitiva e sendo ultrapassadas pelos rivais.

Particularmente em setores onde a concorrência é acirrada e predominantemente local, como no caso das escolas, a miopia e a inércia são componentes de grande risco. Por isso mesmo a participação em redes setoriais torna-se importante, na medida em que traz informações confiáveis, além de novos conhecimentos e capacidades aos seus membros.


Outras formas de composição

Por outro lado, a composição de redes setoriais pode também abarcar a participação de profissionais de outros segmentos, tornando o grupo mais eclético. Esses participantes servem para oxigenar o pensamento do restante dos membros, trazendo inovações que deram certo em outros segmentos e proporcionando a oportunidade da introdução de mudanças significativas na operação e organização das escolas. Essa composição pode trazer componentes de toda a cadeia de valores da educação, como fornecedores de material escolar; “softwares” educativos e gerenciais, brinquedos pedagógicos, fornecedores de material didático, agências de publicidade, gráficas e toda uma gama de empresas que se relacionam com as escolas.

A escolha das instituições que compõem o grupo, assim como a participação efetiva e franca de seus membros representantes, é que tornará a experiência da rede setorial uma ação ímpar no trato da inovação e do estabelecimento de novos patamares de qualidade para o setor educacional. Então... mãos-à-obra!

sexta-feira, janeiro 21, 2011

cyberbullying

Cyberbullying... mais um vírus da internet?

Muito se tem dito sobre as redes sociais. Mais ainda sobre o bullying, um tema ressonante, principalmente, nas famílias e escolas por todo canto do país. Juntando as duas coisas e somando o uso maciço da internet pelos jovens, um estudo recente, realizado pela Safernet Brasil, entrevistou 2159 jovens e 732 educadores sobre a nova versão dessa praga: o cyberbullying. Confira alguns dados da pesquisa relativos aos docentes:

• 6% deles souberam de casos de aliciamento sexual de crianças pela internet;

• 50% consideram que as informações existentes para se trabalhar o assunto nas escolas é insuficiente, sendo que 24% desconhecem qualquer tipo de programa que trate do tema;

• 77% dos docentes afirmam que é comum o comentário dos alunos, dentro de sala de aula, acerca do que fazem na internet;

• Mesmo diante dos perigos, 90% dos docentes reconhecem que a tecnologia e a internet têm efeito positivo na vida dos seus alunos.

• E, pra terminar, 99% dos professores entende que a discussão sobre a segurança na internet é um dever da escola.

E você, o que pensa sobre a exposição de crianças e jovens na internet?