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segunda-feira, julho 09, 2012

Tablets na sala de aula

O que fazer com o meu tablet?

Tenho visto um movimento significativo no sentido de levar a tecnologia para as salas de aula. Esse movimento, entretanto, ainda tem seu foco na infraestrutura, ou seja, nos equipamentos. O fato é que isso é apenas o começo do processo. A grande maioria dos nossos docentes não sabe mesmo o que fazer com eles, quando o recebem.

Escrevi um artigo para a revista Gestão Educacional sobre o assunto e gostaria de compartilhá-lo com você, caro frequentador desse blog.



O que eu faço com o meu tablet?

Por Marcelo Freitas

Tenho certeza de que a pergunta do título é uma daquelas que a maioria dos professores gostaria de fazer ao receber esse objeto de trabalho “modernoso”, das mãos do diretor da escola. Isso mesmo... ferramenta de trabalho. Evidente que nem todas as escolas ainda incorporaram o equipamento às suas práticas educativas e, assim, nem todos os professores ficaram de saia justa. Ainda.

Depois de muitos e muitos anos, a tecnologia que batia à porta das escolas recebeu permissão para entrar. Não que tenha sido fácil. Acredito mesmo que quem girou a maçaneta foram os alunos e aí...

O fato é que agora esses equipamentos estão pousando nas mesas e carteiras das salas de aula. Bom? Certamente. Eficaz? Ainda é cedo para dizer. Isso porque o equipamento é apenas o meio e não o fim do processo. Para que seja de fato eficaz é preciso que os professores saibam operá-lo com maestria. É fundamental que saibam extrair dele o melhor e, principalmente, que definam que conteúdo será colocado lá dentro e o que fazer com ele na sala de aula.

A equação não é fácil. Se o processo de encaixá-lo no material didático está sendo parcialmente “resolvido” pelas redes de ensino (embora a maioria tenha apenas digitalizado seu material apostilado e depositado no equipamento, substituindo a papelada pelo conteúdo em bits e bytes), a maneira com que será utilizado em todo o seu potencial ainda é uma questão a descoberto.

A nova mídia requer outros conceitos de aprendizagem e novas metodologias de apresentação dos conteúdos, centradas nas hipermídias. Não é apenas a transposição do papel para a telinha. Isso não funciona. É preciso dar dinâmica aos conteúdos, manter o pique multitarefa dos alunos. Envolver e mesclar vários temas simultaneamente. Fazer essa geração de antenados manter a concentração não é mole.

E nesse aspecto o que se vê é uma carência conteúdos concebidos para o uso pedagógico nas mídias digitais. Não é por acaso que as aulas no YouTube fazem tanto sucesso, com milhões de acessos. Mas é preciso pensar maior. É importante explorar, e integrar, não somente as possibilidades de tablets e notebooks, mas também dos celulares. Eles são uma poderosa ferramenta para a aprendizagem. Fazer pequenas tarefas ou jogar em rede com os colegas pode ser uma fonte inesgotável a explorar. E para isso não basta apenas o conteúdo. É preciso forma, interatividade, criatividade, desafio.

Nesse particular, os jogos saem na frente. Se aproveitados com imaginação, eles podem se transformar numa excelente ferramenta de ensino. E é aqui que o papel dos educadores se torna fundamental. É deles que deve partir a iniciativa de transformar e adaptar o conteúdo dos currículos aos jogos e aplicativos. E isso pode ser feito de imediato, pois existe uma enormidade de games nas prateleiras das grandes livrarias capazes de preencher espaços significativos na aquisição de habilidades e competências.

Um exemplo? SimCity. Esse famoso game é a simulação de uma cidade em construção. Nela o jogador assume a posição de prefeito e, a partir daí, é colocado em contato com uma gama de situações e problemas. Já imaginou que potencial de aprendizagem para competências e habilidades como planejamento, tomada de decisão, gestão de recursos, definição de prioridades etc...etc.... ? E em relação aos conteúdos específicos, como geografia e matemática?

Na linha dos simuladores, existe ainda uma infinidade de outros títulos que podem ser trabalhados na perspectiva multidisciplinar, envolvendo desde a gestão de clubes de futebol e basquete, até simuladores de vôo e construção de ferrovias, passando por jogos de estratégia e conhecimento. Enfim, um mundo de opções a explorar.

No frigir dos ovos, não está faltando tanto assim. Falta apenas mais criatividade para sair da mesmice. Educadores, segurem suas manetes e boa viagem.



domingo, fevereiro 06, 2011

iPad na educação

Troque a mochila pelo tablet


De um jeito ou de outro o problema das pesadas e desumanas mochilas escolares está encontrando alternativas de solução. Antes, a ideia era colocar escaninhos espalhados pelas escolas para que os alunos deixassem ali o "peso da responsabilidade" estudantil.

Solução "meia-boca", pois ainda são obrigados a revezar o pesado material ao deixar a escola. Ninguém se lembrou de que utilizam-no para fazer as tarefas de casa.

Outra solução, essa de fato mais duradoura, seria atualizar o conceito e o modelo de escola, vigentes. A era do conteudismo já acabou, mas nossos educadores ainda fincam o pé nesse território. Para manter no alto essa bandeira, precisam de um astronômico aparato de livros e cadernos. Coitados dos alunos que durante anos arrastam esse pesado fardo e, ao chegarem à vida adulta, ou sentem a obsolescência de todo aquele conteúdo ou percebem que não fazem a menor ideia de como utiliza-lo.

Mas, para amenizar as coisas, uma outra alternativa vem se juntar às anteriores. O arrojado e inovativo ambiente da tecnologia proporcioinou a recente difusão dos tablets. Com eles é possível reunir todo o material didático a ser utilizado num único e leve aparelhinho. E com inúmeras vantagens de conecção com a internet, visualização de filmes, acesso a e-books, videoconferência, jogos e por aí vai. Ao vivo e em cores! Instantâneo...

Como já havíamos cantado a pedra tempos atrás, algumas escolas já perceberam as vantagens e começaram a fazer deles uso obrigatório. A maioria nos Estados Unidos, onde vem se tornando material obrigatório para os alunos. As próprias escolas criaram, também, alternativas de acesso aos equipamentos, desde financiamentos até leasing e comodato, de modo que os alunos possam desfrutar dessa facilidade.

Acontece, porém, que dois entraves ainda persistem. O primeiro, velho conhecido, é a aversão dos professores à inovação. O corporativismo faz voz uníssona e rejeita qualquer tentativa de novos ares no segmento.

O segundo, deve-se, ao meu ver, à falta de aplicativos direcionados ao segmento educacional. Não se trata apenas de copiar o livro impresso para a versão digital. É mais que isso. Muito mais. Por ser um equipamento multimídia, será necessário reinventar métodos e formas de aprendizagem para que se possa tirar proveito de todo esse potencial. E aí voltamos ao primeiro entrave: os educadores.

Para resumir, deixo então a dica para o pessoal da tecnologia aplicada: A bola da vez são os aplicativos educacionais para tablets, em especial, para o iPad.

Agora é correr...