segunda-feira, julho 03, 2006

Liderança

Executivos aprendem com a Copa do Mundo...

Esta copa do mundo traz lições interessantes. E não é a primeira vez que o esporte nos apresenta ensinamentos que podem ser aplicados na nossa vida cotidiana... e mais especialmente no dia-a-dia do trabalho.Uma delas é sobre liderança.

Uma equipe é o reflexo do seu líder, já diziam os antigos. E os fatos recentes da Copa nos vêm confirmar a sabedoria popular. Basta compararmos as performances das seleções de Brasil e Portugal. Enquanto a primeira entrou na disputa como favorita absoluta, a segunda poderia ser considerada um azarão até mesmo para uma possível chegada às oitavas de final. O time de Parreira, senhor de si e com a mais absoluta arrogância, desfilava seu favoritismo para os milhares de expectadores que enchiam os locais de treino para ver o dream team brasileiro. Centenas de reportes do mundo inteiro a cobrir, ao vivo, até mesmo uma seção de alongamento.

Do outro lado, treinamento e muito suor. Pragmatismo, humildade. Enquanto o treinador brasileiro se limitava a observar o “rachão” dos seus comandados, uma espécie de pelada sem compromisso, Luís Felipe Scolari ensaiava dezenas de vezes a mesma jogada, levando seus jogadores à exaustão.

O mais visível retrato da força de uma liderança, entretanto, era transmitido pelas imagens durante as partidas. Na participação de cada uma das seleções, já na fase das quartas de final, Felipão era a encarnação do espírito guerreiro. Esbravejando, gritando, reclamando com a arbitragem, motivando seus comandados a partir da lateral do campo, transmitia para a equipe a atitude de um time que busca seu objetivo. Atitude, é a palavra.

Em contrapartida, enquanto o Brasil via a França jogar, com Zidane passeando em campo, Parreira era uma figura impassível. Encarnava o que Bjorn Borg, o homem de gelo do tênis, imortalizou. Um monolito sem expressão. Era o retrato da falta de emoção, da falta de vibração... da ausência daquilo que mais caracteriza o brasileiro: a fibra e a raça. Diante disso, os jogadores dentro de campo mantinham a mesma arrogância e repetiam. Quando um subordinado olha para seu líder, busca nele o exemplo, a força, a orientação. Olhando para fora do campo, os jogadores apenas podiam ver a acomodação e a apatia diante de uma situação que se complicava cada vez mais na medida em que o jogo se dirigia para o seu final.

Coração, alma, raça, fibra... requisitos de liderança que calam alto quando se pretende atingir objetivos. Fatores que podem fazer a diferença entre uma equipe vencedora e um fiasco. Nas empresas e nas organizações em geral, precisamos cada vez mais de um Felipão. Adeus Parreira!

segunda-feira, maio 22, 2006

Risco aos negócios

O Ranking das Ameaças

Segundo o resultado de uma pesquisa realizada com 269 executivos de empresas globais, o The Economist Intelligent Unit apresentou os riscos que mais desafiam os negócios:

1 - Reputação (ameaças à imagem de produtos da marca);
2 - Regulatório (Desrespeito à legislação);
3 - Capital Humano (Escassez de talentos e turbulência na sucessão);
4 - Tecnologia (Falhas operacionais e na segurança);
5 - Mercado (Desvalorização dos ativos);
6 - Crédito (Inadimplência dos clientes);
7 - País (Desafios específicos de uma região);
8 - Financiamento (Dificuldade de obter crédito);
9 - Terrorismo;
10 - Desastres Naturais.

Considerando esse ranking, no caso brasileiro, sem dúvida poderíamos acrescentar de maneira clara o governo, os políticos e suas trapalhadas...

quinta-feira, maio 18, 2006

Desperdício de Talentos


Má formação de jovens atrasa o desenvolvimento

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra que o país desperdiça um número recorde de mão-de-obra até 24 anos de idade por falta de educação de qualidade. A escolaridade média do jovem brasileiro é de 8,1 anos (menor do que o ensino fundamental que passou a ser de 9 anos recentemente).

O ensino médio não é hoje mais suficiente para entrar no mercado de trabalho, sendo imprescindível à formação superior. Nenhuma nação é capaz de ter desenvolvimento se não investir fortemente na educação e o Brasil deixou de atender a esse requisito básico adotado em outras regiões. Será necessário um grande esforço do Poder Público para reverter esse quadro e propostas concretas estão sendo feitas por algumas organizações.

Um dos papéis esperados do Conselho Nacional de Educação é o de debater assuntos como esses, já que funções cartoriais que antes existiam foram retiradas por meio da recente modificação de sistemática imposta pelo recém-baixado decreto presidencial.

A questão é que o país, além de conseguir aumentar seus índices de desenvolvimento e crescimento, que lhe permita patamares próximos das economias emergentes, como China e Índia, precisa faze-lo de maneira sustentável. Com a perda de talentos e a má qualidade da formação de nossos jovens, jogamos pela janela a oportunidade de nos consolidarmos como uma nação forte e uma economia vigorosa. Quando vamos, realmente, qualificar nossa educação?

terça-feira, maio 02, 2006

Educação


O Estado de São paulo 16/4/2006
Escolas decretam o fim da lousa

Com a invasão da tecnologia nos colégios particulares, aluno usa controle remoto e professor ensina em tela
Ricardo Westin

As provas já podem ser feitas em casa, pela internet. Os professores fazem a chamada com computadores de mão. As circulares endereçadas aos pais chegam pelo e-mail. O avanço da revolução digital sobre as salas de aula não poupa nem mesmo a boa e velha combinação do giz com o quadro-negro: as lousas agora são digitais e interativas.

As novas tecnologias não se limitam à casa ou ao trabalho. Também os colégios - obviamente com mais força os particulares - têm se preocupado em adotar as novidades. Aos poucos, deixam de encarar a revolução digital na educação como um laboratório cheio de computadores destinados a lições de informática aplicada. "As crianças e os adolescentes de hoje são nativos digitais. Nasceram no mundo do computador, do celular. Ao contrário de nós, que somos imigrantes digitais. Se não nos adaptarmos, o diálogo com eles ficará difícil", afirma o professor Sérgio Américo Boggio, um dos diretores do Colégio Bandeirantes, de São Paulo.

O avanço é tão rápido que essa escola aboliu o quadro-negro de 70% das salas. A chamada lousa digital, vedete dos colégios hi-tech, ocupou seu lugar. Parece um simples projetor ligado a um computador. Mas é só a primeira impressão. Além de escrever, o professor pode usar som e vídeo e acessar a internet. E não precisa se debruçar sobre o computador: tudo é feito diretamente na lousa, com canetas e apagadores especiais.

Assim, numa aula de geografia que tem a Índia como tema, o professor pode recorrer ao mundialmente conhecido Google Earth (site que traz detalhadas fotos de todo o planeta tiradas por satélite), exibir imagens da capital do país, Nova Délhi, e abrir a página do primeiro-ministro indiano. Além disso, a aula toda pode ser gravada e jogada na página do colégio na internet. O aluno que faltou não perde a lição.

FIM DA ABSTRAÇÃO

Isso, na avaliação dos profissionais da área, é uma vantagem tanto para alunos como para professores. "Acho um privilégio que eles pertençam a uma geração com tantos recursos", diz Solange Perazza, coordenadora do Colégio Pentágono, também em São Paulo. "Antes, as coisas vinham de uma forma abstrata. Nós tínhamos dificuldade para aprender, elaborar internamente determinados assuntos. Hoje se aprende com muito mais facilidade. E nós, professores, precisamos correr para acompanhar."

O site de outro colégio paulistano, o Dante Alighieri, tem um espaço para que se criem blogs (páginas pessoais). Os professores podem apresentar conteúdos extras (como links para reportagens de jornais) e criar fóruns de discussão - uma sala de aula virtual. Os alunos também criam suas páginas. "Resgatamos a colaboração. Fugimos das atividades solitárias, típicas da internet", explica Valdenice Minatel, coordenadora de Tecnologia Educacional.

Nem as provas têm a mesma cara. No Colégio Peretz, em São Paulo, os alunos as resolvem pelo computador. Discursivas? É só imprimir para a correção. Testes? Mais fácil ainda - a máquina corrige na hora, sem gasto de papel nem trabalho para o professor. Para evitar a cola, a internet fica bloqueada durante o exame.

No Pentágono, algumas provas podem ser resolvidas em casa, via internet. "Os estudantes ficaram eufóricos porque poderiam colar", lembra a professora de matemática Yuri Sano. "Depois entenderam que o objetivo não é a nota. Quando resolvem as questões, mesmo consultando o livro, estão aprendendo. Nesse caso, a prova também é um momento de estudo."

PROGRAMA DE TV

Alguns colégios já estão de olho na tecnologia que a faculdade Faenac, de São Caetano do Sul (SP), usa como diário de classe. Cada um dos 220 professores tem um computador de mão (handheld), onde marca o nome dos ausentes e as notas. Médias e faltas são calculadas automaticamente e vão logo para a internet - mais uma vez sem gastar papel, sem passar pelos digitadores da secretaria.

Uma sala equipada com lousa digital não sai por menos de R$ 20 mil. As escolas esclarecem que a parafernália é incorporada aos poucos, para não assustar os pais na hora da cobrança da mensalidade. Tanta novidade às vezes espanta até os alunos. "Não imaginava que poderia haver tanta coisa numa sala de aula", diz Emília Arapenha, de 18 anos, estudante do Colégio Bandeirantes, referindo-se aos momentos em que a turma recebe controles remotos. Diante da pergunta do professor, em vez de o sabe-tudo levantar a mão, todos apertam a alternativa que julgam correta. Um aparelho "apura os votos", e o professor fica sabendo se o tema foi bem explicado. "A aula fica dinâmica. Até parece gincana de TV", ri Emília.

sábado, abril 01, 2006

Trabalho Remoto


Os atendentes foram para casa
23.03.2006
EXAME


"Na última década, as centrais de atendimento telefônico transformaram-se num gigantesco canal de absorção de mão-de-obra, razão pela qual ficaram conhecidas como "o chão de fábrica do século 21". Agora, os avanços da tecnologia estão levando as empresas do setor a mandar seus trabalhadores para casa. Nos Estados Unidos, o número de atendentes que trabalham remotamente aumentou 20% no ano passado. No Brasil, a Automato, do Rio de Janeiro, passou a usar uma central que faz ligações pela internet. Com isso, os 32 funcionários do call center começaram a trabalhar em escritórios domésticos. A novidade cortou os custos em 50% e praticamente eliminou a rotatividade desses empregados -- que continuam a ter carteira assinada e jornada de trabalho de 6 horas diárias."

Uma inovação que já vinha ganhando terreno em diversos setores no mercado de trabalho, agora começa a ser mais ampliado em função do avanço tecnológico. Seria interessante estudar agora uma forma de suportar legalmente as empresas e empregados, pois não vai demorar acontecer questionamentos na justiça do trabalho sobre os limites dessa nova forma de atuação.

Da parte dos empregados, até onde dura a jornada? Como é controlada? Como poderia ser a remueração de horas extras e produtividade?

Por parte das empresas, quais as salvaguardas contra ações relativas ao desvio de informações? E quanto aos pleitos por pagamento de horas-extras?

Sem dúvida haverá um bom caminho a ser vencido...

Maternidade


Menos dinheiro para mamãe
23.03.2006
EXAME

"A maternidade no início da carreira é o principal fator de desigualdade salarial entre homens e mulheres, segundo pesquisa do instituto inglês Women and Work Commission. O estudo aponta que as mulheres britânicas ganham, em média, 17% menos que os homens. Uma das justificativas é o fato de elas optarem por trabalhar meio período após o nascimento do bebê. De acordo com o Institute for Fiscal Studies, a profissional que se torna mãe aos 24 anos e decide encurtar a jornada pode deixar de ganhar 1 milhão de dólares ao longo da carreira."

A questão, aqui no Brasil, é considerar essa informação no momento em que é apresentado no Congresso um projeto de lei onde se pretende ampliar a lincença maternidade para 6 meses. Se a diferença entre a remuneração entre homens e mulheres já tende a ser, historicamente, diferenciada, o que será então se aprovada a lei?

terça-feira, março 28, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

A Escola de Drucker

Mudando as respostas

Peter Drucker, o expoente da Administração e o mais respeitado pensador de negócios do século XX, numa entrevista concedida à Rádio Pública Nacional, refletiu sobre vários temas que tomaram anos a fio de sua existência. Ao ser perguntado sobre qual seria a sua mensagem fundamental para o homem de negócios do século 21, disse: faço-lhe três perguntas, não importando sua nacionalidade ou formação. A primeira: Qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais? Segunda: Qual a sua definição de resultado? Terceira: Quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados?
Considerando que muito do processo de inovação consiste em criar novas utilidades para produtos ou serviços existentes; adaptar conceitos correntes a novas situações ou re-posicionar mercados a partir do atendimento de outros públicos-alvo, seria interessante se executivos de educação se fizessem a seguinte pergunta: quem é o meu cliente e qual é o meu negócio?

Parece evidente que a resposta seria apontar os educandos como seus clientes, estendendo, eventualmente, essa condição aos pais ou famílias. Mas e se a resposta fosse diferente? Se ao invés de ser o estudante o cliente principal, o mercado de trabalho, as empresas ou o país tomassem o seu lugar?

Certamente um novo horizonte se abriria para a inovação ou para a diferenciação dos serviços educacionais. Ao posicionar as empresas como seu principal cliente, as escolas de ensino profissionalizante ou as instituições de ensino superior estabelecem uma nova lista de demandas a suprir. Focar nelas pode ser um caminho interessante para se sair da mesmice das escolas e caminhar em direção a resultados que agreguem valor ao setor produtivo, trazendo como conseqüência melhoria de produtos ou serviços que possibilitam melhorar a vida das pessoas, de maneira prática.
Não vamos deixar o saudoso professor Drucker sem resposta!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Estratégia


Varejo dentro da empresa

EXAME A GR, empresa especializada em serviços de alimentação, está investindo num mercado: o varejo dentro de empresas. Recentemente, inaugurou uma loja de conveniência e uma unidade do Caffè Ritazza marca própria da GR) na fábrica da IBM em Hortolândia, no interior paulista. A companhia também fechou uma parceria com Spoleto para instalar restaurantes dessa marca dentro de empresas. O objetivo é, aos poucos, levar "praças de alimentação" ambiente interno das companhias, a exemplo do que já acontece no exterior.
A notícia veiculada pela revista Exame vem representar uma porta para a redução de custos para diversos segmentos, como hospitais e escolas. As cantinas escolares, por exemplo, representam uma fonte de dor de cabeça para os diretores dessas instituições. Além de desviar o foco de ação das escolas, implicam em ocupar pessoal interno em compras e controles de estoques, gerando custos com infraestrutura e pessoal, além de imobilização em estoques. Gente... cada macaco no seu galho!

Nada como ter especialistas cuidando das coisas enquanto nos ocupamos da essência de nosso trabalho. Essa é uma lição que a escola ainda não aprendeu! Leia mais em
http://www.corporateconsultoria.com/index_arquivos/Page1049.htm

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Fusões


De olho no mercado da educação...

Recentemente a revista Exame comentou uma pesquisa realizada pela KPMG sobre fusões e aquisições no Brasil. De acordo com o trabalho, houve um aumento de 23% no número de empresas de capital estrangeiro que compraram grupos nacionais. Se por um lado isso está se tornando comum entre as empresas de diversos segmentos do mercado, na educação, um setor da economia que tem aumentado exponencialmente de tamanho, ainda são raros os casos de que se tem notícia. Recentemente, a aquisição do controle acionário da universidade paulista Anhembi Morumbi para o grupo americano Laureate por 165 milhões de reais, sacudiu o mercado.


Na verdade essa onda de fusões e aquisições já era prevista. Mencionei isso a cerca de 5 anos atrás. Num movimento que teve como ponto de partida a abertura da economia nacional e como primeiros protagonistas os agentes do setor financeiro, como os bancos e financeiras, a tendência é de proliferação. Em todos os segmentos é cada vez maior a necessidade de ganhos de escala. E o segmento educacional, nesse aspecto, apresenta um enorme potencial de oportunidades. Resta saber se as instituições educacionais saberão tirar proveito desse movimento

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Receita Brasil


A solução para o Brasil está no ar

O Brasil convive há tempos com a questão da sua sustentabilidade e do pagamento da famigerada dívida externa. Contudo, a solução pode estar aqui mesmo, no ar puro que distribuímos para o mundo. A nossa Amazônia é decantada como o último pulmão do mundo. Os países desenvolvidos, depois de devastarem e continuarem devastando as florestas do planeta e emitindo para a atmosfera todo tipo de impureza, sempre se voltam contra as queimadas e cortes de madeira promovidos na Amazônia por exploradores incautos e inescrupulosos. Entretanto, em nenhum momento cogitam “bancar” a área verde. Sempre impingem ao Brasil a responsabilidade de faze-lo, muitas vezes nos acusando e obstruindo a exploração racional da área, que poderia ser a nossa redenção em termos de recursos econômicos, considerando as vastas possibilidades de exploração local.

Sendo assim, não seria justo que o governo brasileiro cobrasse dos demais países o ônus de manter intacta a Amazônia? E isso seria simples. Bastaria que se fizesse a seguinte conta: uma pessoa normal consome “n” m³ de ar, por dia. Depois disso, volta-se a multiplicar o resultado por 30, para se saber o quanto é consumido de ar puro por mês, por uma pessoa. Uma vez chegado a esse resultado, ele seria então multiplicado pela população de cada país. Este seria o valor da fatura de cada um deles para com o Brasil.

Fácil não? O comércio de recursos naturais não é novidade... Há nações que vivem da venda de petróleo. Outras, por si próprias ou através de suas empresas, comercializam água pura. A própria energia elétrica, oriunda de usinas hidrelétricas, é também comercializada.

Por que não o ar, então? Temos a maior indústria de ar puro do planeta e não nos damos conta do quanto isso é estratégico. Que tal começarmos a tirar algum proveito desse gênero de primeira necessidade, assim como os árabes tão bem sabem fazer com o petróleo?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Inovação

" Quem quer inovar precisa ser, ao mesmo tempo, teimoso e flexível. O difícil é saber quando ser um ou outro".

Jeff Bezzos, fundador da Amazon

Recursos Humanos e família

Minha empresa é uma grande família!

Alguns executivos se gabam de poder comparar a empresa a uma grande família. Bobagem!

Com o pipocar das festas de Natal, é comum vermos presidentes de empresa falando aos seus funcionários. Em boa parte dos discursos a equipe é elevada à condição de “aqui somos uma grande família”. Pura bobagem. Coisa de profissionais de RH ultrapassados. Comparar a família a uma equipe de trabalho é diminuir a importância da família.

É evidente que um bom ambiente de trabalho deve ser buscado e enaltecido. Afinal, passamos boa parte do nosso dia lidando com a equipe com a qual trabalhamos. Mas família é família.

As pessoas estão na empresa para buscar o seu sustendo. Têm um objetivo específico de conseguir recursos para financiar o seu provimento e o da família. E nada mais. Não me venham com o discurso de que existe uma razão maior. Ao contrário da família, onde os laços afetivos comandam as ações, na empresa a questão fundamental é mesmo “ganhar dinheiro”. Questões como reconhecimento existem, mas vêm depois. Na família as pessoas não esperam nenhuma recompensa ao se ajudarem.

Se você discorda, experimente propor a todos: De agora em diante todos trabalharão de graça, pelos ideais da empresa, como em uma família. Viu?

sexta-feira, novembro 25, 2005

Lula apóia pirataria

Vai um DVD aí, Excelência?
Depois de encher o AeroLula com sua comitiva, o presidente ganha os céus com destino à Rússia. Um sonho para quem, durante toda vida, teve aquela terra como a batcaverna dos seus heróis. Durante o vôo o anfitrião oferece aos convivas uma seção de cinema, para amenizar as horas passadas sobre o oceano. Em cartaz: 2 Filhos de Francisco.

Nas últimas semanas, a assessoria de Lula admitiu que o presidente assistiu a uma cópia pirata do filme, uma vez que a Sony Pictures do Brasil só agora pretende lançar a versão em DVD.

Mas o que é pirataria de software?

Pirataria de software é roubo de direitos autorais. A pirataria acontece quando:
· um indivíduo ou uma entidade oferece contrabando, CD-ROMS, DVDs, aplicativos descarregáveis ou números de série tanto gratuitamente como por dinheiro ou permuta;
· quando fornece produtos educacionais sem autorização para pessoas ou entidades não-qualificadas;
· quando instala ou usa software sem uma licença devidamente autorizada ou em mais sistemas do que aqueles para os quais adquiriu a licença.

Hoje, qualquer pessoa envolvida com a prática ilícita - seja um usuário de programa "pirata", um comerciante ilegal ou um cúmplice na pirataria corporativa - está sujeita a punições que variam de seis meses a quatro anos de detenção, além do pagamento de indenização milionária de até 3000 vezes o valor do software pirateado aos produtores do software. De acordo com a lei brasileira, cabe ao empresário responder por qualquer irregularidade que ocorra na companhia, inclusive por aquelas praticadas por funcionários.

Segundo o advogado Gueiros Jr. a pirataria, de qualquer tipo, destrói empregos, diminui a arrecadação de impostos, fortalece o crime organizado, suja a imagem dos produtores oficiais e ainda ludibria o consumidor, que recebe gato por lebre. Alguns fatores favorecem a prática, como o desemprego e a conseqüente busca pelo trabalho informal, os roubos de carga, a corrupção de fiscais, a sofisticação das quadrilhas e o sistema tributário brasileiro, que muitas vezes torna a produção de bens excessivamente cara.

Como se vê, bastaria escolher em qual dos crimes indiciar o nosso presidente, que, mais uma vez, presta um desserviço ao país, através do mal exemplo que dá aos seus cidadãos.

quinta-feira, novembro 24, 2005

O Quarto Setor


Depois do surgimento do Terceiro Setor agora é a vez da Empresa Social

"El cuarto sector y las empresas sociales" por Christián Tiscornia Para el autor, la movilización por valores, sustentabilidad económica, responsabilidad social, transparencia, innovación, eficiencia y profesionalismo están dando nacimiento a un nuevo tipo de organización que va dando lugar al nacimiento del denominado "Cuarto Sector". http://www.iadb.org/etica/SP4321/DocHit.cfm?DocIndex=2413

Quem achou que o Terceiro Setor seria o ponto culminante da responsabilidade social, enganou-se. O surgimento da chamada empresa social dá o pontapé inicial ao surgimento do Quarto Setor. Essas empresas trabalham dentro dos parâmetros do livre mercado, porém investem suas ações na comunidade e querem ser julgadas por suas contribuições à comunidade.

Nisso tudo o importante é que todos contribuam para a melhoria das condições gerais de vida, porém, de uma forma orquestrada. Nada de mensalões.

quinta-feira, novembro 17, 2005

O professor Lula


Lula: professores não se aprimoram e precisam de reforço
BRASÍLIA. Na abertura da 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, realizada em 16/novembro último, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os professores que não se aprimoram, afirmando que alguns precisam de reforço escolar. Em uma das raras vezes em que conseguiu sair do transe em que geralmente se encontra e manteve um contato com o mundo real, teceu o seguinte comentário:

— Se um professor entra numa sala de aula, dá uma aula e o aluno não aprende, o aluno precisa de reforço; se dá a segunda aula e o aluno continua não aprendendo, o aluno ainda precisa ficar no reforço; mas, se der a terceira e o aluno não aprender, quem precisa de reforço é o professor.

Se não pode ser considerado de todo verdade, até porque Lula e escola não têm muita intimidade um com o outro, o comentário é bastante pertinente (ora vejam!!). Neste mesmo blog trato deste tema.

O presidente também criticou professores por anteciparem a aposentadoria.

— No Brasil é assim: os professores têm condições péssimas de trabalho e, em vez de melhorar, diminui-se o tempo de aposentadoria.

Ele só se esqueceu de dizer, entretanto, o que o seu governo está fazendo para melhorar o quadro. Também não falou de dois pontos fundamentais: a valorização salarial dos professores e a necessidade de o poder público assumir a formação dos profissionais.

E como o Lula é o Lula, é evidente que não deixaria passar em branco a oportunidade de dar sua contribuição ao tema em questão. No mesmo discurso, o presidente tropeçou nas palavras e disse que muita gente ficará "de cabeça em pé" ao saber que o desempenho de alunos que estão na universidade graças ao Prouni é melhor do que o dos demais estudantes.

Pelo visto alguém mais precisa de reforço...

quinta-feira, novembro 10, 2005

Ranking das profissões

Médico e administrador ganham melhor
Conclusão é de estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre profissões com maior chance de inserção no mercado de trabalhoJanaina Lage

RIO DE JANEIRO – Médicos e administradores estão no topo da lista de profissões mais bem pagas do País, de acordo com o estudo O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os médicos com mestrado ou doutorado estão no topo da lista de chance de ocupação, com 93% de probabilidade de estar empregado. Esta categoria tem uma remuneração salarial média de R$ 8.966. Em compensação, os médicos também lideram a lista do número de horas trabalhadas por semana, com uma jornada média de 52,02 horas. Já os médicos com graduação têm um salário médio de R$ 6.705 e uma probabilidade de ocupação de 90%.

No sentido oposto, os formados em teologia estão entre as piores colocações e em terceiro lugar na jornada de trabalho, com 49,03 horas semanais.

ESCOLARIDADE – Para a FGV, a pesquisa comprova a relação direta entre escolaridade e remuneração. "A hierarquia educacional se reflete na hierarquia dos resultados observados no mercado de trabalho, ou seja, aquele que estudou mais recebe salários mais altos e tem maiores chances de conseguir trabalho", afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri. Ele destaca que a pesquisa pode ser instrumento tanto do desenho de políticas públicas como para auxiliar a escolha do cidadão na hora de prestar vestibular ou escolher um curso de pós-graduação de acordo com o retorno que cada profissão pode oferecer.

As cinco mais

1- Medicina - (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.966,07
2- Administração - (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.012,10
3- Direito - (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.540,79
4- Ciências econômicas e contábeis - (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.085,24
5- Engenharia - (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 6.938,39

É evidente que categorias como a dos políticos profissionais, onde o dim-dim corre solto não foram consideradas. Por outro lado, onde estariam posicionados os professores? Não se pode esquecer que é deles a missão de elevar ao patamar superior os candidatos ao diploma.

Para que pudessem ser avaliados entretanto, algumas adaptações teriam que ser feitas. Em boa parte das vezes os docentes trabalham com uma hora de 50 minutos, diferente da maioria dos mortais. Outra questão é que a formação em nível superior somente há pouco tempo passou a ser uma exigência, portanto, o nível de escolaridade era, sabidamente, inferior à dos demais profissionais.

Pergunto: por que os professores devem ter a regalia de uma aposentadoria por tempo de serviço menor que as demais categorias profissionais, como os médicos, por exemplo, com suas jornadas de trabalho médias em torno de 52 horas semanais e um trabalho estressante na pressão entre a vida e a morte?

segunda-feira, novembro 07, 2005

Exemplo de Solidariedade

Espíritos Evoluídos


Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nos E.U.A., nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida eganhar.

Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar!

E todos os nove competidores deram-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...

Talvez os atletas fossem deficientes mentais... Mas com certeza, não eram deficientes espirituais..."Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que realmente importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."

"Procure ser uma pessoa de valor,
em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso"

sexta-feira, novembro 04, 2005

Sistema de Avaliação

Políticos deveriam ter sistema de avaliação periódico

Veja só o que está acontecendo na Educação:


O governo federal vai fazer uma radiografia do ensino público brasileiro por unidade escolar. A partir deste mês, o Ministério da Educação vai aplicar nas 43 mil escolas públicas urbanas de todo o país um novo instrumento de avaliação de alunos 4ª e 8ª séries do ensino fundamental: a Prova Brasil.
O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) aperfeiçoou o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), incluindo a Prova Brasil e mantendo a avaliação amostral do Saeb, exame bienal de proficiência em Matemática e Língua Português, que passa agora a se chamar Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb). Dois importantes instrumentos para diagnosticar a qualidade da educação brasileira.
O levantamento sobre o desempenho das escolas urbanas vai permitir identificar as experiências positivas e as dificuldades de aprendizado enfrentadas por escolas, alunos e professores. As informações vão subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para atender às necessidades dos sistemas de ensino, beneficiando os gestores públicos, a comunidade escolar e a sociedade.

A exemplo do que está acontecendo na Educação, um sistema de avaliação periódica poderia ser criado para que os nossos políticos fossem avaliados, anualmente, de acordo com a sua atuação. Os reultados seriam, então, apresentados à população brasileira, na forma de um ranking. O benefício imediato é que, ao chegarem às próximas eleições, os cidadãos teriam mais elementos em mãos que pudessem orientar o seu voto.

terça-feira, novembro 01, 2005

Portadores de Deficiência (1)


Acessibilidade chega ao ensino a distância


Iniciativa de capacitar remotamente portadores de deficiência para o mercado de trabalho é pioneira

Por lei, empresas com mais de cem funcionários devem empregar deficientes -de 2% a 5%- de acordo com o número de funcionários. O entrave para o cumprimento da cota, segundo as firmas, é a falta de capacitação das pessoas com deficiência.

Já os deficientes alegam que a busca pelo aperfeiçoamento profissional passa por entraves físicos, de locomoção, visuais e auditivos. Esse círculo vicioso pode estar perto do fim.

Uma experiência inédita no país tende a mudar a relação de dependência do deficiente com o ensino formal, facilitando sua entrada ou recolocação no mercado de trabalho. A FGV Online, da Fundação Getulio Vargas, e o Instituto Paradigma, que trabalha com a inclusão econômica e educacional de pessoas com deficiência, vão promover cursos a distância acessíveis a esse público-alvo.

"A educação a distância é o menor caminho entre o aluno portador de necessidades especiais e a educação", diz Ronaldo Mota, secretário da Educação a Distância do Ministério da Educação.

Para Ana Beatriz Thé Praxdes, responsável no Instituto Paradigma pela implementação do projeto, a nova tecnologia tem grandes chances de ser replicada para cursos de educação a distância no país, que dispensam a locomoção, mas ainda não conseguem atender esse público. "Vamos tornar acessíveis os cursos que já existem na FGV Online e oferecer outros específicos."

"[O deficiente] deve se qualificar. Não é só porque a lei de cotas existe que ele tem emprego garantido", recomenda Flávia Cintra, coordenadora de inclusão econômica do instituto.

Na avaliação do secretário Ronaldo Mota, a educação a distância é inclusiva. "Nela, o aluno não é incapaz. É uma oportunidade de romper o isolamento." O aumento do nível de escolaridade do deficiente tende a evitar que ele só seja empregado em cargos específicos para atender a legislação. Essas ocupações levam em conta apenas a restrição física ou mental do profissional.
Existe um slogan: "deficiência é eficiência". Mas nada é mágico. Todo mundo tem de se preparar, passar por um longo processo de aprendizagem", pondera Elisabeth Teixeira, coordenadora de capacitação para o trabalho da Apae-SP (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). (Andressa Rovani)