segunda-feira, julho 23, 2007

Gestão Educacional

O A,B,C do BSC



por Marcelo Freitas


A escola é um lugar onde se aprende muita coisa. Mas aprender não deveria ser uma prerrogativa só dos alunos. Essa é, cada dia mais, uma necessidade de todos. E isso inclui dirigentes educacionais e educadores em geral...

Uma das “matérias” que mais têm reprovado os dirigentes vem sendo, exatamente, a gestão ou administração da escola. Suportados por paradigmas arcaicos, os diretores acabam repetindo os mesmos erros e perpetuando um ciclo de resultados nada virtuoso.

Por isso mesmo deveriam “tomar umas aulas” com executivos de outros segmentos e implantar nas escolas modernos métodos de gestão. Um deles é o Balanced ScoreCard, ou BSC. Através dele o acompanhamento dos objetivos e metas institucionais, assim como o alinhamento das ações em relação à estratégia de desenvolvimento da escola se torna visível aos profissionais responsáveis.

O BSC é uma metodologia disponível e aceita no mercado, desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992. Orienta-se segundo indicadores que tratam dos principais processos e busca a maximização dos resultados baseada em quatro perspectivas que refletem a visão e estratégia empresarial:

- financeira;
- clientes;
- aprendizado e crescimento;
- processos internos.

Sob essas quatro dimensões, um mapa estratégico bem desenhado é um bom começo para se gerir uma escola. Ponto positivo é que esta metodologia não contempla apenas indicadores financeiros, mas dá ênfase a outros pontos importantes da escola.

Que tal fazer agora a sua lição de casa e estudar um pouco esse conceito? Sua escola, agradece!

sexta-feira, julho 06, 2007

Recursos Humanos


A entrevista


Afinal o dia chegara. A entrevista para a função de assistente administrativo que Sebastião tanto aguardou seria realizada naquela manhã de verão. Ele precisava do trabalho (ou trampo, como gostava de dizer). Amante do hard rock, ele se vestiu a caráter para o evento: enfiou aquela sua calça jeans descorada, a camisa preta com estampa prateada do Metallica, um gel no cabelo pra ficar “armado” e pronto. Tudo no seu lugar.

Com tanto preparativo acabou se atrasando um pouco. Mas tudo bem, pensou ele, estamos no Brasil. Ao chegar à empresa e se anunciar, foi logo dizendo:

_Sebastião Souza, mas pode me chamar de Tiqueira Jones, meu nome artístico. Eu canto nas horas vagas!

_Pois não sr. Tiqueira, disse a secretária. O senhor Eusébio já está lhe aguardando.
_ Sóo... Disse o monossilábico roqueiro.

Ao entrar na sala foi logo cumprimentando o sr. Eusébio, o seu possível futuro chefe.

_ Aí, belez?
_ Bom dia Sebastião, como vai, cumprimentou o sr. Eusébio, um sujeito de aparência jovial, lá pela casa dos seus trinta e tantos anos.

Depois de discorrer um pouco sobre as atividades que teria de desempenhar na função e o que esperava do ocupante da função, o entrevistador então pergunta:

_ E então Sebastião, acredita que pode desempenhar essa função?
_ Limpo!... respondeu o entrevistado.
Após alguns minutos de silêncio sem nenhum acréscimo ou comentário do jovem roqueiro, o sr. Eusébio tentou estimular um pouco mais a conversa.

_ Pelo visto você não é de falar muito não é mesmo, Sebastião?
_ Sóo... respondeu Tiqueira.
_Você acredita que se sentiria bem aqui, neste ambiente?
_ O trampo é legal. A galera é gente boa. Vai bombar!

E foi por aí que a entrevista transcorreu, por mais longos 5 minutos...

Dias depois, em sua casa, Tiqueira recebeu uma carta de agradecimento da empresa pela participação no processo seletivo.
_Putz... acho que o cara não sacou o recado. E olha que eu mandei bem!

Como em tudo na sua vida, Tiqueira viu ali uma bela oportunidade. E a história acabou em rock...

quinta-feira, maio 17, 2007

OIT e Certificação Profissional


Projeto de Certificação Profissional
"Projeto Avanço Conceitual e Metodológico da Formação Profissional no Campo da Diversidade no Trabalho e da Certificação Profissional"- Componente Certificação -


Este projeto é desenvolvido em uma parceria da OIT Brasília com o Ministério do Trabalho e Emprego, e executado com o apoio de especialistas do Centro Internacional de Formação da OIT em Turim e do Centro Interamericano de Formação Profissional - CINTERFOR, da OIT em Montevidéu.



O Projeto é acompanhado por uma Comissão Tripartite, composta por representantes de governo (MTE, MDIC-INMETRO, MEC e MJ), empregadores (Confederações) e de trabalhadores (Centrais Sindicais), a qual examina, debate, orienta e dá suporte político à execução das atividades.


Dentre as razões fundamentais do Projeto para o componente certificação podemos citar:


a) a necessidade de valorizar a formação profissional de forma a melhorar a empregabilidade de trabalhadores que participam de programas de formação e assegurar melhor retorno desses programas para os empregadores e para o Estado;


b) os novos padrões de qualidade exigidos pelo sistema produtivo inserido em um processo de integração econômica, pressionado por inovações tecnológicas e submetido a novas pressões de competitividade.


Certificação de Competências Profissionais:


Este conceito vem atraindo uma convergência de interesses de entidades públicas e privadas e outras organizações. Isto ocorre porque a certificação é vista como instrumento potencialmente importante para valorizar a capacitação, oferecendo maiores perspectivas de emprego e renda, reduzindo riscos de acidentes e de práticas deficientes de trabalho, gerando melhorias de produtividade e de qualidade, e reduzindo custos de formação profissional para as empresas e para o governo.


Alguns produtos do Projeto:


a)Programas de treinamento em normalização, formação e certificação de competências.


b) realização de seminários e workshops para uniformizar aspectos conceituais e promover o intercâmbio entre instituições públicas e privadas de experiências pioneiras.


c) Participação na criação e nas discussões da Comissão Técnica de Pessoal do INMETRO, que tem por objetivo normatizar as questões que lhe competem com relação a certificação de pessoas e que também prevê a implemantação de uma Rede de Certificação de Competências.


Para maiores informações consulte o Escritório da OIT em Brasília:brasilia@oitbrasil.org.br

Para Refletir




Um sonho é apenas um sonho. Um sonho com plano e prazo determinados, é uma meta". (Harvey Mackay)

segunda-feira, abril 02, 2007

Inflexibilidade

Escolas Confessionais



Outro dia estava lendo uma reportagem da revista Veja sobre as características a serem observadas na escolha da escola para seus filhos. Uma coisa me chamou a atenção: as pessoas declararam as escolas confessionais passam uma imagem de inflexibilidade. Até pouco tempo atrás, com o movimento de resgate de valores como cidadania e solidariedade, essas escolas passaram a contar com um diferencial em relação às demais, por terem essas características nas suas raízes institucionais. O que será que aconteceu?Como vocês percebem essas escolas? Que imagem lhes passa? Dê sua opinião.

quarta-feira, março 07, 2007

Cidadania


Banco Real abre postos de coleta de pilhas e baterias usadas
05 de Março de 2007 Fonte: Instituto Akatu

O Banco Real, parceiro pioneiro do Instituto Akatu, iniciou um projeto de coleta e reciclagem de baterias e pilhas usadas, materiais que trazem riscos à saúde e ao meio ambiente quando descartados de forma incorreta. A ação, pioneira entre as instituições financeiras do Brasil, foi batizada de Papa-Pilhas e promove a instalação de postos de coleta desses produtos nas agências do Banco Real. O banco espera instalar o projeto em todo o País até o final do ano.Os postos de coleta já estão funcionando em 31 agências localizadas nos municípios de Campinas (SP), Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB).




Conforme a instituição financeira, após o trabalho de coleta, as pilhas e baterias usadas serão encaminhadas para a Suzaquim, única empresa licenciada no País para a realização do trabalho de reciclagem de pilhas e baterias. Além dos postos de coleta, o programa Papa-Pilhas vai realizar ações educativas junto às escolas das cidades atendidas, promovendo a conscientização da população para a necessidade do descarte adequado dos produtos e dos danos que esses materiais podem causar ao ambiente. Segundo números fornecidos pelo Banco Real, mais de 5 bilhões de unidades foram descartadas no Brasil nos últimos cinco anos. Entretanto, menos de 1 milhão de unidades foram recolhidas para uma reciclagem adequada.




Esta iniciativa propicia uma grande conveniência ao consumidor consciente, que ganha mais locais para descartar pilhas e baterias após o uso. Além disso, beneficia o meio ambiente com o envio do material coletado para uma empresa licenciada para a reciclagem. Vale lembrar que uma parte importante do mercado de pilhas e baterias é dominado pelas pilhas piratas, que muitas vezes carregam até dez vezes mais metais tóxicos do que o permitido pela legislação ambiental brasileira.




A iniciativa do Banco Real, ao mesmo tempo que contribui para a sustentabilidade ambiental, dá visibilidade a um importante comportamento de consumo consciente, buscando sensibilizar consumidores e estudantes para a importância dessa ação.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Recall


Educação não tem recall

Se você tem carro já pode ter passado pela experiência do recall. Não é novidade na indústria automobilística. Quando uma determinada montadora percebe uma falha importante na fabricação de seus carros, convoca os proprietários para que possam comparecer à sua rede de concessionárias a fim de reparar o problema. É um gesto responsável, embora deixe embutida a confissão por falta de qualidade no produto vendido.

Num segmento como o de serviços, por exemplo, voltar atrás e reparar um falha na qualidade nem sempre é possível. Setores como o da educação e da saúde são exemplos claros. Em erro no aprendizado das crianças pode representar problemas para o resto da vida. Na medicina, por outro lado, pode ser mesmo o resto da vida. Um erro médico pode ser irreparável e por fim à vida do paciente.

Por isso mesmo, processos que lidam com esse tipo de serviço devem, constantemente, ser monitorados e auditados. Ter claro os objetivos e verificar de forma objetiva seus resultados é uma necessidade. Nas escolas, infelizmente, apenas o resultado do rendimento dos alunos é acompanhado, através de provas, que na verdade somente aferem a quantidade de conhecimento retido pelo estudante naquele momento. Não as habilidades e competências que levam para o resto da vida.

Focar nas avaliações de conteúdo, geralmente mal conduzidas e arbitradas pelos professores nem sempre capacitados à altura de emitirem juízo sobre seus aprendizes, é um equívoco. Prova disso é que, se esses professores prestarem exames vestibulares depois de alguns anos de formado, eles próprios certamente não serão aprovados. Habilidades e competências, ao contrário, são para a vida toda. Conhecimento é perecível. Existe, portanto, uma forte concentração no objetivo errado. Ou pelo menos na parte menos importante do aprendizado.

E em Educação não tem RECALL!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Escolas


Uma visita às escolas de Atlanta

Já faz quase 10 anos que fiz uma viagem a Atlanta, Geórgia – USA, para conhecer algumas instituições educacionais daquele país, juntamente com um pequeno grupo de executivos educacionais e educadores. Alguns pontos chamaram minha atenção de maneira especial:

- Em todas as escolas, em cada sala de aula, sempre se podia ver uma bandeira americana desfraldada;
- A adoção de salas ambiente é a regra e não a exceção;
- O sistema pelo qual os alunos mudam de sala, e não os professores, é uma premissa nas escolas locais;
- A presença de computadores em praticamente todas as salas de aula;
- Armários com escaninhos tomam as laterais dos corredores, evitando que os alunos sejam obrigados a transportar pesadas mochilas com os materiais didáticos;
- Numa escola, havia um local no meio do pátio dos alunos, isolada por meio de cordas, onde os professores lanchavam. Nada de sala dos professores. O espaço era dividido com os alunos, o que lhes permitia uma maior interação inclusive durante recreio. Ah, e depois do primeiro toque da sirene para avisar sobre o término do lanche, os próprios professores faziam a limpeza do local, limpando as mesas, recolhendo o lixo, latinhas, copos etc. Quando poderíamos imaginar isso por aqui?
- Noutra escola, o diretor nos relatou que, em datas comemorativas da instituição, pais se transformavam em organizadores e vendedores de cachorro-quente, professores em manobristas e alunos em garçons.
- A proximidade da escola com os organismos representativos de pais e alunos. Numa determinada instituição fomos recebidos pela mãe de um aluno. Ela era diretora da Associação de Pais e foi quem nos apresentou a escola em nome do diretor. Noutra, o presidente do Grêmio estudantil circulou com o grupo pelos quatro cantos da escola. Além de apresentá-la ao grupo, contou-nos em detalhes toda a história da instituição.
- A importância da pontualidade foi sentida quando o dirigente de uma das escolas visitadas foi resistente em nos receber em virtude de nosso atraso em 30 minutos. Por muito pouco não tivemos que dar meia-volta.
- No quesito sustentabilidade, pude perceber na estrutura organizacional das escolas a presença de um departamento cuja função exclusiva é captar recursos e doações.

As conclusões, cada um pode tirar a sua. São muitos, porém, os que criticam os estudantes americanos por confundirem a capital do Brasil com Buenos Aires, mas não são tantos assim aqueles que param para questionar a razão pela qual, ainda assim, são a nação número 1 do planeta. Até onde estariam errados?

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Inovação

Oportunidade no lixo

É impressionante como algumas pessoas conseguem enxergar oportunidades onde outros vêm apenas o fim da linha. Impressiona, também, como a sociedade atual produz uma enorme quantidade de lixo, fruto de um consumismo crescente e da falta de atenção para com o meio ambiente.

Juntando as duas coisas, um jovem húngaro de apenas 24 anos vem ganhando destaque na imprensa mundial. Percebendo o aumento da sensibilidade das pessoas para uma visão de mundo sustentável, este jovem, à época estudante da Princeton University, criou um negócio interessante: ele produz adubo orgânico aproveitando o lixo descartado por empresas e pessoas da cidade de Trenton, onde instalou sua fábrica.

O adubo, atestado como de alta qualidade, é o chamado “chá vermicomposto”, uma mistura feita a partir do excremento de minhocas vermelhas que se banquetearam domo vários tipos de lixo orgânico. Ao expelirem seus restos, produzem a matéria prima para a produção do adubo. Mas a criatividade deste jovem empreendedor não pára por aí. Na verdade é aí que ela começa.

Toda a fábrica e tudo o que é utilizado nas suas instalações, desde a linha de produção até os rótulos das embalagens, é fruto da reciclagem do lixo. Dos computadores descartados pelas grandes empresas (elas trocam seus equipamentos anualmente) até o mobiliário, passando pelas caixas para transporte e as garrafas de refrigerantes reutilizadas que servem de contêineres para armazenar o adubo, este jovem vem revolucionando a produção deste tipo de produto.

Trata-se de um modelo de negócios turbinado pela criatividade de seus colaboradores e pelo senso de empreendedorismo que permeia a cultura americana. Esse estímulo à realização de negócios começa pelas gincanas dentro das escolas, onde os alunos são chamados a apresentar planos de negócios sobre novos empreendimentos. Esses projetos são avaliados e os melhores recompensados com recursos e assistência de profissionais experientes, através de incubadoras de empresas. É comum também a realização de concursos de planos de negócios patrocinados por empresas, em nível nacional. Os melhores são agraciados com prêmios em dinheiro que os ajudam a colocar suas idéias nas ruas.

Foi assim que Tom começou esta experiência que tem despertado a atenção da comunidade de negócios americana. Ao ganhar inúmeros prêmios com o plano de negócios do adubo orgânico (o maior deles no valor de um milhão de dólares), ele foi capaz de conseguir que empresas do porte da Home Depot, um dos maiores varejistas de massa americanos, colocasse em suas prateleiras o seu produto, o TerraCycle.

Além de construir uma fábrica inteira a partir do lixo, por meio de uma engenhosa estratégia de comunicação ele conseguiu atrair a atenção da mídia para sua iniciativa (é constante seu aparecimento em entrevistas na TV, no New York Times e em revistas de negócios). Possibilitou, com isso, que sua empresa fosse divulgada e, consequentemente, tornou-se conhecido. Isso o ajudou a captar recursos de capitalistas de risco para bancar investimentos na produção e contratar pessoal experiente para ajudar a tocar o negócio, fornecendo credibilidade para os investidores. Como parte dessa estratégia de marketing e produção, Tom criou a Brigada de Garrafas da TerraCycle. Com ela envolveu os alunos do ensino fundamental das escolas da região para formar um exército de catadores de embalagens de refrigerante usadas e, assim, manter um grande estoque para seu produto. Para cada garrafa recolhida pelos alunos, a TerraCycle remunera a escola em 5 centavos de dólar. Esse valor é o dobro do que ela normalmente pagaria aos recicladores. No entanto, além do valor pedagógico para os alunos e a mensagem de preservação ambiental embutida na ação, a escola também sai ganhando, pois consegue recursos adicionais para seus projetos educacionais. No fim das contas, todos lucram.

Iniciativas como esta, entretanto, precisam de um ambiente favorável para prosperar. Ao unir forças com a sociedade, através do estímulo concreto ao exercício da inovação e do empreendedorismo, as escolas formam um berço onde acalentam jovens promissores. Por sua vez, capitalistas de risco e empresas interessadas em ampliar seus negócios, proporcionam recursos para que eles surjam com vigor e floresçam saudáveis. Finalmente, ao contar com mentores tarimbados, os jovens ganham a bagagem de conhecimentos e habilidades que os credenciam a se formarem de maneira mais sólida para enfrentar o mundo dos negócios.
Numa sociedade assim, a prosperidade pode vir, até mesmo, do lixo.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Banco móvel


Um banco no seu bolso

Em funcionamento na África do Sul uma nova modalidade de instituição financeira: o banco móvel. O Wizzit, que tem como lema "Um banco no seu bolso" atende a um público pouco prioritariamente formado por pessoas de baixa renda e que se sentem pouco à vontade numa agência bancária. Por meio de telefones celulares é possível transferir recursos e comprar créditos de empresas de energia elétrica. Com o uso de cartões, retiram dinheiro em máquinas ATM e pagam contas.

Os clientes do banco afirmam sentir falta de contato com as pessoas nas ligações para o banco mas acreditam que o sistema móvel é mais em conta.

O uso de tecnologias desse tipo abrem uma série de oportunidades em diversos segmentos e pode ser uma tendência na corrida pela redução de custos operacionais das empresas. É esperar pra ver!

Política


Baixo nível de escolaridade dos candidatos a cargos eletivos traz tendências a governos com pouca formação profissional

Entre os dois terços do eleitorado formado por analfabetos, analfabetos funcionais e cidadãos com o ensino fundamental incompleto, encontram-se os candidatos a cargos eletivos das últimas eleições. Segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral, dentre os candidatos aos governos dos Estados e do Distrito Federal alguns afirmaram apenas ler e escrever, outros ter o fundamental incompleto e 10% só possuíam o ensino médio.

Para o Senado Federal foram 16 com quase nenhuma instrução. Dos candidatos à Câmara dos Deputados 639 abandonaram a faculdade, 1.175 tinham o ensino médio completo e 176 sequer o concluíram. Nove só lêem e escrevem. Em relação aos postulantes ao cargo de Deputado Estadual o nível de escolaridade era ainda menor: 1.470 iniciaram curso superior mas se evadiram; 3.686 terminaram o ensino médio e 590 não atingiram esse privilégio. Quarenta declararam só saber ler e escrever.

Dos candidatos à Presidência da República somente um não tinha curso superior... extamente o que venceu as eleições.

É bom lembrar que muitos deles serão os formuladores de políticas públicas e autores de projetos que se transformarão em leis educacionais. Durma-se com um barulho desses!

Não é à toa que já começamos o segundo mandato presidencial com nosso presidente saindo de férias, o país parado e a economia crescendo a índices abaixo de todos os países emergentes.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Marketing - A nova onda

Quem faz o comercial é você

A última novidade do marketing: convidar consumidores para criar e produzir anúncios publicitários


David Bergman / Corbis
Por Daniel Hessel Teich
EXAME


A rede de lanchonetes Burger King resolveu romper os limites da propaganda tradicional para comemorar a abertura de sua 25a loja no Brasil, em dezembro. Na tentativa de potencializar os efeitos de sua estratégia de marketing, a empresa convocou seus clientes para produzir o comercial. O vídeo que apresentar a forma mais criativa de pedir um hambúrguer da rede será exibido pela MTV a partir da próxima semana. "A idéia é seguir no Brasil a mesma linha de vanguarda da publicidade da matriz americana", diz Afonso Carlos Braga, executivo de marketing da empresa. As campanhas publicitárias do Burger King nos Estados Unidos, feitas pela agência Crispin Porter + Bogusky, tornaram-se ícones de criatividade e interatividade na internet. Uma das criações da agência é o site Subservient Chicken (Galinha Subserviente), no qual o internauta cria situações encenadas por um sujeito fantasiado de galinha. Desde que entrou no ar, há dois anos, o site já teve mais de 500 milhões de acessos -- um dos maiores sucessos da rede de computadores.
O Burger King brasileiro embarcou em uma tendência que ganha fôlego nos Estados Unidos. Em fevereiro do ano que vem, pelo menos três comerciais feitos por pessoas comuns serão exibidos nos intervalos do Super Bowl, a finalíssima do campeonato nacional de futebol americano, que neste ano foi assistida por 90 milhões de pessoas. É a maior vitrine de marketing do país, na qual a veiculação de um filme de 30 segundos custa 2,6 milhões de dólares. Entre os anunciantes do Super Bowl que investiram na fórmula estão nomes como GM (com a marca Chevrolet), Frito-Lay (Doritos) e a própria Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), a pro motora do evento. O sistema de escolha varia de acordo com o anunciante. A NFL vai premiar um roteiro que será filmado por um diretor profissional. O Doritos adota estratégia semelhante à do Burger King brasileiro, com os vídeos enviados pelo YouTube. Já a GM preferiu centrar seu concurso em estudantes de publicidade e cinema. "É uma forma de atingir o público jovem, bastante reticente aos formatos tradicionais de propaganda", disse Steve McGuire, gerente de publicidade da Chevrolet americana, à revista especializada em publicidade Adweek.
Os comerciais interativos, hoje consagrados por anunciantes de grande porte, surgiram na internet há dois anos. Munidos de câmeras de vídeo digitais e valendo-se do recém-criado YouTube para divulgar seus filmes, os internautas começaram a produzir paródias de comerciais de marcas famosas. Os marqueteiros das empresas resolveram tirar partido dessa situação. A primeira grande empresa a usar o recurso foi a Converse, dona da marca All Star. A empresa criou um site chamado Converse Gallery para que artistas e estudantes de cinema e de publicidade enviassem filmes que simulassem comerciais. Foi um tremendo sucesso. Ainda hoje os internautas mandam contribuições para o site, que conta com um acervo de 80 filmes, todos feitos por consumidores.


Como toda novidade, campanhas interativas implicam riscos. Uma visita ao site brasileiro do Burger King mostra um deles -- os filmes postados para a promoção estão abaixo de qualquer padrão de qualidade. Outro risco é a perda de controle sobre a imagem pública da marca. No início deste ano, a Chevrolet inaugurou um site dotado de uma série de ferramentas que permitiam ao internauta criar um vídeo para o automóvel Tahoe (utilitário esportivo de grande porte). Alguns consumidores passaram, então, a usar as ferramentas para produzir paródias que criticavam e ridicularizavam o carro. A principal crítica dos consumidores/ativistas era o alegado alto consumo de combustível de modelos como o Tahoe. Por conseqüência, na visão dos internautas, a GM tornava-se uma das principais vilãs do aquecimento global. Quando a empresa percebeu, era tarde demais. A página foi tirada do ar, mas cópias dos vídeos já estavam circulando no YouTube, onde podem ser vistas até hoje. "Esse é um lado que temos de levar em conta quando abrimos espaço para a colaboração do público. A situação pode sair do controle", diz Abel Reis, vice-presidente de tecnologia da agência Click, que criou uma campanha interativa para o automóvel Idea Adventure, da Fiat, para ser exibida em cinemas. Diferentemente do que aconteceu com a GM e do formato adotado pelo Burger King, a campanha da Fiat não leva a interatividade às últimas conseqüências. O consumidor escolhe trechos pré-gravados para montar o comercial. Ao todo serão possíveis 16 combinações diferentes, mas nenhuma oferece risco.

Nosso Comentário
Como toda novidade, esta também há de causar ainda muita polêmica. Importante, nesse momento, é avaliar os pontos positivos e negativos, além daqueles já apontados acima. É inegável que tal iniciativa deve acarretar uma significativa redução nos custos de propaganda, uma vez que atua em duas vertentes: transfere para o cliente os custos de produção e criação e ainda proporciona um estreitamento nas relações entre a empresa e o seu público. Além disso, na medida em que os clientes se aproximam da empresa, cria-se também a possibilidade de ampliar o leque de pesquisas para novos produtos, em virtude da percepção sobre a demanda e os pontos de vista dos clientes em relação aos produtos existentes.


Na outra ponta, uma das maiores desvantagens é abrir o flanco para arranhões na imagem institucional. Além disso, mensagens mal passadas podem gerar zonas de desconforto junto a clientes atuais, possibilitando o abandono de serviços e produtos.


A sorte está lançada... vamos ver no que vai dar.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Terceira Idade

Novas oportunidades no mercado da Terceira Idade


Com o envelhecimento da população começam a chegar ao Brasil os primeiros produtos de assistência 24 horas específicos para idosos. Uma das maiores seguradoras do mundo está vendendo para as empresas do setor (planos de saúde e seguradoras) produtos direcionados para o atendimento de enfermagem, serviços domésticos (como eletricista) e seguros-viagem.

Esta é, porém, apenas a ponta do iceberg. Na verdade um enorme mercado de oportunidades está se abrindo na medida em que a idade da população avança. Trata-se de uma tendência mundial. Com as taxas de natalidade e fecundidade reduzindo-se gradativa e sistematicamente e a expectativa de vida aumentando, vários segmentos poderão ser beneficiados se aproveitarem as particularidades deste fenômeno. O segmento da saúde é o primeiro e mais diretamente afetado. Entretanto, o setor de serviços, de uma maneira geral, terá um amplo terreno pela frente. Transportes (incluindo motoristas), alimentação e educação, além de acompanhamento terapêutico e ginástica serão fortemente afetados.

Em relação à educação, este segmento terá ainda o reforço da crescente percepção de que educação não se restringe aos bancos das escolas mas deve ser permanente, ao longo da vida. Além disso, o avanço dos meios de comunicação e do ensino a distância devem proporcionar uma avalanche de produtos direcionados à terceira idade, uma vez que permitem o aprendizado sem a necessidade de deslocamento, o que, para esta faixa etária, é extremamente significativo!

Portanto, preparem-se para as novas oportunidades...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Empresas e Universidades


Distância entre empresas e universidades gera atraso para o país

Em recente pesquisa realizada junto aos seus leitores, a Revista Exame constatou que 74% das empresas nunca desenvolveram projetos em parceria com Universidades... Tal situação demonstra a falta de sintonia entre as escolas e as empresas, fato que contribui para a formação de profissionais desconectados com o mercado de trabalho.

Além disso, o fato contribui para tornar o país um dos menos inovadores, pois o volume de novas patentes de produtos das empresas e centros de pesquisas nacionais é um dos menores entre todos os países emergentes. Isso cria uma dependência em relação aos países mais desenvolvidos, ao mesmo tempo em que nos coloca numa posição desfavorável em relação às exportações, restringindo nossas possibilidades às commodities.

Quando será que as escolas vão acordar para sua imensa possibilidade de contribuição para a geração de riqueza na economia?

quarta-feira, outubro 25, 2006

Valores Corporativos

Valores, na prática

Por Lisa Fabish e Nancy McGaw*
De acordo com uma pesquisa do Aspen Institute e Booz Allen Hamilton, nove em cada dez empresas escrevem declarações dos valores corporativos. Mas, a pesquisa também mostra que formular uma declaração e colocá-la em prática são tarefas diferentes. Para encurtar a brecha entre o que é dito e os fatos, oferecemos a seguir algumas sugestões:

Primeira: convidar para conversar
Convide os funcionários de todos os níveis e diferentes funções para falar sobre o que significa para eles a declaração de valores corporativos. Eles acham que falta alguma coisa? Alguns valores estão implícitos em outros? Consideram que foi intencional ou um simples descuido excluir alguns valores?
A reflexão coletiva sobre os valores realmente importantes contribui de maneira significativa a transformar esses valores em uma parte integral da prática do management.

Segunda: insistir para que os presidentes executivos façam o que dizem
Quais os fatores possibilitam que as pessoas tomem decisões coerentes com os valores corporativos? Um dos mais importantes é que as escolhas dos presidentes executivos sejam o reflexo dos compromissos declarados para os clientes e funcionários, mesmo quando implicam custos no curto prazo. Mais que isso: que dêem poder para os seus funcionários ter as mesmas atitudes. A liderança é crucial; por isso, as juntas diretivas têm que avaliar de que forma os atos dos presidentes executivos estão em sintonia com as suas palavras.

Terceira: aprender com empresas que não pertencem ao seu setor
Em matéria de percepção do “valor” dos valores, as diferenças entre setores oferecem boas lições. Pergunte para colegas que estão fora de seu setor como gerenciam o desafio da gestão de valores.

Quarta: nomear os obstáculos
O que impede que os funcionários atuem em consonância com os valores? Os custos econômicos de curto prazo, uma desvantagem competitiva potencial e um clima econômico frágil são as razões que mencionam 30% dos entrevistados. Incentivar os funcionários a mencionar os obstáculos internos abre a discussão sobre sua possível gestão.

Quinta: contar histórias
Estimule os funcionários a compartilhar histórias sobre como usaram um valor corporativo para superar os desafios e ganhar vantagens competitivas.

Sexta: reescrever os critérios para a avaliação do desempenho
Durante as avaliações de desempenho, compare os comportamentos e os resultados com os valores declarados. Alguns valores se impõem sobre outros? O escasso compromisso com o trabalho em equipe é ignorado quando se trata de vendedores “estrelas” que superam os objetivos trimestrais? Ajuste os critérios nas avaliações de desempenho até que mostrem corretamente os valores importantes no longo prazo.

Sétima: capacitar para a tomada de decisões baseadas nos valores
Espera-se que os executivos tomem decisões que possam exigir certa negociação entre os benefícios sociais e os custos financeiros, porém, com freqüência carecem de capacitação para fazer escolhas bem informadas. Apenas 50% cento dos entrevistados afirmam que suas empresas oferecem esse tipo de treinamento. São muito poucos os cursos que ajudam os gerentes a entender os efeitos sociais, ambientais e econômicos de suas decisões. Os programas de capacitação que abrem oportunidades de diálogo com os grupos de ação local e com as organizações não governamentais são úteis para que os gerentes aprendam a estimar os custos e os benefícios.

Oitava: medir o retorno nos valores
Existem várias maneiras de avaliar o retorno nos valores e detectar as oportunidades para melhorar. Uma é a avaliação 360 graus sobre o desempenho dos valores corporativos, ou seja, a forma como os valores são colocados em prática no cotidiano: pergunte aos seus clientes e aos membros da comunidade como vêem o comportamento da empresa e depois discuta o aprendido com os funcionários.

Nona: sair para o mundo para melhorar o negócio
Aprenda com a comunidade. As empresas que se baseiam unicamente nos programas de trabalho voluntário dos funcionários como meio para aprender algo a respeito da comunidade, com freqüência passam por alto as oportunidades de entender seus mercados e de evitar os erros estratégicos e operacionais.

Décima: seja honesto com você mesmo
Os gerentes têm de avaliar se os valores da empresa são o reflexo dos valores apreciados por eles. Imagine o quanto você estaria mais envolvido com seu trabalho se levasse em conta seus próprios princípios e os da empresa cada vez que toma uma decisão.

Revista HSM Management / © 2006 Harvard Business School Publishing, distribuido por New York Times Syndicate

Fabish, Lisa
Consultora da Booz Hamilton
McGaw, Nancy
Diretora do Programa Negócios e Sociedade do Aspen Institute

segunda-feira, setembro 25, 2006

Política e voto


Liberdade do voto
Uma verdadeira democracia começa pela liberdade do cidadão de escolher seus representantes? Não. Na verdade ela começa pelo poder de exercer ou não esse direito. Essa questão precede a primeira. Nenhum cidadão deveria ser obrigado a votar, pois isso acaba ferindo o direito ao livre arbítrio, na sua raiz.

A obrigatoriedade do voto acaba por arranhar o direito básico da democracia e da liberdade. Como pode alguém dizer que é livre para votar em quem quiser se, antes disso, ele é obrigado a fazê-lo? A questão do voto compulsório, no fundo, desqualifica o voto. Permite que cidadãos apenas o exercitem por força da obrigatoriedade, transformando-o numa simples atividade que, se não realizada, implica em penalidades.

Através do voto obrigatório, transformamos a qualidade em quantidade. Multidões de despreparados, mal-informados e alienados políticos votam em qualquer um ou naqueles cujas promessas de benefícios voláteis lhe são apresentados na forma de promessas ou ameaças. O resultado disso estamos presenciando: a verdadeira espoliação do bem público por um bando de ladrões instalados no poder. Até quando teremos que sujeitar o país às escolhas daqueles menos iluminados? A quem interessa o voto do menos esclarecido (apesar da resposta nos parecer óbvia!)? Quanto deixaremos de trocar a qualidade pela quantidade?

Se a reforma política um dia vier a acontecer, que tal começar pela não-obrigatoriedade do voto?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Cidadania nos cinemas

Ahhh, as filas...

Já faz uns cinco anos que venho pregando a venda de ingressos numerados para os cinemas. A exemplo do que ocorre nos teatros, os expectadores poderiam comprar seus tíquetes com assento numerado, na bilheteria ou pela internet, poupando tempo e evitando as intermináveis as filas. Hoje a coisa funciona mais ou menos assim: você tem que chegar ao cinema umas duas horas antes das sessões mais concorridas. Aí enfrenta uma fila, de mais ou menos uma hora, para comprar as entradas. Daí, muda de fila e aguarda outra uma hora para ver se consegue pegar um lugar melhor na platéia.


Num mundo onde a corrida pela economia de tempo é permanente, isso é um descalabro. Depois de cinco anos pregando aos quatro ventos, parece que agora as cadeias de cinema começam a se sensibilizar para o fato e promover a experiência. Claro que no início haverá o costumeiro chiado daqueles desorganizados que chegam em cima da hora e ainda querem assento nos locais privilegiados. Entretanto, a adoção desta prática vai permitir que as pessoas possam se programar melhor e ainda economizar muito de seu tempo, alocando-o para outras atividades que não a de ficar em pé na fila.


Trata-se de um processo de educação e cidadania. Um solavanco naqueles que comungam com a Lei de Gérson (aquela mesma do “levar vantagem em tudo...certo?”), permitindo que se possa chegar minutos antes da sessão e sentar-se na poltrona escolhida. Tudo muito simples... bem civilizado. Vamos ver se o jeitinho brasileiro não vai distorcer mais esse passo no caminho da civilidade.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Tecnologia

Com uma câmera e um notebook na mão


Há uma boa dose de bits sem fio movendo um dos fenômenos atuais da tecnologia: o YouTube e a nova geração de serviços de vídeo online. De celulares equipados com câmeras que captam clipes inusitados do cotidiano a notebooks que fazem o upload instantâneo de vídeos em hotspots, o mundo wireless dá um tremendo gás para manter a interatividade da web 2.0.

A dupla câmera digital e notebook é justamente o aparato usado para manter um dos hits atuais de audiência do YouTube, o clipe "Where the Hell is Matt?". Durante três minutos e quarenta e dois segundos, o americano Matt Harding, de 29 anos, desfila pelos mais variados lugares do mundo. Detalhe: dançando de uma forma bem característica. Ele passou por 39 países, do Peru e Itália a Botsuana e Laos. Na cena acima ele está na Noruega.

Harding, que é desenvolvedor de games, resolveu tirar uma licença do trabalho para viajar durante seis meses. Brincalhão, ele costumava dançar de forma desengonçada no meio escritório para provocar os colegas de trabalho. Durante a viagem um amigo fez a proposta: "por que você não dança enquanto eu filmo?". Foi assim que Harding começou a fazer o clipe: dançava por cada lugar por onde passava.

Os filmes foram feitos com uma câmera digital Powershot, da Canon. "É suficientemente pequena para caber no meu bolso", disse Harding em entrevista à INFO de agosto, na matéria de capa que fala das oportunidades geradas pelo vídeo online para os profissionais de tecnologia. Harding foi editando seu clipe durante a viagem. Para isso, rodou o software Vega, da Sony, em seu notebook. Durante os seis meses, ele gravou mais de uma hora de imagens.
O sucesso do clipe no YouTube acabou chamando a atenção de um patrocinador, a marca de chicletes Stride e mostrou um novo modelo de negócios para os adeptos do site. O contrato, no entanto, proibe que Harding revele quanto dinheiro recebeu. Clique aqui para ver o clipe: http://www.youtube.com/watch?v=Pkh5opBp6K4. Fonte: Blog da Débora Fortes

Nosso Comentário: Com tantas possibilidades e experiências inovadoras de utilização da tecnologia, segmentos como o da Educação, por exemplo, mantêm as mesmas práticas de séculos atrás. O tradicionalismo no processo de ensino e aprendizagem, além da gestão das escolas e a postura dos professores, podem estar comprometendo o futuro de uma geração que nasceu em meio à tecnologia e dela fará uso intensivo quando adulta. Será que nossos jovens estão sendo preparados para atuarem nessa sociedade?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Educação continuada


Educação ao longo da vida aumenta a demanda em cursos

Um estudo promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas mostra que nos próximos anos haverá um significativo crescimento populacional e ao lado desse fenômeno, aumentarão as chances no mercado de trabalho para as pessoas com maior idade.

Segundo a análise terão maior competitividade as pessoas que estiverem atualizadas por meio de cursos. O mercado de cursos de atualização profissional tende a crescer para atender a esse grupo populacional que será mais significativo. A população, estimada em 2005, em 183 milhões de habitantes, deverá chegar em 2030 a 225 milhões. A mostra evidencia ainda que as mulheres terão mais vagas do que os homens. Atualmente representam 40% da força de trabalho e esse percentual se elevará para 47% no final do período.

No segmento educacional trata-se de uma boa notícia, uma vez que a ociosidade das escolas atinge níveis altíssimos. Além disso, abre-se uma nova oportunidade para os empreendedores educacionais. Ao expandir seus negócios, os gestores e executivos da educação podem, agora, considerar um outro segmento a ser explorado.

segunda-feira, julho 03, 2006

Liderança

Executivos aprendem com a Copa do Mundo...

Esta copa do mundo traz lições interessantes. E não é a primeira vez que o esporte nos apresenta ensinamentos que podem ser aplicados na nossa vida cotidiana... e mais especialmente no dia-a-dia do trabalho.Uma delas é sobre liderança.

Uma equipe é o reflexo do seu líder, já diziam os antigos. E os fatos recentes da Copa nos vêm confirmar a sabedoria popular. Basta compararmos as performances das seleções de Brasil e Portugal. Enquanto a primeira entrou na disputa como favorita absoluta, a segunda poderia ser considerada um azarão até mesmo para uma possível chegada às oitavas de final. O time de Parreira, senhor de si e com a mais absoluta arrogância, desfilava seu favoritismo para os milhares de expectadores que enchiam os locais de treino para ver o dream team brasileiro. Centenas de reportes do mundo inteiro a cobrir, ao vivo, até mesmo uma seção de alongamento.

Do outro lado, treinamento e muito suor. Pragmatismo, humildade. Enquanto o treinador brasileiro se limitava a observar o “rachão” dos seus comandados, uma espécie de pelada sem compromisso, Luís Felipe Scolari ensaiava dezenas de vezes a mesma jogada, levando seus jogadores à exaustão.

O mais visível retrato da força de uma liderança, entretanto, era transmitido pelas imagens durante as partidas. Na participação de cada uma das seleções, já na fase das quartas de final, Felipão era a encarnação do espírito guerreiro. Esbravejando, gritando, reclamando com a arbitragem, motivando seus comandados a partir da lateral do campo, transmitia para a equipe a atitude de um time que busca seu objetivo. Atitude, é a palavra.

Em contrapartida, enquanto o Brasil via a França jogar, com Zidane passeando em campo, Parreira era uma figura impassível. Encarnava o que Bjorn Borg, o homem de gelo do tênis, imortalizou. Um monolito sem expressão. Era o retrato da falta de emoção, da falta de vibração... da ausência daquilo que mais caracteriza o brasileiro: a fibra e a raça. Diante disso, os jogadores dentro de campo mantinham a mesma arrogância e repetiam. Quando um subordinado olha para seu líder, busca nele o exemplo, a força, a orientação. Olhando para fora do campo, os jogadores apenas podiam ver a acomodação e a apatia diante de uma situação que se complicava cada vez mais na medida em que o jogo se dirigia para o seu final.

Coração, alma, raça, fibra... requisitos de liderança que calam alto quando se pretende atingir objetivos. Fatores que podem fazer a diferença entre uma equipe vencedora e um fiasco. Nas empresas e nas organizações em geral, precisamos cada vez mais de um Felipão. Adeus Parreira!