Um negócio chamado Governança Corporativa
Imagine que durante anos a fio você “batalhou” para erguer um empreendimento e fazê-lo crescer. Envolveu a família, os amigos e trabalhou forte. Como fruto do seu labor, ele se expandiu, avançou e agora conta com inúmeras unidades de operação. Entretanto, com todo esse movimento, você passou a enfrentar uma forte concorrência e aqueles métodos caseiros que um dia fizeram sucesso não mais respondem às necessidades do momento. É preciso uma virada, admitir profissionais mais experientes e capacitados a lidar com esse novo ambiente. Isso, contudo, significa abrir mão do controle da operação. O que fazer?
Numa situação semelhante, outro personagem é afetado por um processo semelhante. Ele faz parte de uma associação filantrópica, confessional, e assumiu a sua gestão há pouco tempo. Durante quase um século sua instituição viveu sob a batuta de outras lideranças que, ainda que de maneira empírica e com métodos igualmente caseiros, consolidaram uma série de iniciativas de caráter social... escolas, inclusive. Com a abertura do mercado; a desregulamentação do segmento educacional e o avanço das práticas de gestão nos diversos setores da economia, nos últimos 20 anos, essa liderança se vê agora diante da necessária profissionalização de seus sistemas de gerenciamento. Isso significa transferir para fora dos seus “muros” o poder de conduzir a instituição. Passar às mãos e terceiros o que antes era feito internamente pelos membros da associação. Hora de passar o controle e a condução dos “negócios”. O dilema está criado.
Essas duas situações servem apenas para ilustrar o que vem acontecendo no mercado educacional nos últimos vinte anos. São exemplos que refletem a expansão e a competitividade crescente do setor rumo aos processos de profissionalização. Com o mercado mais aberto, a concorrência entre as escolas passou a ter um caráter de vida ou morte. Ameaça para uns... Oportunidade para outros.
Percebendo esse movimento, grandes investidores, empreendedores atentos e instituições de outros segmentos voltaram seus olhares para essas demandas emergentes num setor ainda árido em termos de práticas de gestão e com grande potencial de crescimento.
Habituados a lidar com a competição, esses novos elementos trouxeram consigo o tempero que faltava para fazer ferver a luta por um lugar ao sol.
Foi nessa onda que grandes redes educacionais se formaram e que passam, nesse momento, por um movimento de consolidação, transformando-se em potentes conglomerados de educação. Enquanto algumas dessas instituições se preparam para um passo mais agressivo, como a abertura de capital na bolsa, por outro lado, instituições menores, muitas delas empreendimentos de cunho familiar ou confessional, como as dos exemplos acima, viram-se diante do desafio de passar às mãos de gestores profissionais o controle do negócio. Era chegada a hora de separar a propriedade, do controle.
Para essa transição e o seu conseqüente sucesso, verificou-se a necessidade de regras claras, transparência nas ações e afinidade de interesses. Essa situação, que não é atípica, surge basicamente em duas situações: Quando uma corporação ganha vida e necessita organizar o exercício do poder ou, quando a propriedade de uma empresa é separada de sua gestão. Nesse particular, organizações que antes eram dominadas por seus proprietários-gestores, traço presente desde o final do século XIX e início do século XX, são hoje caracterizadas por uma gestão profissional, nem sempre exercida por executivos que sejam, também, acionistas ou associados.
É aí que ganha impulso o conceito de Governança Corporativa. Alguns autores, como Tricker (2000), são contundentes ao afirmar que “o século XIX foi dos empreendedores, o século XX o da gestão e o século atual promete ser o da Governança Corporativa”.
Ela se faz presente pela necessidade de mediar os potenciais conflitos de interesse entre os diversos públicos da instituição, os chamados stakeholders: clientes, empregados, comunidade local, governo etc.
Tais conflitos acontecem, segundo especialistas, em virtude de algumas razões, tanto internas quanto externas. No primeiro grupo, podem ser citadas as falhas na relação entre executivos e acionistas e a atuação da direção em sentido conflitante ao que pretendem os acionistas. No segundo, as mudanças macroambientais; o movimento ativista dos investidores e as reações das entidades reguladoras aos excessos financeiros das empresas.
Seja de que ordem for, entretanto, a força dos processos de governança corporativa contribui para sistematizar as relações, ao mesmo tempo em que estende ao mercado o conceito de transparência na gestão. Isso, em outras palavras, significa explicitar as práticas de princípios como a lealdade, a conformidade e a prestação de contas aos seus diversos públicos.
Tal mecanismo fortalece o processo de profissionalização, ao mesmo tempo em que favorece ações como o realce da marca junto ao mercado e a confiabilidade dos investidores em processos como o de captação de recursos. Além disso, a utilização de modelos de governança corporativa facilita o enraizamento, junto aos executivos profissionais, dos valores institucionais oriundos dos proprietários, acionistas ou associados, indicando, com clareza, o rumo e as práticas que se pretende para o empreendimento.
No caso das escolas, entretanto, a situação não é tão tranqüila assim. Habituadas a conviver com uma administração doméstica durante séculos, muitas dessas instituições ainda resistem bravamente à introdução de mecanismos de gestão mais atuais e eficazes. Uma das principais causas está ligada às estruturas internas de poder. Embora muitas das suas lideranças percebam a necessidade de separar a propriedade do seu controle, elas relutam em pavimentar o caminho. Na sua ótica distorcida, entendem que isso representa perda de poder, não somente institucional, como também pessoal.
Em outras vezes, é o despreparo que gera a insegurança em ceder à profissionalização. O sentimento de vulnerabilidade que toca os gestores acaba por conduzir a um resultado ainda mais perverso. O do capitão que afunda com o navio.
Seja em virtude da ilusória perda do poder, seja pelo provável despreparo em lidar com a situação, o fato é que os dirigentes educacionais necessitam, urgentemente, considerar que essas duas justificativas ainda são frágeis para conter a necessária segregação entre a propriedade e o seu controle. A competitividade do mercado impõe rápidas mudanças para as quais boa parte dos atuais gestores educacionais encontra-se despreparada.
Se transparência e sustentabilidade já eram conceitos delicados para a comunidade educativa e suas lideranças, do ponto de vista do negócio, o que dizer de assuntos mais complexos como a abertura de capital e a captação de recursos?
O fato concreto é que se você, caro leitor, é parte do empreendimento chamado escola, quer no papel de proprietário, acionista, associado ou executivo, e seu modelo de gestão ainda não contempla o conceito de Governança Corporativa, é bom começar a colocar o assunto na pauta do dia, pois esse será o seu próximo dever-de-casa.
Leia sobre o assunto, pesquise e descubra as boas práticas de outros segmentos. Se necessário, utilize ajuda externa, como treinamentos, palestras e consultorias . Elas poderão ajudar a transpor obstáculos e pavimentar a estrada. Mas lembre-se: o mercado não espera muito e costuma ser impiedoso com os mais lentos...
Artigo Publicado pela Revista Linha Direta
sexta-feira, julho 15, 2011
quarta-feira, junho 22, 2011
Redes Sociais
As redes sociais e a estratégia colaborativa
Se houve um tempo em que as empresas se fechavam em seus departamentos para criar produtos inovadores, esse tempo começa a se despedir. Pelo menos para algumas organizações que perceberam o grande potencial das redes sociais como elementos de criação de valor para seus negócios.
Veja a entrevista seguinte, com a consultora Cátia Lassalvia e veja como isso está acontecendo, na prática.
Se houve um tempo em que as empresas se fechavam em seus departamentos para criar produtos inovadores, esse tempo começa a se despedir. Pelo menos para algumas organizações que perceberam o grande potencial das redes sociais como elementos de criação de valor para seus negócios.
Veja a entrevista seguinte, com a consultora Cátia Lassalvia e veja como isso está acontecendo, na prática.
sexta-feira, junho 17, 2011
Economia Criativa
Criatividade: Um novo modelo de economia
Já ouviu falar em Economia Criativa? Não? Então prepare-se. Esta pode ser a nova tendência de negócios que privilegia a criatividade como moeda de troca nas transações econômicas. Veja o vídeo e entenda o que vem por aí...
Já ouviu falar em Economia Criativa? Não? Então prepare-se. Esta pode ser a nova tendência de negócios que privilegia a criatividade como moeda de troca nas transações econômicas. Veja o vídeo e entenda o que vem por aí...
sexta-feira, junho 10, 2011
Educação
Números não têm vaidade.
Ultimamente, por todos os lados e por todas as mídias, tenho percebido o mesmo discurso. A escola precisa mudar. E não são poucas as vozes e letras que se unem para apresentar um monte de argumentos sobre as razões que deixam as instituições educacionais comendo poeira. Também não são poucas as opiniões e, mais que isso, os dados sobre as causas que fazem desse lugar um local de desinteresse dos estudantes.
Nesse aspecto, uma recente pesquisa promovida com o apoio do Instituto Unibanco, denominada “Determinantes do Abandono do Ensino Médio pelos jovens do Estado de Minas Gerais” engrossa ainda mais esse caldo.
Vejamos o que disseram uma grande parte dos alunos que deixaram de estudar. São falas colhidas pela pesquisa:
“_ Não estamos aprendendo o que está sendo ensinado!
_ Não entendemos o que ganhamos com tanto esforço que temos de fazer para freqüentar as aulas!
_ Queremos uma escola mais atrativa!”
Esses depoimentos, se já são combustível suficiente para colocar em movimento os gestores educacionais, imagine só o que representa para os educadores? A mensagem é direta. Sem rodeios. E tem mais.
A pesquisa também constatou que “quando o aluno anseia por uma escola dinâmica e inovadora, tem 21% mais chance de sair”, segundo declara Tufi Machado, da equipe de pesquisadores, que também ressalta: “o jovem desiste da escola quando sente que não está aprendendo conteúdos apresentados”. Touché.
Embora sejam vários e os motivos das causas de evasão também constatados pela pesquisa, a maioria deles já velhos conhecidos (baixa condição socioeconômica, gravidez, necessidade de trabalhar para ajudar a família e defasagem idade-série), o que mais chama a atenção é mesmo o fato de que eles, jovens, percebem a desconexão entre a escola e o mundo à sua volta. Algumas dados são contundentes.
Cerca de metade dos alunos que cursam ou que deixaram de cursar a escola, declara que concordam plenamente com a afirmativa “quanto mais o professor enche/enchia o quadro de matéria, mais vontade eu tenho/tinha de sair da sala de aula”. Esse número sobe ainda mais se somado aos quase 30% que concordam parcialmente com isso.
Cerca de 66% dos entrevistados, por sua vez, concordam plena ou parcialmente com a seguinte afirmativa: “ a maioria dos meus professores se preocupa/preocupava em esclarecer dúvidas das matérias ensinadas”. Lamentável, não?
Por outro lado, “vislumbrar que o estudo lhe trará melhores oportunidades na vida, aumenta em 50% as chances de permanência do aluno na escola”, acrescenta Tufi. Para se ter uma ideia, segundo constatou a pesquisa, cerca de 60% dos jovens que estão cursando a escola declararam que suas instituições não tinham aulas práticas, o que contribui para que eles não percebam a utilidade daquilo que aprendem.
Na verdade, a era do conteúdo Just in Case, ou seja, aquele no qual a escola nos repassa um monte de conteúdos para o caso de, um dia, virmos a precisar deles, já acabou. A tecnologia e os meios de comunicação nos colocaram na trilha do conhecimento Just in Time. Aquele que buscamos quando precisamos dele, onde quer que ele esteja. Sobre isso, aliás, falaremos em outro artigo, futuramente.
Mas o fato é que, diante de tudo isso uma questão importante se apresenta: se tanta gente reconhece que a escola precisa mudar, se reinventar, que está com seu prazo de validade vencido faz tempo, por que então não muda?
Vaidades, falta de humildade, visão estreita, corporativismo... Há quem apresente outras tantas razões para que não haja movimentos concretos nesse sentido. No meu ponto de vista, talvez a resposta para um novo caminho esteja na falta de permeabilidade desse segmento aos avanços apresentados em outros campos da sociedade.
Uma alternativa para vencer essa barreira seria buscar especialistas e profissionais de outras áreas para, juntos com professores e pedagogos, trabalharem na busca de uma alteração do genoma da escola. Exato: defendo a ruptura com os modelos anteriores e a criação de uma nova e inovadora organização. Para isso, uma espécie de equipe multidisciplinar, reunida para esquadrinhar competências, habilidades e atitudes requeridas num mundo em constante mutação, disposta a romper com paradigmas, conceitos e métodos ultrapassados, capaz de trabalhar num processo de aprendizagem e construção colaborativa. Essa talvez seja a chance a se dar ao paciente enfermo. Uma nova vida.
A Harvard School, uma das maiores e mais conceituadas instituições de ensino do mundo, elegeu recentemente a busca pela cura do câncer como foco das suas pesquisas. E o que ela fez? Ao invés de reunir catedráticos da medicina para ocuparem seus laboratórios, preferiu organizar um time com médicos, engenheiros, biólogos, físicos, especialistas em eletrônica aplicada, biotecnologia, inteligência artificial, mecânica e outros para, juntos trabalharem no projeto. A ideia é que o somatório dessas competências possa alargar as possibilidades de alternativas para o combate à doença. Imagine um exército de microrobôs injetado na corrente sanguínea capaz de identificar e combater as células cancerosas. Ou um chip introduzido sob a pele capaz de fornecer constantes informações sobre possíveis formações cancerígenas? Esses são apenas alguns exemplos do que pode ser um movimento “pense fora do quadrado”.
Não tenho dúvidas, portanto, de que esse tipo de avanço também pode alcançar a Educação. Pelo contrário, fico torcendo muito para que aconteça. Mas, antes de tudo, é necessário querer. E querer de verdade!
(artigo publicado pela revista Linha Direta / maio/2011)
quarta-feira, maio 04, 2011
Mercado
Tendências que podem mudar o mercado.
Lendo uma matéria da Pequenas Empresas e Grandes Negócios, encontrei algumas tendências interessantes que gostaria de socializar. São situações e ideias que vão surgindo em meio a um mar de mudanças. Acompanhe no texto transcrito da matéria. O conteúdo completo pode ser acessado no link, ao final.
"Um bar no qual o preço das bebidas alcoólicas sobe e desce de acordo com o número de pedidos;
uma rede social onde os usuários se unem para ganhar até 50% de desconto em compras;
uma loja que dá todos os produtos de graça;
uma franquia de padarias que se instala em locais pouco usuais, como shoppings e hospitais;
um site em que clientes dão notas para os seus advogados;
uma rede de lojas de surfe que premia os clientes com banhos de água doce.
Surpreendentes empreendimentos como esses vêm surgindo com força. Acompanham as transformações cada vez mais rápidas do comportamento do consumidor e as mudanças alucinantes da tecnologia.
Para ajudá-lo a criar ou tornar um negócio antenado - e lucrativo -, identificamos dez tendências de mercado:
1) o luxo deu espaço ao exclusivo: o cliente quer se sentir especial;
2) fazer o bem é muito valorizado;
3) hoje há muitos recursos para pesquisar - e economizar;
4) as pessoas querem estar juntas e compartilhar tudo;
5) interatividade é o grande barato do momento;
6) o consumidor está impaciente e imediatista;
7) não dá mais para disfarçar: o produto ou serviço tem que ser realmente útil;
8) as empresas precisam ser transparentes, abrir o jogo;
9) bem-estar, equilíbrio: todo mundo quer ser feliz;
10) em um mundo conectado, onde ficam as referências? Natural haver uma volta às raízes. A melhor maneira de traduzir essas dez tendências (e 15 subtendências) é mostrar como 70 empreendedores no Brasil e no mundo estão conseguindo ganhar dinheiro com isso. Inspire-se".
O conteúdo completo pode ser acessado pelo link: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138591-17192,00-OS%20NEGOCIOS%20DO%20AMANHA.html
Lendo uma matéria da Pequenas Empresas e Grandes Negócios, encontrei algumas tendências interessantes que gostaria de socializar. São situações e ideias que vão surgindo em meio a um mar de mudanças. Acompanhe no texto transcrito da matéria. O conteúdo completo pode ser acessado no link, ao final.
"Um bar no qual o preço das bebidas alcoólicas sobe e desce de acordo com o número de pedidos;
uma rede social onde os usuários se unem para ganhar até 50% de desconto em compras;
uma loja que dá todos os produtos de graça;
uma franquia de padarias que se instala em locais pouco usuais, como shoppings e hospitais;
um site em que clientes dão notas para os seus advogados;
uma rede de lojas de surfe que premia os clientes com banhos de água doce.
Surpreendentes empreendimentos como esses vêm surgindo com força. Acompanham as transformações cada vez mais rápidas do comportamento do consumidor e as mudanças alucinantes da tecnologia.
Para ajudá-lo a criar ou tornar um negócio antenado - e lucrativo -, identificamos dez tendências de mercado:
1) o luxo deu espaço ao exclusivo: o cliente quer se sentir especial;
2) fazer o bem é muito valorizado;
3) hoje há muitos recursos para pesquisar - e economizar;
4) as pessoas querem estar juntas e compartilhar tudo;
5) interatividade é o grande barato do momento;
6) o consumidor está impaciente e imediatista;
7) não dá mais para disfarçar: o produto ou serviço tem que ser realmente útil;
8) as empresas precisam ser transparentes, abrir o jogo;
9) bem-estar, equilíbrio: todo mundo quer ser feliz;
10) em um mundo conectado, onde ficam as referências? Natural haver uma volta às raízes. A melhor maneira de traduzir essas dez tendências (e 15 subtendências) é mostrar como 70 empreendedores no Brasil e no mundo estão conseguindo ganhar dinheiro com isso. Inspire-se".
O conteúdo completo pode ser acessado pelo link: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138591-17192,00-OS%20NEGOCIOS%20DO%20AMANHA.html
quarta-feira, abril 06, 2011
segunda-feira, março 28, 2011
Oceano azul
Onde está o oceano azul?
Artigo publicado pela revista Gestão Educacional (2010)
Quem lida com gestão já deve ter ouvido o termo Oceano Azul. Ele foi cunhado por dois professores de estratégia empresarial do INSEAD, W. Chan Kim e Renée Mauborgne, para designar mercados ainda inexplorados, com grande potencial de crescimento.
Segundo eles, a maioria das empresas navega por oceanos vermelhos, aqueles onde a concorrência é extremamente acirrada e cujos mercados apresentam um potencial decrescente de lucros. Uma das suas características é que os movimentos estratégicos miram os adversários, ao invés de buscar a chamada “inovação de valor”.
O descobrimento de um oceano azul, fruto de saltos de valor, muda de tal maneira a realidade da organização que torna a concorrência, irrelevante.
Nesse sentido, um rápido olhar na direção do segmento educacional faz tingir de escarlate todo o horizonte. A quase totalidade delas compete entre si, mirando seus oponentes e, com isso, direcionam o foco da disputa para melhorias incrementais e pequenas vantagens competitivas, mantendo-se, entretanto, longe da inovação de valor.
Recentemente, conduzindo um processo de planejamento estratégico para uma grande rede de educação, sugeri que algumas das reuniões individuais com pais de alunos fossem feitas a distância, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na internet. Um passo simples, mas que poderia significar uma considerável economia de tempo para o cliente. Embora não seja, nem de longe, uma ação inovadora, essa atitude poderia criar valor para o cliente. Mas não foi essa a visão dos gestores... Uma fila de barreiras foi levantada para que tal medida não fosse adiante. Até o uso judicial que tal situação poderia gerar foi ventilado. O acontecido pode dar ao leitor uma pequena mostra do quanto é hermético o ambiente da gestão escolar.
O pensamento rumo aos oceanos azuis na educação é possível, entretanto. Mas ele requer, antes de tudo, algumas mudanças na atitude dos gestores e educadores. Também exige desprendimento e visão além das fronteiras do mercado atual. Nesse caso a utilização da Matriz eliminar-reduzir-elevar-criar, pode ajudar bastante.
Trata-se de avaliar o produto listando suas características para, depois, refletir sobre elas à luz do valor que cada uma agrega ao produto. Uma vez avaliadas, as características são, então, classificadas de acordo com cada um dos itens que dão nome à matriz. Não é um trabalho tão simples como parece, pois, como foi dito, implica um olhar isento e de fora para dentro.
Esse olhar, ainda que à revelia dos gestores, é bom frisar, começa a ganhar força fora da comunidade acadêmica, o que demonstra um incipiente despertar dos clientes. O questionamento de algumas práticas e características educacionais vem ganhando espaço. A título de exemplo, listei algumas dessas questões:
- Se a educação proporcionada pelas escolas brasileiras é, de fato, tão boa quanto dizem os educadores nativos, por que o Brasil permanece nos últimos lugares nos rankings internacionais?
- Se eu posso fazer uma transferência bancária de milhares de reais pelo telefone ou internet, por que cargas d’água não posso ter um histórico escolar ou outro documento liberado pela secretaria, online?
- Se o volume de “conhecimentos” transferido pelos professores é tão amplo e importante, por que não consigo arrumar um bom emprego com essa bagagem?
- Sendo um centro de conhecimento, aliás, não era de se esperar que as instituições educacionais fossem as campeãs de inovação e registros de patentes?
- Em termos de serviços agregados e relacionamento com o cliente, no geral, quem ficaria melhor classificado, um hotel ou a escola do seu filho?
Por aí dá para sentir o quanto as escolas ainda precisam despertar para a busca de mares nunca dantes navegados. Os oceanos azuis existem e estão ávidos por serem desbravados. Precisamos é de mais ousadia e de visionários que possam descobrir novos caminhos para a educação, como fizeram Colombo e Cabral em relação ao Novo Mundo.
Gestores icem suas velas!
Bibliografia
A Estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante - Kim, W. Chan; I. Mauborgne, Renée – Rio de Janeiro - Elsevier, 2005 – 23ª reimpressão
Artigo publicado pela revista Gestão Educacional (2010)
Quem lida com gestão já deve ter ouvido o termo Oceano Azul. Ele foi cunhado por dois professores de estratégia empresarial do INSEAD, W. Chan Kim e Renée Mauborgne, para designar mercados ainda inexplorados, com grande potencial de crescimento.
Segundo eles, a maioria das empresas navega por oceanos vermelhos, aqueles onde a concorrência é extremamente acirrada e cujos mercados apresentam um potencial decrescente de lucros. Uma das suas características é que os movimentos estratégicos miram os adversários, ao invés de buscar a chamada “inovação de valor”.
O descobrimento de um oceano azul, fruto de saltos de valor, muda de tal maneira a realidade da organização que torna a concorrência, irrelevante.
Nesse sentido, um rápido olhar na direção do segmento educacional faz tingir de escarlate todo o horizonte. A quase totalidade delas compete entre si, mirando seus oponentes e, com isso, direcionam o foco da disputa para melhorias incrementais e pequenas vantagens competitivas, mantendo-se, entretanto, longe da inovação de valor.
Recentemente, conduzindo um processo de planejamento estratégico para uma grande rede de educação, sugeri que algumas das reuniões individuais com pais de alunos fossem feitas a distância, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na internet. Um passo simples, mas que poderia significar uma considerável economia de tempo para o cliente. Embora não seja, nem de longe, uma ação inovadora, essa atitude poderia criar valor para o cliente. Mas não foi essa a visão dos gestores... Uma fila de barreiras foi levantada para que tal medida não fosse adiante. Até o uso judicial que tal situação poderia gerar foi ventilado. O acontecido pode dar ao leitor uma pequena mostra do quanto é hermético o ambiente da gestão escolar.
O pensamento rumo aos oceanos azuis na educação é possível, entretanto. Mas ele requer, antes de tudo, algumas mudanças na atitude dos gestores e educadores. Também exige desprendimento e visão além das fronteiras do mercado atual. Nesse caso a utilização da Matriz eliminar-reduzir-elevar-criar, pode ajudar bastante.
Trata-se de avaliar o produto listando suas características para, depois, refletir sobre elas à luz do valor que cada uma agrega ao produto. Uma vez avaliadas, as características são, então, classificadas de acordo com cada um dos itens que dão nome à matriz. Não é um trabalho tão simples como parece, pois, como foi dito, implica um olhar isento e de fora para dentro.
Esse olhar, ainda que à revelia dos gestores, é bom frisar, começa a ganhar força fora da comunidade acadêmica, o que demonstra um incipiente despertar dos clientes. O questionamento de algumas práticas e características educacionais vem ganhando espaço. A título de exemplo, listei algumas dessas questões:
- Se a educação proporcionada pelas escolas brasileiras é, de fato, tão boa quanto dizem os educadores nativos, por que o Brasil permanece nos últimos lugares nos rankings internacionais?
- Se eu posso fazer uma transferência bancária de milhares de reais pelo telefone ou internet, por que cargas d’água não posso ter um histórico escolar ou outro documento liberado pela secretaria, online?
- Se o volume de “conhecimentos” transferido pelos professores é tão amplo e importante, por que não consigo arrumar um bom emprego com essa bagagem?
- Sendo um centro de conhecimento, aliás, não era de se esperar que as instituições educacionais fossem as campeãs de inovação e registros de patentes?
- Em termos de serviços agregados e relacionamento com o cliente, no geral, quem ficaria melhor classificado, um hotel ou a escola do seu filho?
Por aí dá para sentir o quanto as escolas ainda precisam despertar para a busca de mares nunca dantes navegados. Os oceanos azuis existem e estão ávidos por serem desbravados. Precisamos é de mais ousadia e de visionários que possam descobrir novos caminhos para a educação, como fizeram Colombo e Cabral em relação ao Novo Mundo.
Gestores icem suas velas!
Bibliografia
A Estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante - Kim, W. Chan; I. Mauborgne, Renée – Rio de Janeiro - Elsevier, 2005 – 23ª reimpressão
Marcadores:
educação,
empresas,
estratégia do oceano azul,
gestão,
marketing,
negócios,
oceano azul,
Renés Mauborgne,
treinamento,
w.chan Kim
quinta-feira, março 24, 2011
Troca de Ideias
Marcadores:
capacitação,
cursos,
empregabilidade,
eventos,
ideias,
inovação,
lançamentos,
networking,
novidades,
oportunidades,
palestras,
redes sociais,
treinamento
quinta-feira, março 10, 2011
Futuro
Uma visão de futuro, para os pensadores...
Quem lida com educação, planejamento estratégico ou pretende criar um novo negócio que vá se perpetuar não pode deixar de olhar para o futuro. É lá que as coisas vão acontecer.
Nesse sentido, o blog Mundo Estranho, da Abril, publicou uma visão desse mundo, a partir da opinião de alguns especialistas. Selecionei abaixo essas considerações.
Ultralópolis
Conheça as principais mudanças previstas por especialistas e pesquisadores...
Arranha-espaço
Para uma superpopulação, superprédios. Além de apartamentos de vários tamanhos para abrigar centenas de milhares de pessoas, eles terão comércio, hospital, escolas, lazer e até fazendas. "Serão megacondomínios de 800 metros de altura, capazes de gerar energia e alimentos e reciclar água e lixo", diz Bernard Hunt, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos. "Muita gente passará meses sem sair deles."
Vida no ar
Já rola em Hong Kong e vai se tornar padrão: grandes passarelas vão ligar os principais edifícios, compensando a falta de espaço. Haverá também pistas para automóveis e ônibus (mais raros do que hoje), trens, metrôs... e zepellins. "O transporte por dirigíveis só não se popularizou ainda por causa de acidentes que chocaram o público no começo do século 20", diz Joel Garreau
Ladrões aposentados
Boa notícia: você viverá mais. Hoje, 8% da população está acima dos 65 anos; em 2111, serão 24%. Notícia melhor ainda: isso deve diminuir a criminalidade, já que os jovens são os principais causadores (e vítimas) da violência. Mas ainda haverá bairros barra-pesada, principalmente nas megalópoles dos países pobres. A polícia vai agir na terra e no ar, contando com câmeras em todo lugar e robôs-vigias
Estradas inteligentes
O trânsito estará ainda mais caótico, com grandes engarrafamentos, pedágios urbanos e estacionamentos caríssimos. Boa velocidade, só nas vias superinteligentes entre as cidades. Segundo Robert Strattan, pesquisador da Universidade de Tulsa, nelas os veículos andarão a até 400km/h, a poucos centímetros uns dos outros, rastreados por radares e controlados pelo computador de bordo.
Vida sob a terra
Ninguém vai querer morar debaixo do solo, mas não vai dar para descartar esse espaço útil. Teremos shoppings conectados a estações de metrô, ciclovias e pistas de caminhadas em até dez andares de profundidade. Em pontos cruciais, elevadores irão direto do subsolo até o topo dos arranha-céus. Os japoneses já têm um projeto do gênero, a cidade subterrânea de Marinepolis.
Quintal é luxo
Os condomínios fechados ainda serão a melhor opção para os endinheirados. Segundo Bernard Hunt, "eles abrigarão, em média 500 mil pessoas, e mesmo assim preservarão todas as características dos atuais condomínios de alto padrão" - ou seja, isolamento, segurança e algum contato com a natureza. Como a maioria das pessoas trabalhará de casa, a distância dos grandes centros não será problema.
Chaminé forever
Cidades terão parques, carros não usarão mais petróleo e lares receberão energia renovável. Mesmo assim, ainda teremos uma nuvenzinha preta da poluição sobre nossas cabeças. "Ainda precisaremos de indústrias e os principais países desenvolvidos não conseguirão se livrar totalmente da dependência de carvão", prevê Garreau. Pelo menos, as fábricas ficarão em áreas mais isoladas.
Outras conclusões interessantes:• As migrações se tornarão mais intensas. Resultado: gente de todas as raças e origens farão parte do seu dia a dia.
• Nada de carros voadores: o futuro está mais para Minority Report do que para De Volta para o Futuro.
• Um projeto de bairro ecológico e 100% conectado à web deve ser inaugurado em 2015 na Índia.
• O futuro já começou! Tóquio já tem três projetos de megaprédios para 1 milhão de pessoas.
Fontes: Joel Garreau, pesquisador da Universidade George Mason; Bernard Hunt, consultor do Instituto Real de Arquitetos Britânicos; Robert Strattan, professor da Universidade de Tulsa e pesquisador de novos combustíveis; sites do IBGE e da ONU; livro E-topia: A Vida Urbana, Mas Não como a Conhecemos, de William J. Mitchell
http://mundoestranho.abril.com.br/geografia/como-serao-cidades-daqui-100-anos-620858.shtml
Quem lida com educação, planejamento estratégico ou pretende criar um novo negócio que vá se perpetuar não pode deixar de olhar para o futuro. É lá que as coisas vão acontecer.
Nesse sentido, o blog Mundo Estranho, da Abril, publicou uma visão desse mundo, a partir da opinião de alguns especialistas. Selecionei abaixo essas considerações.
Ultralópolis
Conheça as principais mudanças previstas por especialistas e pesquisadores...
Arranha-espaço
Para uma superpopulação, superprédios. Além de apartamentos de vários tamanhos para abrigar centenas de milhares de pessoas, eles terão comércio, hospital, escolas, lazer e até fazendas. "Serão megacondomínios de 800 metros de altura, capazes de gerar energia e alimentos e reciclar água e lixo", diz Bernard Hunt, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos. "Muita gente passará meses sem sair deles."
Vida no ar
Já rola em Hong Kong e vai se tornar padrão: grandes passarelas vão ligar os principais edifícios, compensando a falta de espaço. Haverá também pistas para automóveis e ônibus (mais raros do que hoje), trens, metrôs... e zepellins. "O transporte por dirigíveis só não se popularizou ainda por causa de acidentes que chocaram o público no começo do século 20", diz Joel Garreau
Ladrões aposentados
Boa notícia: você viverá mais. Hoje, 8% da população está acima dos 65 anos; em 2111, serão 24%. Notícia melhor ainda: isso deve diminuir a criminalidade, já que os jovens são os principais causadores (e vítimas) da violência. Mas ainda haverá bairros barra-pesada, principalmente nas megalópoles dos países pobres. A polícia vai agir na terra e no ar, contando com câmeras em todo lugar e robôs-vigias
Estradas inteligentes
O trânsito estará ainda mais caótico, com grandes engarrafamentos, pedágios urbanos e estacionamentos caríssimos. Boa velocidade, só nas vias superinteligentes entre as cidades. Segundo Robert Strattan, pesquisador da Universidade de Tulsa, nelas os veículos andarão a até 400km/h, a poucos centímetros uns dos outros, rastreados por radares e controlados pelo computador de bordo.
Vida sob a terra
Ninguém vai querer morar debaixo do solo, mas não vai dar para descartar esse espaço útil. Teremos shoppings conectados a estações de metrô, ciclovias e pistas de caminhadas em até dez andares de profundidade. Em pontos cruciais, elevadores irão direto do subsolo até o topo dos arranha-céus. Os japoneses já têm um projeto do gênero, a cidade subterrânea de Marinepolis.
Quintal é luxo
Os condomínios fechados ainda serão a melhor opção para os endinheirados. Segundo Bernard Hunt, "eles abrigarão, em média 500 mil pessoas, e mesmo assim preservarão todas as características dos atuais condomínios de alto padrão" - ou seja, isolamento, segurança e algum contato com a natureza. Como a maioria das pessoas trabalhará de casa, a distância dos grandes centros não será problema.
Chaminé forever
Cidades terão parques, carros não usarão mais petróleo e lares receberão energia renovável. Mesmo assim, ainda teremos uma nuvenzinha preta da poluição sobre nossas cabeças. "Ainda precisaremos de indústrias e os principais países desenvolvidos não conseguirão se livrar totalmente da dependência de carvão", prevê Garreau. Pelo menos, as fábricas ficarão em áreas mais isoladas.
Outras conclusões interessantes:• As migrações se tornarão mais intensas. Resultado: gente de todas as raças e origens farão parte do seu dia a dia.
• Nada de carros voadores: o futuro está mais para Minority Report do que para De Volta para o Futuro.
• Um projeto de bairro ecológico e 100% conectado à web deve ser inaugurado em 2015 na Índia.
• O futuro já começou! Tóquio já tem três projetos de megaprédios para 1 milhão de pessoas.
Fontes: Joel Garreau, pesquisador da Universidade George Mason; Bernard Hunt, consultor do Instituto Real de Arquitetos Britânicos; Robert Strattan, professor da Universidade de Tulsa e pesquisador de novos combustíveis; sites do IBGE e da ONU; livro E-topia: A Vida Urbana, Mas Não como a Conhecemos, de William J. Mitchell
http://mundoestranho.abril.com.br/geografia/como-serao-cidades-daqui-100-anos-620858.shtml
terça-feira, março 01, 2011
Capital Humano
Up grade para a vida
Capital Humano tem sido o nome pelo qual as empresas vêm chamando a sua força de trabalho, nos dias de hoje. Uma maneira, digamos, "contábil" de explicar a importância do maior ativo das organizações modernas. Não é para menos. Inovação é palavra de ordem e questão de sobrevivência em mercados altamente competitivos e de giro rápido, imposto pelas mudanças de ambiente.
Ambiente, aliás, que vem se tornando global em escala sem precedentes. Nesse particular, o capital humano, a exemplo do que acontece com o dinheiro, passou a não mais respeitar as fronteiras de países e continentes. Produtos e serviços são prestados de maneira difusa, em processos espalhados pelo mundo afora. Fábricas passaram a ser apenas um ponto de encontro de componentes que vêm de todo lado do planeta para, ali, se juntarem e formarem o produto final.
O mesmo acontece com as redes de profissionais que trabalham de maneira simultânea, embora estejam em Singapura, no México e na Rússia. Nesse caso, o capital humano se valoriza na medida em que incorpora ingredientes globais, como o conhecimento de outros idiomas, a vivência em outras culturas e o domínio da arte de conviver com outros povos e costumes.
Por todas essas razões o mercado brasileiro vê crescer o interesse de estudantes e profissionais que buscam formação além das nossas fronteiras. Os programas de intercâmbio cultural e educação internacional, estão em alta. Um investimento que tem retorno garantido, seja ele patrocinado pelos indivíduos, seja pelas empresas.
A revista Pequenas Empresas e Grandes Negocios publicou o gráfico abaixo, que dá bem um retrato de como andam as tendências nesse mercado. Um bom indicador para quem quer se preparar e turbinar a carreira... ainda que não tenha começado a trabalhar. Vale a pena arrumar as malas...
Capital Humano tem sido o nome pelo qual as empresas vêm chamando a sua força de trabalho, nos dias de hoje. Uma maneira, digamos, "contábil" de explicar a importância do maior ativo das organizações modernas. Não é para menos. Inovação é palavra de ordem e questão de sobrevivência em mercados altamente competitivos e de giro rápido, imposto pelas mudanças de ambiente.
Ambiente, aliás, que vem se tornando global em escala sem precedentes. Nesse particular, o capital humano, a exemplo do que acontece com o dinheiro, passou a não mais respeitar as fronteiras de países e continentes. Produtos e serviços são prestados de maneira difusa, em processos espalhados pelo mundo afora. Fábricas passaram a ser apenas um ponto de encontro de componentes que vêm de todo lado do planeta para, ali, se juntarem e formarem o produto final.
O mesmo acontece com as redes de profissionais que trabalham de maneira simultânea, embora estejam em Singapura, no México e na Rússia. Nesse caso, o capital humano se valoriza na medida em que incorpora ingredientes globais, como o conhecimento de outros idiomas, a vivência em outras culturas e o domínio da arte de conviver com outros povos e costumes.
Por todas essas razões o mercado brasileiro vê crescer o interesse de estudantes e profissionais que buscam formação além das nossas fronteiras. Os programas de intercâmbio cultural e educação internacional, estão em alta. Um investimento que tem retorno garantido, seja ele patrocinado pelos indivíduos, seja pelas empresas.
A revista Pequenas Empresas e Grandes Negocios publicou o gráfico abaixo, que dá bem um retrato de como andam as tendências nesse mercado. Um bom indicador para quem quer se preparar e turbinar a carreira... ainda que não tenha começado a trabalhar. Vale a pena arrumar as malas...
fonte:http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI200003-17192,00-AS%20TENDENCIAS%20NO%20MERCADO%20DE%20INTERCAMBIO.html
quinta-feira, fevereiro 24, 2011
Marketing futurista
Um dia feito de vidro
Na época do marketing virtual, das redes sociais e da tecnologia, uma grande sacada é transformar a mensagem em algo subliminar. A Corning, empresa líder na fabricação de vidros especiais e cerâmica, nos mostra sua visão de futuro. E, entre as várias situações que apresenta, um elemento comum permeia cada cena: o vidro.
Está aí uma maneira suave de promover seu produto. e muito engenhosa também. Veja o vídeo e prepare-se para o que vem por aí.
Na época do marketing virtual, das redes sociais e da tecnologia, uma grande sacada é transformar a mensagem em algo subliminar. A Corning, empresa líder na fabricação de vidros especiais e cerâmica, nos mostra sua visão de futuro. E, entre as várias situações que apresenta, um elemento comum permeia cada cena: o vidro.
Está aí uma maneira suave de promover seu produto. e muito engenhosa também. Veja o vídeo e prepare-se para o que vem por aí.
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Capital Humano
Pessoas de alto desempenho
A busca por profissionais que fazem a diferença está deixando o mercado de trabalho histérico nos últimos anos. Isso não é novidade pra ninguém. O capital humano em épocas de crise, inovação na velocidade da luz e mudanças contínuas exige gente diferenciada.
Onde encontra-las? Que tipo é esse? Faz parte da geração Y? X? Z?... Qual o seu DNA?
Essas e outras questões têm azucrinado os profissionais de RH e, antes deles, os próprios gestores e líderes empresariais.
Para dar uma mãozinha, aí vai a dica do professor James Champy acerca do tipo de pessoas que constroe organizações de alto desempenho:
• Revelam intensa ambição.
• Elevam seu senso de propósito.
• Estabelecem uma estrutura de liderança.
• Compreendem as regras de governança.
• Valorizam pessoas, processos e tecnologias.
• Entendem o valor capacitador da tecnologia.
• Têm sede de mudança.
• Focam a sustentabilidade.
E você, se identifica com alguma dessas características?
A busca por profissionais que fazem a diferença está deixando o mercado de trabalho histérico nos últimos anos. Isso não é novidade pra ninguém. O capital humano em épocas de crise, inovação na velocidade da luz e mudanças contínuas exige gente diferenciada.
Onde encontra-las? Que tipo é esse? Faz parte da geração Y? X? Z?... Qual o seu DNA?
Essas e outras questões têm azucrinado os profissionais de RH e, antes deles, os próprios gestores e líderes empresariais.
Para dar uma mãozinha, aí vai a dica do professor James Champy acerca do tipo de pessoas que constroe organizações de alto desempenho:
• Revelam intensa ambição.
• Elevam seu senso de propósito.
• Estabelecem uma estrutura de liderança.
• Compreendem as regras de governança.
• Valorizam pessoas, processos e tecnologias.
• Entendem o valor capacitador da tecnologia.
• Têm sede de mudança.
• Focam a sustentabilidade.
E você, se identifica com alguma dessas características?
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terça-feira, fevereiro 15, 2011
Cultura Digital
Para mudar a escola
A profª. Lea Fagundes fala sobre as mudanças necessárias na escola para que ela ingresse na cultura digital. Acompanhe...
A profª. Lea Fagundes fala sobre as mudanças necessárias na escola para que ela ingresse na cultura digital. Acompanhe...
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Tecnologia da Informação
Um sucesso!
No evento, tivemos a oportunidade de falar sobre como as novas tecnologias podem contribuir para a educação e como estão impactando a escola. como consequência, tornou-se evidente a necessidade de criar um ponto de ruptura nos modelos de ensino-aprendizagem até hoje adotados.
A evolução tecnológica está mudando o conceito de aquisição do conhecimento. No atual, mas já ultrapassado modelo, o processo é baseado no binômio ESTRUTURA > JUST IN CASE. A escola estrutura o conhecimento e o transfere em enormes quantidades para os alunos, para o caso de necessitarem dele, um dia, quem sabe.
Hoje, a demanda é CONJUNTURA > JUST IN TIME. O conhecimento é organizado de acordo com a conjuntura e é disponibilizado no momento em que dele se precisa. Uma total mudança de paradigmas, que, infelizmente, educadores e escolas ainda não incorporaram.
Além disso, também comentamos sobre alguns dos entraves em se adotar novos conceitos educacionais que se alinhem à evolução tecnológica:
- corporativismo docente;
- estrutura do sistema de ensino (que ainda privilegia o conteúdo - vide vestibular, em detrimento das competências e habilidades);
- falta de métodos consistentes para a incorporação de novas tecnologias;
- carência de softwares de gestão do conhecimento e programas educacionais que possam ser embarcados em equipamentos de ponta, como os tablets.
Esses foram alguns dos problemas apontados e que merecem a atenção de educadores e gestores educacionais para que haja o tão esperado salto qualitativo da nossa educação.
Entenda mais sobre o problema: http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas/mateusprado/escola+tenta+ensinar+demais+mas+nao+consegue+nem+o+necessario/c1238097214471.html
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domingo, fevereiro 06, 2011
iPad na educação
Troque a mochila pelo tablet
De um jeito ou de outro o problema das pesadas e desumanas mochilas escolares está encontrando alternativas de solução. Antes, a ideia era colocar escaninhos espalhados pelas escolas para que os alunos deixassem ali o "peso da responsabilidade" estudantil.
Solução "meia-boca", pois ainda são obrigados a revezar o pesado material ao deixar a escola. Ninguém se lembrou de que utilizam-no para fazer as tarefas de casa.
Outra solução, essa de fato mais duradoura, seria atualizar o conceito e o modelo de escola, vigentes. A era do conteudismo já acabou, mas nossos educadores ainda fincam o pé nesse território. Para manter no alto essa bandeira, precisam de um astronômico aparato de livros e cadernos. Coitados dos alunos que durante anos arrastam esse pesado fardo e, ao chegarem à vida adulta, ou sentem a obsolescência de todo aquele conteúdo ou percebem que não fazem a menor ideia de como utiliza-lo.
Mas, para amenizar as coisas, uma outra alternativa vem se juntar às anteriores. O arrojado e inovativo ambiente da tecnologia proporcioinou a recente difusão dos tablets. Com eles é possível reunir todo o material didático a ser utilizado num único e leve aparelhinho. E com inúmeras vantagens de conecção com a internet, visualização de filmes, acesso a e-books, videoconferência, jogos e por aí vai. Ao vivo e em cores! Instantâneo...
Como já havíamos cantado a pedra tempos atrás, algumas escolas já perceberam as vantagens e começaram a fazer deles uso obrigatório. A maioria nos Estados Unidos, onde vem se tornando material obrigatório para os alunos. As próprias escolas criaram, também, alternativas de acesso aos equipamentos, desde financiamentos até leasing e comodato, de modo que os alunos possam desfrutar dessa facilidade.
Acontece, porém, que dois entraves ainda persistem. O primeiro, velho conhecido, é a aversão dos professores à inovação. O corporativismo faz voz uníssona e rejeita qualquer tentativa de novos ares no segmento.
O segundo, deve-se, ao meu ver, à falta de aplicativos direcionados ao segmento educacional. Não se trata apenas de copiar o livro impresso para a versão digital. É mais que isso. Muito mais. Por ser um equipamento multimídia, será necessário reinventar métodos e formas de aprendizagem para que se possa tirar proveito de todo esse potencial. E aí voltamos ao primeiro entrave: os educadores.
Para resumir, deixo então a dica para o pessoal da tecnologia aplicada: A bola da vez são os aplicativos educacionais para tablets, em especial, para o iPad.
Agora é correr...
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sexta-feira, janeiro 21, 2011
Carreira e pós-carreira
Vai pendurar as chuteiras?
Momento importante na carreira de qualquer profissional é aquele em que chega a hora de pendurar as chuteiras. Seja um executivo, um profissional liberal ou um empresário, chega um momento em que não dá mais pra manter o mesmo pique e é necessário partir pra outra.
Já pensou nisso? Para algumas dicas, ouça o podcast no link, abaixo. Como tudo na vida, vale a pena planejar.
http://revistaepocanegocios.globo.com/Mp3Podcasts/47_pod/PTDC_avidanoposcarreira_jan11.mp3
Momento importante na carreira de qualquer profissional é aquele em que chega a hora de pendurar as chuteiras. Seja um executivo, um profissional liberal ou um empresário, chega um momento em que não dá mais pra manter o mesmo pique e é necessário partir pra outra.
Já pensou nisso? Para algumas dicas, ouça o podcast no link, abaixo. Como tudo na vida, vale a pena planejar.
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cyberbullying
Cyberbullying... mais um vírus da internet?
Muito se tem dito sobre as redes sociais. Mais ainda sobre o bullying, um tema ressonante, principalmente, nas famílias e escolas por todo canto do país. Juntando as duas coisas e somando o uso maciço da internet pelos jovens, um estudo recente, realizado pela Safernet Brasil, entrevistou 2159 jovens e 732 educadores sobre a nova versão dessa praga: o cyberbullying. Confira alguns dados da pesquisa relativos aos docentes:
• 6% deles souberam de casos de aliciamento sexual de crianças pela internet;
• 50% consideram que as informações existentes para se trabalhar o assunto nas escolas é insuficiente, sendo que 24% desconhecem qualquer tipo de programa que trate do tema;
• 77% dos docentes afirmam que é comum o comentário dos alunos, dentro de sala de aula, acerca do que fazem na internet;
• Mesmo diante dos perigos, 90% dos docentes reconhecem que a tecnologia e a internet têm efeito positivo na vida dos seus alunos.
• E, pra terminar, 99% dos professores entende que a discussão sobre a segurança na internet é um dever da escola.
E você, o que pensa sobre a exposição de crianças e jovens na internet?
terça-feira, janeiro 18, 2011
Sociedade e Política
Mas a democracia também tem o seu lado justo. Ela impõe uma contrapartida. A da eficiente gestão desses recursos. Ela parte da premissa de que os governantes sejam competentes, éticos e honestos o suficiente para gerir toda essa riqueza. Acontece, porém, que no Brasil, é justamente nesse ponto que a coisa se complica.
Um exemplo recente? A tragédia de verão que vem assolando os estados da Região Sudeste. Ela apenas corrobora a irresponsabilidade dos nossos políticos na gestão dos recursos públicos. Pagar o mensalão, tudo bem. Mas gastar com infraestrutura, aí não dá, não é?
O exacerbado populismo do governo recente e a ineficiência de tantos outros que exerceram o poder anteriormente, apenas deixaram clara, nos acontecimentos recentes, a falta de compromisso para com aqueles que depositam, compulsoriamente, parte do seu minguado dinheirinho nos cofres públicos.
Mas alguns movimentos recentes da sociedade, mesmo em meio à dor da tragédia, me deixaram um pouco mais animado. Pessoas, inúmeras pessoas, como é da índole do povo brasileiro, têm procurado ajudar os desabrigados, encaminhando suas doações. E nessa ação, dois fatos me chamaram a atenção.
Fato velho: Grande parte das doações foi desviada pelas mãos leves de políticos e gestores públicos para locupletarem-se. Simplesmente não chegaram ao seu destino final. Isso já não é novidade, certo?
O fato novo: Um número crescente de doadores tem buscado contribuir utilizando organizações confiáveis, como intermediárias. Leiam-se, organizações não governamentais, como a Cruz Vermelha e outras tantas!
Bingo! Ponto para a democracia! É por esta terceira via (organizações que não são públicas, nem privadas) que as contribuições chegam, de fato, às mãos dos que delas necessitam. Um caminho menos tortuoso, com menos acidentes de percurso.
Por analogia, eu pergunto: já pensaram se pudéssemos fazer isso com os nossos impostos? Direcioná-los às instituições sérias que fariam bom uso do nosso dinheiro, ao invés de abastecermos contas bancárias de corruptos nos paraísos fiscais; pagar pelo aparelhamento e inchaço dos cargos públicos ou pagar por um novo avião para o presidente? Lembro que o valor hoje permitido pelo imposto de renda para doações é ínfimo...
Tenho certeza de que, ao contrário do que acontece quando pagamos nossos impostos, receberíamos uma prestação de contas confiável, veríamos resultados concretos da nossa ação e, finalmente, não teríamos a sensação de desfilarmos com aquela bolinha vermelha no nariz, sempre que catástrofes como as do Rio acontecem ou quando mais um escândalo promovido pelos nossos políticos toma conta dos noticiários. Então,vamos nos mexer?
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sexta-feira, janeiro 14, 2011
Copa 2014
Copa 2014.
Como seria bom!
O Brasil é o país ideal para sediar uma Copa do Mundo. Povo acolhedor, alegre, amante do futebol. Por isso mesmo, seria muito bom realizar aqui a Copa de 2014. Seria.
Seria ótimo se, antes dela, a montanha de dinheiro que será investida na reforma e construção de estádios fosse canalizada para melhorar a educação dos brasileiros. Ou, se o rio de dólares que que vai jorrar na forma de propinas das empreiteiras, irrigasse o sistema de saúde para que o cidadão alegre, mas de saúde frágil, tivesse a dignidade de ser prontamente atendido pelo sistema único de saúde.
Seria mesmo muito bom acolher a Copa de 2014, se o gasto com os projetos de hotelaria e infraestrutura fosse, antes, direcionado para levar esgoto e água tratada para todos os lares tupiniquins. Seria melhor ainda se essa dinheirama toda servisse para humanizar as nossas favelas ou executar obras de contenção das áreas de risco das cidades, onde, todo ano, centenas de mortes acontecem assim que o período de chuvas se acirra.
Seria muito bom receber a Copa de 2014, se os engenheiros e arquitetos envolvidos em obras de estádios e concentrações fossem utilizados, antes, para resolver os problemas do trânsito nas nossas metrópoles ou para construir moradias para os irmãos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza.
E como seria bom realizar a Copa de 2014 se, antes dela, a pilha de dinheiro investido na logística, inteligência e organização da segurança das cidades-sede durante o evento, fosse despejada na luta pela erradicação do crime organizado e na melhoria do aparato policial.
Enfim, seria mesmo muito bom receber povos-irmãos se, antes disso, a importância dada à Copa de 2014 pelos governos populistas fosse da mesma ordem que a usada para extirpar a corrupção que reina entre os nossos políticos. Seria um orgulho para nós, brasileiros, que eles fossem tratados com o mesmo rigor dos demais criminosos. Que a festa da multiplicação das “boquinhas” para os apaniguados do poder não mais fosse vista, diariamente, nas manchetes de nossos jornais.
Porque a verdade é que, nunca antes na história desse país, a farra com o dinheiro público, e a impunidade, foram tão grandes.
Que Deus abençoe a Copa, mas que tenha misericórdia do nosso povo!
Como seria bom!
Seria ótimo se, antes dela, a montanha de dinheiro que será investida na reforma e construção de estádios fosse canalizada para melhorar a educação dos brasileiros. Ou, se o rio de dólares que que vai jorrar na forma de propinas das empreiteiras, irrigasse o sistema de saúde para que o cidadão alegre, mas de saúde frágil, tivesse a dignidade de ser prontamente atendido pelo sistema único de saúde.
Seria mesmo muito bom acolher a Copa de 2014, se o gasto com os projetos de hotelaria e infraestrutura fosse, antes, direcionado para levar esgoto e água tratada para todos os lares tupiniquins. Seria melhor ainda se essa dinheirama toda servisse para humanizar as nossas favelas ou executar obras de contenção das áreas de risco das cidades, onde, todo ano, centenas de mortes acontecem assim que o período de chuvas se acirra.
Seria muito bom receber a Copa de 2014, se os engenheiros e arquitetos envolvidos em obras de estádios e concentrações fossem utilizados, antes, para resolver os problemas do trânsito nas nossas metrópoles ou para construir moradias para os irmãos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza.
E como seria bom realizar a Copa de 2014 se, antes dela, a pilha de dinheiro investido na logística, inteligência e organização da segurança das cidades-sede durante o evento, fosse despejada na luta pela erradicação do crime organizado e na melhoria do aparato policial.
Enfim, seria mesmo muito bom receber povos-irmãos se, antes disso, a importância dada à Copa de 2014 pelos governos populistas fosse da mesma ordem que a usada para extirpar a corrupção que reina entre os nossos políticos. Seria um orgulho para nós, brasileiros, que eles fossem tratados com o mesmo rigor dos demais criminosos. Que a festa da multiplicação das “boquinhas” para os apaniguados do poder não mais fosse vista, diariamente, nas manchetes de nossos jornais.
Porque a verdade é que, nunca antes na história desse país, a farra com o dinheiro público, e a impunidade, foram tão grandes.
Que Deus abençoe a Copa, mas que tenha misericórdia do nosso povo!
terça-feira, dezembro 21, 2010
Cultura & Inovação
Salada de Novidades
O ano vai terminando mas o mundo não para de girar. Aliás, parece que cada dia ele gira mais rápido. Cheguei a poucos dias de um retiro na vizinha Buenos Aires e já percebi que tinha ficado para trás. Perdi o lugar na fila enquanto fui ali e voltei. Como dizem os mais jovens, "a fila andou".
Correndo pra não perder de vez o ritmo, encontrei algumas novidades que valem a pena comentar. A primeira delas é o novo Facebook. Ele propõe uma nova revolução na rede a partir de 2011. Trata-se de um serviço que integra e-mail a outros serviços, como chat e SMS, centralizando as conversas em um único histórico e em um novo formato que deve estimular outros mercados devido sua praticidade e diferencial. E eu fico me perguntando como as escolas e os especialistas em educação estão vendo essas alternativas de comunicação sem criarem uma utilidade prática para elas dentro de um processo de ensino-aprendizagem.
Isso é perfeitamente possível. Existem brechas para educar e formar usando espaços inaproveitados, como fez a uma editora tailandesa, de onde vem a outra pitada de inovação. Ela percebeu a oportunidade de divulgar seus títulos num daqueles momentos em que a gente se sente um verdadeiro inútil: aguardando numa fila para ser atendido.
Conforme matéria publicada na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, "A primeira inovação foi inserir resumos dos seus livros mais recentes nas senhas que as pessoas precisam pegar para serem atendidas. A empresa fez o mesmo com jogos americanos de restaurantes, que têm forma de um livro aberto e resumos das obras.
A empresa tailandesa ainda criou, também, um aplicativo para ser inserido em páginas em que o usuário precisa esperar até que algum dispositivo esteja completamente carregado. Basta escolher um dos livros que estão dispostos em “estante” virtual para ler enquanto espera um vídeo ser carregado, por exemplo."
Por aí se vê o quanto uma mente criativa e um olhar observador podem fazer. Será que tudo isso não inspira nossos estudiosos a criarem metodologias educativas ou aplicarem nas escolas inovações gerenciais que possam dar a elas uma nova dinâmica de organização, funcionamento e resultados?
Vamos pensar fora do quadrado!
O ano vai terminando mas o mundo não para de girar. Aliás, parece que cada dia ele gira mais rápido. Cheguei a poucos dias de um retiro na vizinha Buenos Aires e já percebi que tinha ficado para trás. Perdi o lugar na fila enquanto fui ali e voltei. Como dizem os mais jovens, "a fila andou".
Correndo pra não perder de vez o ritmo, encontrei algumas novidades que valem a pena comentar. A primeira delas é o novo Facebook. Ele propõe uma nova revolução na rede a partir de 2011. Trata-se de um serviço que integra e-mail a outros serviços, como chat e SMS, centralizando as conversas em um único histórico e em um novo formato que deve estimular outros mercados devido sua praticidade e diferencial. E eu fico me perguntando como as escolas e os especialistas em educação estão vendo essas alternativas de comunicação sem criarem uma utilidade prática para elas dentro de um processo de ensino-aprendizagem.
Isso é perfeitamente possível. Existem brechas para educar e formar usando espaços inaproveitados, como fez a uma editora tailandesa, de onde vem a outra pitada de inovação. Ela percebeu a oportunidade de divulgar seus títulos num daqueles momentos em que a gente se sente um verdadeiro inútil: aguardando numa fila para ser atendido.
Conforme matéria publicada na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, "A primeira inovação foi inserir resumos dos seus livros mais recentes nas senhas que as pessoas precisam pegar para serem atendidas. A empresa fez o mesmo com jogos americanos de restaurantes, que têm forma de um livro aberto e resumos das obras.
A empresa tailandesa ainda criou, também, um aplicativo para ser inserido em páginas em que o usuário precisa esperar até que algum dispositivo esteja completamente carregado. Basta escolher um dos livros que estão dispostos em “estante” virtual para ler enquanto espera um vídeo ser carregado, por exemplo."
Por aí se vê o quanto uma mente criativa e um olhar observador podem fazer. Será que tudo isso não inspira nossos estudiosos a criarem metodologias educativas ou aplicarem nas escolas inovações gerenciais que possam dar a elas uma nova dinâmica de organização, funcionamento e resultados?
Vamos pensar fora do quadrado!
segunda-feira, novembro 29, 2010
Geração Y e educação
Geração Y, classe C
Um recente encontro de líderes empresariais promovido pela revista Época Negócios apresentou uma nova realidade vivida pelas organizações. A ascenção das classes C e D, proporcionada pela estabilidade econnômica tem gerado significativa mudança na composição do quadro de alunos das universidades. "Segundo pesquisa do instituto Data Popular, apresentada por Rolando Pelliccia, da Hay Group, a população brasileira que está nas universidades cresceu 57% de 2002 para cá. Hoje o Brasil tem 5,8 milhões de universitários. Além da quantidade, o perfil desses jovens mudou. Há oito anos esse público era formado por 25% de pessoas da classe A, 30% da classe B, 39% da classe C, 5% da classe D, e 1% da E. Hoje, temos nas universidades, 7% de pessoas da classe A, 19% da classe B, 58% da classe C, 15% da classe D e 1% da classe E.
O resultado dessa mudança já começa a ser sentido no mercado de trabalho. É que o perfil dos recém-formados virá da classe C, é de pessoas que encaram o ensino superior a possibilidade de mudar de vida e chegam a investir até 70% de sua renda em educação. Isso faz com que os novos formandos venham de universidades de segunda linha e tenham uma base precária, uma vez que também são provenientes de escolas de menor qualidade. Ou seja, esses jovens estão, na maioria das vezes, incapacitados de exercer suas profissões após saírem das faculdades.
Outro fator importante é que essas pessoas se contrapõem ao perfil clássico da geração Y, de comportamento mais arredio, com pouco apego aso valores corporativos e impaciente. É que para "alguém da classe C, ficar sem emprego pode significar falta de dinheiro para pagar as contas no fim do mês."
Essa situação exigirá mais das chefias imediatas, uma vez que elas exercem grande influência ao lidar com esses profissionais. E você, está preparado?

O resultado dessa mudança já começa a ser sentido no mercado de trabalho. É que o perfil dos recém-formados virá da classe C, é de pessoas que encaram o ensino superior a possibilidade de mudar de vida e chegam a investir até 70% de sua renda em educação. Isso faz com que os novos formandos venham de universidades de segunda linha e tenham uma base precária, uma vez que também são provenientes de escolas de menor qualidade. Ou seja, esses jovens estão, na maioria das vezes, incapacitados de exercer suas profissões após saírem das faculdades.
Outro fator importante é que essas pessoas se contrapõem ao perfil clássico da geração Y, de comportamento mais arredio, com pouco apego aso valores corporativos e impaciente. É que para "alguém da classe C, ficar sem emprego pode significar falta de dinheiro para pagar as contas no fim do mês."
Essa situação exigirá mais das chefias imediatas, uma vez que elas exercem grande influência ao lidar com esses profissionais. E você, está preparado?
sexta-feira, novembro 26, 2010
Comunicação
No futuro, vamos falar em bits... Será?
Já faz muito tempo que venho esperando o momento em que o mundo falará um só idioma.
Durante anos, aqui no Brasil, profissionais dos mais variados segmentos vêem se esforçando para aprender inglês, espanhol ou mandarim, línguas predominantes no ambiente integrado dos negócios. Por outro lado, estudantes de todos os cantos caminham no mesmo sentido, a partir da oferta de escolas de idiomas ou do próprio currículo da educação regular.
No solo tupiniquim, como de resto em várias outras partes do planeta, empresários do segmento educacional e seus executivos-gestores têm investido na crescente oferta de produtos que vão do simples curso de línguas até pomposos programas de intercâmbio cultural. As razões são no mínimo, justificáveis, uma vez que a necessidade de comunicação num mundo sem fronteiras é uma realidade.
Mas, o que parecia ser uma tendência irrefutável do processo de integração internacional, a chamada globalização da lingua, entretanto, parece ter tomado um outro rumo, recentemente. Entrando pela contramão desta lógica, empresas de tecnologia preconizam justamente o inverso: a tendência futura é de que os povos valorizem, cada vez mais, suas raízes, seus costumes e sua língua pátria, reforçando suas tradições e transmitindo-as às gerações futuras na sua forma original.
Como assim? Onde fica a integração planetária e a necessidade dos povos de se comunicar uns com os outros?
A resposta: ela fica por conta da tecnologia. Cientistas do mundo todo trabalham no aprimoramento de sistemas inteligentes que permitirão, ao mais comum dos cidadãos de qualquer país, se comunicar com outro em qualquer lugar do planeta, sem ao menos conhecer um mínimo que seja o idioma utilizado do outro lado da fronteira.
Tradutores simultâneos, dotados de sistemas inteligentes, farão todo o trabalho em tempo real. E isso não se restringe apenas à linguagem escrita, mas também através de comando de voz. Google, Yahoo, Microsoft e tantas outras empresas de tecnologia vêm fazendo uma corrida silenciosa para tornar esse sonho possível.
Na linguagem escrita, ainda que esta realidade não esteja madura e acabada, ela já está presente na internet. Mas a idéia dos pesquisadores é ir além, com softwares inteligentes adaptados para uso em computadores e celulares.
Pensando agora como um gestor educacional, você consegue enxergar o alcance dessa inovação e o que tem isso a ver com as nossas escolas atuais?
Pense no produto oferecido hoje e o que será dele quando esta tecnologia estiver disponível. O que será das aulas de idiomas? Dos programas de intercâmbio cultural? Dos cursos de línguas?
É evidente que haverá mudanças profundas, muito embora não possamos afirmar que esses “produtos” estejam fadados ao extermínio. O aprendizado da língua estrangeira será um fator importante na compreensão de fatos históricos, na leitura de obras-primas da literatura universal e no entendimento dos costumes de outros povos.
No caso dos programas de intercâmbio cultural, a conotação que ganhará força se voltará para a possibilidade de interação com outros povos, vivendo e convivendo com costumes, folclore e valores diversos, sem a barreira da língua, facilitando nesse caso, o convívio e a aproximação entre as pessoas.
No campo dos negócios, caberá aos gestores e empreendedores educacionais reposicionar seus produtos, criando novas perspectivas de trocas de experiência internacional para os estudantes, formando parcerias com instituições educacionais além de suas fronteiras e, com isso, aumentando a oferta de valor agregado.
Já as grandes redes educacionais terão a oportunidade de aproveitar conteúdos mais avançados, disponíveis em outros países, assim como a possibilidade de ampliação das pesquisas interativas e das alianças estratégicas com centros de educação mundo afora. Bibliotecas de todas as partes do planeta passarão a fazer parte do universo de pesquisa das escolas locais.
Na esfera de materiais em multimídia, audiobooks, vídeos e outros complementos poderão ser utilizados na sua versão original.
O ganho mais importante, entretanto, acontecerá no viés social, pela possibilidade de inclusão gerada a partir dessa tecnologia. Imagine milhões de pessoas sem acesso à educação formal, podendo conversar livremente com cidadãos de qualquer parte do planeta. Um universo de possibilidades se abrirá nesse momento, favorecendo as classes menos abastadas e incluindo na economia formal agentes até agora marginalizados.
Será sem dúvida uma grande confraternização global. Para os empreendedores educacionais, a oportunidade ímpar de ruptura de velhos paradigmas. Para executivos e gestores do segmento, uma a oportunidade de trocar informações com profissionais do mundo inteiro, sem o obstáculo da língua.
Aos professores, além da perspectiva positiva de formação continuada e participação em grupos de estudos espalhados pelo mundo inteiro, resta um alerta: a concorrência não mais se restringirá aos docentes da escola da esquina, mas aos profissionais dos quatro cantos do planeta. A conseqüência é a queda no poder de barganha do principal fornecedor das escolas, e um impulso à melhoria da qualidade dos professores...
É evidente que estas são apenas algumas pontas visíveis do iceberg... Já pensou no que está por debaixo da superfície?
(artigo publicado também pela Revista Gestão Educacional)
sexta-feira, novembro 12, 2010
quarta-feira, outubro 20, 2010
Educação Internacional
Rapidinhas...
Algumas notícias interessantes para o pessoal que curte educação ou está interessado em participar de algum curso no exterior.
Para o primeiro as inscrições ficam abertas até 1 de novembro. Já os interessados em conseguir uma oportunidade na área de pesquisas o prazo termina no dia 15 de dezembro.
Parceria levará estudantes brasileiros ao Canadá
Convênio firmado na última semana pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Association of Canadian Community Colleges (ACCC) possibilitará o intercâmbio de estudantes das Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica em escolas técnicas canadenses.
Instituição alemã oferece bolsas para brasileiros
Três programa de bolsas de estudo do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) voltados a brasileiros interessados em estudar na Alemanha estão com inscrições abertas.
As oportunidades são para especialização em Artes Plásticas, Design e Cinema, e bolsas de pesquisa sobre Proteção ao Clima.
Para o primeiro as inscrições ficam abertas até 1 de novembro. Já os interessados em conseguir uma oportunidade na área de pesquisas o prazo termina no dia 15 de dezembro.
terça-feira, setembro 21, 2010
Vestibular inovador
Novos Ares
É sabido que o segmento educacional é um dos mais conservadores do mundo. Algumas instituições, entretanto, vêem tentando se ajustar aos novos tempos incorporando ferramentas mais modernas aos seus sistemas de ensino e vestibulares.
Veja algumas dessas iniciativas.
Em Bolonha (Itália), a recessão econômica transformou um curso na Universidade do Sorvete, num verdadeiro sucesso em 2009. Após perderem o emprego em grandes bancos e empresas, dezenas de executivos decidiram tentar a mão como empreendedores no maravilhoso mundo do sorvete italiano, aumentando em 90% o número de inscritos em relação ao ano anterior, que era de 6 mil alunos. Os estudantes, que pagam o equivalente a R$ 1.800 por semana por um dos seis cursos oferecidos na Carpigiani Gelato University, incluem também chefs vindos da Austrália, China, Sudão, Líbano e Reino Unido. Mais... (http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI119191-16367,00-COM+RECESSAO+EXECUTIVOS+VAO+REFRESCAR+IDEIAS+NA+UNIVERSIDADE+DO+SORVETE.html)
A Missouri University publicou uma regra que diz que, a partir das novas turmas que começam no outono deste ano (nos Estados Unidos, em setembro), todos os alunos de graduação de jornalismo são obrigados a ter ou um iPod Touch, ou um iPhone.
Segundo a universidade, o aparelho servirá para que os estudantes recebam palestras da própria faculdade, informações e outros complementos para as aulas assistidas. Os vídeos serão enviados pelo iTunes, a loja de mídias da Apple, e a universidade diz que não será cobrada nenhuma taxa para que os estudantes baixem os vídeos. Para os estudantes que provarem não ter condições de comprar ou o iPhone, ou o iPod Touch, a universidade oferece financiamentos, por meio de recursos para crédito estudantil do governo dos Estados Unidos. Mais...(http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI72133-16382,00-FACULDADE+EXIGE+IPOD+TOUCH+OU+IPHONE+PARA+ALUNOS+DE+GRADUACAO.html)
Será que os novos tempos, enfim, estão chegando à escola?
quinta-feira, setembro 02, 2010
Recursos Humanos
Mulheres preferem os homens, como chefes
Mesmo considerando as tendências atuais que indicam um equilíbrio entre os sexos em relação à força de trabalho, uma pesquisa realizada pelo site One Poll, no Reino Unido, aponta que 67% das mulheres preferem ter um homem como chefe .
As razões apontadas por elas: eles são mais direcionados, sabem delegar tarefas e estão mais dispostos a elogiar um trabalho bem feito.
Na contramão da revolução feminina, as mulheres também justificaram sua preferência dado o fato de os homens terem mais autoridade e serem mais diretos que as contrapartidas do sexo feminino.
Pra complementar, quatro em cada dez mulheres entrevistadas afirmaram que teriam um desempenho melhor que suas atuais chefes.
Sinal dos tempos?
Mesmo considerando as tendências atuais que indicam um equilíbrio entre os sexos em relação à força de trabalho, uma pesquisa realizada pelo site One Poll, no Reino Unido, aponta que 67% das mulheres preferem ter um homem como chefe .
As razões apontadas por elas: eles são mais direcionados, sabem delegar tarefas e estão mais dispostos a elogiar um trabalho bem feito.
Na contramão da revolução feminina, as mulheres também justificaram sua preferência dado o fato de os homens terem mais autoridade e serem mais diretos que as contrapartidas do sexo feminino.
Pra complementar, quatro em cada dez mulheres entrevistadas afirmaram que teriam um desempenho melhor que suas atuais chefes.
Sinal dos tempos?
sexta-feira, agosto 20, 2010
Internet
Tecnologias interativas e o fim dos congestionamentos
Já ouviu falar de tecnologias interativas? Pois pode começar a se inteirar. Engenheiros acreditam que um sistema de internet para carros poderá contribuir para a organização do trânsito e a diminuição do stress dos motoristas. Segundo eles, isto não apenas é possível, como já está ao alcance da tecnologia.
Embora não possa controlar diretamente a irritação dos motoristas, a internet dos carros promete um sistema viário projetado a partir de tecnologias cooperativas, permitindo que cada elemento do sistema de trânsito - carros, motoristas, semáforos, placas de sinalização - coopere proativamente para criar um trânsito mais eficiente e mais seguro.
Veja só como a coisa funciona. Imagine um dia chuvoso. Antes de você pegar o carro pela manhã, o seu celular te acorda 10 minutos mais cedo, porque a chuva está tornando o trânsito mais lento.
No trajeto para o trabalho, sem que tenha ouvido qualquer sirene, o painel de instrumentos do seu carro começa a emitir um aviso: "Veículo de emergência de passagem no próximo cruzamento!"
Seu carro imediatamente aciona o sistema de frenagem, que vai diminuindo gradualmente a velocidade, porque o semáforo à sua frente muda a programação, passa para o amarelo e, em seguida, para o vermelho. Na outra via, o carro de bombeiros passa velozmente porque sabe que encontrará uma sequência de sinais verdes à sua frente até chegar ao local do acidente.
Pra você não ficar agarrado na área do acidente, antes mesmo que o semáforo passe para o verde, o navegador do seu carro sugere um desvio para evitar a região congestionada.
E tem prêmio! Como o sistema é cooperativo, ao seguir as orientações você ganha bônus, uma espécie de "quilômetros ecológicos", pontos concedidos aos motoristas cuidadosos. Esses bônus são resgatáveis na forma de uma série de privilégios, como poder dirigir no centro da cidade, usar os corredores de ônibus fora da hora do rush e exceções nos dias de rodízio.
Ao entrar no estacionamento, seu copiloto automático lê uma mensagem em viva-voz, transmitida pelo carro atrás de você. É seu colega, perguntando se você tem tempo para um café. Você provavelmente terá, graças aos minutos preciosos ganhos com a ajuda da internet dos carros.
Entusiasmado? Pois isso tudo será possível graças ao chamado sistema de transportes inteligente, que já está em desenvolvimento nos Estados Unidos, Japão e na Europa.
O chamado Projeto CVIS (Cooperative Vehicle-Infrastructure System) já conta com a adesão de 62 parceiros, incluindo universidades, institutos de pesquisas e empresas.
Mas por aqui, pelo menos por enquanto, pode reservar um tempinho a mais para os deslocamentos, pois o trânsito ainda vai continuar infernal.
Veja só como a coisa funciona. Imagine um dia chuvoso. Antes de você pegar o carro pela manhã, o seu celular te acorda 10 minutos mais cedo, porque a chuva está tornando o trânsito mais lento.
No trajeto para o trabalho, sem que tenha ouvido qualquer sirene, o painel de instrumentos do seu carro começa a emitir um aviso: "Veículo de emergência de passagem no próximo cruzamento!"
Seu carro imediatamente aciona o sistema de frenagem, que vai diminuindo gradualmente a velocidade, porque o semáforo à sua frente muda a programação, passa para o amarelo e, em seguida, para o vermelho. Na outra via, o carro de bombeiros passa velozmente porque sabe que encontrará uma sequência de sinais verdes à sua frente até chegar ao local do acidente.
Pra você não ficar agarrado na área do acidente, antes mesmo que o semáforo passe para o verde, o navegador do seu carro sugere um desvio para evitar a região congestionada.
E tem prêmio! Como o sistema é cooperativo, ao seguir as orientações você ganha bônus, uma espécie de "quilômetros ecológicos", pontos concedidos aos motoristas cuidadosos. Esses bônus são resgatáveis na forma de uma série de privilégios, como poder dirigir no centro da cidade, usar os corredores de ônibus fora da hora do rush e exceções nos dias de rodízio.
Ao entrar no estacionamento, seu copiloto automático lê uma mensagem em viva-voz, transmitida pelo carro atrás de você. É seu colega, perguntando se você tem tempo para um café. Você provavelmente terá, graças aos minutos preciosos ganhos com a ajuda da internet dos carros.
Entusiasmado? Pois isso tudo será possível graças ao chamado sistema de transportes inteligente, que já está em desenvolvimento nos Estados Unidos, Japão e na Europa.
O chamado Projeto CVIS (Cooperative Vehicle-Infrastructure System) já conta com a adesão de 62 parceiros, incluindo universidades, institutos de pesquisas e empresas.
Mas por aqui, pelo menos por enquanto, pode reservar um tempinho a mais para os deslocamentos, pois o trânsito ainda vai continuar infernal.
quinta-feira, julho 22, 2010
Web 2.0
Planejamento Estratégico da WEB
Deixo aqui o link para a palestra pois acredito que possa ser útil para aqueles que não são especialistas no assunto mas que, como eu, necessitam intensamente dessa ferramenta para o trabalho e, por que não, para matar o tempo, estudar, conviver nas redes, etc, etc, etc.
http://epocanegocios.isat.com.br/Videos/353
Bom proveito.
Muito se tem falado sobre a WEB 2.0. Acontece que, como tudo na internet, esse também é um assunto novo e que nem todo mundo sabe direito o que é. Navegando outro dia, encontrei uma palestra interessante do Manoel Fernandes, sócio da BITES, que é especialista em planejamento estratégico de mídias.
Deixo aqui o link para a palestra pois acredito que possa ser útil para aqueles que não são especialistas no assunto mas que, como eu, necessitam intensamente dessa ferramenta para o trabalho e, por que não, para matar o tempo, estudar, conviver nas redes, etc, etc, etc.
http://epocanegocios.isat.com.br/Videos/353
Bom proveito.
domingo, junho 27, 2010
Empregos Verdes
Profissões sustentáveis
Auditor de Energia, Professor de Sustentabilidade e especialidades na área de engenharia começam a ocupar seu lugar entre as chamadas profissões sustentáveis. São as carreiras verdes, emergindo num mercado que começa a exigir formações específicas. Um estudo realizado pelo Green Building Council dos EUA, estima que os projetos de construção ambientalmente corretos acrescentarão 7,9 milhões de empregos verdes e US$ 554 milhões para a economia americana até 2012. Imagine isso pelo resto do mundo...
Só para se ter uma idéia do que fazem essas novas ocupações.
Auditor de Energia é um profissional responsável por avaliar e determinar quais são as melhorias que devem ser feitas para aumentar a eficiência energética de casas, como o isolamento ou a substituição das janelas.
Professores de Sustentabilidade: esses profissionais não possuem graduação em Educação, mas detêm a experiência da vida real relacionada com a indústria da construção, como design de interiores e arquitetura. Quanto mais atenção é dispensada aos empregos verdes, mais centros de formação voltados ao segmento estão surgindo, como o Green Education Services, uma empresa sediada em Nova York, que oferece formação em tecnologia de construção verde e auditorias energéticas. Daí a demanda lógica por esses profissionais.
Engenheiros: Estes profissionais são necessários em projetos de construções "verdes", diz Tad Radzinski, presidente da Sustainable Solutions Corp, uma empresa de consultoria verde em Royersford. Os engenheiros civis podem ajudar a determinar o melhor local para um prédio verde e projetar sistemas para lidar com o escoamento da água, um fator importante em design ecológico. Eles também têm que fazer a gestão de águas pluviais, porque, muitos dos trabalhos de construção verde, consideram a forma como a água da chuva é gerida e tratada.
Enquanto isso, os engenheiros mecânicos podem ajudar o design do aquecimento, arrefecimento e sistemas de ventilação que são compatíveis com os padrões das construções verdes.
Vendedor de equipamentos para energia eólica é mais um emprego do futuro. Com instituições fornecendo créditos fiscais de até 30% do custo de sistemas de energia renováveis, tais como turbinas eólicas, não é nenhuma surpresa que muitas pessoas estão encontrando empregos verdes como vendedores de equipamentos desta natureza.
Especialistas em Climatização: profissionais nessa área realizam a readequação das casas com janelas novas, isolamento e outros produtos para aumentar sua eficiência energética. Pra você ter uma idéia, a climatização residencial é tão importante que recebeu US$ 5 bilhões do American Recovery and Reinvestment Act, segundo informou Fred Humphreys, presidente do Home Builders Institute, o braço de desenvolvimento de força de trabalho da National Association of Home Builders.
Bom, se você está de olho no futuro, este é um caminho sem volta. Comece agora a se preparar. Se quiser conhecer mais sobre o assunto, acesse o site http://www.greencareersguide.com/ , voltado para empregos verdes.
Quem sabe você não encontra lá a sua nova carreira?
terça-feira, junho 08, 2010
Mercado de Trabalho
Prepare-se para ser negociado no Mercado de Capitais
Com a valorização cada vez maior do conhecimento, os ativos pessoais podem se converter em investimentos negociáveis
O que você faria se soubesse que, futuramente, seus talentos poderão ser negociados num mercado de capital humano?
Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho vem passando por uma revolução sem precedentes, em todo o mundo. A cada dia cresce a exigência de um maior nível de qualificação dos profissionais. No Brasil, em particular, a situação apresenta contornos bastante preocupantes, considerando-se o tamanho da população economicamente ativa e o nível educacional dos brasileiros.
Pressionadas pela necessidade de maior competitividade e ganhos de produtividade, as empresas têm sido forçadas a promover um contínuo processo de achatamento nas suas estruturas organizacionais, ocasionando, como consequência, sucessivos cortes no número de empregados,.
Segundo pesquisa realizada pela professora Christina Larroudé, da Fundação Getúlio Vargas, “o número de níveis hierárquicos das empresas no país caiu de 25 para seis nos últimos dez anos.” Na prática, isso quer dizer que ficou ainda mais acirrada a disputa pela ascensão vertical nas organizações.
Se por um lado o nível de exigências vem crescendo, por outro esse ambiente competitivo está tornando cada vez mais valorizados os talentos individuais. Fazer a diferença passou a ser um fator de crescimento profissional em qualquer segmento.
As empresas, atentas a esse movimento e sempre ávidas pela captação e retenção desses talentos, têm procurado formatar e sofisticar suas ferramentas de Recursos Humanos. Nessa direção, uma pesquisa realizada pela Hay do Brasil, constatou que 41% das empresas pesquisadas já possuem planos de remuneração baseados no desempenho dos seus profissionais. Além disso, a mesma pesquisa indica que 40% das organizações pontocom trabalham com incentivos de longo prazo, como as opções de compra de ações por parte de seus colaboradores.
Em contrapartida, na era do conhecimento e do capital humano, cada um poderá encontrar o seu próprio padrão de produtividade. O engenheiro paulistano, José Cláudio Terra, autor do livro “Gestão do Conhecimento, o Grande Desafio Empresarial”, coloca a gestão do conhecimento como o fator mais decisivo para o sucesso das empresas e dos profissionais modernos. Segundo ele, pessoas que tenham competências específicas deverão ser cada vez mais valorizadas.
O advento da comunidade virtual, conectada em rede, por sua vez, proporciona aos profissionais talentosos maior visibilidade, fazendo com que ganhem uma valorização acima da média e sejam disputados pelos “headhunters” (os caçadores de talentos), numa escala cada vez maior.
Todos esses fatores servem apenas para respaldar a forte ênfase das empresas no tocante ao seu principal insumo: o capital humano. Em meio a toda essa valorização, uma nova teoria começa a ganhar força: a transformação dos ativos humanos em investimento.
Em seu livro, a Riqueza do Futuro, Stan Davis e Christopher Meyer desenham esse ousado cenário, onde qualquer profissional poderá negociar seus talentos como ativos em um mercado de capital humano. Tudo funcionaria como uma bolsa de valores, no caso, uma bolsa de capital humano.
A idéia não é uma miragem. Com a crescente desregulamentação das relações trabalhistas, cada dia mais empresas e profissionais estão assumindo um tratamento individualizado nos seus laços profissionais. Desse modo, o mercado de capitais vê surgir o embrião de um novo produto. A partir da criação de mecanismos que permitam converter os ativos pessoais em veículos de investimento, dando-lhes liquidez, os especialistas financeiros vislumbram a geração de um mercado altamente rentável.
Um dos exemplos que respaldam este conceito é o do cantor David Bowie. Com a ajuda do grupo de investimentos Pullman, o cantor emitiu bônus (debêntures) garantidos por suas vendas (shows, cd’s, etc.) nos próximos 15 anos. Submetidos à chancela de uma agência de classificação de risco, os papéis de Bowie foram avaliados no mesmo nível das debêntures emitidas por nada menos que a General Motors.
Da mesma forma, um executivo poderá criar um “papel” baseado nas suas habilidades e na capacidade de atingir objetivos, por exemplo. Ou um educador, considerando sua habilidade de preparar os alunos para concursos vestibulares.
Além disso, com a expansão e acessibilidade crescente dos diversos meios de comunicação, profissionais talentosos poderão agregar à sua carteira de ativos produtos como portais de conhecimento individuais, disponibilizando-os na internet ou em outros meios eletrônicos.
Diante desse cenário, como estariam aparelhadas as nossas Instituições Educacionais para lidar com o conhecimento nessa nova dimensão, como fator concreto de geração de riqueza individual?
A pergunta se faz necessária, uma vez que todo esse movimento trás no seu bojo o conhecimento e as habilidades individuais como principal ingrediente. A formação das competências de cada indivíduo, desde o seu primeiro contato com o saber, serão para ele o maior bem na sua carteira de capital humano. Sua capacidade de alavancar recursos no futuro poderá estar diretamente relacionada com seu portfólio de conhecimentos, habilidades e talentos, de uma forma jamais experimentada.
Nessa perspectiva, o ambiente sinaliza um novo viés para o papel da escola, apresentando-a como impulsora ligada diretamente à formação de ativos financeiros. Uma análise mais detida sobre as últimas décadas já nos mostra que o poder de criação da riqueza tem, em escala crescente, migrado das mãos das corporações para as de indivíduos. Não bastasse a grande responsabilidade das instituições escolares, no seu papel precípuo de educar, a considerar essa tendência sua atuação passa a ter um caráter de matéria prima para as inúmeras Eu S/A que advirão.
Nas palavras de Peter Senge, poderíamos resumir o quão importante é o papel da escola nesse contexto. “um desempenho superior, depende de um aprendizado superior”.
Este artigo foi escrito por mim, nove anos atrás. Parece atual??
Com a valorização cada vez maior do conhecimento, os ativos pessoais podem se converter em investimentos negociáveis
Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho vem passando por uma revolução sem precedentes, em todo o mundo. A cada dia cresce a exigência de um maior nível de qualificação dos profissionais. No Brasil, em particular, a situação apresenta contornos bastante preocupantes, considerando-se o tamanho da população economicamente ativa e o nível educacional dos brasileiros.
Pressionadas pela necessidade de maior competitividade e ganhos de produtividade, as empresas têm sido forçadas a promover um contínuo processo de achatamento nas suas estruturas organizacionais, ocasionando, como consequência, sucessivos cortes no número de empregados,.
Segundo pesquisa realizada pela professora Christina Larroudé, da Fundação Getúlio Vargas, “o número de níveis hierárquicos das empresas no país caiu de 25 para seis nos últimos dez anos.” Na prática, isso quer dizer que ficou ainda mais acirrada a disputa pela ascensão vertical nas organizações.
Se por um lado o nível de exigências vem crescendo, por outro esse ambiente competitivo está tornando cada vez mais valorizados os talentos individuais. Fazer a diferença passou a ser um fator de crescimento profissional em qualquer segmento.
As empresas, atentas a esse movimento e sempre ávidas pela captação e retenção desses talentos, têm procurado formatar e sofisticar suas ferramentas de Recursos Humanos. Nessa direção, uma pesquisa realizada pela Hay do Brasil, constatou que 41% das empresas pesquisadas já possuem planos de remuneração baseados no desempenho dos seus profissionais. Além disso, a mesma pesquisa indica que 40% das organizações pontocom trabalham com incentivos de longo prazo, como as opções de compra de ações por parte de seus colaboradores.
Em contrapartida, na era do conhecimento e do capital humano, cada um poderá encontrar o seu próprio padrão de produtividade. O engenheiro paulistano, José Cláudio Terra, autor do livro “Gestão do Conhecimento, o Grande Desafio Empresarial”, coloca a gestão do conhecimento como o fator mais decisivo para o sucesso das empresas e dos profissionais modernos. Segundo ele, pessoas que tenham competências específicas deverão ser cada vez mais valorizadas.
O advento da comunidade virtual, conectada em rede, por sua vez, proporciona aos profissionais talentosos maior visibilidade, fazendo com que ganhem uma valorização acima da média e sejam disputados pelos “headhunters” (os caçadores de talentos), numa escala cada vez maior.
Todos esses fatores servem apenas para respaldar a forte ênfase das empresas no tocante ao seu principal insumo: o capital humano. Em meio a toda essa valorização, uma nova teoria começa a ganhar força: a transformação dos ativos humanos em investimento.
Em seu livro, a Riqueza do Futuro, Stan Davis e Christopher Meyer desenham esse ousado cenário, onde qualquer profissional poderá negociar seus talentos como ativos em um mercado de capital humano. Tudo funcionaria como uma bolsa de valores, no caso, uma bolsa de capital humano.
A idéia não é uma miragem. Com a crescente desregulamentação das relações trabalhistas, cada dia mais empresas e profissionais estão assumindo um tratamento individualizado nos seus laços profissionais. Desse modo, o mercado de capitais vê surgir o embrião de um novo produto. A partir da criação de mecanismos que permitam converter os ativos pessoais em veículos de investimento, dando-lhes liquidez, os especialistas financeiros vislumbram a geração de um mercado altamente rentável.
Um dos exemplos que respaldam este conceito é o do cantor David Bowie. Com a ajuda do grupo de investimentos Pullman, o cantor emitiu bônus (debêntures) garantidos por suas vendas (shows, cd’s, etc.) nos próximos 15 anos. Submetidos à chancela de uma agência de classificação de risco, os papéis de Bowie foram avaliados no mesmo nível das debêntures emitidas por nada menos que a General Motors.
Da mesma forma, um executivo poderá criar um “papel” baseado nas suas habilidades e na capacidade de atingir objetivos, por exemplo. Ou um educador, considerando sua habilidade de preparar os alunos para concursos vestibulares.
Além disso, com a expansão e acessibilidade crescente dos diversos meios de comunicação, profissionais talentosos poderão agregar à sua carteira de ativos produtos como portais de conhecimento individuais, disponibilizando-os na internet ou em outros meios eletrônicos.
Diante desse cenário, como estariam aparelhadas as nossas Instituições Educacionais para lidar com o conhecimento nessa nova dimensão, como fator concreto de geração de riqueza individual?
A pergunta se faz necessária, uma vez que todo esse movimento trás no seu bojo o conhecimento e as habilidades individuais como principal ingrediente. A formação das competências de cada indivíduo, desde o seu primeiro contato com o saber, serão para ele o maior bem na sua carteira de capital humano. Sua capacidade de alavancar recursos no futuro poderá estar diretamente relacionada com seu portfólio de conhecimentos, habilidades e talentos, de uma forma jamais experimentada.
Nessa perspectiva, o ambiente sinaliza um novo viés para o papel da escola, apresentando-a como impulsora ligada diretamente à formação de ativos financeiros. Uma análise mais detida sobre as últimas décadas já nos mostra que o poder de criação da riqueza tem, em escala crescente, migrado das mãos das corporações para as de indivíduos. Não bastasse a grande responsabilidade das instituições escolares, no seu papel precípuo de educar, a considerar essa tendência sua atuação passa a ter um caráter de matéria prima para as inúmeras Eu S/A que advirão.
Nas palavras de Peter Senge, poderíamos resumir o quão importante é o papel da escola nesse contexto. “um desempenho superior, depende de um aprendizado superior”.
Este artigo foi escrito por mim, nove anos atrás. Parece atual??
sexta-feira, abril 23, 2010
ESCOLA: Você ainda compra Videocassete?
Você ainda compra videocassete
Marcelo Freitas
. Artigo publicado na revista Gestão Educacional / edição de abril 2010
É lógico que você se lembra daquele aparelho que ficava em cima da televisão e que a cada ano era objeto de disputa dos seus fabricantes para lançá-lo com um número maior de... “cabeças”. Lembra disso?
Então... onde foram parar todas aquelas cabeças? Hoje, provavelmente, esse mesmo aparelho está encostado em algum canto da estante, servindo como aparador para um daqueles vasinhos de violeta. Ele foi atropelado por tecnologias inovadoras. Sua cadeia de produção foi alvo de um fenômeno chamado descontinuidade. A inovação trouxe a ruptura entre a tecnologia usada e uma nova alternativa: melhor, mais interessante, mais atraente e... mais eficiente.
Esse fenômeno acontece sempre que uma tecnologia vai se tornando obsoleta e seus resultados não são mais passíveis de grandes melhorias através de aperfeiçoamento. Não há mais saltos qualitativos perceptíveis diante dos olhos do consumidor. Você seria capaz de distinguir um videocassete de 8 cabeças de um de 10?
Toda essa reflexão foi apenas para trazer à tona um questionamento: o modelo educacional de hoje, não seria um grande videocassete de 12 cabeças?
A sociedade mudou. Os conceitos mudaram. Mas o conceito de ensino- aprendizagem adotado pela maioria das escolas ainda caminha na perspectiva dos melhoramentos contínuos. Estão tentando melhorar o desempenho de um sistema que já está exaurido. Não responde mais às demandas do mundo atual. A situação já não comporta mais aperfeiçoar. É preciso mais que isso, é preciso reinventar!
Por onde quer que eu ande, ouço sempre os mesmos debates, as mesmas idéias, os mesmos argumentos. Ano após ano, as escolas apresentam suas campanhas de marketing baseando-se nas mesmas premissas. Formação integral, ensino de qualidade, valores para a vida e por aí vai. Nada realmente inovador no horizonte.
Como conseqüência, os resultados também são os mesmos: pessoas e profissionais despreparados para enfrentar os desafios da vida e do trabalho. Nada de muito diferente a esperar.
Grandes redes tentam inserir, ainda que timidamente, um sopro de novos ares através da adoção de tecnologias de mídia mais recentes, recheando com elas seus materiais didáticos. As premissas, contudo, permanecem as mesmas. São roupas novas a enfeitar velhos manequins. Até mesmo as instituições de ensino tradicionais, que ainda podem se dar ao luxo de construir novas instalações, o fazem sobre as mesmas premissas de educacionais do passado, velhas plantas suportadas por antigos modelos de negócio e sustentabilidade. Vez por outra inserem um ponto de internet em sala de aula ou uma lousa eletrônica, para dar ares de atualidade. Apenas maquiagem... Mais uma cabeça a povoar o videocassete educacional.
As escolas e seus profissionais não percebem que a sociedade clama pelo “Ipod” da educação. Um salto de valor, algo realmente inovador, que deixe para trás o esgotado modelo baseado num mundo onde a grande novidade era a revolução industrial. Precisamos de um Steve Jobs na educação, que traga um sistema novo, com novas metodologias, novos modelos de negócio. Uma reinvenção partindo da estaca zero.
Exemplos de empresas como o Google, a Apple e outros ícones da nova era, podem se juntar às experiências bem sucedidas de empresas que souberam se adaptar ao novo ambiente, como os bancos e aeroportos, servindo como inspiração para as escolas. Para que tal aconteça, entretanto, é necessário que gestores educacionais e educadores se dispam das “verdades absolutas” que vestem e busquem, em outras áreas, as respostas que o segmento educacional não é mais capaz de fornecer.
De nada adianta tentar construir uma nova escola com as velhas ferramentas. Não adianta ir à guerra armado de velhos fuzis. É preciso renovar e reforçar o exército com gente nova. Mentes ainda não contaminadas pelas bulas do passado. É vital afastar os curandeiros antigos, prescritores de remédios que não fazem mais efeito.
Nessa perspectiva, é importante recrutar gente de fora do segmento educacional. Pessoas com paradigmas diferentes, premissas novas. Mas nessa empreitada, a abertura para o novo tem de encontrar espaço nas cabeças brancas dos guardiães atuais. São eles que terão de abrir os braços para inovações e as contestações embutidas em novas abordagens.
Seguramente terão de conviver com o inusitado. Com o imprevisível. Com ações e reações frutos de novos conceitos e teorias. Ainda assim, cabe-lhes sustentar um ambiente de caos aparente, fruto da insegurança dos profissionais mais conservadores. Esses, de uma forma ou de outra, terão de ser cooptados. Ou simplesmente serão postos de lado, mesmo que criem movimentos de resistência. Tudo isso faz parte do novo. Da mudança...
Não imaginávamos, anos atrás, que precisaríamos de coisas como internet, celular e Ipod, até que eles fossem inventados e incorporados ao nosso cotidiano. Hoje não conseguimos imaginar como viver sem eles.
Seja como for, é chegado o momento de repensarmos o que é, de fato, necessário fazer: aperfeiçoar o que aí está ou reinventarmos o ambiente educacional.
Considerando o momento atual, seja qual for a escola e aonde quer que ela esteja, ainda estamos comprando videocassetes!
É lógico que você se lembra daquele aparelho que ficava em cima da televisão e que a cada ano era objeto de disputa dos seus fabricantes para lançá-lo com um número maior de... “cabeças”. Lembra disso?
Então... onde foram parar todas aquelas cabeças? Hoje, provavelmente, esse mesmo aparelho está encostado em algum canto da estante, servindo como aparador para um daqueles vasinhos de violeta. Ele foi atropelado por tecnologias inovadoras. Sua cadeia de produção foi alvo de um fenômeno chamado descontinuidade. A inovação trouxe a ruptura entre a tecnologia usada e uma nova alternativa: melhor, mais interessante, mais atraente e... mais eficiente.
Esse fenômeno acontece sempre que uma tecnologia vai se tornando obsoleta e seus resultados não são mais passíveis de grandes melhorias através de aperfeiçoamento. Não há mais saltos qualitativos perceptíveis diante dos olhos do consumidor. Você seria capaz de distinguir um videocassete de 8 cabeças de um de 10?
Toda essa reflexão foi apenas para trazer à tona um questionamento: o modelo educacional de hoje, não seria um grande videocassete de 12 cabeças?
A sociedade mudou. Os conceitos mudaram. Mas o conceito de ensino- aprendizagem adotado pela maioria das escolas ainda caminha na perspectiva dos melhoramentos contínuos. Estão tentando melhorar o desempenho de um sistema que já está exaurido. Não responde mais às demandas do mundo atual. A situação já não comporta mais aperfeiçoar. É preciso mais que isso, é preciso reinventar!
Por onde quer que eu ande, ouço sempre os mesmos debates, as mesmas idéias, os mesmos argumentos. Ano após ano, as escolas apresentam suas campanhas de marketing baseando-se nas mesmas premissas. Formação integral, ensino de qualidade, valores para a vida e por aí vai. Nada realmente inovador no horizonte.
Como conseqüência, os resultados também são os mesmos: pessoas e profissionais despreparados para enfrentar os desafios da vida e do trabalho. Nada de muito diferente a esperar.
Grandes redes tentam inserir, ainda que timidamente, um sopro de novos ares através da adoção de tecnologias de mídia mais recentes, recheando com elas seus materiais didáticos. As premissas, contudo, permanecem as mesmas. São roupas novas a enfeitar velhos manequins. Até mesmo as instituições de ensino tradicionais, que ainda podem se dar ao luxo de construir novas instalações, o fazem sobre as mesmas premissas de educacionais do passado, velhas plantas suportadas por antigos modelos de negócio e sustentabilidade. Vez por outra inserem um ponto de internet em sala de aula ou uma lousa eletrônica, para dar ares de atualidade. Apenas maquiagem... Mais uma cabeça a povoar o videocassete educacional.
As escolas e seus profissionais não percebem que a sociedade clama pelo “Ipod” da educação. Um salto de valor, algo realmente inovador, que deixe para trás o esgotado modelo baseado num mundo onde a grande novidade era a revolução industrial. Precisamos de um Steve Jobs na educação, que traga um sistema novo, com novas metodologias, novos modelos de negócio. Uma reinvenção partindo da estaca zero.
Exemplos de empresas como o Google, a Apple e outros ícones da nova era, podem se juntar às experiências bem sucedidas de empresas que souberam se adaptar ao novo ambiente, como os bancos e aeroportos, servindo como inspiração para as escolas. Para que tal aconteça, entretanto, é necessário que gestores educacionais e educadores se dispam das “verdades absolutas” que vestem e busquem, em outras áreas, as respostas que o segmento educacional não é mais capaz de fornecer.
De nada adianta tentar construir uma nova escola com as velhas ferramentas. Não adianta ir à guerra armado de velhos fuzis. É preciso renovar e reforçar o exército com gente nova. Mentes ainda não contaminadas pelas bulas do passado. É vital afastar os curandeiros antigos, prescritores de remédios que não fazem mais efeito.
Nessa perspectiva, é importante recrutar gente de fora do segmento educacional. Pessoas com paradigmas diferentes, premissas novas. Mas nessa empreitada, a abertura para o novo tem de encontrar espaço nas cabeças brancas dos guardiães atuais. São eles que terão de abrir os braços para inovações e as contestações embutidas em novas abordagens.
Seguramente terão de conviver com o inusitado. Com o imprevisível. Com ações e reações frutos de novos conceitos e teorias. Ainda assim, cabe-lhes sustentar um ambiente de caos aparente, fruto da insegurança dos profissionais mais conservadores. Esses, de uma forma ou de outra, terão de ser cooptados. Ou simplesmente serão postos de lado, mesmo que criem movimentos de resistência. Tudo isso faz parte do novo. Da mudança...
Não imaginávamos, anos atrás, que precisaríamos de coisas como internet, celular e Ipod, até que eles fossem inventados e incorporados ao nosso cotidiano. Hoje não conseguimos imaginar como viver sem eles.
Seja como for, é chegado o momento de repensarmos o que é, de fato, necessário fazer: aperfeiçoar o que aí está ou reinventarmos o ambiente educacional.
Considerando o momento atual, seja qual for a escola e aonde quer que ela esteja, ainda estamos comprando videocassetes!
sexta-feira, março 26, 2010
Abraço
A tecnologia do abraço, por um matuto mineiro...
O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia...
- É...das invenção dos homi, a que mais tem sintido é o abraço. O abraço num tem jeito di um só aproveitá!
Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha...
Quandu ocê tá danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia...
Quandu ocê tá cum muita reiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum reiva...
Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria...
Si arguém tá duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém...
Muita gente importante e letrado já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é qui o abraço tem tanta tequinologia, mas ninguém inda discubriu...
Mas, iêu sei! Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô... Iêu vô contá procêis u qui foi quel mi falô:
O abraço é bão pur causa do Coração...Quandu ocê abraça arguém, fais massarge no coração!... I o coração do ôtro é massargiado tamém!Mas num é só isso, não... Aqui tá a chave do maió segredo de tudo:
É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no peito!...
(autor desconhecido. Esse sim, sabe das coisas.)
INTONCE... UM ABRAÇU PRÔ CÊ!!!!
terça-feira, março 23, 2010
inovador
Seja um inovador
Uma das características mais procuradas pelas empresas nos profissionais, hoje, é sua capacidade de INOVAR. Segundo Luiz Roberto Carnier, professor da EAESP-FGV, profissionais inovadores apresentam sete características principais:
1. Expressivo poder de observação e curiosidade;
2. não segue a multidão e questiona opiniões unânimes;
3. Disciplina, foco e alto grau de resiliência;
4. Enxerga oportunidade onde todos vêem dificuldades;
5. Sabe se relacionar e se comunicar;
6. Capacidade para mudar e fazer acontecer;
7. Cria o inesperado e produz resultados duradouros.
É evidente que todas elas devem ser recheadas com uma boa base conceitual e dominio técnico. E você, preenche o perfil?
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